quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Para entender o meu coração.

na foto, minha amiga e leitora, Mariana Reis. julho de 2010.
                                                       
        Gastei dúzias de pensamentos e revirei o meu sentimento inconseqüentemente de cabeça para baixo. Fiz o diacho para entender o meu coração. Eu desbravei o Himalaia, garimpei revoltas antigas, reavivei celeumas esquecidas, fiz o diacho para entender o meu coração. Eu fiz e refiz o caminho de Santiago de Compostela de joelhos. Eu atravessei o mar Vermelho, passei a pão e água no deserto. Eu fiz o diacho para entender o meu coração.
       Eu enfrentei os labirintos intermináveis da minha saudade, me despir por inteira, me fiz verdade, mas nada, não adiantou! Eu revirei meu velho baú de minhas inquietações, procurei lá no fundo do poço, entender certas emoções, eu cravei no meu peito a adaga da humilhação, e mesmo assim, eu não consegui entender o meu coração. Eu fiz contato com o mundo espiritual, eu fui do céu ao inferno e me fiz vendaval do meu próprio ser. Nada adiantou, não consegui entender.
      Eu gastei dúzias de pensamentos e revirei inconseqüentemente os meus sentimentos, só para entender o meu coração. Nada adiantou, não deu não. Após longa jornada, meu coração olhou-me de maneira pausada, e confessou: minha linda menina, perdendo-me, me encontrará sempre dentro ti, não me conhecendo, passará a entender a singela magia do viver, que é: “não conhecer e não saber controlar o próprio coração é o que faz o amor e os sentimentos florescerem dentro de nós.”       

3 comentários:

Marí disse...

Não sei quantas almas tenho

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que sogue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu..

Tenho tanto sentimento Que é freqüente persuadir-me De que sou sentimental... somos ne dé

que faz o amor e os sentimentos florescerem dentro de nós.” sempre lindo texto dé..


beijos

Unknown disse...

Mari,
Valeu pelas palavras e pelo belo poema!
precisamos na verdade, é não entendermos o nosso coração!
A vida é assim!
Abraçõs,
André

moreninha disse...

Como é difícil entender o coração!