sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Espelho de uma triste pronuncia.

                                                 
              Eu sou espelho de um querer que atravessou gerações. Sou espelho de um desejo guardado a sete chaves, um desejo jamais revelado, jamais saciado, um desejo por gerações, sufocado. Eu sou uma lembrança de noite fria, noite sem companhia, noite de uma eterna solidão. Eu sou espelho de um crime quase perfeito.  Crime de amar em silêncio. Eu sou espelho de uma valsa solitária, de uma balada para um amar inacabado. Amor jamais revelado.
            Eu sou espelho de um apego que jamais desejou retribuição. Sou espelho de um apego. Inativo vulcão.  Sou espelho do amor de Julieta e Romeu. Sou espelho do amor de Rapunzel. Sou espelho da minha própria prisão. Eu sou espelho de um querer que atravessou gerações. Sou espelho de tantas emoções, só não fui espelho do amor correspondido. Hoje eu sou espelho de um coração perdido. Sou espelho de uma renuncia. Sou espelho de uma triste pronuncia. Sou espelho de um Adeus!

2 comentários:

Anônimo disse...

André,
Ai! Apesar de lindo é um texto muito teeenso!!!
Beijo,
Rita de Cássia Torres

Unknown disse...

Rita,
Que bom ver você por aqui de novo!!!!!!!!!
André