quarta-feira, 31 de julho de 2013

O tudo que eu queria.

Na foto: casal de leitores, Landerson Franklin e Kamila Mayara.


 Vi nas nuvens olhos seus
Ateus, os meus não acreditaram
Em tamanho amor
Em tamanha beleza.
 Li na linha do horizonte
O seu sorriso
Miragem do visgo que tecia
 O seu caminhar.
Na areia do ontem,
Meus passos para o futuro
E nasceu no muro
 Um oceano de recados para você.
Vi no silêncio do apego
Um buquê do tudo que eu queria
E o tudo que eu mais queria
Era deixar exatamente tudo
 Só para ficar com você.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Aquela fotografia no bolso direito (baseado no relato de um desconhecido)

Na foto: leitor e amigo, Edson Junior.

    Hoje eu encontrei minha fotografia que você tanto gostava. Essa fotografia é a mesma que você usava no bolso direito das suas calças e bermudas. Encontrei a principal prova do quanto você me amava. Essa fotografia no bolso direito de qualquer roupa que você usava, sempre foi a forma mais original de você dizer que eu era só seu.  
  Agora eu me lembro o quanto lhe critiquei por você agir daquela maneira: você batia os quatro cantos da cidade levando a minha foto no bolso. Eu achava aquilo a maior bobeira.
              Hoje eu encontrei minha fotografia que você tanto gostava. Essa fotografia que tantas vezes lhe fez companhia quando eu não aparecia. Ela que lhe serviu de conselheira nas noites em que nós dois brigávamos. Essa fotografia que esteve presente na nossa primeira noite de amor. Hoje eu encontrei a fotografia que quis eternizar nossa paixão nos corredores dos sempre juntos. Eu achava que carregá-la no bolso direito de qualquer roupa que você usava, era coisa de gente boba e inocente.

           Hoje eu encontrei minha fotografia que você tanto gostava. Essa fotografia que lhe dizia que valia a pena lutar por mim. Ela mediou muitas das nossas DRs e participou de lindos momentos de reconciliação e entrega. Hoje eu a encontrei. Essa é aquela fotografia que você tirou do bolso esquerdo do seu peito naquele dia em que você decidiu que não sofreria mais por mim.   

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Senhor! Eu não aprendi a orar.

Na foto: leitora e amiga, Sabrina Feliciano.


      Senhor! Eu não aprendi a orar, nunca soube organizar palavras que conseguissem expressar as minhas necessidades e minha gratidão. Nunca consegui achar os termos certos para Lhe agradecer pela oportunidade de poder nascer a cada novo dia. Eu nunca soube Lhe agradecer por eu não ter caído no Seu esquecimento, mesmo quando eu havia Lhe esquecido. Nos meus momentos de dificuldade e dor, isso aconteceu comigo!  
        Senhor! Eu não aprendi a orar, nunca soube expressar toda a minha gratidão por ter conseguido superar as contendas e mazelas do dia-a-dia de uma vida a dois. Senhor! Eu nunca soube Lhe agradecer pelos amigos que sempre estiveram e estão comigo para o que der e vier. Amigos que sabem falar a verdade e que sabem escutá-la também. Senhor! Eu nunca soube Lhe agradecer por ter me protegido nas tantas esquinas e vielas desse mundão.
               Senhor! Eu não aprendi a orar, nunca soube falar palavras dignas de alcançar os Seus ouvidos, nunca soube nem por onde começar. Nunca soube Lhe agradecer pelo pão de cada dia e pelo feijão, arroz e farinha que sempre povoaram a minha mesa. Eu nunca soube Lhe agradecer pela carne, frango e algumas verduras que vez ou outra vêm me visitar.

             Senhor! Eu nunca soube orar, nunca soube falar sobre a gratidão e a fé que eu tenho pelo Senhor! Eu nunca soube orar, mas eu tenho certeza que o Senhor sempre soube ler o meu coração. Ele sempre foi a minha maior oração de agradecimento.     

domingo, 28 de julho de 2013

Minha bandeira é o meu sorriso.

Na foto: leitora, Valquíria Fonseca
Minha bandeira é o meu sorriso
Ando sempre para o norte
Qualquer tropeço do passado
Fica, ficou e ficará no passado
Não cultivo magoas e traumas
Não alimento medos e receios
Ando sempre para o norte
Minha bandeira é o meu sorriso
Sonho minha realidade
E realizo meus sonhos
Linha do meu destino, meu caminhar
Na certeza do dormir da noite
Nasce  luz do acordar do dia
Demiti todos os meus fantasmas
E promovi minhas fantasias
Ando sempre para o norte
Caio e levanto quantas vezes for preciso
Porque a minha bandeira é o meu sorriso.



sábado, 27 de julho de 2013

Eu já lhe conhecia.


Na foto: leitora aniversariante do dia, Ana Paula Alves.

Na beleza de ser você
Na alegria de lhe conhecer
Na certeza da sabedoria
Eu já lhe conhecia
Nas palavras certas
No olhar amigo
No sorriso que ilumina o dia
Eu já lhe conhecia
No ombro acolhedor e conselheiro
Nas palavras caladas de travesseiro
Meu cais no momento de agonia
Eu já lhe conhecia
Nas curvas de sua intelectualidade
Na inteligência da sua sensualidade
Na rima perfeita para essa poesia
Eu já lhe conhecia
Nas conversas esclarecedoras
Nas dicas de vencedora
No gesto de amizade que me fortalecia
Eu já lhe conhecia.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

A garota que sorria estrelas.

Na foto: leitora, Rayana Santos.


     Ela trazia no rosto um sorriso que espalhava estrelas, trazia no olhar as coisas mais simples do mundo. Na verdade ela trazia o mundo naquele par de olhos, um mundo de coisas simples. Ela caminhava pelas canções de um dia feliz, era irmã do pôr do sol e conselheira da lua. Ela era diferente, espalhava estrelas com o seu sorrir, ela dançava reggae e acreditava que o amor não acontecia apenas uma vez na vida.

 Ela tinha cabelos longos que indicavam que ela era amiga do tempo, falava a língua do vento e acalmava os temporais. Ela entendia o olhar dos animais, ela amava as coisas simples e tudo cabia na palma da sua mão: fogo, terra, ar e coração. A garota que sorria estrelas passou por aqui e deixou um rastro de luz e amor na vida de quem a conheceu.   

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Eu não soube falar de amor.

Na foto: leitor, Rodrigo Alves.


      Durante dias eu me preparei para aquele encontro, durante dias eu me preparei para falar de amor e do amor que eu sentia por ela. Não rolou! Eu não soube falar de amor, não soube explicar aquela sensação que tomava conta do meu ser. Até selecionei algumas palavras das mais impactantes e mais variadas possíveis. Eu consultei a norma culta e pedi desculpas para o coloquialismo porque para falar de amor, não poderia ser assim de qualquer jeito. Não pintou nada, nada, nada.
     Eu me preparei para falar de amor, me preparei para me comportar diante dela e daquele momento especial. Não colou! Enquanto minhas mãos, inquietas, traduziam minha inabilidade com as palavras, o meu olhar contemplava ponto mais perfeito daquela paisagem, o seu sorriso. Ali, percebi que era preciso tomar pé da situação, leiga constatação! A imagem dela causou um verdadeiro rebuliço no meu coração e tudo que eu ensaiei perdeu-se nos vãos da minha incapacidade de falar do amor que eu sentia por ela.

      Eu me preparei para falar de amor com ela, durante noites decorei canções românticas e versos de lindos poemas. Que pena! Diante dela, dia branco no meu vitral, diante dela a completa perplexidade do próprio sentimento de amor pela pessoa amada. Eu havia esquecido tudo, havia engasgado tudo, não soube e mesmo se soubesse, não conseguiria dizer nada diante de tamanha beleza. Então deixei o amor guiar aquele trem desgovernado e com um lindo beijo ela entendeu que tudo o que eu queria dizer era: “eu amo você.”       

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Oração para uma amiga nada normal.

Na foto: leitoras do blog:


     Senhor! Cuida dessa minha amiga que volta e meia me liga a cobrar, cuida dela que não tem farpas na língua e que qualquer hora é hora para chegar aqui em casa aos prantos querendo colo para desabafar. Cuida dessa minha amiga, Senhor! Que fala pelos cotovelos e sempre tem uma boa nova para me contar. Cuida dela, Senhor! 
    Senhor! Cuida dessa minha amiga que a cada semana tem um “novo grande único amor eterno”. Dela que sempre depois de uma nova decepção, promete que nunca mais irá se apaixonar de novo. Cuida dela, Senhor! Porque para ela, Vodka ou água de côco tanto faz. E depois de alguns copos dessa mistura, ela dança até quadradinho de oito e vai ao chão, chão, chão, chão, chão. Cuida porque se não me falha a memória, ela teve participação em quase todos os grandes micos que eu paguei na vida.

       Senhor!  Cuida dessa minha amiga que escuta Jorge e Mateus no último volume e jura de pé junto que não é romântica. Cuida dela que apesar de tudo isso, é capaz de enfrentar o mundo para me defender. Dela que nunca mediu distância nem esforços para me acolher nas horas em que eu mais precisei. Cuida dela que sempre soube me dizer a verdade sem me machucar, cuida dela porque ela é o meu diário e conselheira dos conselhos mais certos e absurdos. Cuida dessa minha amiga, Senhor! Cuida dela porque ela é a melhor amiga do mundo.         

terça-feira, 23 de julho de 2013

Mulher é feita de aço e cristal.

Na foto: leitoras do blog.


         A mulher tem síndrome de culpa, é na sua essência um punhado de desculpas. Ela é senhora da paz, mas vive em guerra com a balança e com o espelho. Exige que o homem tenha os pés no chão, mas está sempre com a cabeça nas nuvens. Caminha na linha tênue do equilíbrio e do destempero total. Mulher é feita de aço e cristal.
        A mulher enfrenta e suporta a dor do parto, mas tem pavor de baratas. Ela faz do travesseiro seu fiel companheiro e chora no chuveiro para aliviar a alma. A mulher é um misto de alegrias e traumas e de sempre em sempre, ainda tem que demonstrar fortaleza para nos abrigar em seu colo. Mulher é feita de aço e cristal.

          A mulher não fica bêbada, ela enfia o pé na jaca, não se desespera, ela apenas se descabela quando está nervosa. Nos momentos de bate boca, mulher não derruba a casa, apenas arma o maior barraco. Ela vive com pressa, não suporta esperar, mas sempre chega atrasada nos compromissos. A mulher é luxo e suporta o lixo, veio do homem, é parte do homem. E mesmo com todas essas divergências, concordo plenamente quando dizem que: a melhor parte do homem é a mulher. 

segunda-feira, 22 de julho de 2013

A vida assim como Deus me deu.

Na foto: leitora aniversariante do dia, Dulce Novaes.


              A vida assim como Deus me deu, um dia após o outro, uma linda lua nas minhas noites, não tenho tudo que quero, mas tudo que eu tenho me faz feliz. A vida assim, tardes de versos livres, de correr descalça pelas nuvens, de entender que o meu Pai celestial me quer feliz. Seguir o vento norte e aceitar que a sorte tem suas prioridades, verdade que eu a espero, mas tenho aqui um muito que me faz feliz.

               A vida assim como Deus me deu, noites de travesseiro amigo, lendas de amores e mágicos abrigos. Sou composta de histórias que me trouxeram até aqui. A vida que eu tenho, a jornada que eu caminhei, aceitei de braços abertos porque foi a vida que Deus me deu e me prometeu. Essa vida me transformou em uma mulher muito feliz.  

domingo, 21 de julho de 2013

Somos livros!

Na foto: leitora aniversariante do dia, Ana Carolina Silva. 

 Somos livros
Às vezes abertos e sem segredos
Às vezes indecifráveis e sem tradução
Às vezes esperando tradução.
Somos livros
Às vezes julgados pela capa
Às vezes anunciados pelas sinopses
Ás vezes apresentados pela ótica alheia
Somos livros
Fieis de cabeceira
Bons para um dia frio
Amigos e conselheiros
Somos livros
Às vezes apaixonantes
Às vezes intrigantes

Às vezes apenas, livros.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

A vida me cobra por eu nunca ter virado a pagina da minha realidade.

Na foto: Eu, André Mantena.


              A vida me cobra por eu nunca ter virado a pagina da minha realidade, me cobra porque eu não ter enxergado as oportunidades, me cobra por eu não ter semeado a terra do meu caminhar, ela me cobra porque eu não tenho olhado mais para mim mesmo. A vida pediu que eu me ligasse porque o tempo não desliga os seus ponteiros, ela me disse através de um poeta que o tempo não para!
            A vida me culpa pela tristeza desses meus primeiros cabelos brancos, culpa-me pela demora pela tão sonhada paz e algumas boas noites de sono.  Ela me cobra por eu ter perdido tanto tempo admirando o castelo alheio e não ter lutado para conquistar o meu. A vida me cobra por eu ter acreditado que só amor bastaria para sustentar uma relação. Ela me fez aprender através da decepção que: “Amor não supera osso”.

             A vida me aconselha a deixar o passado para depois, me aconselha a reavaliar os meus passos e entender os motivos das minhas derrotas. Ela me aconselha a seguir somente com o que for necessário: a inércia, a culpa e a pena de mim mesmo não cabem mais na minha bagagem. A vida me aconselha a pedir a Deus apenas o que realmente eu desejo, ela me aconselha a antes de recomeçar, reencontrar o meu amor próprio.  

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Eu aceito viver ao seu lado.

Na foto: leitora e amiga, Rayana Santos.


             Eu aceito viver ao seu lado, mas você precisa me prometer que os finais de tardes sempre encantarão as nossas retinas.  Que nossas noites serão sempre enluaradas. Ainda terá de me prometer que vez em vez eu ganharei serenatas à beira da nossa janela. Você precisa prometer que só me prometerá aquilo que estiver ao seu alcance.
            Eu aceito viver ao seu lado, mas você precisa me prometer que todos nossos momentos de amor serão como se fosse a nossa primeira vez. Que juntos nós povoaremos todo o universo e que nossos filhos serão amados e admirados como as estrelas lá do céu. Terá de me prometer que na cama seremos amor e sexo, sexo e amor. E que essa alternância de sentimento apimente cada vez mais o sabor da nossa relação.   

            Eu aceito viver ao seu lado, mas você precisa me prometer que não terá vontade de sumir quando eu estiver naquelas crises de TPM. E que quando a vontade de sumir for minha, você me colocará no colo e acalmará meu coração. Eu aceito viver ao seu lado, mas você precisa me prometer que serei sempre acordada com um carinhoso beijo de bom dia. Eu aceito viver ao seu lado e também prometo fazer de você o homem mais feliz dessa vida.    

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Amor tem que ser desmesurado.

Na foto: leitora, Glênia Silva, foto by Thiago Lustosa.


         Amor tem que ser livre, leve e louco. Amor tem que achar pouco o tempo que dura uma eternidade para se amar, amor tem que ser mar. Tem que ser cabelo desarrumado, pupila dilatada e respiração ofegante, tem que ser bilhete malicioso e retrato na estante. Amor tem que ser desmesurado. Precisa de dias ensolarados e de noites com chuva, precisa de lixo e de luxo. Não exige nada, se contenta com pouco e nos oferece tudo.
        Amor tem que correr na veia, na via de mão dupla e repousar no véu, precisa ter gosto de fama, cama e mel. Tem que ser amigo da sorte e entender o acaso, nascer de encontros, está sujeito a desencontros e não pode temer os contrários. Amor não precisa de itinerário. Amor precisa ser de verdade e conhecer a mentira, precisa ter milhões de amigos, um punhado de inimigos. Amor precisa ser família.

       Amor tem que ser livre, leve e louco. Precisa ter pegada, ser morada e sutil. Às vezes precisa ser lento e parar o tempo quando o momento for sublime. Às vezes precisa correr quando o lance for encontrar o objeto amado. Ele precisa encher a cama, a mesa e os olhos, amor precisa de felicidade. Ele precisa ser a própria felicidade e tornar a vida de quem ama muito mais feliz.           

terça-feira, 16 de julho de 2013

Eu voltei a sorrir.

Na foto: leitora e amiga, Verônica Farias.


       Eu voltei a sorrir, o meu sorriso voltou a morar aqui, ele voltou das bandas de lá. Andou um tempo andando sem tempo para mim, andou um tempo dando um tempo das coisas daqui. O meu sorriso voltou a morar por aqui, voltou a iluminar as calçadas das minhas manhãs, ele voltou a colorir o espelho dos meus sonhos.
        Eu votei a sorrir, o meu sorriso voltou a compor paisagens de um dia de domingo, ele voltou a iluminar o caminho que eu caminho agora. Ele trouxe a beleza e a magia da mulher feliz, ele deixou corado o meu nariz. Ele transpôs e transformou a silhueta da minha libido e resgatou o meu amor próprio.

     Eu voltei a sorrir, voltei a escrever paginas de capítulos felizes, voltei a acreditar que quem rouba um beijo tem direito a prisão perpetua no tribunal do coração. Eu voltei a sorrir, voltei a me vestir com a seda da madrugada, voltei a deixar a porta da minha felicidade escancarada para um novo tempo e um novo amor entrar.    

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Senhor! Aceita o meu olhar como oração.

Na foto: Leitora, Tásia Silva.


             Senhor! Aceita o meu olhar porque nesse momento ele é o meu único meio de oração. Eu não tenho caminho nem direção, não tenho nada no meu coração. Tenho um milhão de projetos, mas a incerteza tornou-se minha fiel conselheira e tem feito o meu coração recuar. Senhor! O meu calendário marca sempre a mesma data: o dia de ontem.
          Senhor! Aceita o meu olhar como oração porque ele é o que há de mais sincero em mim. Aceita, senhor! Faz um milagre em mim e devolve os tempos bons de minha infância. Naqueles tempos as minhas dores doíam menos, a minha tristeza não era triste e a minha alegria era a minha maior oração. Senhor! Acalma esse meu coração.

            Senhor! Aceita meu olhar como oração porque nesse momento, meu coração trava uma grande batalha existencial e afetiva. Nesse momento, ele recusar-se a continuar vivendo essa vida. Ele esqueceu o que é sorrir, existe apenas por existir e anda sem rumo por ai. Senhor! Aceita meu olhar como oração porque os tropeços e as pancadas que eu ando levando ultimamente tiraram até a minha capacidade de orar e de acreditar em ti.    

sexta-feira, 12 de julho de 2013

No colo dos meus pensamentos.

Na foto: Suellen Nóbrega. Foto de Dennis Araya.


       No colo dos meus pensamentos eu me aninho e me refaço do ritmo frenético dessa louca rotina. Eu pinto dúzias de possibilidades de um novo viver, eu reinvento o meu viver. Nele eu volto a ser menina brincando de ser mulher, volto a querer o que o meu apego quer.
       No colo dos meus pensamentos eu sou plebeia, princesa e rainha, nele, a vida volta a ser minha do jeito que ela era antes, nos meus sonhos de garotinha. Eu invento histórias e ouço contos de amores que resistiram à força do tempo, nele todos os filmes possuem finais felizes.
                      No colo do meu pensamento eu abraço os meus amigos verdadeiros e mostro para o dinheiro que ele é necessário e importante, mas não é tudo na vida.

           No colo dos meus pensamentos eu faço um balanço das chegadas e despedidas, entendo que a estrada da vida é um eterno ir e vir. Nele, eu aceito minhas fraquezas e aconselho os meus defeitos. No colo dos meus pensamentos eu agradeço pelas minhas qualidades e sabedoria que a mão divina me concedeu. Nele, eu abasteço meu olhar de sonhos bons e inspiração para o meu  viver. Foi no colo dos meus pensamentos que eu consegui traduzir tudo o que o meu coração queria lhe dizer. 

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Gosto sim, de amar assim!

Na foto: casal de leitores, Antonio Santana e Liliane Fernandes.


         Gosto sim, de amar assim! Gosto desse seu sorriso sorrindo para mim. Gosto dessa sua fala quando fala que  a gente não vai ter fim. Gosto sim! Gosto do seu olhar bobo, olhando para a boba apaixonada que habita em mim. Gosto de ser boba sim! Gosto de suas mãos passeando por mim. Gosto dessa sensação que parece que o fim não vai ter fim. Gosto sim!
       Gosto sim, de amar assim! Gosto desse seu dançar dançando para mim, gosto do seu caminhar caminhando para mim, gosto do seu sim dizendo que sim para mim. Gosto sim! Gosto desse seu jeito sem jeito, achando jeito em mim. Gosto das frases desinibidas que timidamente você me diz. Gosto sim!

         Gosto sim, de amar assim! Gosto dos seus sonhos de viver mil anos pertinho de mim, gosto do seu perfume tatuado em mim, gosto do seu gosto gostoso de bis. Gosto sim, de amar assim! Gosto de sentir por você esse amor assim, que me faz feliz. Gosto sim!!!  

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Aquela menina à beira do cais.

Na foto: leitora aniversariante do do dia e amiga, Jane Augusta, Florianópolis.


       Eu lembro daquele verão e lembro do efeito dele no meu coração, lembro daquela menina que adorava contemplar os finais de tardes. Eu lembro que o velho cais era o lugar preferido dela. Ele era o amigo, o conselheiro e o abrigo, era lá que ela conversava com o mar. Lembro do corpo bronzeado e daquele sorriso de feriado que ela tinha. Lembro que ela toda tarde estava lá.
       Eu lembro de um verão em que uma linda menina conversava com o mar. Aquela menina tinha a inocência no olhar e uma doce ideia de tocar o pôr do sol, ela era a luz do farol. Lembro do seu andar descalço e sem compromisso, dos seus cabelos negros brincando com a brisa do mar. Lembro do som da sua voz me contando coisas da sua terra de origem.
             Eu lembro que ela se confundia com o final de tarde, porque todo final de tarde ela estava lá. Ela me ensinou a andar nas nuvens e a imitar as gaivotas no céu, me ensinou que a vida também tinha gosto de mel e me fez amar andar de mãos dadas.

            Eu lembro do efeito daquele verão no meu coração, lembro daqueles finais de tardes. Aquela menina à beira do cais a admirar o pôr do sol e eu à beira do final daquele verão a admirá-la em silêncio.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Estou passando um tempo comigo mesma.

Na foto: leitora e amiga, Mariana Reis.

   Estou passando um tempo comigo mesma, Estou cultivando sementes de um alguém que eu não conhecia, estou me entendendo como minha própria companhia. Eu conheço o final do arco-íris, os segredos do mar sempre soube que a lua não era feita de queijo. Só não sabia de mim               mesma.
  Estou colhendo dúzias de um alguém que eu não conhecia, estou me entendendo como mulher que amou e foi amada. Eu sempre soube da metamorfose da lagarta e da beleza da borboleta, sei que do amor entre      o azul e o vermelho nasceu o violeta.  Eu só não sabia de mim mesma.                                                                                                          Estou reconstruindo o mosaico das minhas lágrimas e sorrisos, estou descobrindo que paisagem linda é o meu olhar de felicidade. Porque mesmo sem saber, eu sempre abriguei no meu olhar uma cidade. Eu traduzi antigas escrituras e li valiosos pergaminhos, mas o meu coração de mulher eu nunca soube decifrar. Agora, eu estou passando um tempo comigo mesma, estou aprendendo a me amar. 

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O meu maior obstáculo sou eu mesmo

Na foto: Eu, André Mantena.


    O meu maior obstáculo sou eu mesmo, é o meu espelho, é a minha zona de conforto. O meu maior adversário sou eu mesmo, são meus pensamentos inertes, minhas promessas de um dia talvez... Minha doce ilusão de querer vencer sem ter coragem de lutar. A minha maior adversidade não está do lado de lá.
  Eu sou oceano de mim mesmo, sou minha própria tormenta, sou brecha, fresta, fenda, sou minha própria ferida aberta. Eu quero prosseguir, mas não tenho coragem de caminhar, eu quero fé, mas vivo a duvidar, quero vitória, mas não tenho feito nada para conquistá-la.
        Hoje eu descobri que o meu maior obstáculo sou eu mesmo, descobri que minhas palavras me traem constantemente, descobri que meu discurso tem sempre um curso diferente do seu real destino.  Hoje, o senhor me falou sem palavras que a maior ajuda que eu poderia ter, está em mim mesmo: Adormecida ou forçada a continuar adormecida.

          Hoje, o Senhor me fez perceber que até aqui, eu tenho sido a minha maior adversidade, eu tenho sido a minha maior derrota. Hoje, o Senhor me faz perceber que a minha vida só irá mudar quando eu realmente mudar o meu interior.     

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Eu tiro o meu chapéu.

Na foto: cantor, amigo e leitor, Lino Mourais.


      Eu tiro o meu chapéu para quem não sabe explicar o amor, mas sabe amar. Tiro para quem escreve frases de gentileza, para quem sabe pôr a mesa para um jantar especial. Tiro o meu chapéu para quem anda descalço pela areia da praia, tiro para o vento maroto na saia, tiro o chapéu para quem sabe viver.
      Eu tiro o meu chapéu para quem valoriza o beijo na boca, para quem anda de mãos dadas, tiro para quem namora a madrugada. Eu tiro meu chapéu para quem adora tomar banho de chuva, para quem adora um abraço gostoso e verdadeiro, tiro para quem canta debaixo do chuveiro.

          Eu tiro o meu chapéu para quem não tem medo da segunda-feira, não chora na quarta, mas mete o pé na jaca na sexta-feira, eu tiro para quem de vez em vez diz umas asneiras. Tiro o meu chapéu para quem respeita o seu próximo, mesmo quando ele está distante, tiro para quem guarda retratos nas estantes, tiro para quem conserva o seu passado. Eu tiro o meu chapéu para todos que sabem viver a vida, tiro o meu chapéu para a minha vida, tiro o meu chapéu para você que nesse momento aprecia esse texto.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Renasci, hoje faço valer minha essência feminina.

Na foto: nova leitora, Glênia Silva.


   Hoje faço valer minha essência feminina, entendo que sou lapidada por sentimentos e forjada na lembrança do aço e na coragem de ser mulher.  Sei que passei alguns bocados e por muitas vezes meu corpo chorou magoado, mas o meu olhar sempre almejava as alturas e nunca se deu por vencido. Ser arranha-céu para tocar os céus com minhas próprias mãos foi o meu grande e único objetivo. Renasci! E me vesti de um novo ser despido de dúvidas e receios!
      Fui companheira do asfalto e sempre olhando para o alto, nunca me afastei do meu sonho de vitória! Na desilusão, aprendi a reconhecer as muitas faces da mentira. Na solidão, compreendi que minha melhor companhia era eu mesma e me reergui. Passei alguns bocados e vi a sorte me negar presença durante um punhado de primaveras, mas esse acaso não venceu a bela fera que sempre habitou em mim.
    Eu renasci! Mais alegre, mais mulher, mais forte e cicatrizada pelo tempo e entendimento. Fênix ressurgida das chamas e batalhas. Venci guerras e longas estradas. Renasci! Fênix mulher, mulher feliz!   

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Lá, no meu quintal de versos livres.

Na foto: leitor e amigo, Jota Santos.

        No meu quintal de versos livres, reinam lindas flores cultivadas nas minhas retinas. Um revoar de intenções sinceras e um travesseiro de quimera para minhas confidências. Lá no meu quintal.  É lá que o meu mundo ganha mundo, ganha forma e se reforma nos dias que ainda virão. Lá o jogo da vida é jogado sem amarras e sem limites. Lá, quem puder acreditar que acredite! 
       No meu quintal de versos livres, lendas além da margem, além do meu interior, dentro do meu interior, versando meu sonho capital. É lá que os amores acontecem, é lá que as noites amanhecem e se romantizam no final de cada tarde. No meu quintal de versos livres, a vida vista e vivida por uma ótica diferente. Diferente do senso comum, diferente da rotina, diferente dos fins que por ai sempre terminam.

      Lá, no meu quintal de versos livres, eu posso ter a vida que eu quiser, também posso ser amigo do rei ou ser o próprio rei. Lá, no meu quintal de versos livres é assim que a minha existência existe. Agora, quem puder acreditar que acredite!  

terça-feira, 2 de julho de 2013

À beira desse rio de pensar.

Na foto: leitora e amiga, Cicilia Amaral.


          À beira do rio, no leito das minhas memórias, pensamentos flutuam naturalizando o meu viver. À beira de mim, longe de qualquer noticia vã, escorre o amanhã de uma mulher que sonha em ser feliz.  Aqui, à beira de mim, sempre um reencontro com meus anseios, sonhos e desejos. Sempre um reencontro com a mulher que sonha em ser feliz.

        À beira de mim, no leito do apego do meu querer, sento-me frente a frente com a vida que Deus me concedeu. Admiro a natureza e sinto crescer a certeza na força do meu caminhar, sinto crescer a força do meu sonhar. Aqui de frente com minha natureza, traço planos e refaço projetos. À beira desse rio de pensar, meu coração, arquiteto do meu caminhar.         

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Ninguém entenderá na verdade o que sente o meu coração.

Na foto: leitora, Andréa Vasconcellos.


         Asas para voar, fruta doce e virgem, amor das coisas boas que a vida tem. Ninguém entenderá o que sente o meu coração. A folha que precisa cair para anunciar o outono, o rei sem trono, a parábola que a flecha faz sem saber a razão de ser. Ninguém entenderá na verdade o que sente o meu coração.
        Um olhar perdido no horizonte, um transpassar dos montes, uma ferida que finge cicatrizar. Um vitral sem brilho, um tocador que perdeu o estribilho, a bailarina solitária no meio do salão. Ninguém entenderá na verdade o que sente o meu coração.