segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Eu sou Baianiense de alma e coração!

            
                    Sexta-feira passa dia, 19 de agosto de 2011, eu estava voltando para casa após uma jornada de trabalho e sentia dentro de meu peito, como se o Olodum estivesse a ensaiar geral. Sabia eu, que a chegada do final de semana era o fator motivador para aquela festa em meu peito. Comecei a curtir algumas canções que eu trago armazenadas no meu celular, mas mesmo assim, havia algo que destoava daquela sensação gostosa de festa.
                    Deixei de escutar as minhas canções e chamei meu velho baú das minhas inquietações, para começarmos ali, uma DR intrigante. Meu velho baú nem me deu tempo para iniciar a conversa e já foi logo me questionando: - Você já percebeu que você assumiu de vez o modo de vida daqui?  Você já percebeu que o seu lado baiano não é mais maioria dentro de você? Aquelas perguntas me atingiram como duas flechas mortais. Procurei indagar algo, mas o meu velho baú deixou-me sozinho com aquelas perguntas.
                   Pensando naquelas perguntas fui refleti sobre a porção baiana que existe em mim e Graças a Deus percebi que não há uma porção baiana em mim! Há uma essência baiana, uma origem, um começo de tudo. Há sim, uma porção brasiliense em mim! Uma porção que se confundi com a minha própria essência baiana, algo que eu, hoje, percebo só fazer bem ao meu ser. Dentro dessa gostosa mistura foi onde eu consegui achar as respostas para os questionamentos feitos pelo meu velho baú.
                  Há dezessete anos aqui em Brasília, mas sem nunca esquecer minha eterna Salvador, eu percebo que sou levado pelos dois jeitos de viver, os dois jeitos de encarar a vida. Percebo que certas horas, meu lado baiano impera e toma as rédeas de muitas situações (principalmente as festeiras) por outras o lado brasiliense assume a direção e norteia minhas ações (desbravando o desconhecido e correndo atrás do amanhã). Sendo assim, vivo entre dois opostos gostosos de viver.
                Eu amo meu eterno pôr-do-sol visto lá do farol da Barra ou da praia de Itapuã, mas adoro e não posso me queixar se a vida e Brasília me deram o pôr-do-sol mais vermelho e amoroso do Planalto Central e acredito do Brasil. Eu amo acarajé com coca-cola, mas sou apaixonado, acreditem vocês, em pastel e caldo de cana! Adorava ouvi e ainda adoro ouvi o sotaque baiano, meio lento, meio Almir Sater (Ando devagar porque já tive pressa...) um som baiano de calma, de paz.
               Mas eu aprendi a curti o jeito brasiliense de falar, sem sotaque ou com todos os sotaques embutidos, nos dando a imagem fônica de um mapa quando ouvimos um brasiliense falar. Nunca esqueci a bela anatomia da mulher baiana, suas curvas, suas ladeiras e orla marítima de pura sedução! Tenho saudade do bronzeado e de suas sinuosas marquinhas de biquini. Porém confesso que a mulher brasiliense trás consigo, tudo que todas as mulheres do Brasil têm e um pouco mais, marquinhas, sedução, ternura e atitude! Mulher brasiliense tem atitude.
            Sinto saudades do calor do mês de fevereiro, anunciando o carnaval, mas não consigo me desapegar do gostoso frio dos meses de julho/julho/agosto e de suas festas juninas, julinas e agostinas. Se Salvador tem um são João arretado, Brasília tem o maior são João do cerrado. Vivo realmente entre opostos, lá em salvador, eu amava passa feriado na ilha, aqui, eu sou tentado a curtir em Caldas Novas, Pirenópolis ou em alguma chácara afastada da cidade.
             Sou louco pelo som do timbau da Timbalada e pelo tambor do Olodum, os ensaios das grandes bandas de axé, mas me apaixonei pela melodia de Pedro Paulo e Matheus cantando: “Eu vou te buscar/eu vou te buscar/meu amor pra te namorar” do som da Capital Inicial.
            Choro até hoje de saudades dos meus amigos de lá, mas choro de alegria pelos meus amigos que eu conquistei aqui. Sendo assim, só posso afirmar uma coisa...  Eu sou Baianiense de alma e coração!

2 comentários:

Anônimo disse...

André,
Que coincidência..tbm sou Baianense, pois no meu corpo corre o sangue baiano da família Torres!
A família da minhã mãe é da Bahia e confesso que sou fascinada por este estado..
E como vc, tbm sou Timbaleira, com muito orgulho!
Beijo*
Rita de Cássia

Unknown disse...

Rita,
é por isso que somos muito amigos!
André