terça-feira, 31 de julho de 2012

Minha bondosa maldade que me faz feliz.


Na foto: minha esposa Thesca.

                                            


                   Eu sabia que seria assim: você está na minha canção preferida, está na palavra proibida e só pronunciada em ocasiões especiais. Eu sabia que seria assim: você está nos meus mais loucos desejos, no mais segredo dos segredos, você está até no meu ato de dizer não. Eu já sabia que seria assim: você está em todo tocar do interfone quando eu espero ouvir o porteiro anunciar o seu nome, me dizendo que você veio me visitar. Você está nas minhas atualizações no facebook e no aceitar de novos amigos, ah! Você sempre está comigo!
                 Eu sabia que seria assim: você está na chuva que cai La fora lhe impedindo de ir embora e, por conseqüência, ficamos assim, grudadinhos um no outro. Você está na linda lingerie que eu vejo na vitrine e que me faz pensar em um gostoso crime contra você, crime de amor para lhe ganhar. Eu sabia que seria assim: você está na minha fantasia de olhar maroto, safado e gostoso que me deixa assim. Eu já sabia que seria assim: você está naquela conversar envolvente e sacana, que sempre acaba lá na minha cama e, eu fingindo não saber aonde toda aquela conversa iria terminar.
               Eu sabia que seria assim: você está na minha porção romântica jogando tudo para o alto. Eu sabia que seria assim: você na minha porção depravada arrumando a casa e andando de mãos dadas comigo por toda cidade. Eu sabia que seria assim: você, minha bondosa maldade que me faz feliz. Eu sempre soube que seria assim!                                

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Essência do meu ser


Na foto: amigo e leitor, Júnior Brazuca.

                                               


      Longe das atribulações, longe das manifestações do não querer seguir adiante, longe dessa pequena e interminável ilha chamada, solidão, encontra-se a minha fé. Longe do olhar de desespero, longe do momento de destempero do ser humano, longe da via de mão dupla chamada, indecisão. Encontra-se a minha fé. Longe do momento de renuncia, longe da terrível sensação de angustia, encontra-se a minha fé.   
      Longe, distante de tudo que se diga contrário a vontade de vencer, longe de toda força contrária ao momento do nascer, encontra-se a minha fé. Fé! Que guia minhas palavras e me dá sabedoria. Longe do meu medo do espelho, longe dos meus olhos vermelhos, longe da minha vontade de desistir, encontra-se a minha fé.
     Perto do amor ao próximo, perto do amor próprio, perto de mim mesmo, encontra-se a minha fé. Perto do querer viver, perto do acreditar no nascer, perto do amor a vida, encontra-se a minha fé. Perto do que é certo e longe do que é errado, perto do ato de perdoar e ser perdoado, perto do amar e ser amado encontra-se a minha fé. Dentro do meu peito, razão do meu viver, essência do meu ser, encontra-se, Deus, a minha fé. 

sábado, 28 de julho de 2012

Eu, leigo aprendiz de sonhador.


Na foto: leitor, Júnior Brazuca.




            Eu, leigo aprendiz de sonhador, perambulo pela alta noite quando todos dormem, mastigo estrelas e escuto o vento. Nesse perambular, meu pensamento tornou-se fiel mosqueteiro dos sonhos que eu sonho acordado. O silêncio da madrugada promove uma convenção democrática dos planos para uma vida melhor. O silêncio parece ter dó desses pobres planos que talvez nunca cheguem a alcançar os céus.
            Eu, leigo aprendiz de sonhador, olho para os telhados das casas e para as sacadas dos prédios e, percebo a modernidade mergulhar naquele inquieto mar de antenas parabólicas. É curioso, mas parece que a própria modernidade corre imenso risco de se afogar nesse mar. na madrugada, muito coisa é revelada. A rua caminha silenciosa a refletir sobre tudo que aconteceu no dia que passou. A esquina se desvela indefesa e me olha como se fosse chorar.
          Um casal de gatos revela que o asfalto é muro indeciso para quem não sabe para onde caminhar. Enquanto isso, eu, leigo aprendiz de sonhador, perambulo pelos meus sonhos, tentando refazer a minha realidade.    

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Sem pensar ainda em um ponto final


Na foto: Cunhada e leitora, Dja Moraes.

                                 


            Não ando preocupada com o que vão pensar de mim. Não ando me questionando por que é que tem que ser assim? O espelho é o meu maior divã, conselhos dados no ato de olhar! Não sou de revelar facilmente, as particularidades do meu corpo de mulher, não sou qualquer mulher! Meu batom tem o brilho necessário da lembrança de um beijo, meus lábios têm a necessidade essencial da loucura de um desejo.
           Não ando vasculhando esquecidas gavetas a procura de momentos fotografados e emoldurados, não faço visitas rotineiras ao meu passado, meu cômodo preferido é a sala de estar do presente, mas mantenho sempre as janelas abertas para o futuro. Não sou de andar escutando os grandes hits impostos por alguma grande rádio, minhas canções preferidas são aquelas que tocam o meu coração.
           Não ando dizendo ao vento que minha vida é um livro aberto para os olhos alheios, pois de nada adianta ser assim, se nem mesmo a sinopse do meu enredo, eu consigo entender. É por isso, que eu tenho andado a reescrever cada linha, cada parágrafo, cada capitulo desse livro que eu sou, mas sem pensar ainda em um ponto final.      

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Isso é ter fé!


Na foto: leitor, Marcelo Soares Braga. 
                                                             

              Acreditar que um novo dia nascerá após uma longa noite de tristeza: isso é ter fé! Acreditar que depois de uma grande queda, ainda iremos: engatinhar, levantar e andar: isso é ter fé! Acreditar que a semente vai germinar, florescer e se transformará no pão de cada dia: isso é ter fé! Acreditar que todo caminhar de um rio nos levará para o mar: isso é ter fé!
              Acreditar que mesmo a chuva que destrói pontes e casas, é coisa divina e precisa molhar a plantação: isso é ter fé! Acreditar que o tempo é nosso aliado e, que o nosso tempo de vitória vai chegar: isso é ter fé! Acreditar que a derrota às vezes é um mal necessário e nos faz levantar mais fortes e preparados: isso é ter fé! Acreditar que o mundo tem jeito e que você faz sua parte para que isso aconteça: isso é ter fé!
            Acreditar que mesmo com tantas adversidades a vida pode, deve e, sempre será maravilhosa: isso é ter fé! Acreditar que a força do ato de perdoar é mais forte do que a de ser perdoado: isso é ter fé! Acreditar que o seu Deus é o mesmo Deus do seu próximo e, que ele não tem cor, nem nacionalidade: isso é ter fé! Acreditar na vida: isso é ter fé!     

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Eu sou porta-bandeira da minha própria alegria, (texto para Edilene Albuquerque, a pedidos de sua amiga, Mariana Reis).


Na foto: Edilene Albuquerque.




         Eu sou porta-bandeira da minha própria alegria. Sou a melhor propaganda do meu dia-a-dia. Sou o inesquecível comercial do melhor exemplo de uma pessoa feliz. Sou porta-bandeira da minha própria alegria. Eu não tenho tempo para chorar por um adeus que não foi o primeiro e, com certeza, não será o último. Nessa minha estrada, poucas vezes eu encontrei árvores que me oferecessem sombra, mas nem por isso, deixei de acreditar na força da natureza, na certeza do fruto e na bondade do próximo. 
         Eu já fiquei esquecida no mais escuro canto do salão em dia de festa, mas nem por isso eu deixei de ser louca por dançar. Às vezes precisamos aprender a dançar sozinho. De partida e despedida, eu vivi os dois lados da moeda. Eu perdi amigos e parentes inestimáveis, mas mesmo assim, nunca fui alvo fácil para a solidão, porque o verdadeiro sentimento de amor e amizade vive eternamente no nosso coração.
        E sendo assim, eu escolhi ser a porta-bandeira da minha própria alegria. Não quero e não devo projetar o meu futuro baseado nos tropeços do passado. Lágrimas, até me recordo que derramei algumas. Agora, dos meus sorrisos, eu fiz questão de não lembrar de esquecê-los. E sendo assim, eu me tornei porta-bandeira da minha própria alegria.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Guarde para você o seu desejo de me ver desistir.


Na foto: amiga e leitora, Fabíola Senna.


             Guarde para você o seu discurso moralista e a sua consciência de mundo. Porque do seu discurso moralista e da sua consciência de mundo, eu conheço a semente que deu origem ao fruto, mas nunca fui terra fértil para germiná-la na minha vida. Guarde para você seus sermões de frases enlatadas e adquiridas em empoeiradas prateleiras de algum grande supermercado da grande rede da hipocrisia. Guarde! Porque suas frases nunca tiveram validade no controle de qualidade do que eu acho certo ou errado.
             Guarde para você o seu dedo em riste que adora apontar a vida do outro. Guarde! Guarde para você as suas mentiras em pele de verdade, guarde as suas maldosas bondades que nunca fizeram bem a ninguém. Guarde! Porque nem por uma eternidade inteira você conseguiria compreender que passar a maior parte do seu tempo, apontando para a vida alheia, é o mesmo que abrir mão da sua própria existência.
          Guarde para você o seu desejo de me viver cair, guarde para você o seu desejo de me ver desistir. Guarde! Porque eu não tenho medo de cair, porque após cada tombo que eu levei, lembro-me bem, eu me levantei mais forte. Ah! E quanto ao seu desejo de me ver desistir? Eu acredito que até após a morte, a gente continua seguindo em frente e evoluindo. Por isso, guarde! Guarde para você porque eu preciso continuar a minha jornada.  

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O amor não precisa doer


Na foto: amiga e leitora, Andressa Cristina.



             O amor não precisa doer, ele não precisa transformar lindas tardes de domingos, em intermináveis dias de inverno. O amor não precisa ser eterno, ele só precisa ser amor. E sendo amor, será eterno, na sua eternidade. O amor não precisa ser pouco, o amor não precisa ser muito. Sendo amor, ele será na medida certa. Ele mesmo indicará a sua real essência.
            O amor não precisa ser longas noites de insônia a chorar e a se confessar para o travesseiro. Sendo amor, ele será paz e sonho de uma linda vida a dois. O amor é agora, ontem e depois. O amor é companheiro. O amor não precisa de adaptações, sendo amor, ele é único! E sendo único, ele aceita a pluralidade do comportamento humano. O amor é divino e soberano.
          O amor não precisa doer, o amor não exige ser, o amor não cobra nada, não pede nada. Porque se é amor ele é tudo o que se pode querer e ser. E sendo amor, ele não vem acompanhado do sofrer! Porque o amor é a origem do verbo viver.

sábado, 21 de julho de 2012

Que coisa gostosa!


Na foto: minha esposa, Thesca.

                                       

Que coisa gostosa
Somos nós dois a qualquer hora
Saindo dos trilhos
Descarrilando o trem chamado, paixão
Que coisa gostosa
Somos nós dois pele na pele
Poros transpirando
A essência humana olhando
A intenção de um novo ser
Que coisa gostosa
Somos nós dois esquecendo o mundo
Mergulhando fundo
Nesse mar de prazer
Que coisa gostosa
Que coisa maravilhosa
Eu e você.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Hoje é o dia do amigo


Na foto: Grupo de amigas e leitoras.



       Quando eu caí, você estava lá para me levantar, quando eu venci, você estava a me guiar.
Lembro que no meu primeiro beijo, você foi a primeira pessoa que eu contei, engraçado! Eu lhe acordei no meio da madrugada, só para lhe falar que meu coração não cabia dentro do meu peito. Até quando eu levei aquele fora, você sentou na calçada comigo e tomou todas! Aquele foi meu primeiro porre por amor!
        No meu primeiro emprego, você me deu a maior força, quando eu passei no vestibular, você pintou a cara comigo e, quando eu fui reprovada naquela tão esperada prova, você chorou comigo também! Minha primeira viagem, minhas primeiras bobagens, você estava comigo. Meus segredos mais importantes foram a você que eu confiei! Os melhores shows, as melhores festas, as melhores baladas, nós pusemos fogo em altas madrugadas!
      Hoje eu lhe escrevo tudo isso, porque hoje é o dia do amigo! Mas acho que você passou disso! Somos quase uma só pessoa, diante dos olhos de todos e de Deus! Você é a melhor amizade que uma pessoa pode ter.      

quinta-feira, 19 de julho de 2012

A minha vida repaginava uma epopéia do meu eu.


Na foto: leitor, Junior Brazuca.

             


               De repente um museu de flashes do que eu não vivi. De repente imagens de um filme que eu não assisti. De repente a minha vida passava por mim. Como um mosaico de imagens vãs, como um dia que surge sem o nascer da manhã, a minha vida passava, por mim. De repente um querer que perdeu o sentido de sonhar, feito pena leve que flutua sem saber aonde vai parar. A minha vida passava por mim.  
              De repente um quadro pintado com motivos abstratos, de repente um ser desistindo de si mesmo. A minha vida repaginava uma epopéia do meu eu, que nem mesmo o meu próprio eu havia vivido. Ali, isso acontecia comigo! De repente um juízo final de todas as minhas ações que eu não tive coragem de tomar, por medo de fracassar! Ali, diante de mim, um juiz implacável! Meu próprio arrependimento!
             De repente um amontoado de promessas que nunca se desapegaram do papel. De repente, ali, diante de mim, uma oportunidade de romper com o marasmo da derrota e com a zona de conforto que é viver apenas fazendo planos que nunca se realizarão. Ali, diante de mim, a chance de recomeçar do zero, a chance de expurgar o fantasma da eterna culpa alheia. E, de alma renovada, iniciar uma jornada vitoriosa.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Eu não sei mais me apaixonar.


Na foto: leitora, Bruna Rodrigues.

                                          


            Eu não sei mais me apaixonar: não sei mais andar admirando o caminhar das horas, não sei mais me imaginar pelo mundo a fora de mãos dadas com uma pessoa especial. Eu não sei mais me apaixonar: acho que a desilusão fez do lado esquerdo do meu peito, um cômodo vazio, abandonado e frio. E eu já não sei mais me apaixonar.
            Eu não sei mais me apaixonar: Não sei mais escrever torpedos que indiquem minhas intenções, tão pouco telefonar fora de hora, só para dizer: “Estou com saudades!” eu não sei mais me apaixonar: Acho que a desilusão causou um movimento retirante dos tantos sentimentos que habitavam meu coração. Eu não sei mais, não.
            Eu não sei mais me apaixonar: Não sei esquecer aquele dia em que sem motivos, você foi embora! A vida naquela hora parou de viver! Ali, naquele momento, acho que o meu coração também sem me avisar, foi embora com você.  

terça-feira, 17 de julho de 2012

Minha filha chamada, palavra


Na foto: Eu, André Mantena.



Palavra filha que nasce no meu pensamento
fruto do sentimento que eu tenho
De querer eternizar o momento
Palavra que ecoa por entre as vielas
Dos mais diferentes tipos de ser humano
Palavra que por mim também ecoa
Palavra silenciosa, palavra pensada
Palavra no papel poetizada.
Palavra
Palavra
Palavra
Sem ela,
Eu não seria nada!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Alcançar as nuvens com os pés no chão.


Na foto: leitora, Layane.



          Tenho dentro do meu interior: Um turbilhão de sentimentos, eu tenho um ser que anseia por vitória. Um ser que entende que a jornada é complicada e árdua, mas que percebe também, que o seu sucesso dependerá exclusivamente dele mesmo.  Tenho dentro do meu interior: Um ser que percebeu que transformar a folhinha de calendário em um livrinho de “palavras cruzadas” é um processo enganoso. É o mesmo que ficar sentado à margem do tempo, sem perceber que a vida não pára.   
            Tenho dentro do meu interior: Um ser que preferiu ter conhecido o amor e ter chorado por ele, a ter vivido como um grande “museu” que conta e expõe em detalhe os grandes feitos da humanidade, sem nunca ter presenciado nenhum deles. Um ser que não quer atravessar os sete mares a nado para depois morrer na praia. Eu tenho um ser que quer conquistas reais.
           Tenho dentro do meu interior: Um ser que ao alcançar as nuvens. Alcance-as com os pés no chão. Tenho um ser que se diz eterno desconhecido do seu próprio coração, mas que baseando-se nesse “autodesconhecimento”, cada vez mais, procura se aproximar de Deus.
           

domingo, 15 de julho de 2012

O preço que eu paguei.


Na foto: Sobrinha e leitora, Nelly Moraes.

                                                


 Sei que eu pago um preço
 Por não aderir à mesmice dessa gente
 Que se julga diferente,
 Mas vive seguindo a tendência do momento!
Sei que eu passo alguns bocados
 Por entender e aceitar
Toda e qualquer forma de amar
E que para mim pouco importa
Como esse amor está sendo gerando.
 Se for amor; que seja amor amado!
 Sei que eu fiz nascer um rio
Das lágrimas que eu derramei por amor,
Mas podem ter certeza,
Eu me transformarei em oceano
Se for para amar novamente!
Sei que apontam vários dedos contra minha pessoa
Porque eu escolhi o caminho da sinceridade
E é por isso que eu sei:
Que é melhor sentir a dor da verdade
Que viver anestesiada pela mentira.

sábado, 14 de julho de 2012

Com ela eu aprendi a viver.


Na foto: leitores, Thaísa Sousa e Victor Ramos.
                                      

          Com ela eu aprendi a viver: aprendi que o melhor amigo do meu travesseiro precisava de mim. Eu aprendi! Eu aprendi que um beijo gostoso, não necessariamente vem acompanhado por frases românticas e promessas de um próximo encontro, mas que a delícia do beijo gostoso é simplesmente por ele não ser recheado de frases românticas e promessas de um próximo encontro. A delícia do beijo está na sua mera essência, de ser beijo. Eu aprendi!
           Com ela eu aprendi a viver: aprendi que a lua cheia não é dos namorados, mas que essa mesma lua cheia pode deixar um céu muito mais encantado, sendo assim, inspirar um casal de apaixonados. Eu aprendi! Aprendi que um olhar traduz tudo que os livros de romance querem dizer, mas aprendi também que nem todos os livros de romance do mundo conseguem traduzir em adjetivos a beleza de um sincero olhar apaixonado. Eu aprendi!     
          Com ela eu aprendi a viver: aprendi que um telefonema fora de hora consegue colocar as coisas no lugar. Eu aprendi que usar de forma errada as palavras, é mais nocivo e letal que a ponta de um punhal enferrujado. Com ela eu aprendi como é muito bom assistir sessões de filmes românticos. E que esses mesmos filmes eram tão maravilhosos, porque na verdade, eles retratavam tudo aquilo que um casal apaixonado vive. E foi assim, com ela, que eu aprendi que a ficção romântica sempre imitou a realidade.
         E agora, com ela na minha vida é que percebo que, realmente, eu comecei a viver.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

A sexta-feira pode e deve nos levar a perdição.


Na foto: amiga e leitora, Thay Matos.




         A sexta-feira tem o dom de aguçar o humor e inibir o pudor dos mais calientes beijos. A sexta-feira tem o dom de maliciar os olhares e apimentar os detalhes que nós usamos na hora da sedução. A sexta-feira feira pode e deve nos levar a perdição. A sexta-feira tem o poder de intensificar a intenção de um lindo vestido e a sensualidade da mulher. A sexta-feira feira pode fazer da gente o que ela bem quiser!   
        A sexta-feira tem o dom de desinibir os inibidos e de perverter ainda mais os pervertidos! Tudo em um clima muito descontraído! Ela deixa o garanhão afiado nas suas cantadas e deixa as mulheres mais espertas nas suas tiradas! A sexta-feira apimenta uma balada. Ela amplifica a libido e nos leva a loucura.
        A sexta-feira é o primeiro dia do resto das nossas farras.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Sou um trem que saiu dos trilhos.


Na foto: amiga e leitora, Luana Lima.



      Sem rumo é como eu me sinto: à beira de um abismo sem ter como retornar. Sem rumo é como eu me sinto: a flor da pele e não há nada que revele um novo caminhar.  Eu ando sem sair do lugar, eu habito um lugar que eu não estou. Eu sigo e não vou! Sou um trem que saiu dos trilhos, um trem sem estação: chegada e partida, já não fazem sentido, não.
     Sem rumo é como eu me sinto: à beira mar, vento me mostrando impossibilidade, olhar perdido pelas ruas da cidade, indiferença no olhar do meu próximo. Sem rumo é como eu me sinto: no meio de uma encruzilhada, alma atrapalhada, sem saber aonde chegar. Barco tocado pela sorte, bússola confusa, sem saber onde é o Sul, onde é o Norte!
    Sem rumo é como eu me sinto: sentado à beira de um caminho, sem saber aonde ele vai dar.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Eu amo ser assim.



Na foto: amiga e leitora, Fabíola Senna.


       Eu amo ser assim: não ter laços com ninguém, eu amo a vida e a vida me ama também. Se eu quiser beijar na boca eu beijo. Eu faço o que pede meu desejo, eu amo ser assim, livre e sem fronteiras e às vezes não respeitando barreiras. Eu amo ser assim: livre! Não tenho medo de amar, pensando bem, eu nuca tive. Sei que já deixei olhares perdidos nessas veredas da paixão, sei que causei solidão.
       Mas nunca deixei de ser sincera com ninguém: Todos sabiam qual era o meu destino e da vida, o meu trem. Então por isso, é que eu amo ser assim: Livro lido e entendido pelo destino. Livro com muitos capítulos e espero, tão cedo, não ter um ponto final. Eu amo ser assim: coração mambembe, sorriso aventureiro, sentimento verdadeiro, verdadeiro, na verdade de viver feliz. E é por isso, que eu amo ser assim:    

terça-feira, 10 de julho de 2012

Agora com a casa vazia


Na foto: amiga e leitora, Poliana Magalhães.

                                                   


           Antes de sair, preciso olhar para tudo a minha volta, preciso entender em qual momento, o amor deixou de nos acompanhar. Agora com a casa vazia, eu lhe vejo sentado no sofá e percebo minha intolerância procurando motivos para lhe atingir. Agora com a casa vazia, eu percebo que tudo de errado que você fazia, era querer estar sempre presente no meu dia-a-dia.
          Agora com a casa vazia, eu me vejo chorando no corredor que dá acesso a sala de jantar, aquele choro fora provocado, simplesmente, porque você disse que esqueceu nosso aniversário de casamento. Naquela mesma noite, eu não lhe perdoei porque você, apenas fingiu esquecer. E na verdade, o seu esquecimento era parte integrante de uma linda surpresa de amor e, mesmo assim, eu não lhe perdoei.
        Agora com a casa vazia, eu observo as paredes despidas e carentes de alegria, só agora eu percebo que elas nunca conheceram um quadro ou uma fotografia da gente, por puro capricho meu. Olhando agora, antes de sair, é que eu percebo que essas paredes retratavam o que era o amor entre a gente: um retrato em preto e branco.
       Agora com a casa vazia, eu lhe vejo me servindo um lindo café da manhã na cama em um dia de domingo. E eu, resmungo para que você me deixe dormir um pouco mais. Agora com a casa vazia, eu me vejo chorando olhando para a varanda da casa, a espera de você, que segundo dizem por ai, não voltará jamais.  

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Um olhar pode nos guia por uma vida inteira!


Na foto: amigo e leitor, Antonio Santana.




    Um dia ele me disse:
   “Um olhar pode ser algo mágico, carinhoso, aconchegante e inesquecível. Um olhar pode ser tudo que no momento a gente precise receber. Um olhar carinhoso derruba barreiras, inicia brincadeiras que jamais sonharia, a nossa vã filosofia! Um olhar tem o poder de nos levar para o céu, ele pode ser o principio do gosto do mel. Um olhar pode ficar para sempre, tatuado na nossa memória!   
     Ah! Um olhar carinhoso pode fazer história, pode marcar no tempo a força e a intenção de um pensamento, um olhar pode nos guia por uma vida inteira! Ele pode ser o começo do fim da solidão, pode revelar tudo que um coração em silêncio quer dizer! Um olhar pode refletir o amanhecer, ele pode fazer um ser apaixonado mudar seus planos, um olhar pode significar muito mais, que o mais sincero dos “Eu te amo” um olhar pode revelar a essência do ser humano”.
       E eu nunca mais fui a mesma mulher depois que ele, carinhosamente me olhou!   

sábado, 7 de julho de 2012

Das faixas que indicam o caminho


Foto tirada pela, amiga e leitora: Mari Cunha. 



É quente o asfalto que a gente pisa
É refrescante a brisa que se harmoniza
Com o nosso olhar
Brisa que depois do afago vira pensar. 
Das faixas que indicam o caminho
Que corre estrada
Paradas, ficam essas faixas
Que nos levam prá lá.
Faixas que nos dizem
Que o asfalto que a gente
Sente consumindo os pneus
Apenas se harmoniza e cumpre
Essa triste sina de levar e trazer
Que Deus lhe deu.  

sexta-feira, 6 de julho de 2012

O que a vida me deu por natureza


Na foto: amiga e leitora, Aline Gomes.

                                                 


            Não quero que me diga que tipo de roupa eu devo vestir, não quero que me indique que caminho eu devo seguir. Quero inventar novas tendências, quero me vestir com muita irreverência, mas quero um estilo todo meu. Quero caminhar por onde a bússola do meu coração apontar. Quero ser daqui, estar ali e sempre que puder, quero viajar para o lado de lá. Eu quero ser de qualquer lugar.
           Eu quero uma sandália rasteira, uma bermuda confortável e blusa que de leve deixe os olhos alheios enxergarem o que a vida me deu por natureza. Quero que todos saibam que estou de bem com a vida, com certeza! Eu quero uma linda canção que me traduza à paz, uma canção que no seu refrão fale: “Que te amar é bom de mais” e se essa canção não existir, tem nada, não! A minha imaginação mesmo faz.  
        Então, não me diga que eu estou errada por querer viver da maneira como eu vivo. Então, escute esse conselho que eu agora vos digo: “a estrada da vida que você segue é curta demais para você perder tempo, monitorando o caminho e a estrada que eu sigo”. 

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Cinzas de um cigarro que nunca viveu.


Na foto: amiga e leitora, Geane F. Vieira.

                               

Lá de longe eu via
A massa trigo proporcionando alegria
Via braços esculpindo o amanhã
Via a lembrança do pecado
Se eterniza numa doce maçã
De lá ecoavam razões inúmeras
Para o futuro não chegar
De lá surgiam noticias
De um vago pensar
Lá de longe eu via
Sorrisos embrulhados para presente
E o presente estava ausente
Daquele lindo gesto de presentear
De lá, cinzas de um cigarro
Que nunca viveu
Cigarro que ninguém
 Nunca acendeu
Lá de longe eu via
A minha imagem refletida
 Numa opaca vitrine
Chamada, saudade
Que insiste em não me deixar.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

O lado obscuro do ser humano (Uma história verdadeira )

Na foto: amigo e leitor, Manassés Gomes.



                   Essa noite eu sonhei que eu caminhava por entre os entulhos de tudo aquilo que não era real, caminhei por tudo aquilo que fazia parte do lado ruim do ser humano. No meu sonho, eu usava trapos e farrapos elaborados no mais triste esquecimento de alguma nova tendência da moda atual. Será que aquilo tudo não era mera coincidência?
                 Ali, bruto diamante forjado na doce agonia de algumas garrafas pet. Eu queria acordar, mas meu esforço era todo em vão. Eu seguia por ruas cujas calçadas eram todas construídas e trabalhadas com rústicos tijolinhos dos mais diversos tipos de preconceitos, eu caminhei pelas ruas do medo e da intolerância, neste sonho, eu chorei feito uma criança.
                 Era um sonho tão estranho que fui convidado a sentar a mesa e participar de um banquete originário das sobras de tudo que não servia para se comer. Acho que as únicas coisas reais naquela mesa eram a fome e a minha vontade de comer. Fiz de tudo para acordar e fugir daquele sonho assustador, mas antes de acordar, ouvi uma voz que dizia:
               “Isso é um sonho, o sonho que revela o lado obscuro do ser humano. Você caminhou pela cidade dos seus sentimentos mais indesejáveis, ela é o destino de quem faz pouco do seu próximo”.    

terça-feira, 3 de julho de 2012

Após a maré cheia (texto para o meu amigo, Gilvan dos Anjos)


Na foto: pés da leitora, Roberta Goes.




           Das mãos de Deus na minha vida eu não duvido: sempre quando um olhar se fecha, um próspero pensamento se abre. Sempre quando no nosso caminho uma porta se fecha em algum outro lugar uma pequena, mas divina janela se abre para nos esperar e conceder nova jornada. E sendo assim, Precisamos continuar!
          Sempre quando a noite morre leva consigo nossos sonhos, mas quando um novo dia nasce, nasce com ele também a possibilidade de realizar o que sonhamos, porque sonhos nunca morrem. Não façamos do amanhã uma eterna promessa para um suposto recomeçar. Não deixemos de acreditar jamais no futuro, aquele que não escolhe um lado está fadado a viver em cima do muro.
         A vida sempre se renova: após a maré cheia, descobrimos o doce prazer de andarmos descalços na areia. A mesma chuva que pára uma cidade é a mesma chuva que abençoa a plantação. Se pararmos para pensar: Em cada recomeço está o verdadeiro sentido de se viver. Precisamos aprender que a vida verdadeiramente começa quando aceitamos nossas limitações e não perdemos o contato com Deus, após uma grande conquista.    

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Tudo não passaria de uma brincadeira colorida.


Na foto: Poliana Magalhães.

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            O trato era que eu não me apaixonasse, eu havia deixado bem claro para o meu coração: Eu entraria nessa brincadeira, mas não me apegaria. Acho que falhei comigo mesma! Tenho que dizer não para esse sentimento que cresce em meu peito. Eu bem sei que esse garoto não se apega a nada, ele mais se parece um beija-flor de final de semana: curte todas de boca em boca, sem nenhum compromisso.
            O olhar dele é deserto de apego e povoado de segredos para quem o admira.             Porém o trato era que eu não me apaixonasse, eu havia deixado bem claro que tudo não passaria de uma brincadeira colorida.  Mas não é o que está acontecendo. Não paro de pensar no seu jeito desligado, no seu sorriso safado e principalmente, não paro de pensar nas suas tiradas inteligentes.
          O trato era para eu não chorar depois, também quem mandou jogar um jogo que eu não se sei jogar? Agora, pior que não saber lidar com esse sentimento, é não saber lidar com essa incerteza que impera o meu gostar. Eu não devia ter aceitado aquele beijo, na verdade, foram aqueles beijos! Agora estou aqui, vivendo essa incerteza em preto e branco por causa de uma amizade colorida  

domingo, 1 de julho de 2012

O tempo que o tempo deixar durar


Na foto: amiga e leitora, Kelen Cristine.



Vai ser assim
Nada durará para sempre
Mas durará o tempo
Que for preciso durar
Não conte as horas
Não pense no momento
De ir embora
Não pense até quando
Vai durar
Vai ser assim
Aqui, agora
Na verdade, é o que há!
Nada se eternizará
Se não ficar naquela gaveta
Especial da lembrança
Fique assim, não
Fique triste, não
Isso vai durar
O tempo que o tempo
Deixar durar.