segunda-feira, 30 de abril de 2012

Acho que é amor por você


Na foto: casal de amigos leitores; Annie e Eder




                 Maior que eu, maior que tudo que eu sinto. Minha pupila dilatada, minha voz embaraçada, eu não sou dona de mim. O meu andar desgovernado, meu sorrir abobalhado, acho que é amor! Eu ando cantarolando por ai, sempre com uma boba vontade de sorrir. Eu acho que é amor! Eu tô passando horas em frente ao espelho, tenho cuidado mais do meu cabelo. Não posso nem pensar, em dar furo na hora de me vestir.
               Eu acho graça de tudo, eu ando deixando o silêncio mudo com a minha alegria. Tenho ofuscado a luz do dia com o brilho do meu olhar. Acho que é amor! Eu canto refrões considerados, melosos.  Tenho enviado torpedos apaixonados, meu discurso está atrapalhado, acho que é amor! Eu ando dando bom dia a todos que por mim, passa. Tenho contado estrelas, sentada lá na praça. Eu Tenho tido motivos de sobre para continuar a viver. Acho que por tudo isso, só pode ser amor. Acho que é amor por você.

domingo, 29 de abril de 2012

Eu vesti e calcei as mais famosas marcas do mundo.


Na foto: amiga e leitora; Rayana Santos

                                   


               Eu conheço o mundo, viajei milhas e milhas. Sei de lugares que meus olhos jamais esquecerão, mas a maior viagem que fiz foi para dentro de mim. Eu conheço o universo, conversei com cometas e asteróides, eu ouvi de estrelas, segredos que jamais esquecerei, mas foi do meu coração a maior descoberta que eu fiz.  Eu naveguei os sete mares, desbravei os oceanos e explorei os mais inigmáticos rios desse planeta. Mas foi no mar das minhas lágrimas, que eu precisei, realmente, de avistar a luz de um farol.
               Eu visitei os teatros e museus mais famosos do mundo, ouvi e assisti as mais belas óperas e peças teatrais que os amantes das artes podem imaginar. Mas foi o canto do meu coração, a canção mais tocante que eu já escutei. Eu vesti e calcei as mais famosas marcas do mundo, mas foi despida de tudo e de qualquer sentimento mesquinho, que eu pude me reencontrar comigo mesma.
             Foi viajando a pé, pelo intimo do meu interior, que eu descobri a paz e percebi que, eu ainda posso e serei muito feliz!  

sábado, 28 de abril de 2012

A balança do nosso destino


Na foto: amiga e leitora, Rayana Santos.

                                                     
    Agente perde muita coisa nessa nossa caminhada, mas acho que o saldo positivo é maior do que tudo. Um dia a chuva reina, no outro é dia de praia. Saber caminhar seu caminho, é a maior missão que nós temos nessa vida. Aprender que: nem sempre quem está na chuva, necessariamente, tem que se molhar! Por outro lado, nem todo dia de sol, necessariamente, vai dá praia! A balança do nosso destino precisa estar sempre calibrada com a vontade divina!
       Nem toda lágrima é de tristeza, nem todo riso é de alegria. Dia -a- dia, agente escreve e reescreve nossa caminhada. Às vezes tormenta, outras vezes, água parada. Agente perde muita coisa nessa nossa caminhada, mas acho que o saldo positivo é maior do que tudo.  Quantas Pessoas, nós deixamos para trás? Quantas pessoas passam a fazer parte da nossa vida, de forma definitiva?  A balança do nosso destino precisa estar sempre calibrada com a vontade divina!   

sexta-feira, 27 de abril de 2012

O lindo diário das nuvens


Na foto: leitora, Verinha Macedo



                Passei a tarde lendo e relendo, o lindo diário das nuvens. Diário que norteia nosso viver, diário do nosso amanhecer. Li o livro do que é o viver! Eu, admirada peça que sou nesse tabuleiro chamado, vida. Só hoje, percebi que a leitura desse mágico diário das nuvens, havia sido por mim, esquecida! Leitura que deveria fazer parte do meu dia-a-dia. Diário que norteia nossas emoções.
                Nuvens que passam lá no céu e tão pouco são notadas. Refazer os planos, observar as formas e as muitas faces que as nuvens assumem. Cada desenho, cada nova forma, um recado de viver. Pouco se valoriza o recado das nuvens, vergonha de ser criança e entender o que só o olhar de uma criança consegue perceber. Diário das nuvens, nuvens feitas de algodão doce, pedaço doce da nossa imaginação.
               Nuvem, livro que inspira o romance que é viver. 

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Felicidade, lugar gostoso de ficar.


Na foto: brincando de ser feliz; Fabíola Senna

                                     
           Longe, muito longe, bem distante, segue minha vontade de ser feliz. Infinito pulsando no peito, minha vontade voa alto, quer ser algo solto nas avenidas da felicidade. Longe, meu pensamento se aventura por entre a selva de pedras planejadas. Nada vai fazê-lo parar. Felicidade, que lugar é esse, que todo mundo quer morar?  O disse me disse das pessoas que caminham pelas calçadas, a mesma vontade que habita o meu peita, habita o peito dessas pessoas. Felicidade, lugar gostoso de ficar.
           Longe, meus passos na corda bamba da gostosa irresponsabilidade, fim de tarde, dá vontade de voar! Voar por ai, coisa boa de um coração à toa! Em cada rua, em cada esquina, começa e não termina o sonho de ser feliz! Cada ser humano carrega consigo no peito, um querer de sempre sorrir. Natureza harmonizando sorriso. Visto um leve vestido florido e, saio a flutuar.
         Longe, muito longe, bem distante, brinca minha vontade de ser feliz.      

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Eu tirei o dia para mim


Na foto: leitora, Mari Cunha: Guarapari


                Eu tirei esse dia para mim. Hoje, eu revirarei as velhas caixas de minhas histórias. Eu tirei esse dia para mim, mas nada de nostalgia boba ou recordações românticas. Apenas eu quis e quero esse dia. Esse dia, para ficar comigo. Ficar com a pessoa que um dia eu fui e, que hoje eu sou. Tirei o dia para revirar as ondas do mar com os meus pensamentos. Tirei o dia para deixar meu olhar imitar as gaivotas lá no céu! Deixar meu olhar voar além do horizonte e acariciar o pôr-do-sol. 
                Hoje eu tirei o dia, para guiar meu carro sem destino e, simplesmente apreciar a linda paisagem da tão falada orla marítima do meu coração. Tirei o dia para deixar o vento bater no meu rosto e me fazer sentir o gosto gostoso que tem o viver. Hoje, eu quero blusa solta no corpo, pés se harmonizando com areia da praia, eu quero lembrar tudo que eu vivi, até chegar aqui.
               Hoje, eu tirei o dia para mim. Eu quero resgatar a magia que é estar comigo mesma, desfrutar de minha companhia, hoje é o meu dia! Ah! Hoje eu não atendo telefone, não reconheço nem o meu nome. Hoje, não me procurem no Face, nem na face da terra, hoje, só a paz não me erra. Porque hoje, eu tirei o dia para mim.  

terça-feira, 24 de abril de 2012

De repente?


Na foto: leitora, Fabiana Soares

                                                  

           O espelho me revelou que eu já não sou mais a mesma, algumas amigas já não me acompanham mais por ai a fora. Agora, o meu parceiro de solidão já não é mais o meu velho walkman, atualmente, quem curti umas comigo é o meu descolado Ipod. As velhas placas pintadas a mão, já não fazem parte da paisagem, agora, enormes outdoors maiores que a própria cidade é quem comandam o cenário. Acho que o espelho não me revelou que a cidade também mudou!
           Caminhando pelas ruas, percebo que o solo ficou muito fértil, aqui a qualquer hora, semeou concreto, nasceu prédio! Cada um mais alto que o outro. A minha cidade mudou! O meu espelho mudou! Os parques de diversos estão cabendo dentro de um quadradinho mais que parabólico chamado, Tablet!  E os gritos das crianças? Esses são modulados e equalizados para não incomodarem a vizinhança! Realmente, o meu espelho não me avisou dessas mudanças!
           Será que tudo aconteceu, assim, tão de repente? A lua dos poetas foi arrendada e loteada para os astronautas e cientistas, a poesia virou poeira! Fala prá mim, meu espelho, isso é brincadeira? Eu já não sou mais a mesma. A minha cidade e a vida, também não!   

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Seu inseparável chapéu de palha trabalhada.


Na foto: leitora, Munik Faustino



             Hoje eu sinto falta do seu chapéu de palha trabalhada e daqueles óculos escuro que apenas insinuava revelar, os segredos que guardavam o seu olhar.  Hoje eu sinto falta do seu sorriso descomprometido que sempre tinha uma saída para as minhas piores crises existenciais. Hoje eu percebo que eu trocaria aquele bate papo naquela roda de intelectuais, só para ouvir novamente aquelas gostosas besteirinhas ao pé do meu ouvido.
               Hoje eu sinto falta de ver você dançar no meio das ruas daquela festeira cidade a alguns quilômetros daqui. Hoje eu sinto falta das loucuras daquela sua amiga que quase não dava trégua para o nosso namoro. Aquela mesmo, que muitas vezes sem eu querer confessar, adorava vê-la ao seu lado.  Hoje eu percebo o quanto eu fui errado. Hoje eu sinto falta do seu jeito pirado.
             Hoje eu sinto falta daquele Pen Drive carregado de sertanejo universitário. Sinto falta de ver você dançando “Ai se eu te pego” e encantando todo o cenário. Hoje eu sinto sua falta e só me restou essa foto de você usando o seu inseparável chapéu de palha trabalhada e o seu enigmático óculos escuro.  Hoje, olhando esta foto, percebo que sem a luz do seu jeito de viver, eu estou vivendo no escuro.   

domingo, 22 de abril de 2012

Essa estranha e mágica sensação


Na foto: leitor, Manassés Gomes 



            No meu coração cabe um país, no meu coração cabe um Via Láctea inteirinha.  Nele cabe todos os perdões e multidões que povoam o meu ser, nele cabe o meu viver. No meu coração cabe todos os medos e receios da humanidade, nele cabe mentira e verdade. No meu coração cabe um rio de lágrimas, porém nele também cabe um oceano de sorrisos. No meu coração cabe todos os amores do passado, cabe o que está ao meu lado e ainda há espaço para um futuro amor, se preciso for! 
           No meu coração cabe esse ser que hoje sou. Ser que aprendeu que não sabe nada sobre o seu coração. Neste ser também cabe essa estranha e mágica sensação.

sábado, 21 de abril de 2012

Ela chegou e a vida me reinventou


Na foto: leitoras; Raquel Lima e sua filhinha, Karen. 




              Ela chegou e a vida me reinventou. O lindo e adorado pôr-do-sol, agora tem mais intensidade. Ela chegou e a vida me reinventou. O passear das horas, agora possui um ritmo mais frenético e estimulante, agora eu valorizo cada milésimo de segundo. Ela chegou trazendo um punhado de sensações novas, sensações que eu jamais pensei que sentiria. Agora, eu sou muito mais o verbo dividir! Ela chegou e a vida me reinventou. Agora eu sou o porto seguro dela! Gostosa contradição, na verdade: ela é o meu porto seguro!
             Ela chegou e a vida me reinventou. Com ela a paz sentiu ciúmes da paz, que é o sono dela! Ela trouxe a união da família, ela me fez: mãe, irmã, mulher e filha. Ela me fez uma super mulher! Ela chegou e a vida me reinventou. Eu juro que ela precisa do meu colo, mas é nos braços dela que eu encontro abrigo e sossego! Ela chegou, foram-se embora medos e receios, ela chegou! Revelando e querendo dividir comigo alguns milhares de segredos! Minha filha Karen chegou e eu estou reaprendendo a viver!

Grande e maravilhosa explicação


Na foto: Amiga e leitora, Lin Araujo. Lago de Garda,Sirmione/Itália. 



          Saiu por ai um coração a procurar respostas. Ele se deparou com vielas pintadas de nenhuma perspectiva de futuro, ele encontrou esquinas embriagadas de desespero, mas nada de resposta concreta. A meta era correr mundo a fora, ir embora, garimpar esclarecimentos. Saiu por ai um coração a procurar respostas. Atravessou o espelho da autopiedade e, se despiu para ouvir as “verdadeiras” verdades, mas nada de resposta concreta.
           Regressou a um passado passado, mas nada de novo. Foi para um passado recente e, nada. Chorou um choro oco, enxugou o rosto e seguiu jornada. Saiu por ai um coração a procurar respostas. Ele visitou o velho continente, ele ouviu os grandes pensadores, mas de nada adiantou. Eles não sabiam pensar sem citar as suas próprias dores. Ele ouviu alguns românticos e trovadores, mas de nada adiantou, eles não souberam externar os seus temores.
          Voltou para o meu peito, um coração que não achou reposta concreta para acalmar o seu interior, mas nessa busca, ele percebeu que nada, nem ninguém no mundo, conseguiu, consegue e jamais conseguirá explicar o que é o amor. E foi ai, que meu coração percebeu, que essa era a grande e maravilhosa explicação para o que ele tanto procurou!

sexta-feira, 20 de abril de 2012

A minha alma não tem cor, mas ela é colorida!


Na foto: leitora, Simonelle Ribeiro

                                 


             A minha alma não tem cor, mas ela é colorida! Ela transita por todas as nascentes e vertentes deste mundo. Ela já sofreu por um amor de sangue azul, mas também já coloriu estações de Norte a Sul com uma paixão Marrom bombom! A minha alma não tem cor, mas ela é colorida! Chico Cesar já cantou! Ela possui a tonalidade que fez cessar os mais sangrentos conflitos que a humanidade já presenciou. A minha alma tem o branco da paz!
            A minha alma não tem cor, mas ela é colorida! Ela possui uma miscelânea de cores em si, ela reflete a cor do meu país. Ela transita pelo cor de rosa e vive feliz da vida, porque rosa também é a cor da vida. Rosa é a cor do verbo “Amar” sem preconceito. Amor que se ama do seu jeito! A minha alma tem o verde que personifica a minha esperança por um mundo melhor.
           A minha alma não tem cor, mas ela é colorida! A minha alma é preta, negra e escura. Ela tem a cor dos gols do Pelé, a cor da força de Mandela, possui o suingue tribal dos Timbaleiros, possui a cor da liberdade de Zumbi dos Palmares, ela também possui a sonoridade dos versos catolaicos do grande Chico César!
          A minha alma não tem cor, mas ela é colorida A minha alma é da cor do que eu sempre quis! E eu sempre quis um mundo melhor! Ela possui um tom vermelho, vermelho da cor dos maiores e mais apaixonantes beijos! A minha alma tem a cor que eu desejo! A minha alma tem a cor do amor e do respeito ao próximo.       

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Quando vi você dormindo nos meus braços


Na foto: Leitores; Everton Lima e Renata de Oliveira

                                          

         Eu conheci a paz quando vi você dormindo nos meus braços. Ausência de solidão, coração certo de ser feliz. Eu conheci o amor quando vi você dormindo em meus braços. Nossa cama, jornada infinita de apego e querer. Eu conheci a paz, quando eu conheci você.  Dormindo você me dizia que a alegria criou raiz no solo fértil do meu peito. Dormindo você me dizia e disse: eu sou feliz!
          Eu conheci a certeza e a realização dos nossos planos, quando vi você dormindo nos meus braços. Casa, carro, filhos, cachorro e gato. Um lar perfeito nos nossos braços. Eu conheci a paz quando vi você dormindo nos meus braços. Eu conheci tudo que a vida reservou para mim. Certeza boa de sentir, quando nos meus braços, eu vi você dormir.  

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Foi divino aquele beijo


Na foto: leitores; Tiago e Layane




Foi divino aquele beijo,
Nós paramos todos os ponteiros do mundo
Nós paramos todos os pensamentos do mundo
Foi divino aquele beijo
O banquinho da praça,
O olhar da massa humana
O festejar daquela hora profana
Foi divino aquele beijo
O tempo parou para nos dar um tempo
O mar parou com o seu movimento
O pôr-do-sol parou de se pôr
Quando aquele beijo começou
Foi divino aquele beijo
Eu senti o meu pé gelar
Nossos corpos a levitar
Nós paramos à tarde, naquela tarde
Porque a natureza e todos ali presentes
Concordaram que realmente,
Foi divino aquele beijo. 

terça-feira, 17 de abril de 2012

Eu sou artilheiro das entrelinhas do meu viver!


Na foto: leitor ;  Geovane Cruz

                                     
         Ando driblando as tristezas do meu caminho. Ando tentando não ficar impedido diante da meta chamada, felicidade. Eu nunca pensei em correr dos meus problemas, acho até que, o cara lá de cima tem sido bom comigo! Sofrer, todo mundo sofre, ganhei algumas partidas com os pés nas costa, às vezes empatei um jogo bobo e por vezes, apanhei de balaiada por não levar a sério o meu adversário ou por não ter me preparado para referido compromisso. 
         Mas neste campeonato chamado, vida! Eu não corro o risco de ser rebaixado, estou tendo um bom preparo, tenho Deus como técnico e minha fé como instituição. Eu já fiquei de fora de algumas partidas por mera bobeira da minha parte, mas nada que me marcasse tanto assim. Eu dei com algumas bolas na trave, sou home gol da minha jornada! Eu sou artilheiro das entrelinhas do meu viver! Eu piro quando ouço a galera gritar: Vencer! Vencer! Vencer! Não sou de entrar em bola dividida, jogo na classe, só dou bola no pé. Eu não sou de ficar dando canelada na vida.
         Eu tenho um coração que tão cedo pensa em pendurar as chuteiras, ele ama essa gostosa brincadeira de viver! Eu ando driblando as tristezas do meu caminho.  Ando tentando não ficar impedido, diante da meta chamada, felicidade. 

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Mesmo quando a jornada estava complicada


Na foto: leitor e amigo; Ed Cavallary

                                      

             Ele sempre esteve aqui, algumas vezes, ele pegava carona em alguma nuvem que passava por aqui, voava até ali, ajudava um e a outro e, depois voltava. Ele sempre esteve aqui. Ele sempre foi os meus olhos, mesmo quando eu tinha a boba certeza de que ele não olhava para mim. Ele era os meus olhos, mesmo quando eu achava que não havia luz no fim do túnel.
             Ele sempre esteve aqui, sempre esteve aqui, nunca foi tão longe. Ele sempre esteve aqui. Ele sempre guiou os meus passos, mesmo quando eu tinha o leigo engano de que caminhar não era mais possível. Mesmo quando a jornada estava complicada, não era eu que no chão, pegadas, deixava! Era ele, que, meu caminho caminhava.
           Ele sempre esteve aqui, sempre! Nunca foi tão longe. Ele sempre esteve aqui, mesmo quando, em algumas vezes, ele pegava carona em alguma nuvem que passava por aqui, voava até ali, ajudava um e a outro e, depois voltava. Ele sempre esteve aqui. Sempre esteve! Sempre estará, mesmo que por vezes, eu não mereça. Ele sempre estará aqui. Porque ele é o Meu pai, ele é a minha fé nas coisas que eu não vejo. Ele é a bússola da minha vida.

domingo, 15 de abril de 2012

A mocinha que vestia 42, agora veste 38.


Na foto: leitora, Poliana Magalhães

  


              Agora eu estou podendo! Agora, o céu é o limite! Eu lhe avisei que eu daria a volta por cima, eu lhe avisei que eu nunca fui mulher de perder a rima. Eu só lamento por você! Essa garota aqui mudou bebê! Eu entrei na faculdade, conheci alguns intelectuais de verdade, fiz caras e bocas. Eu me matriculei na academia e dei um rumo diferente ao meu caminho. Mas eu lembro que eu vivia implorando seus carinhos e você tirava umas de mim.
               Eu abandonei os óculos, agora, eu só uso óculos escuro para criar um clima. Eu passei a cuidar mais dos meus cabelos, comprei um lindo sapato vermelho, fiz massagem localizada, minha comida está balanceada e, estou até falando inglês. É! Eu mudei! Eu comprei aquela tão sonhada calça jeans que eu sempre fui afim, Também comprei aquela saia, tamanho 38 que por diversas vezes a vendedora me ofereceu, mas que não entrava em mim, de tão apertada que ela ficava. É! Agora eu estou podendo.
           Eu Vivia com a auto-estima baixa, em alta, só a minha paranóia em frente ao espelho. Os meus olhos viviam vermelhos de tanto chorar. Eu corria feito uma louca atrás de você. E você? Nem ai! Agora eu estou podendo!  A mocinha que vestia 42, agora veste 38. O meu sorriso é mais alegre, meu olhar está mais leve, a minha silhueta e o meu caminhar estão de parar o trânsito.  Agora eu estou podendo! A mocinha que vestia 42, agora veste 38.  

sábado, 14 de abril de 2012

É sábado (“Alô Buteco”)


Na foto: leitora e amiga; Fabíola Senna.

                                         


É sábado!
Hoje eu não quero papo cabeça, esqueça!
É sábado, eu quero é balada
Sem essa de reclamar que a vida não ta com nada,
Esqueça! Papo cabeça, vida sem graça, hoje não estão com nada.
Quero um beijo com pegada
Quero ouvir uma gostosa cantada
De um amor novo ou da pessoa amada
Algo que me faça perder o juízo
Hoje eu preciso!
Não quero saber quem está certo,
“Alô Buteco!”
Prá alegria, hoje eu tiro o chapéu,
O lugar mais perto que eu vou alcançar
É bem prá lá, prá lá do céu!
Hoje eu quero ouvir reggae,
Dance, forró ou sertanejo
Hoje é sábado, me leve que eu deixo
Dançar coladinho, só na hora do carinho
Eu quero é perder o juízo
Se for preciso, me leve para outra dimensão
Se for para conversar
Só aceito conversa ao pé do ouvido
Já falei que é disso que hoje eu preciso
É sábado!
Me leve para outra dimensão.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Eu que era acostumada a conversar com as estrelas


Na foto: Leitora, Fabíola Senna.

                             

           Eu que era acostumada a conversar com as estrelas, a namorar a noite e a me confessar com a madrugada; agora estou assim. Eu que era acostumada a colecionar sorrisos, a espalhar gargalhadas pelas avenidas, acostumada a tecer sonhos nos olhares alheios; agora estou assim. Eu que era acostumada a receber bilhetes dos mais belos cometas que o espaço já viu. Eu que era acostumada a colorir os céus com a alegria do meu olhar; agora estou assim.
            Eu que era acostumada a causar inveja à solidão, acostumada a não ser mais uma na multidão, a lapidar pedras preciosas com o meu coração; agora estou assim. Agora estou assim, me acostumando a conversar com o acaso, me acostumando a consolar meus pensamentos; Agora estou assim, repaginando essa alma feminina que, logo logo voltará a sorrir.   

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Garota que saiu de um conto de fadas.


                                                     
Na foto: Leitora, Verinha Macedo


              Eu tenho mesmo esse ar de garota que saiu de um conto de fadas. Mas não se engane! Eu posso ser malvada se necessário for. Eu tenho mesmo esse ar, meio Branca de Neve, mas não sei pegar leve se meu coração estiver em perigo. A vida me deu a generosidade do espelho, porém também tenho por vezes, os meus olhos vermelhos, afinal de contas, todo mundo tem seus dias de inverno. Eu tenho mesmo esse ar de garota que espera sua fada madrinha chegar. Mas auto lá!  A vida nunca me deu nada de mãos beijadas. Eu sangrei e deixei muito suor ao longo dessa minha, curta, porém difícil estrada.
          Eu tenho mesmo esse ar de garota caprichosa de capa de revista. Mas o enredo dos meus dias, somente as canções da Pitty e de Ana Carolina sabem retratá-lo. Eu tenho mesmo esse ar de princesinha desprotegida e ameaçada por algum terrível Dragão. Mas não se engane, não! Eu nunca fugi da raia e, quando essa princesinha aqui, apanhou e foi derrotada, ela caiu de pé.  Eu tenho mesmo esse ar de garota que saiu de um conto de fadas. Mas não se engane!
             Essa princesinha aqui, já sabe o final que ela quer para a sua história!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Sou tudo que faz sentido


Na foto: Leitora; Esther Caroline

                                         

Sou palavra abstrata
De sentido concreto,
Sou chão, vão e teto
Sou para quem me leia,
Um livro aberto.
Sou morte, ausência e brisa
Sou o cessar, o sarar e o cicatrizar da ferida
Também sou vida
Sou pão de cada dia
Sou dor, pavor e alegria.
Sou o não saber o que acontecerá
Quando o dia amanhecer
Sou a ausência de certeza
E o continuar seguindo em frente,
Sou o que te entristece e o que te faz contente.
Eu sou frio e o calor
Sou tudo que faz sentido
Eu sou o amor.  

terça-feira, 10 de abril de 2012

O mesmo cara que adorava pegar o pôr-do-sol com a mão.


Na foto: amigo e leitor; Rodrigo Alves



         Eu só queria lhe dizer: que eu ainda sou aquele mesmo cara que adorava pegar o pôr-do-sol com a mão. O mesmo cara que todas as tardes sentava no peitoril do calçadão da nossa praia preferida, e fica ali, admirando a vida. Ainda sou aquele mesmo cara que adorava garimpar olhares, dos tantos desconhecidos que passeavam pelo antigo calçadão.
        Eu só queria lhe dizer: que eu ainda sou aquele mesmo cara que lhe enviava mensagens apaixonadas e bilhetes de amor eterno. Ainda sou aquele mesmo cara, que achava que o mar era a coisa mais linda e perfeita que o nosso bom Deus criou. Eu só queria lhe dizer: que eu ainda sou aquele mesmo cara que lhe pediu em namoro, naquele primeiro dia de verão.
      Eu só queria lhe dizer: que eu ainda sou aquele mesmo cara que passava horas amando o bronze da sua pele. Ainda sou aquele mesmo cara que você deixou, sem ao menos se despedir. Eu só queria lhe dizer: que desde aquele domingo, eu ainda volto todas as tardes ao mesmo velho peitoril e fico ali, sentado, cultivando a doce esperança de que um dia você voltar. 

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Eu pus os meus pés na areia


Na foto: leitora, Roberta Goes



             Mar, eu preciso de respostas, preciso fechar algumas portas que ficaram entreabertas lá no meu passado. Mar, eu pus os meus pés na areia para que eles entrassem em contato com a realidade. Mar, eu preciso achar respostas para tanta saudade. Eu preciso encontrar a paz que meu coração tanto almeja. A minha vida tomou um rumo diferente do combinado. Mar, agora ela navega por oceano errado.
             Agora, sou nau à deriva, marinheiro que desconhece maré, sou pescador que perdeu a fé. Mar, eu preciso recuperar o comando da minha embarcação. Mar, tantas vezes eu lhe admirei, tantos poemas para você eu dediquei, tantas tardes de alegria você abençoou. Mar, eu preciso de respostas, preciso fechar algumas portas que ficaram entreabertas lá no meu passado.  Mar, eu preciso achar o farol que indique um  porto seguro para o meu coração. 

domingo, 8 de abril de 2012

Saudades de um Rio (para um amigo carioca)


Na foto: Leitor e amigo; Riba Nascimento

                                                       

             Eu sinto saudades de um Rio que em janeiro, recebia de braços abertos turistas de todas as partes do mundo. Um Rio que em Janeiro, era o sonho de todos os adolescentes, um Rio que era o presente para qualquer brasileiro. Eu sinto saudades de um Rio que me viu nascer e crescer. Um rio, cantado por Jobim e Vinícius. Um Rio do jogo de baralho nas praças no final das tardes, saudades de um Rio do Largo da Lapa.
           Eu sinto saudades de um Rio que em Janeiro, ficava mais formoso com a beleza da garota de Ipanema, Rio que era aclamado no cinema, Rio de Janeiro do meu coração.  Eu sinto saudades de um Rio que ecoava o som de Jorge Bem Jor e do grupo Raça. Rio que eu tanto amei e amo de graça. Eu sinto saudades de um Rio, cujo herói não era nenhum capitão Nascimento de alguma Tropa de Elite. Eu sinto saudades de um Rio, cujos ídolos eram Zico e Roberto Dinamite.
          Eu sinto saudade de um Rio que era retratado nas novelas, sinto saudades de um Rio que tocava o puro Rock And Roll brasileiro, Rio do verdadeiro “Rock In Rio”.  Um Rio que fazia carnaval no mês de fevereiro. Eu sinto saudades de um Rio que em Janeiro, tinha suas calçadas e calçadões lotados de gente bonita, gente que amava a vida. Sinto saudades de um Rio em um tempo onde ainda existia minha mãe e meu pai. Sinto saudades de um Rio cujo aqueles saudosos Janeiros, não voltarão jamais.          

sábado, 7 de abril de 2012

Se por acaso ouvir rumores de mim.


Na foto: Leitora; Munik Faustino
                Não quero que você me entenda, mas espero que não se surpreenda com as minhas loucuras. Eu não quero placa indicando caminho, tão pouco quero que você se sinta sozinho, quando eu resolver partir.  É que o meu coração é uma caravana de teatro mambembe, ele não finca raiz em lugar nenhum. Mesmo assim, eu não quero que você me entenda, mas espero que não se surpreenda com o meu jeito de encarar a vida.
            Eu não sou de ficar pesquisando anúncios nos classificados, tão pouco gosto de encontro marcado, prefiro que o acaso faça o papel de cupido. É que o meu coração gosta de novidade e, como o beija-flor vai de flor em flor, ele adora viver de cidade em cidade. Mesmo assim, eu não quero que você me entenda, mas espero que não se surpreenda quando eu partir sem me despedir.
           Eu não quero que você me entenda, mas espero que não se surpreenda se por acaso ouvir rumores de mim. É que eu gosto de fazer barulho, eu sou daquelas que de cabeça eu mergulho, se o momento for me fazer feliz. É que o meu coração já sofreu por alguém e viu muita gente sofrer também. E vivendo do jeito que eu vivo agora, o meu coração quase não chora e isso tem me feito muito bem.     

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Eu sou do namoro a parte mais gostosa


Na foto: Casal de leitores; Liliane Fernandes e Antonio Santana




            Eu sou no namoro a parte mais gostosa, o momento mais intimo, o ato que revela as intenções mais fogosas. Na verdade, sou a porta que abre o templo da intimidade. Eu sou o que toda adolescente sonha em ganhar ou se deixar roubar. Sou quando acontece, a possibilidade de voar, Sou o pisar nas nuvens e, a vontade de ver o tempo parar. Eu sou o momento mais gostoso do verbo namorar. Eu sou folião nas micarês e carnavais por esse mundo a fora, sou e estou presente também na hora de ir embora. Eu sou o que sucede um olhar apaixonado e o que antecede a um abraço apertado.
            Sou porta que abre o infinito, posso ser aquele que resultará em um gostoso grito. Sou para os poetas, algo tão bonito. Eu sou o ato que sela uma união no altar, sou de perto, sou discreto e indiscreto, sou de lá. Eu sou o Beijo, sou o verbo Beijar.   

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Justo agora?


Na foto: Rita de Cássia. Av. Epitácio Pessoa-PB
                                                           

          Uma mensagem esquecida em alguma pasta do cartão de memória do meu celular indica que, você um dia me amou. O nosso divertido passeio de bicicleta de todas as tardes, o quiosque a beira do lago Paranoá. Ah! Justo agora essa mensagem resolve trazer de volta certas lembranças! Que tempo bom! Nossos sorrisos davam o tom para aquela linda melodia de amar.  
          Naquele nosso tempo, foram tantos segredos revelados ao pé do ouvido. Sempre naqueles momentos em que a gente se trancava, dentro de algum vão da nossa gostosa intimidade. É verdade, como a gente era feliz! Que saudade daquela nossa amiga que fazia o papel de cupido. Ah! A gente se via no olhar dela. Que tempo bom!
          A gente estava presente, nas mais lindas canções de Ana Carolina e Nando Reis. Aquelas canções sabem, até hoje, de tudo que a gente fez. Uma mensagem esquecida em alguma pasta do cartão de memórias do meu celular indica que, você um dia me amou. Agora, logo agora, Justo agora?        

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Eu encontrei o país chamado, Eu.



Na foto: Leitora, Mônica Rêgo.


            Despi minha alma e caminhei léguas pelas veredas do meu coração. Conheci lugares, paisagens e costumes de um mundo, que meu ser se recusava a aceitar. Precisei ser honesta com o espelho e, revirei os entulhos deste ser que vive em eterna construção. A vontade de abraçar o mundo deu lugar à nascente de um córrego chamado ilusão.
           Despi minha alma e naveguei milhas em pensamentos, naufraguei e senti o vento me abandonar. Aqui neste lugar que eu estou, o meu pensamento circula num ir e vir desordenado.
           Despi minha alma e voei por sobre os céus da minha vivência. Um vôo rasante nos descaminhos da minha história. Vasculhei os primórdios da minha existência e percebi que me fazendo estrangeira de mim mesma, eu encontrei o país chamado, Eu.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Somos matéria prima para nossa própria transformação.


Na foto: Leitora, Liane de Castro

          


         Um dia caminhar, um dia pensar na vida. Vida que nos proporciona um exercício diário de reciclagem da alma. Sim, pois viver é um exercício de reciclagem. O corpo em harmonia com a alma, viver também é ter calma, ter paciência e acreditar que tudo tem o seu momento.
        O tempo, o pensamento, o movimento incessante do destino, o ser humano é carvão sendo preparado no quente e difícil processo de se tornar um diamante. Um dia caminhar, um dia pensar na vida. O ser humano é feito rio, aparentemente no mesmo lugar, nunca permanece o mesmo rio.
       Somos material reciclável, somos matéria prima para nossa própria transformação. 

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Ele é a minha fé


Foto da leitora: Letícia Hellen



           Ele é o ar que eu respiro, ele é o céu que eu admiro, ele é a minha fé.  Ele é o vôo da solitária ave lá no céu, ele é o doce sabor do meu, ele é a minha fé. Ele é cada passo que eu dou nesta difícil jornada chamada, vida. Ele é o almoço em família no dia de domingo, ele é a paz de uma criança dormindo. Ele é a minha fé. Ele é a alegria do saber e a vontade do aprender, ele é os primeiros passos de uma criança, ele é um novo tempo de mudança. Ele é a minha fé.
          Ele é o ar que eu respiro, ele é o pai que eu admiro, ele é a minha fé. Ele é a renovação do outono, ele é a ausência do abandono, ele é a canção que toca a alma. Ele é a minha calma. Ele é a força do meu viver, ele é tudo e está presente em tudo que eu tenho para dizer, ele é Jesus, ele é a minha vida.     

domingo, 1 de abril de 2012

Eu sou DJ da minha própria vida.


Na foto: leitora, Letícia Hellen

                                          


Eu sou DJ da minha própria vida
Vida que não escorre por entre os meus dedos
Eu não quero deixar o tempo passar
Medo? Eu só tenho de não aproveitá-la
A minha festa eu mesmo faço
Ato e desato meus próprios laços
Eu sou DJ daminha própria alegria
Cada dia, eu vivo como se fosse o primeiro
Sem esse papo de último
Eu já voei como os pássaros
A gente precisa alcançar as nuvens
Pelo menos uma vez na nossa existência
Não curto essa de carência, tão pouco solidão
Meu coração ama o viver
Amanhecer é sempre um novo começo
Meu endereço é a imensidão
Sou DJ da minha própria vida
Vida que não deixo escorrer por entre
Os meus dedos
Medo? Eu tenho de não aproveitá-la.