sábado, 18 de fevereiro de 2012

Eu sou como as flores e Eu nunca esqueci o Batom.

Amigas leitoras, Jalda Xavier e Janaina Carvalho
      

    Eu sou como as flores (Para minha amiga e leitora, Jalda Xavier)

           Eu sempre sonhei com uma casa construída, faculdade concluída e final de semana no litoral. Eu tracei todos os meus planos com os pés fincados na realidade. Eu nunca tive medo da verdade, mesmo sabendo que a verdade, às vezes, machuca pra caramba. Sofri muitas vezes por causa de mentiras em pele de verdades. Eu nunca vivi nada pela metade.  Eu sempre fui uma amiga dedicada, certas vezes, até pisei na bola, já dei uma ou duas mancadas, mas isso é normal, faz parte do relacionamento entre verdadeiros amigos.
           Eu sou aparentemente frágil, sou aparentemente delicada, mas carrego no meu intimo a força da mulher brasileira. Dessas que sobem e descem ladeiras com lata D’água na cabeça. Com todo esse sacrifício ainda mantenho minha beleza. Eu amei um amor que eu jurava ser eterno, mas que infelizmente buscou caminhar no deserto da distancia. Hoje, tenho somente doces lembranças.
         Eu sonhei com um mundo perfeito! Perfeito, nas suas imperfeições! Eu sonhei com amores eternos! Eternos, nas suas recordações. Eu sou uma mulher que chora.  Sou uma mulher que se comove quando alguém vai embora, eu sou como as flores quando seus amores buscam outros jardins. Flores, são flores, independentemente, de a primavera ter chegado ao fim.    

EU NUNCA ESQUECI O BATOM (Para minha amiga e leitora, Janaina Carvalho)

        Eu nasci ontem, quero tudo para ontem, não tenho tempo a perder. Quero o alfabeto em uma só palavra, quero atitude em um só ato. Quero tudo de fato. Eu sou intempestiva, agitada e impulsiva, sou resumo, sou atalho. Sou de fácil resolução. Eu não faço diferença entre tempestade e um copo com água. Para mim, as duas coisas podem me tirar do meu caminho. Não suporto vida parada, meu lema e movimento.
       Eu sou vendaval que sai da boca, se mexem com minhas filhas fico louca, faço vir abaixo qualquer estrutura.  Não conheci facilidades, quase nunca aproveitei o que de melhor possuíam, as melhores fases da minha vida. Mas não trago no peito esse ferida, sangrei o que tinha de sangrar, chorei o que tinha de chorar. Mas levantei, sacudi as poeiras acumuladas sobre minha alma e dei a volta por cima.   
     Eu nunca esqueci o batom, nunca perdi o tom, nessa doce melodia que é ser mulher. Apesar dos descaminhos, ainda desperto desejo e me emociono quando vejo um longo beijo de novela. Mesmo passando o que passei, para chegar até aqui. Eu ainda tenho sonhos de uma apaixonada Cinderela.  

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns ás duas!! Eh em mais especial a minha mãezona e amiga, Jana, que Deus abençoe sempre sua vida e te conserve sempre esta pessoa maravilhosa!!

Lindo texto André, nem preciso dizer que o segundo é a descrição real da Jana!!!

Abraço

Sabrina Feliciano

Anônimo disse...

Que bela homenagem às minhas queridas amigas: Jalda e Jana!!!
Elas merecem todas as honras e glórias...
Como sempre, André e seus textos impecáveis, repletos de emoção e que descreve, incrivelmente e com muita verdade..seu amigos!!!
Felicidades a Jana e Jalda!
Bom Carnaval a todos..
Beijo,
Rita de Cássia