quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O Candango e o Mar (Para o meu amigo Leandro Ribeiro).

Meu amigo Leandro Ribeiro

               À beira mar, em frente aquela imensidão, sentindo a brisa do verão, verão? Mas não estamos no verão! No coração dele sim, o sol arde de emoção! Ali, em frente ao mar, ele percebe tamanha insignificância que é o ser humano perante o mar. Ali, diante daquele espetáculo marítimo, ele reflete sobre a vida e decide ser feliz, feliz com a vida que ele sempre quis. O mar faz agente se sentir assim. O belo e indeciso balé das ondas lhe deu a percepção do jogo de empurra empurra que as pessoas promovem para resolverem seus problemas, a indecisão é um problema!
               Ali, à beira mar, ele admira o verde azulado das águas de Iemanjá, e espera um dia encontrar um grande amor para o seu amar. O mar faz agente amar! Ali, à beira mar, ele sente pena do Lago Paranoá, lago que ao contrário de muitos rios, nunca irá se encontrar com o mar. Pobre e solitário Lago Paranoá! Ali, diante daquela obra prima da natureza, ele descobre o verdadeiro significado da beleza.
              Ali, diante do mar, ele chora um choro de chorar! Tentativa vã de ser mar! Ele queria que suas lágrimas fossem mar! Lágrima também é mar. À beira mar, ele admira as gaivotas que plainam sobre o mar, ali, ele esquece os problemas que lhe fizeram chorar. Ali, diante do velho e sábio mar, ele se inventa e reinventa pescador, pescador que nunca pescou. Pescador que nunca navegou. Ali, perante o mar, ali, à beira mar, o Candango e o mar.       

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