quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Verdade pouca para mim, sempre foi mentira.

Na foto: leitora, Andréa Vasconcellos.


       Não sou tão intima das palavras polidas e nem dos discursos politicamente corretos, meu vocabulário não é lá assim tão vasto e meu dicionário é um livro eternamente entreaberto.  Eu tenho vendavais que vezes em sempre saem da minha boca, verdade pouca para mim, sempre foi mentira. Não decoro frases, pois minhas frases são sempre livres para voar.
          Eu nunca passeei pela avenida do ficou por dizer, tampouco decoro jargões batidos da TV, eu digo o que eu tenho para dizer. Tenho dificuldades em deixar as coisas subtendidas, acho que a vida não precisa de mensagens subliminares. A palavra calada é travesseiro que só reverbera em nossos próprios pensamentos, palavra falada é mais que verbo, é personificação de sentimentos. 

         Eu sei que o pensamento é o filtro da indiscrição e que palavra lançada jamais deixa de cumprir seu itinerário. Uma vírgula mal colocada provoca uma guerra e destrói um mundo, acho que já participei de algumas várias guerras mundiais. Aceitei não vestir o manto da política da "boa vizinhança" e sofri muito por andar à margem das idéias subtendidas, mas ao meu lado, pessoas que me amam, me dizem que por eu ser assim, elas podem confiar em mim.              

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A fé que me move.

Na foto: leitor, Ugo Cesar Loroza, 


          A fé que me move e que me faz caminhar, é simplesmente, fé! Que não enxerga a cor da pele do meu próximo, tampouco suas opções e que entende as mazelas e valoriza as qualidades alheias. A fé que me move, fez de mim, um ser humano mais prudente e visionário, me fez enxergar as coisas que só se pode enxergar com os olhos da alma. Fé que caleja minhas mãos, gasta algumas solas de sapatos, mas que me faz sempre olhar para o alto.
     A fé que me move, é simples e me guia despido de templos, rituais, dogmas e preceitos. Fez com que eu entendesse que eu sou o meu próprio templo! Fez com que eu compreendesse o papel do abismo diante das retinas humanas e a necessidade pontual do medo em algumas ocasiões. A fé que me move me fez falar a língua do vento, das flores e das folhas, me fez compreender que para alcançar os céus é preciso apenas de pés descalços tocando o chão.

           A fé que me move, é a mesma fé que me ampara na descida e me dará confiança na hora da subida, fez de mim, uma pessoa mais humana e menos rancorosa. Ela fez com que eu não esquecesse que essa minha existência é uma dentre outras que eu tive e ainda terei para poder me tornar um ser melhor e em harmonia com o plano espiritual. 

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Meu coração borboleta.(para a leitora aniversariante do dia, Rayara Toledo)

Desenho feito pela leitora e aniversariante, Rayara Toledo.

  
       Nasci flor de no quintal do mundo, vasto sentimento de voar que mal cabe na palma da minha mão. Tenho necessidade de flor e acho necessário sentir tão bela necessidade. Verdade? Meu coração borboleta que mal cabe na palma da minha mão, pequeno ser sonhador de infinito querer bem a um certo alguém.

        Nasci flor no quintal do mundo, lindo ato de nascer e de se perceber flor. Acho que meu coração borboleta que mal cabe na palma da alma da minha mão, escolheu destino de flor para poder ser feliz.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Pelo meu time de coração, eu sou Nação! (sou torcedor brasileiro)

Na foto, leitores e torcedores brasileiros!


  Sou torcedor brasileiro, pelo meu time de coração, eu sou Nação! Sou alma, corpo e coração, eu sou Nação! O meu time é paulista, carioca, baiano, capixaba, nortista, praiano, sulista, mineiro. O meu time é brasileiro! Por ele eu morro de amores, mas não mato por paixão, por ele, eu sou apenas emoção. Violência, não! Pelo meu time de coração, eu sou Nação!
  Eu sou torcedor brasileiro! O meu papel é de jogar junto com o meu time, fazer aquela festa na arquibancada. Esse papo de invadir CT, intimidar jogador, fazer ameaças ou me confrontar com membro de torcida adversária, não está com nada! Por amor ao meu time, eu não topo essa parada! Eu sou torcedor das tardes de domingo no Pacaembu, no Mineirão, Morumbi, no Olímpico, no gigante da Beira Rio, sou torcedor da Fonte Nova, da Vila Belmiro, da Ilha do Retiro, do Mané Garrincha, do eterno Maracanã. Eu sou torcedor brasileiro! Do ontem, do hoje e do amanhã.
         Pelo meu time de coração, eu sou Nação! Sou torcedor da seleção canarinho, do país da copa de 2014, do país do futebol, sou torcedor da paz.  Eu faço parte do mosaico que emociona na arquibancada, sou torcedor que pega carona nas asas da emoção, eu sou Nação. Torcer é algo sagrado, inato do povo brasileiro, algo que move quase duzentos milhões de corações.
        Não vamos deixar que a violência e o medo ganhem esse jogo, vamos virar esse jogo!  Vamos sair da defesa, mudar a tática, mas não partiremos para o ataque. A nossa estratégia será unirmos nossos corações em uma só voz, em um só ideal; a vitoria contra a violência! Respeitemos nossos ídolos, respeitemos os nossos times e suas glórias! Respeitemos o legado deixado por Pelé, Zico, Júnior, Roberto Dinamite, Rivelino, Sócrates, Casagrande, Romário, e Ronaldo.
       Sejamos torcedores, sejamos mais família, sejamos a trilha de um filme de final feliz, sejamos torcedores dos nossos times, sejamos Nação.           

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O silêncio é grito no universo da inconsciência surda.

Na foto: leitora, Daiana Nascimento.


  O silêncio é um todo fragmentado, é pensamento não falado, apenas pensamentado. O ato de silenciar é mais do que moinho de sentimentos, é mais que pensamento, silenciar é ponderar o imponderável. Ele pode ser fantasma ou o seu melhor conselheiro, inimigo ou travesseiro, ele pode ser o seu mais implacável juiz.
  Nem sempre quem cala consente ou mostras-se indiferente, silenciar pode ser também não aceitar o aceitável, evitar o inevitável. O silêncio é grito no universo da inconsciência surda. Ele não é sinal de fraqueza ou falta de argumento, às vezes, silenciar é discernimento. Quem silencia avalia de um lugar chamado cautela, não se debruça na janela da incompreensão.      

           O silenciar não é se omitir e nem permitir que os outros passem por cima de você. Silenciar é entender que em certas horas a palavra calada é o discurso mais eficiente contra aqueles que só enxergam o espelho.  Silêncio, ato solitário de introspectivo itinerário, grito mudo no universo absurdo das palavras impensadas. Silenciar é calcular caminho e garimpar pensamentos, é conversar mesmo estando sozinho, é entender seus sentimentos.        

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

A vida corre lá fora.

Na foto: Gabriel, filho da leitora, Andréa Vasconcellos.


             A vida corre lá fora: brinca, se reinventa, sorri e também chora. E ela continua correndo lá fora. As pessoas caminhando na calçada, cada uma com sua fé: fé crescente, fé já estabelecida, fé inabalada. Acho que a fé é o que conduz esses passos na calçada. Eu, nessa minha ótica de criança, percebo o quanto mágica essa vida pode ser.
             A vida corre lá fora e me ensina que eu, que nesse momento dou meus primeiros passos, posso correr, posso acelerar meus passos ou caminha lentamente. Ela me diz que eu posso, e certamente irei cair algumas vezes, mas ela sempre me fará seguir em frente.  A vida que corre lá fora me diz que eu nasci para ser feliz.
            A vida que eu admiro através dessa janela me diz que eu terei presença constante das pessoas que eu amo, mas que eu também conheceria a ausência porque se fará necessário, sentir e entender a saudade. A vida me disse que dias de sol e chuva virão, que tardes vazias e noites de verão. A vida que corre lá fora me disse que eu crescesse no meu tempo e que desejasse tudo e acreditasse em Deus com a força do meu coração.

          A vida que corre lá fora, não corre e nem me disse tudo isso, em vão.    

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Será que a cara coberta da desordem é a nova cara do Brasil?

Foto tirada da internet.


            A fé cega nos ideais atiçou a faca amolada da intolerância, a irracionalidade aproveitou a ocasião e nos corações insatisfeitos fez sua morada.  A inversão de valores, a paz armada até os dentes e um punhado de gente de bem perplexa em frente a TV. Um rasgo no tecido da democracia difere dos normais conceitos de reivindicação. Onde está a lógica de tudo isso, meu irmão?
           Uma parcela da população ganhou as ruas do país para tomar à força o que é seu por direito, leiga e redundante sensação de direito de um punhado de mascarados. Hoje, o povo já não pinta mais a cara, já não canta mais o hino nacional nas passeatas. Hoje, o povo esconde a cara e nega a sua identidade. Hoje, grande parte dos protestos está recheada de ausência de prudência e verdade. Os manifestantes já não mostram mais a cara. A cara do povo que conquistava tudo na diplomacia e na paz.
          A cara da vez nas manifestações está à mercê de um desenho falado, à margem da cara do povo que mostrava a cara. Agora, a cara que se mostra é a cara que enfrenta a policia, que enfrenta o Estado e que: a ferro e fogo, a dente por dente, a olho por olho transforma um momento de reivindicação em um campo de batalha que ceifa vidas de trabalhadores inocentes. Será que a cara coberta da desordem é a nova cara do Brasil?

         Agora, “é pau, é pedra, é rojão e descaminho! É um corpo caído, um corpo sozinho. É spray de pimenta, é bala de borracha, cassetete, é material que inflama, é coquetel molotov. É a paz na lama, é a lama, é a lama!" Temos o direito de protestar por melhores condições de vida, mas não temos o direito de mutilarmos famílias, de ceifarmos vidas e proliferar a insegurança e o caos por toda a sociedade. 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Ao seu lado eu posso voar.

Na foto: casal de leitores, Elen Nunes e Pv Vigneron.


        Ao seu lado eu posso  voar, posso decifrar a voz do vento, posso antever o movimento, posso  enxergar além do horizonte. Eu posso parar o tempo e eternizar seu lindo sorriso e o pôr-do-sol, eu posso dançar sem pisar no chão. Ao seu lado eu sou personificação da felicidade, eu posso ser praia nua ou aconchegante cidade, eu posso ser eternidade.
       Ao seu lado eu posso voar, posso ser água do mar e dia de verão, ao seu lado eu sou coração. Ao seu lado eu posso voar, posso tocar as estrelas e abraçar a lua, posso ser tudo e sempre sua. Posso aceitar a vida como ela é, e entender os seus dias nublados, posso, posso, posso! Se você estiver ao meu lado.

               Ao seu lado eu posso voar, posso sorrir sem motivos e chorar de alegria, posso alegrar a própria tristeza e acalentar a romântica saudade. Ao seu lado eu posso ser eu mesma e nada de mascaras ou personagem para representar, porque quando estou ao seu lado, eu posso voar.  

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Senhor! Estou partindo e não tenho muito para levar.

Na foto: leitor e amigo, Edson Coutinho Junior.


             Senhor! Qual é o seu tempo? Quando será o dia da minha sorte? Senhor! Eu agora vou buscar minha própria oportunidade, em outro lugar, em outra realidade. Já não dou conta de tanta decepção! Senhor! Nesta minha mochila que, ironicamente, eu carrego nas costas,abriga apenas o que eu pude e tenho para levar: desilusão e muita coisa a lamentar.
            Senhor! Eu carrego nas costa: projetos; planos; oportunidades que nunca apareceram; sonhos que nunca se realizaram; a sorte que nunca me visitou e a frustração e magoa da minha companheira que diz que o seu maior erro foi ter acreditado em mim. Senhor! Estou partindo e não tenho muito para levar. Carrego na minha mochila apenas o que ela conseguiu acomodar: saudade das coisas que eu nunca tive,mas sempre sonhei um dia conquistar.

            Senhor! Eu carrego nas costas: dúzias de noites de insônia e outros quilos de lágrimas; a saudade do mar e das minhas tardes de domingo; as canções que eu campus e nunca ganharam o mundo; a falta de paz interior para mudar o meu próprio caminho. Senhor! Qual é o seu tempo? Será que não tem lugar para mim, dentro da sua mochila? Pois saiba, meu Deus! A única coisa nessa minha caminhada, que não coube dentro da minha mochila, foi a falta de fé no Senhor!

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Naquele simples gesto de estender a mão. ( para minha amiga, Thaísa Sousa, esse texto chegou até mim, através de um lindo sonho)

Na foto: leitora e amiga, Thaísa Sousa.


    Naquele simples gesto de estender a mão e oferecer amizade, ela ensinou-me: que no olhar em silêncio haverá sempre uma conversa sincera, mas que nem sempre em uma conversa sincera as pessoas se perdoam de coração. Ensinou-me que os dias morrem, mas são imortais. E que as noites são negros cristais lapidados pelos sonhos dos mortais.
   Naquele simples gesto de estender a mão e oferecer amizade, ela ensinou-me: que seria ponte que me ajudaria a atravessar os dias difíceis e as tardes nubladas, sem pôr-do-sol. Ensinou-me que o abraço não precisa de datas especiais e que o beijo na testa é sinal de respeito e, o que falta a muitos casais. Ela pôs por terra o mito do elo sanguíneo; pois o amor transcende qualquer vogal e consoante, positivos e negativos de alguns tubos de ensaios rotulados em prateleiras e estantes de qualquer laboratório desse plano terrestre.

         Naquele simples gesto de estender as mãos e me oferecer amizade, ela ensinou-me: que não ter pressa também é lutar e correr atrás dos seus objetivos. Ensinou-me que não são os ponteiros dos relógios e as datas nos calendários que ditam e medem o quanto duas almas se conhecem e se amam. Ensinou-me que quando o plano espiritual abençoa, uma verdadeira amizade ultrapassa várias existências até se encontrarem definitivamente no vale da eternidade.  

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

À beira daquele lago que, maravilhosamente, parou no ar.

Na foto: leitora, Glênia Silva.


   Mergulhada em um oceano de tantos sentimentos, meu coração descansa tranquilo e sereno à beira de um lago que, maravilhosamente, parou no ar. De tempo em tempo, à beira daquele lago, meu coração recarrega suas pilhas e renova seus sentimentos. Reza a lenda, que aquele lindo lago em dias de muita alegria, consegue flutuar e, até "Parar no ar".
         Meu coração tece pensamentos e viaja além das retinas e rotinas que a sua visão pode alcançar. Maravilhoso dom que o coração tem de pensar. À beira daquele lago, os sonhos, os desejos, os amigos e a família percorrem milhas nas asas do querer bem do meu coração. À beira daquele lago que Para no ar, eu recarrego as pilhas desse meu romântico e sonhador, coração.

            Mergulhada em um oceano de tantos sentimentos, meu coração sentencia  em mim, a marca da fênix, a marca do ressurgir movida pelos sonhos e ideais. De tempo em tempo, à beira daquele lago, eu dou um tempo de selva de pedra e me faço vilarejo. Vilarejo das coisas simples do viver. A beira daquele lago que, maravilhosamente, para no ar, meu coração recarrega suas pilhas para poder continuar a caminhar.       

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Preciso trocar meu coração. (relato real)

Na foto: leitor, Edson Coutinho Junior.


     Preciso trocar meu coração, preciso apagar algumas tantas sombras que povoam os vãos do meu dia-a-dia. Preciso trocar meu coração, pois esse já está cansado de amar e não ser amado, de sonhar e não ter seu sonho realizado, de caminhar a passos largos e não sair do lugar. Preciso reorganizar meu vocabulário para que eu possa falar e ser entendido.
      Preciso trocar meu coração, preciso deixar de ser o culpado pelo fracasso de coração alheio, preciso consertar o cabo do freio da minha consciência ou me acabo no fim da ladeira da minha decadência. Preciso lembrar que eu esqueci de mim, preciso perceber que dar um fim no que já está acabado, nem sempre é o fim. Preciso trocar meu coração para não me perder de vez de mim. 

         Preciso trocar meu coração, preciso aceitar que o amor e o dinheiro possuem dois pesos diferentes, preciso aceitar que quando um abandona o lar o outro dificilmente permanece aquecendo o travesseiro. Cruel, mas é verdadeiro. Preciso trocar meu coração, preciso entender que nesse momento a solidão pode ser uma boa companhia. 

domingo, 2 de fevereiro de 2014

O mar também é altar (Odoiá, minha mãe, Iemanjá)

Na foto: leitora, Mariana Reis.


    O mar está em festa, as águas estão em festa e a minha fé está renovada. Um novo ciclo se inicia, uma nova era de realizações e glórias. Na fé que eu trago no peito, o mar também é altar, o altar de minha mãe, Iemanjá! As águas estão em festa e cresce dentro do meu peito, o sentimento de dias melhores, o sentimento de fim de tempestade. Hoje, dia 2 de fevereiro, é dia de festa no mar, é dia de festa nas águas, é dia da minha mãe, Iemanjá !
  Alegria e respeito de pescador, alento para os navegantes, farol para os sem destino. Iemanjá, rainha do mar! Hoje,  o meu coração está em festa, hoje, eu também sou quase mar! Um novo ciclo se inicia, uma nova era de realizações e glória! Odoiá, minha mãe, Iemanjá!