domingo, 30 de agosto de 2015

Pai, eu quero me sentir seu filho

Na foto: leitor e amigo, Ugo Loroza e sua caçulinha, Valentina.


                Pai, eu quero me sentir seu filho, quero poder voltar aos trilhos e saber em qual estação esse trem chamado vida vai parar. Pai, eu quero me sentir seu filho, quero enxergar o brilho de cada nova manhã, quero sentir o abraço do sol em cada novo amanhecer. Pai, eu quero me sentir seu filho, quero olhar para frente feito criança que se encanta com as coisas simples da vida. 

              Pai, eu quero me sentir seu filho, para que eu possa ser um pai melhor para as minhas filhas. Pai, eu quero sentir o seu perdão e me sentindo perdoado, eu espero aprender a perdoar. Espero aprender a esperar, o seu tempo de Pai. Pai, eu quero me sentir seu filho, quero dar testemunho e falar das boas novas, quero dar glórias e louvores a ti, Senhor. Pai, eu quero me sentir seu filho. Quero voltar aos trilhos e refazer a direção e dar um novo destino ao trem da minha vida.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Da vida eu levo só o que me fez sorrir. (Relato de uma amiga; Nayara Vieira)

Na foto: leitora e amiga, Nayara Vieira.
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          Da vida eu levo só o que me fez sorrir, levo apenas a fé que eu tenho em Deus. E vivendo assim, eu sou feliz! Vivendo assim, eu compreendi os acontecimentos tristes que me fizeram chorar, compreendi os tantos nãos que por várias vezes tentaram em vão me fazer recuar. Eu compreendi vivendo assim. Eu compreendi as lagrimas e os dias nublados que visitaram as minhas retinas, compreendi os contratempos que o acaso colocou em cada esquina que eu passei. E por ter fé em Deus, eu me livrei.
       Da vida eu levo só o que me fez sorrir. Levo apenas aquele domingo no parque naquela tarde da minha eterna infância, aquela tarde mágica que nunca anoiteceu dentro de mim. E vivendo assim, eu compreendi o real sentido de amar o próximo e a respeitar o meu semelhante. Compreendi que se faz necessário valorizar o carvão, antes de se admirar o diamante.

     Da vida eu levo só o que me fez sorrir. Levo a alegria da primeira palavra escrita e da primeira frase construída. Levo a mágica emoção de conhecer o mundo através da literatura. Levo os momentos em família e o abraço sincero dos amigos. Da vida eu levo só o que me fez sorrir, levo no peito a certeza de que foi a minha fé em Deus que me trouxe até aqui. 

sábado, 15 de agosto de 2015

Mulher não tem que provar nada.

Na foto: leitoras do blog.


           Muito se diz por aí que mulher tem que ser magra, loira, alta, negra, gostosa, pequena, morena. Mulher tem que ser isso, aquilo, mulher, mulher, mulher, tem, tem, tem. Mulher tem que... P...N... Mulher não precisa ser e nem provar nada! Mulher precisa apenas ser feminina, apenas ser mulher.
            Eu conheço mulheres inocentes e indecisas, mulheres fortes e decididas, mulheres que não bebem nada e mulheres que tomam todas e ainda tomam decisões importantes na vida. Eu conheço mulheres que causam inveja a lindas flores e voam mais que aviões. Eu conheço mulheres apaixonantes e apaixonadas, mulheres que são verdadeiros Tsunamis, mulheres habilidosíssimas na arte de serem atrapalhadas. Mulheres não precisam provar nada! Porque mulher precisa apenas ser feminina, precisa apenas ser mulher.
         Eu conheço mulheres que são verdadeiros best sellers, mulheres que se reinventam a cada novo capitulo. Mulheres que nos predem nos seus prefácios e nos deixam apaixonados pelas suas sinopses. Eu conheço mulheres que não se apegam a nada, mas que muitos homens dariam o mundo para tê-las em seus braços, eu conheço mulheres que mesmo descendo do salto, rodando a baiana ou armando o maior barraco, nunca saíram dos trilhos da boa conduta, da moral e dos bons costumes. Eu conheço mulheres nunca saíram descabeladas depois de um bom bafafá e nunca perderam a pose.

          Eu conheço mulheres que gostam de homens, mas amam ou são apaixonadas por outras mulheres. Conheço mulheres que estão em paz com o espelho e aceitam o que ele diz. Eu conheço mulheres que sabem distinguir sexo de amor e amor de amizade, mulheres que uniram sexo, amor e amizade e se tornaram muito mais felizes de verdade. Eu realmente acredito que a mulher não precisa provar nada! Porque mulher precisa apenas ser feminina, precisa apenas ser mulher e sempre respeitada por nós homens.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Ela não quis saber de estrelas.

Na foto: amigo e leitor, Edson Coutinho Junior.


          Ela não quis saber de estrelas, não abraçou a minha ideia de abraçar um lance sem fim, ela não quis saber de mim. Ela bebia a madrugada com pequenas pedras de gelo e muita indiferença, ela era indiferente até para a própria indiferença. Ela não curtiu a canção que eu compus para ela, porque em suas veias corria o rock progressivo da ingratidão.
          Ela viajava ao som do Raimundos, se sentia livre ouvindo o reggae do Natiruts e ficava horas em silêncio ouvindo o som da Legião. Ela era amiga do asfalto e se confundia com a própria solidão. Ela cheira a vapor e a gasolina, era a menina que sabia ser mulher e a mulher que esqueceu que um dia foi menina.
         Ela era assim, preenchia bem os decotes e a minha imaginação, eu sonhava com o dia em que eu me perderia dentro dos jeans que ela usava. Eu pedia a Deus para que ela fosse a minha perdição. Mas ela, ela não quis saber de estrelas e nem de mim. Ela curtia Janis Joplin e Amy Winehouse e achava que um dia morreria de overdose, enquanto eu morria de amores todos os dias por causa dela.

        Eu a amava e a admirava por ela ser o que eu não era, mas ela, bom, ela detestava filme com final feliz. Por isso, ela nunca quis saber das estrelas e nunca quis se apegar a mim. 

domingo, 9 de agosto de 2015

Ele me disse sem me dizer. (Feliz dia dos pais)

Na foto: meu pai e leitor, Carlos Simões.


Ele me disse que havia um outro mundo
fora desse mundo,
ele me disse que existiram e existem outros seres e personagens reais,
Fora dessa nossa realidade.
Ele me disse que havia uma forma abstrata
de falar de coisas concretas,
ele me disse que os versos e as estrofes
me possibilitariam voar,
ele me disse que ter fé em Deus
me daria asas para realizar esses voos. 
Ele me disse tudo isso sem palavras,
mas as palavras dele ecoam e povoam
o meu ser todos os dias desse minha existência.
Ele me disse sem me dizer,
mas eu consegui compreender. 

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Receita para um bolo chamado viver

Na foto: leitora e amiga, Mariana Fonte.



           Não tenha medo de tirar os pés do chão, tire os pés do chão e alcance as nuvens, permita-se sonhar. Só aceite a verdade nua e crua, duvide do talvez, mas vez em quando, dê ao talvez um pouquinho de credibilidade. Porém rejeite a mentira mesmo que servida no prato da verdade.
         Não tenha medo de amar, aceite o amor, mas entenda que o amor é um sentimento para não se entender. Entenda também que a magia do morrer de amor, é justamente não morrer. Vez em vez, se permita uma auto avaliação, mas não seja um juiz tão severo nos seus julgamentos, liberte o pensamento e pense que às vezes, é extremamente necessário não pensar em nada.  
        Ande sempre na linha, mas cuidado com o trem do arrependimento. Faça tudo quase sempre dentro da lei, porque às vezes, você deve se permitir infringi-la: matando a saudade, roubando um longo beijo, saciando os seus desejos, prometendo a lua e o sol para a pessoa amada; às vezes, é certo se sentir errado(a).
      Viva a sua fé, ore em silêncio ou fale com Deus em voz alta, sempre tenha um momento para Deus.  Conheça o seu corpo, entenda-o, cultive-o e o aceite do jeito que ele é, mas se você quiser, promova a mudança que achar necessária. Ame a si mesmo, antes de amar o seu próximo.

     Tome sorvete, sorria sem motivos, embale-se na rede, dance desmesuradamente, assobie a sua canção favorita. Viaje no final de semana, aproveite o feriado, converse com a madrugada e contemple o amanhecer, porque isso é viver. Essa é a minha receita para se fazer um delicioso bolo chamado viver. 

sábado, 1 de agosto de 2015

A odisseia do tempo a se eternizar

Na foto: leitora, Cicilia Amaral.


   Em cada rua que passei, tantinho de segredo eu deixei.
            Cada calçada que eu sentei,
      Acho que ali, também chorei, chorei.
            Em cada lugar que eu conheci:
              morri, vivi e nasci.
       Deixei saudades e trouxe no peito
a vontade de um dia retornar.
Cada telhado que abrigou meus pensamentos,
 deixou comigo também seus
 “contos pra ninguém jamais contados”.
 Eu aprendi debaixo daqueles telhados!
    Em cada janela, espera.
 A cada abrir de porta, uma volta,
um alguém que nunca voltou
 E nunca voltará.
 A cada caminhar do calendário,

 A odisseia do tempo a se eternizar.