segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Na palma da minha mão

                                                          

                Na palma da minha mão, um globo terrestre! Um hemisfério sul, uma via láctea. Na palma da minha mão, muitos traumas, muitas almas buscando redenção. Um parto, um porto, um aborto abortado.  Na palma da minha Mão, um querer de fogueira, um conversar à beira da lareira. Uma vida passada a limpo. Na palma da minha mão, um renascer das cinzas, aço sofrendo ação do fogo, metal que perde a forma.
            Na palma da minha mão, uma rua deserta, uma porta entreaberta, uma espera na janela. Na palma da minha mão, uma noite lá fora, um nascer da aurora, um raiar do dia. Na palma da minha mão, um mar de interrogações, um mar de indecisões, um olhar no vazio. Na palma da minha mão, o destino de um alguém, que está sentido o mundo escorrer por entre os dedos. Na palma da minha mão, este alguém aqui. Cheio de medos e segredos.


domingo, 30 de outubro de 2011

A evolução do ser

                                               

             Hoje, eu sou canção, ontem, eu fui silêncio e minhas decisões eram tomadas com mais discernimento. Hoje, eu sou realidade, ontem, eu fui ficção e meus dias tinham mais verdade. Hoje, eu sou brisa leve de verão, ontem, eu fui vendaval e minhas atitudes eram muito mais sensatas. Hoje, eu ando e corro, ontem, eu apenas engatinhava, mas eu alcançava qualquer lugar que meus sonhos me guiassem.
             Hoje, eu tenho o carro do ano, mas foi no carro que eu herdei do meu pai, que eu dei meu primeiro beijo. Hoje, eu tenho uma mansão no bairro mais nobre da cidade, mas foi na velha casa que me viu crescer que eu tive as noites de sono mais tranqüilas da minha vida. Hoje, eu sou diplomado, mas foi na minha primeira série que eu aprendi o sentido da vida. Hoje, eu ganho alguns milhões, mas foi ganhando menos de um salário mínimo, que eu era rodeado de amigos de verdade.
              Hoje, eu conheço quase todos os lugares do mundo, mas foi no quintal da minha velha casa, que eu vivi as maiores aventuras que uma pessoa pode viver. Hoje, eu sou sorriso, ontem, minhas lágrimas eram mais alegres. Hoje, eu sou casado, mas foi quando eu era namorado, que as juras de amor eram eternas. Hoje, eu conquistei tudo que uma pessoa pode conquistar, porém ontem, eu era mais feliz porque havia no meu interior, um ser sempre disposto a recomeçar.

sábado, 29 de outubro de 2011

Saudades da Bahia (Do meu bairro da Boca do Rio)

Farol da Barra

                      Coração à beira mar 

           Um vento maroto sussurra uma brisa gostosa em meu rosto. Um coqueiro contemplando a magia das manhãs e mais um pouquinho, vejo a lua sumir, Itapuã é logo ali, chego ao Abaeté e fico bem á vontade. A tarde cai feito batom sobre o bairro da Boca do Rio e um Costa Azul azulzinho num lindo Jardim de Alá. Aprecio um acarajé e para firmar minha fé, ao Rio Vermelho eu vou saudar minha mãe Iemanjá. E pulando no peito um coração baiano eternizando planos à beira mar.


                                                             Para mim, Eterna 

           Eu amo pôr-do-sol visto do Farol da Barra, eu amo o nascer da lua visto das areias da praia do meu velho bairro da Boca do Rio. Adoro caminhar na velha orla marítima da minha infância, adoro o sobe e desce do Elevador Lacerda, tenho Fé na prece da Procissão desse Sagrado e Profano povo baiano na Conceição. Adoro as noites e dias da minha eterna Bahia.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A lua e a Paz(Para um casal de amigos).

A Lua pelos olhos dela

                                                         

                  Era uma noite de sexta-feira, o local, uma pacata e aconchegante pracinha de uma envolvente e fictícia cidade, chamada Guará, no fictício território do Distrito Federal, lá no Planalto Central. Eles eram estudantes de um cursinho preparatório para o PAS, longe de serem Eduardo e Mônica, personagens da canção da Legião Urbana, “mas os dois se encontravam e conversavam todos os dias e a vontade crescia como tinha que ser”. 
                  Ela trazia a lua no olhar e o mar no sorriso, ele, bom, ele era a paz e a alegria de viver. Um completava o outro no seu jeito de ser. Ele curtia sertanejo, Lulu Santos e Vanessa da Matta, ela, bom, ela adorava dirigir pela cidade, ouvindo Chrystian e Ralf e também gostava de Vanessa da Matta. Aliás, ela sempre dizia para ele: Não me deixe só, eu tenho medo do escuro, tenho medo do inseguro, dos fantasmas da minha voz. Ele sorria e jurava presença eterna.
                  Duas vidas que se encontraram, antes mesmo de se encontrarem, quando a união é perfeita, a coisa já fora feita em vidas passadas! Almas compromissadas! Certa noite, no meio da pacata e aconchegante praça em frente ao cursinho que os dois estudavam, ele presenciou algo que iria mudar sua vida daquela noite em diante. A eternidade parou naquele instante. Ela, que já era linda por natureza, lhe apresentou o símbolo da mais prateada beleza, a lua pelo seu olhar.
                   Frente a frente no meio da praça, a vida parou para presenciar de graça, o encontro de um verdadeiro amor, amor que nunca se revelou, e nunca se revelará. Ficará como na canção do Lulu Santos: “uma idéia que existe na cabeça e não tem a menor obrigação de acontecer”. Ela tecia planos para o futuro e dizia que a vida iria mudar para melhor, ele não dizia nada, não pensava nada, tinha as mãos pálidas e geladas como a mais fria geleira do Pólo Norte. Era um misto de inércia e sorte.
                  Naquela noite, naquela praça, naquela sexta-feira, ele vira surgir pelas retinas daquela linda garota, uma lua cheia prateada que iluminou a bela praça, naquele momento, tudo que era pra se falar, se calou, tudo que era para se expressar, em inércia, se transformou. Depois daquele momento, um sentimento se eternizou, um verdadeiro amor nasceu, e nasceu com eles a certeza de que solidão nunca mais, porque daquele dia em diante, existiria para sempre, A lua e a Paz.  

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O Candango e o Mar (Para o meu amigo Leandro Ribeiro).

Meu amigo Leandro Ribeiro

               À beira mar, em frente aquela imensidão, sentindo a brisa do verão, verão? Mas não estamos no verão! No coração dele sim, o sol arde de emoção! Ali, em frente ao mar, ele percebe tamanha insignificância que é o ser humano perante o mar. Ali, diante daquele espetáculo marítimo, ele reflete sobre a vida e decide ser feliz, feliz com a vida que ele sempre quis. O mar faz agente se sentir assim. O belo e indeciso balé das ondas lhe deu a percepção do jogo de empurra empurra que as pessoas promovem para resolverem seus problemas, a indecisão é um problema!
               Ali, à beira mar, ele admira o verde azulado das águas de Iemanjá, e espera um dia encontrar um grande amor para o seu amar. O mar faz agente amar! Ali, à beira mar, ele sente pena do Lago Paranoá, lago que ao contrário de muitos rios, nunca irá se encontrar com o mar. Pobre e solitário Lago Paranoá! Ali, diante daquela obra prima da natureza, ele descobre o verdadeiro significado da beleza.
              Ali, diante do mar, ele chora um choro de chorar! Tentativa vã de ser mar! Ele queria que suas lágrimas fossem mar! Lágrima também é mar. À beira mar, ele admira as gaivotas que plainam sobre o mar, ali, ele esquece os problemas que lhe fizeram chorar. Ali, diante do velho e sábio mar, ele se inventa e reinventa pescador, pescador que nunca pescou. Pescador que nunca navegou. Ali, perante o mar, ali, à beira mar, o Candango e o mar.       

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Ele nem sabe (Texto de Mariana Reis, amiga e colaboradora).

Mariana Reis
                                                                 

                       Ele não sabe, mas por ele, meus olhos sorriem o tempo todo e minhas cores alcançam tonalidades cada dia mais lindas. Minhas bochechas ficam rosadas, parecendo criança envergonhada. Por ele sinto sorte todos os dias. Mesmo sem ele sabe, Ele não sabe, mas ele é melhor que chocolate. Ele nem sabe, mas ele consegue minha admiração, mais que o Jô Soares.
                      Ele nem sabe, mais todos seus assuntos me causa total interesse, ele nem sebe o quanto acho a sua voz linda, ele nem sabe, o quanto seu sorriso me atrai e o quanto seu charme me excita, e o quanto acho suas mãos lindas. E que tem o cheiro mais gostoso do mundo. Ele nem sabe, Mas por causa dele o sol é mais animador, chuva mais convidativa, o chocolate quente é mais doce, a cama mais aconchegante, a tarde mais caprichada, o cinema mais interessante.
                    Ele não sabe, mas ele é mais gostoso que aquele primeiro gole gelado depois de um dia cheio. E por causa dele, as músicas são mais sorridentes, o café mais quente e encorpado. As ruas mais vazias e as pessoas mais bonitas. Por ele, as esquinas se viram, as placas se iluminam, as velas são mais brilhantes, o banho com as luzes apagadas e musica de fundo é bem mais relaxante. Por ele, o quarto se arruma, o cabelo se solta, o sorriso se abre, o coração se aquece. Ele nem sabe, mas o meu corpo se arrepia com um simples toque dele, Ele nem sabe, mas as suas manias e seus gestos estão sempre guardados em meus pensamentos. E mais uma vez eu me pergunto: Como pode?



Mariana Reis

terça-feira, 25 de outubro de 2011

À meia noite, ela espera ele chegar... (Príncipe Encantado do Cerrado)

Para minha filha adotiva Poliana  


                     À meia noite, abajur iluminando quarto, ela rola de um lado para o outro da cama sem conseguir dormir, ela sonha acordada com seu príncipe encantado. Ela imagina que ele seja um herói loiro, alto de olhos azuis, imagina que ele virá montado num cavalo branco alado, roupas feitas com os tecidos mais nobres de toda a Europa. À meia noite no seu quarto, ela sonha acordada com seu príncipe encantado, ela imagina que ele saiba falar quase todas as línguas do universo, canta belas canções e recita lindos versos das mais apaixonantes poesias.
                     Ela imagina que ele seja herdeiro de reinos com imensos castelos e vasta extensão de terra, que até mesmo a visão mais apurada não consegue avistar toda sua imensidão. À luz de um companheiro abajur, ela imagina que ele travou batalhas memoráveis, derrotou sozinho um exercito inteiro, enfrentou ferozes dragões. À meia noite no seu quarto, ela espera ele chegar e entrar pela janela trazendo a lua em suas mãos, à meia noite ela espera perdidamente. À meia noite, ela espera ele chegar...
                    Às duas e vinte da madrugada, Ele chegou! Atrasado, mas chegou. Ele não era loiro, nem alto, nem tinhas olhos azuis. Ele usava gel no cabelo, corte à La Leo Moura do Flamengo e Neimar do Santos. Ele não chegou montado num cavalo branco alado, chegou pilotando uma Mountain Bike, marca Speed, já que seu Chevette 1986, amarelo, tinha lhe deixado no prego horas antes.  Ele chegou, mas não usava roupas feitas com os mais nobres tecidos da Europa. Ele chegou usando uma bermuda colorida, comprada na Feira dos Goianos em dia de promoção e uma camiseta preta cavada da Feira do Guará e um tênis Trazido do Paraguai.
                  Ele chegou e não sabia falar quase todas as línguas do universo, pelo contrário, seu vasto repertório lingüístico possui não mais que cinco frases de efeito: De Boa? Só! Só o Oro! Nas manha? Tranqüilo? Quando saiu do script, lançou um tal de “algum Pobrema” ai já era!  Não sabia recitar poesias, mas cantar ele sabia! Chegou cantando Michel Teló, aquele refrão que vem grudando no ouvido de todo mundo: ”Nossa, nossa/Assim você me mata/ai ai se eu te pego/Ai ai se eu te pego/ Delicia, delicia/Assim você me mata/Ai ai se eu te pego/Ai ai se eu te pego...
                  Às duas e vinte da madrugada ele chegou, mas ele não era herdeiro de reinos com imensos castelos e vasta extensão de terra que até a mais apurada visão não conseguiria avistar. Porém ele havia sido classificado no CODHAB na posição 111256ª para receber um lote do GDF. Ele não travou batalhas memoráveis, nem derrotou sozinho um exercito inteiro, nem tão pouco enfrentou ferozes dragões. Mas ele já havia se envolvido em uma briga de galera no show da banda Chiclete com Banana, feito que lhe rendeu quatro pontos no supercílio.
                   Ele não chegou trazendo a lua em suas mãos, mas mesmo assim, ela se apaixonou! Apaixonou-se porque percebeu que estava diante de um real Príncipe Encantado do Cerrado. E que príncipes encantados de verdade, só existem nos contos de fadas!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Nenhum homem sabe mexer naquela confusão (Para as meninas que trabalham comigo)

                              

                 Uma bolsa dentro de outra bolsa que por sua vez, abriga outra bolsa, conhecida por todos como Necesser. Lá dentro, uma imensidão de pequenas coisas perdidas naquele achado feminino. É assim que o homem descreve uma bolsa de mulher. A impressão que se tem, é que naquele universo chamado de bolsa feminina, há solução para todos os problemas do mundo, elas guardam o mundo lá dentro, bom, esse é o meu pensamento!
                  Esmalte das mais sortidas cores, amarelo ouro, amarelo gema de ovo, azul celestial, azul piscina, azul marinho, verde abacate, verde verdinho, verde limão, verde chamativo do verão, prata, prata lua, prata fosco, prata brilhante, preto pretinho, preto madrugada, preto ausência de nada. É tanta cor de esmalte que eu tenho a impressão que ela carrega o próprio arco-íris na bolsa! Além domais, ainda traz unhas postiças aos montes! Mas pra quê serve os esmaltes mesmo?
                  Escova de dente, escova de chapinha, escova de sobrancelha, escova de cílios. Creme dental, creme hidratante, creme facial. Batom vermelho, batom cor da pele, banha de cacau, brilho sabor melancia, tutty frutty, morango, cereja, é quase uma banca de frutas! Uma bolsa de mulher parece um shopping Center na sessão de perfumaria, é boticário, Avon, natura, Jequiti. Um mundo de essências e de marcas.
                 Sandália rasteirinha, salto alto, band-aid da Hello Kitty, remédio para dor de cabeça, remédio para evitar dor de cabeça (entendem?), a mulher está realmente preparada para a guerra ou para o fim do mundo! Vai que elas precisem se esconder em algum buraco super profundo! Ela tem balinha de hortelã, Halls extra forte ou de morango com Chantilly, morango cremoso ou de melancia.
                 Celular, Ipod, ai credo! É muita coisa! Eu tenho a impressão que se nós homens conseguíssemos entender essas suas bolsas, seria um grande passo para a compreensão do universo feminino! Parafraseando a Dani Carlos na canção de Dudu Falcão “Coisas que eu sei”:
“Elas gostam daquele espaço/daquele desarrumado/Nenhum homem sabe mexer naquela confusão. Risos!! Não sobreviveríamos neste mundo sem vocês mulheres!  

domingo, 23 de outubro de 2011

Meu pranto virou mar

Meu amigo Edson
                                      
                                                    

                Quando choveu poesia em nosso quarto, quando bateu saudade no retrato, meu pranto virou mar. Quando choveu bagagem na despedida, quando bateu reação arrependida, meu pranto virou mar. Virou um liquidificador de idéias parabólicas condensando nossa eternidade, nessa imensidão de nada, eu busco realidade. Quero deitar com a noite e lhe encontrar, pois o meu pranto virou mar.    



                                                                 Os passos


               Ouço passos cantando, uma linda melodia, talvez não seja uma canção, talvez pensamentos chorando. Continuo ouvindo, a linda e melancólica marcha destes tristes passos na calçada. Talvez lágrimas de uma palavra. Há milhares de passos nas calçadas do pensamento, passo ligeiro e vou além, passo na vida, vida de quem?
               Talvez os passos não passem de passado, talvez não passem ao teu lado, talvez não passem por ninguém.      

sábado, 22 de outubro de 2011

Sábado à noite ela é insuperável (Ao dom feminino de encantar os homens)


Minha nega Thesca
                                

                       Sábado à noite, ela se pinta, com a tinta que realça sua beleza, batom com o tom da delicadeza. Ela arruma o cabelo, namora o espelho, imagina mil e uma coisas, coisa de mulher! Que já sabe o que quer, é claro! Abusa dos cremes de pele, algo que a revele doce e aconchegante, ela se antecipa ao mágico instante. É sábado à noite, ela com seu batom vermelho conversa com o espelho e ouvi alguns conselhos.
                      Ela usa aquele perfume, que é capaz de causar ciúmes, até no mais nobre dos mortais, ela sabe que sábado à noite, ela fica demais. Já no banho, ela fora cuidadosa, pele sedosa, água em temperatura agradável, ela sabe que sábado a noite ela é insuperável. Uma calça que valoriza suas curvas ou um vestido que lhe fornece o dom da sedução, sábado à noite, ela sabe que será a perdição.
                    Um olhar inocente que mais se parece uma praia inexplorada, seu olhar é parte da madrugada. Uma sandália que causaria inveja a Cinderela e deixaria Rapunzel com dor de cotovelos de tanto espiar pela janela.  Sábado à noite, ela sairá para se divertir! Sairá, e será feliz! Sábado à noite, ela será a própria realidade em forma de poesia, feliz do homem que desfrutar da sua companhia!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Êta sociedade ingrata!!!!!!!! (Aos Meninos de rua do SCS)

                                                 

                 O olhar da criança assustada demonstra uma alegria sincera, porém ingrata. Mas o que seria mais ingrato que seu olhar sangrento? Se sangrento fosse, o nosso momento. Momento esse que deixamos assustado no pensamento. Agora a criança tem sua boca aberta, porém nua. A espera da coberta em um calçadão de rua. Mas o que seria da criança, se não existisse o nosso orgulho? Não estaria aquele corpo sem esperança, se perdendo entre os entulhos.
                  Mas o que seria da criança, se não existisse a nossa indiferença? Não haveria tatuado em seus corpos, tantos sinais de violência. Se na nossa alma habitasse um pouco de consciência. Olhe ai a criança! Com sua mão envelhecida, porém muito nova na idade, ela mostra o esforço e as feridas que lhes roubaram a identidade. Mas o que seria da criança, se no nosso olhar existisse vergonha? Não estariam aqueles anjos consumidos pelo crack e pela maconha.
                 Mas o que seria da criança, se não existisse o nosso preconceito? Não estaria a boca aberta e um tiro no peito, se no nosso peito habitasse o mínimo de respeito.
                 O olhar da criança assustada... Êta sociedade ingrata!!!!!!!!    

Texto adaptado do poema “O que seria da criança?” de minha autoria, de 13 de julho de 1996.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

“O amor é preciso” de Paloma Veras. (Texto de Seguidora)

Paloma Veras


              Pessoal, sábado passado, dia 15 de outubro, eu tive acesso a alguns escritos de uma amiguinha de quatorze anos, Paloma, uma garota muito inteligente, amiga da nossa família. Naquele dia resolvi que iria por em prática, algo que há muito eu tenho pensado. Eu vou abrir o espaço do meu blog às quintas-feiras para vocês postarem algo.
            Após conversa com minha amiguinha, resolvi postar hoje, quinta-feira, 20 de outubro de 2011, esse interessante texto de autoria dela, uma visão adolescente do amor. Pessoal! Apresento-lhes: “O amor é preciso” de Paloma Veras.



            É como se um dia você perdesse suas forças , é como se seus olhos não pudessem mais se abrir para se dar conta da realidade. Seu corpo não responde a mais nada, você não come , não sai , esquece seus próprios amigos. Isso é o amor! E eu sei que você já passou por isso como eu passei, ou algo parecido.
           Do outro lado do amor existe a mentira, que diz que cuidará sempre de você, que nunca te deixará sozinha e de uma hora pra outra, some, te deixa desamparada, afogada em suas próprias lembranças. Não tem outro caminho.
           O amor é simplesmente a passagem do lógico para a idiotice. Porque amor não é uma fase tão sadia da vida, pois o amor agride, o amor fere. Mas acima de tudo, o amor é preciso. Ninguém vive sem sofrer, ninguém vive sem passar momentos de paixão intensa com alguém.
           O amor é até gostoso, mas um dia acaba. Está preparada para isso?



P. Veras

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Eu caminho por lugares que jamais caminhei.

                            
             Eu caminho por lugares que jamais caminhei, minha mente traça todos os trajetos desse meu caminhar. Sinto-me só, ando só, meu ser é só. É como se os dias fossem recheados de planos de vôos que eu nunca alçarei, meu destino é viver só, eu sei. Eu não conheço aquele no espelho, já não me reconheço no espelho. O espelho não já não me diz nada! Eu sonho com vidas que eu jamais vivi. Vidas onde eu fui feliz, amores?! Eu tive! Mas apenas um eu reconheci, amor solidão, amor que não sai de mim.
              Eu caminho por lugares que certamente eu nunca os conhecerei, lugares que gritam dentro de mim. Eu não sei da razão, não sei de emoção, só há duvida no meu coração. Qual direção tomar? Qual caminho caminhar? Enquanto isso, eu vou caminhando, sem caminhar, sem sair do lugar. Um dia admiro o pôr-do-sol, outro dia estou apaixonado pelo luar, rara e constante indecisão de amar!
              Eu caminho por lugares versados por poesia e música, não escuto nada, não percebo nada. A poesia abstrata se faz refém da minha indecisão, a música inata se diz desiludida com a minha emoção, enquanto isso, eu aqui, só, com a minha solidão. Eu caminho por lugares esquecidos dentro de mim. Caminho pelos meus doze anos de idade, idade onde eu fui feliz! Caminho pela minha adolescência, fase mágica de um ser que sempre eu quis. Esse ser sou eu, que agora procura ser feliz!
              Eu caminho por lugares que jamais caminhei, lugares de luz e paz, lugares que eu não conhecerei jamais!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Quem dera fosse como uma receita de bolo, a vida da gente!

                              

                 Quem dera fosse como uma receita de bolo, a vida da gente. Quem dera se eu tivesse uma receita e com alguns ingredientes, fizesse um sonho de vida. Quem dera se eu pudesse com uma xícara de açúcar, adoçar meus momentos mais amargos, quem dera se eu pudesse adoçar minhas amarguras mais profundas, eu seria mais amável. A vida seria doce feito mel.
                Quem dera fosse como uma receita de bolo, a vida da gente. Eu pegaria duas colheres da mais pura e natural manteiga que existe, pegaria também dois ovos de ouro da ave mais bela de todo o universo. A manteiga daria a leveza e a suavidade que a minha vida teria, os ovos de ouro indicariam a prosperidade e a fartura que uma pessoa precisa para se viver bem.
               Juntaria ao açúcar, a manteiga e aos ovos, duas xícaras e meia da farinha de trigo mais valiosa e generosa do planeta. Também adicionaria duas xícaras do mais rico leite, tirado da melhor e mais saudável vaca desse mundo. Não poderia faltar chocolate em pó, feito do melhor cacau da mais bela fazenda de Ilhéus ou de outra maravilhosa cidade do sul da Bahia. A farinha de trigo representaria a própria criação, a própria vida, representaria o amor, trigo é sinônimo de vida, trigo é vida, é pão, é corpo de cristo. O leite seria a certeza de saúde para enfrentar todas as adversidades da minha jornada terrestre.
              O chocolate em pó seria a certeza de diversão e de momentos felizes, faria ser eterna a criança que existe em mim. Com chocolate a vida teria gosto de festa. Acrescentaria uma pitada do mais “Salgado Sal que existe” acrescentaria também, pouco menos que uma colher de chá de fermento biológico. O Sal seria preciso para me lembrar que não serei nada sem Deus e que os momentos de tristeza e dor, me elevarão para perto dele.
              Já o fermento biológico? Seria a evolução dos meus patrimônios: terrestre e espiritual! Seria o crescimento em todos os campos da minha vida.  Quem dera fosse como uma receita de bolo, a vida da gente! Bateria todos esses ingredientes em uma forma untada com esperança e amor, levá-los-ia ao forno em temperatura agradável, transformados em destino e por sua vez, na minha vida! Que gostosa vida eu teria.    

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

É preciso dom para saber usar!

                                                    
             A palavra quando habita o papel, tem sentido, vida, vira elemento concreto.  A palavra quando sai da boca, avião  nos céus, antes, inexplorado deserto. Muito se diz e se escuta! Palavra, navalha afiada, ausência de sentimento, palavra, forma oca por dentro. Guerras e atribulações, chuva de palavras, um momento impensado, mundo acabado, mundo de paz, gesto mudo, quando a palavra inconseqüente, alça vôo incompreendido. Palavra que nos faz reféns do seu sentido, vasto apelo divido.
             Palavra que remove enfermidade, oculta verdade, desfaz castidade, palavra que pensada se cala, se falada se rebela, desvela, constrói e destrói castelos. Palavra que faz do ouro amarelo, porque sentido de cor, palavra é amor. Verbo amor, palavra do criador, que cria e recria o sentido maior do que sou! Palavra é vendaval que sai da boca, fazendo ruir a consciência do ser, palavra do sentido viver! Saber usar, saber falar, palavra, navalha afiada, pagina de papel molhada, lágrimas de uma história do falar!
          Palavra! É preciso dom para saber usar!

sábado, 15 de outubro de 2011

Carpe Diem!

                                                    



                  Uma força chamada vida, grita e pede passagem, uma vontade imensa de sonhar, o dia nasce é nos traz a oportunidade de recomeçar, sinta-se um ser privilegiado! O dia lá fora, chove, molha, mas não encharcará as nossas esperanças de vencer.
                    A chuva lá fora nos dará a oportunidade de lavar as nossas magoas, ressentimentos, nos dará a oportunidade de purificarmos a nossa alma. Agora, se o dia lá fora é sol brilhando no céu? Aproveite! Trabalhe, reúna-se com seus amigos, parentes, affair, paixão ou amor!
                   Aproveite o sol! Rapazes! É mais uma oportunidade para manter a velha forma! Mulheres! Depois desses dias e principalmente de uma noite chuvosa, é a hora de pegar aquele bronze, deixar o corpo com a cor do pecado! No bom sentido, é claro!
                  Galera do futebol! É dia do bate bola com os amigos e depois tomar aquela cerva gelada! Bebam com moderação! Vai dirigir? Não beba! Vai beber? Me dê um alô, mande um MSN, um recado no Face, no Orkut! Só não me incluam fora dessa!
                  Meninada da paquera! É dia de shopping, dia de namorar! Dia de ficar de bobeira admirando as gatinhas e gatinhos num ir e vir elétrico na praça da alimentação!
                  Ah! Tem a galera dos estudos também! É dia de revisar aquela matéria, ou realizar aquela maratona de exercícios! Com fé em Deus, a sua hora vai chegar! A minha também, pois faço parte dessa banda! Ana Paula, Leandro Ribeiro e Lilia Amorim! Vocês estão inclusos nessa galera, lembrem-se das nossas conversas sobre o futuro!  
Uma força chamada vida, nos avisa que é tempo de recomeçar, é tempo de aproveitar o verbo viver!  Hoje é sábado! Viva à sua maneira! Carpe Diem!    

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

“beijo na boca” ficou tão banal assim?

                                               
                Ontem, quinta-feira, 13 de outubro de 2011, eu ouvi uma garota falar ao celular que beijou vários no show da dupla Jorge e Mateus, a frase “beijei vários no show” chamou-me a atenção. Será que o “beijo na boca” ficou tão banal assim? Será que beijar é a etapa menos importante de um relacionamento? Ninguém anda por ai beijando todo mundo a toda hora, sem nenhum escrúpulo! Então por que será que o beijo na boca se tornou tão banal? Os tempos mudaram é verdade! Mas nosso corpo é templo sagrado, será que beijar sem compromisso e sem freios é a bola da vez?

                   Beijar assim, sem compromisso já é a bola da vez faz tempo! Mas quem será que perde nessa troca desenfreada de nada? Nada de compromisso, nada de sentimento, nada de depois, nada de nada. Beijar vários é o jargão do momento, um jeito de não sofrer e se apegar que torna as pessoas ocas! Banais e vazias! A banda Raça Negra tem uma canção que diz: Olha um beijo na boca/ não é simplesmente uma coisa banal. Beijo na boca é tão importante, que até as profissionais do sexo não beijam sem sentimento, praticam o ato sexual, mas não beijam na boca.

                   Por que pessoas que convivem com o sexo diuturnamente dão tanta importância ao beijo? Segundo elas, beijar, só com sentimento! Beijo é a chave que abre a porta do sentimento! Não sei se estou certo ou errado? Mas beijo é cristal frágil e muito raro.  E você também é a favor de beijar vários?

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A moda altera o jeito de viver das pessoas!

Minha Pequena Naná
                                              



               Na terça feira, 11 de outubro de 2011, eu estava no centro de Taguatinga, a procura de um brinquedo para a minha filha Mel Karoline, já que no dia doze de outubro, além de comemorar o dia das crianças, nós também comemoraríamos o aniversário dela. Andava eu pesquisando nas lojas e como sempre admirando aquele ir e vir frenético das pessoas, a velha e fabulosa indecisão humana. Porém algo me chamou a atenção, naquele meu caminhar pelo centro de Taguatinga e por boa parte da Avenida comercial.
                 Nessa minha busca pelo brinquedo perdido da Mel, chamou-me a atenção, o vestuário das pessoas, uma seqüência de figurinhas carimbadas, garotas e garotos todos vestindo um mesmo padrão de roupa. Fato que fez com que eu me sentisse um E.T, um ser de outra dimensão. Será que a moda tem intenção de deixar tudo uniforme? Que moda é essa que ao ditar um novo conceito de vestir, transformam a todos em reflexos distorcidos? Porque a roupa é a mesma, mas as formas e as pessoas são diferentes!
               Eu, disfarçadamente dei uma olhada em minha roupa e percebi que não era parecida com nada que minhas retinas conseguiam captar! Tive uma sensação horrível! Quem estava fora de sintonia? Quem era anormal? Quem estava errado? De um lado, um grupo de garotos com calças mostrando as cuecas com um escrito na cintura e um boné de cor berrante, mochilas de jeans surrado! E do outro, outra galera, agora com garotos de gel no cabelo, tênis bicolor e camisetas regatas e mochilas que mais lembravam aquelas mochilas de escaladores de montanhas!
             Atento a tudo, admirei aquela tentativa vã desse pessoal que jurava ser diferente! E para melhorar a situação, as meninas seguiam também um conceito de roupa interessantemente igual. Blusinhas mostrando as barriguinhas, blusinhas de cores diversas, mas predominavam o lilás e o azul, melissinhas com um laço ou uma flor dando o toque final!  Avistei também, quatro garotas atravessando a faixa de pedestre, elas, nas casas dos quinze aos dezesseis anos, num verdadeiro show de uniformidade.
              As garotas usavam uma franja cobrindo o olho direito, não me perguntem por que o olho direito? Bermudinha jeans, piercing no nariz, também do lado direito!Óculos colorido, a maioria rosa, mochilas jeans surrado com uns penduricalhos, celulares Smartphones de cor rosa, meia soquete e tênis cano baixo. Tenho que confessar! Essa tribo lembrou a tribo da minha filha Naná! Dentro desse quadro de igualdade perfeita, realmente me sentir um ser muito estranho! A moda dita um modo de se vestir que inconscientemente altera o jeito de viver das pessoas!
             É complicado não aderir à moda! O apelo é muito forte e desleal com todos nós!
             Você também é um refém da moda?
             É melhor eu encerrar por aqui porque preciso ir às compras!  Vou renovar meu guarda roupa!   

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Nossa casa virou uma floresta encantada (Para minha filha Mel Karoline).

Mel Karoline
                         

               Eu já era pai da Naná, uma garota de nove anos, quando ela nasceu. Lembro-me bem, 12 de outubro de 2004, dias das crianças, todos na maior expectativa, mas uma menina no mundo e na minha família. Por causa da Naná, eu já convivia com a Xuxa, assistia ao Sitio do Pica Pau Amarelo e dançava todas as coreografias da Kelly Key, era um tal de baba baby o dia todo. Até ai, tudo bem! Acontece que quando ela chegou, nossa casa virou uma floresta encantada.
             A partir do dia doze de outubro daquele ano, eu, minha esposa e a Naná, nos tornamos exotéricos, passamos a acreditar em fadas madrinhas, duendes, princesas com super poderes, fadinhas encantadas. Pessoal, a partir do dia doze de outubro daquele ano, eu me tornei pai da Tinker Bell, padrinho da Pequena Sereia, Cinderela, Alice, Princesa Jasmim, tio da Branca de Neve, adotei os Setes Anões, dei carona para a Barbie que ainda reclamou do meu Monza verde 1990, desconfio que cheguei a ser sogro de alguns príncipes encantados, e vejam vocês, fui advogado daquele pestinha do Pica Pau também.
             Depois que ela chegou, todas as noites nós recebíamos a visita de algum ser mágico, já era normal eu dormir no sofá e acordar em alguma distante floresta encantada. Certa vez, cochilei por alguns segundos em minha poltrona preferida, e acordei voando pela Terra do Nunca. Na companhia dela, da Naná e do Peter Pan. Pois é, a vida depois daquele dia doze de outubro de 2004 tornou-se mais doce, mas alegre, quando Naná nasceu, eu e minha esposa recebemos a Paz, recebemos a tranqüilidade em forma de pessoa.
             Mas depois daquele dia doze, voltamos a ser criança, voltamos a sorrir como criança, voltamos a sonhar com um mundo mágico. A vida tornou-se doce, a vida ganhou um sabor de Mel, ela, nossa caçulinha mágica, nosso doce Anjo Mel Karoline. Nasceu no dia doze de outubro, dia das crianças, nos fez crianças, nos fez novamente sonhar. Que a vida seja para ela, doce! Ela, Que traz em seu nome a força e a doçura do viver! Seu papai aqui, sua mãezinha e sua irmãzinha Naná desejamos que a vida seja doce para você! Feliz e doce Aniversário pequena Mel Karoline!     

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Que gostoso é ser criança (Todo mundo tem um pouco de criança)

                                    
          Chocolate, chiclete, bombom, balinha, pipoca, pé-de-moleque, que gostoso é ser criança, bonecas, carrinhos, castelos, patins, skate, Corre-Corre, Pega-Pega, Esconde-Esconde, que divertido é ser criança.  Doze de outubro, dia das crianças, no fundo, todo mundo guarda uma criança dentro de si. Roda gigante, carrossel, a vida gira em poucos segundos e o mundo ganha cor, brincar de ser livre, sentir-se livre, todo mundo no fundo, tem uma eterna poção criança.  O mundo precisa delas! Nossas crianças. Precisamos ouvir a melodia gostosa de suas gargalhadas povoando a praça. A vida com elas se enche de graça.
            Deixe o menino brincar, deixe a menina dançar feito bailarina, deixe o olhar desses anjos, dissipar a neblina e fazer surgir por entre os montes, dias de sol. Deixe a criança ser o farol! Farol que indica a direção para dias felizes. Luz que nos ilumina em tempos de crise. Amanhã, quarta-feira, 12 de outubro de 2011, será dia para celebrar a alegria, celebrar o dom de sonhar, feliz dia das crianças! Crianças Gritem! Corram! Pulem! Dancem! Batam palmas!
            Um Viva para as nossas crianças, para todas as crianças, inclusive, aquelas que habitam nosso peito!      

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Sou assim como você em mim (Para minha esposa,Feliz Aniversário! 10/10/2011)

Para minha esposa (nega) Maria Francisca, Feliz Aniversário! Te amo!
                             

         Muito tentei escrever, Até tentei esquecer, Risquei muros e papeis. Impossível, foi assim, Amei logo à primeira vista, Feito algo natural,
Raios no céu do meu querer, Alegria eterna de viver, Nada mais, Bahia,
Coração rasgado em néon, Inicio de algo sem fim, Sentimentos tatuados em mim.
           Como antes, nada mais, Aceitei doce invasor, Ganhei a vida ao me perder, O amor veio assim, Movido a sonhos, Escrevendo historias, Sereno feito litoral, Dividiu o meu ser e Eternizou alegria. Maravilhou os meus dias, Ontem, esquecida solidão. Reino unindo corações, Amei peito aberto a multidões E foi impossível recusá-lo, Sinto-me assim, muitos mais Sol nos meus dias.

         Imagem perpetua de desejo, Mar de beijos, Ontem, nunca mais. Eu agora sou feliz! Sou assim como você em mim.

                             

domingo, 9 de outubro de 2011

Um desejo no peito de voar


Leve, livre feito nuvem,
Um desejo no peito de voar,
Virar mar, jangada a navegar.
Pôr - do- sol bem prá lá de horizonte mar.

Um dia de domingo, vento correndo lá fora,
Tristeza indo embora,
Avião trazendo boas novas,
Um coração no peito a sonhar.

Leve é a cor da neve no olhar,
Breve alguém que chega prá ficar,
Um domingo tranqüilo,
Com aquilo que se diz ser o amar.

Vamos pra rede sonhar,
Vamos brincar de ninar.   

sábado, 8 de outubro de 2011

Os Três Tempos


Vidas,
Vidros,
Quebraram a noção de tempo.

Meninas retinas fatigadas,
Pelo foco opaco da saudade,
Realidade é sempre o que se foi.

O silencio agride o som
E encontra refugio,
No seio do ambiente.

A ilusão do agora,
Na inocência do depois,
Chegar é ir embora e o ser se foi.

Enquanto isso, eu, sonhando passado,
Retratos relatam recados,
Olhando o retrovisor.

Meu mundo em três tempos,
Passou, passando, passado,
Passam, passos, pensamentos.

Ouvi o tempo relatar ao mestre,
Que após a morte o homem
Escreve o seu testamento.