quarta-feira, 29 de junho de 2011

Qual o sentido da vida?


                                                          

                Hoje, quinta-feira, 29 de junho de 2011, quero apenas fazer uma pergunta para todos vocês, “Qual o sentido da vida?” faço essa pergunta, porque acabo de receber uma triste noticia. Recebo a noticia de que minha amiga, Viviane Costa, faleceu de Parada Cárdio-respiratória.  As razões ainda são desconhecidas, mas o fato é que perdi uma amiga, irmã de Gilson, também meu amigo e companheiro de trabalho, ela deixou um filho de catorze anos de idade. Amiga dos tempos da empresa, Atento do Brasil, depois na Tellus, e paralelo a Tellus, fizemos faculdade juntos, na Católica.
                Eu, Letras/Português e ela, Direito, vale ressaltar, que ela acabou de se formar.   É por essa razão que eu pergunto, “qual é o sentido da vida?” por que a vida lhe reservou tão curto destino? Uma pessoa cheia de vida, alegre, dona de uma risada, que inundava qualquer ambiente onde ela estivesse. dar vontade de chorar, e me permito chorar neste momento!
 Agente sonha com tanta coisa, carros, casas, diploma, amores, estabilidade financeira e sentimental.
               Para quê?  Por que ceifa uma vida cheia de sonhos? Não posso questionar a Deus com tanta raiva, nem rancor. Só posso dizer meu Deus, seja feita a sua vontade, aqui na terra como no céu! “Viviane, minha amiga, não pense que foi tudo em vão! Não olhe aqui para baixo e se revolte, você cumpriu seu papel, de filha, irmã, mulher amada, quando assim foi, cumpriu seu papel de amiga! E o mais importante, criou um garoto muito bonito e educado! Você realizou seu maior sonho, se formou com tudo que você tinha direito!
               Descanse em paz Vivi! Agora eu entendo que o sentido da vida, agente é quem da! E você deu sentido a sua!           

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Eternize seu momento

             

Sábado à noite fui ao casamento dos amigos, Milton e Tatiane, uma bela festa, musica boa, comida da melhor qualidade, estava cercado de amigos. Um clima muito bom, domingo, resolvemos esticar a comemoração e começamos cedo, curtimos o dia todo, havia muito tempo que eu não curtia assim. Quando estava voltado para casa, meu velho baú das minhas inquietações deu sinal de vida, e começou a cantarolar, ”Por que momentos como esses não são eternos?”
              A pergunta se faz presente de maneira insistente, só me deixando em paz quando comecei a respondê-la. Pensei em ir direto ao ponto, porém percebi que não estava ali para responder apenas sobre a eternidade de referidos momentos, estava ali para pensar, “por que muita coisa se perde pelo caminho e pelo tempo?” na verdade, o tom nostálgico do fim de domingo, me fez refletir sobre insistente tema.
               A vida é cheia de encontros e desencontros, é feita de pessoas fazendo promessas de amizade e amor eterno, promessas que sempre acabam, na maioria das vezes, acabam como fotografias esquecidas, na imensidão de pequenas gavetas. Acabam se transformando em lágrimas silenciosas, e acabam também, se tornando vitimas da ação do tempo, da distancia e do esquecimento. A primeira namorada, o primeiro namorado, o melhor amigo ou amiga da escola, da faculdade, a turma da mágica rua que nos viu crescer. Tudo isso vitima da ação do tempo, da distancia e do esquecimento.
              Por onde anda seu primeiro namorado ou namorada? Em algum momento você pensou que não seria eterno aquele namoro? E as promessas feitas?, promessas de eternidade. A vida não tinha sentido e não faria sentido, se não estivessem juntos! Cadê aquela amizade que sabia mais de você, do que você mesmo? Aquela amizade que só de olhar para você, sabia que você não estava tendo um bom dia. Amizade de sintonia perfeita! Amizade que enxugava seu pranto nos momentos mais difíceis.
              Cadê aquela roda de amigos, amigos de tantas aventuras, que segundo meu poema já dizia “impulsionada pelas águas do tempo, girou todo mundo para direção contraria? Hoje, em tempos tão difíceis, podemos contar nos dedos os amigos de verdade. Realmente não se trata de momentos eternos, mas de sentimentos eternos, precisamos aprender a cultivar tudo que for verdadeiro e a entender o que for passageiro. Aproveitar ao Maximo cada momento é essencial! Viver intensamente todos os momentos, fazer novos e verdadeiros amigos, regar com amor e respeito os que já estão a nossa volta, isso faz a diferença.
                Amanhã, quando você abrir suas pequenas gavetas, encontrará fotografias de um passado presente, presente na sua vida! Um passado que nunca foi, mas sempre será, um futuro presente, diga eu te amo, ao seu amor, saia, dance e se possível, resgate o que ainda pode ser resgatado! Se alguém aguarda um sorriso seu, um afago seu, uma visita sua, um telefonema.
Sorria, afague, visite e telefone.  Já vivemos tão atarefados, correndo de um lado para o outro, que esquecemos até de nós mesmos.
                É passar naquele concurso, é comprar aquele carro, é fazer aquela viagem, é pagar aquela fatura, aluguel, água, luz, telefone, conta,conta,conta,conta. Que agente nem se dar conta, que o tempo passa e nós, cada dia mais velhos e amargos, nos tornamos passageiros de um trem chamado solidão!  Por isso, mais uma vez eu digo, “Não deixe de dar aquele telefonema, pode ser que seu amigo ou amiga, esteja precisando de você, precisando reafirmar laços, ou apenas ouvir sua voz. Faça isso, diga que ama, abrace, beije. Fortaleça os laços! Faça presente o seu passado, eternize seu futuro, viva o presente!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

É possível se envolver, sem se envolver?

                                            
         Recebi de Rafael, Queli e Gilson, um convite para voltar de carro para casa, após mais uma jornada de trabalho, Rafael, guiava e controlava a seqüência musical e tecia elogios a uma nova dupla sertaneja que fazia o som naquele momento. Gilson, ainda arrumava sua mochila, velha companheira de guerra, Queli fazia planos para um final de semana familiar, e eu, eu fitava a paisagem pela janela do carro. Quando, Não sei, por qual razão, Rafa disparou a falar sobre “Se envolver sem se envolver”.
          A frase me chamou a atenção, então, resolvi apurar para intrigante tema.  Rafa comentava que quando estava solteiro, sem um relacionamento sério, ele não queria coração preso a ninguém. Curtia as baladas de sábado à noite, dançando muito e curtindo como um louco, mas sempre sozinho, o lance era como dizem os filósofos da banda Aviões do Forró “pega e não se apega”. Beijava geral, “tomo nota para dizer, o cara é boa pinta, gente fina e muito divertido”.
          Porém mesmo com toda essa auto-afirmação de imunidade adquirida. Segundo ele, por conta das várias noites curtidas na capital candanga, de quando em quando, aparecia uma gata, que o fazia sempre tremer na base.  Gilson, Por sua vez, cara experiente, viveu um relacionamento de muitos anos. Relacionamento esse, que lhe presenteou com uma vasta noção de vida a dois. Gilsão, como é conhecido por todos, deixava claro, que o lance era não perder as oportunidades que a vida lhe oferece.
           Que, por ter vivido muito tempo, dentro de um casamento, se sentia igual a passarinho solto na mata, queria voar de flor em flor! Afirmou que seguia a risca a filosofia ao melhor estilo Tim Maia, e recitou um trecho de uma musica do cantor que diz “Eu bem que te avisei/pra não levar a sério/nosso caso de amor/eu sempre fui sincero/ e você sabe muito bem” Eu não contive o riso, diante de rara pérola. Mas ele finalizou seu discurso, num tom pouco menos imune, e nos confidenciou. Agora, sempre tem aquela que agente, não ama, mas tem sempre prioridade com o cara.
           Depois de duas curiosas colocações, como essas dos meus amigos, estava ansioso para ver a intervenção de nossa colega Queli. E ela veio, veio bordada de alma feminina, alma de uma mulher, madura, casada há quase 20 anos e mãe de família exemplar. Queli, até concordou que os meninos tivessem aquele ponto de vista. Concordava com o Rafael, quando ele disse que Solteiro sim, sozinho nunca! Lembrando certo funk muito tocado nas melhores casas do ramo.   
             Queli disse que também entendia o Gilsão, entendia, que após um casamento de muitos anos, talvez, ele quisesse dar um tempo para ele. Segundo Queli, o entendia perfeitamente. Acontece que ela também, deu a versão da alma feminina. A mulher já não está tão só voltada para relacionamentos sérios e duradouros. Mulher também quer curtir, quer cai na balada, beijar muito, e não se apaixonar.
            As mulheres de hoje, estão aproveitando mais a vida, curtindo sozinha e sendo muito mais independentes que antes.  Mas assim como o homem, a mulher deixa sempre guardado no cantinho de sua independência, aquela paquera que sempre a faz suspira. A mulher também guarda um alguém, que de certo modo, mexe com ela.
            Depois que Queli, também deu seu parecer, percebi que, ali, diante de mim, circulava três pontos de vista, todos três a favor do tal, “Pega e não se apega” o curioso, é que ao final de cada relato a favor da imunidade emocional, aparecia sempre à mesma conclusão. Mesmo, os mais loucos e descolados solteirões convictos, mesmo os mais inconseqüentes farrista, todos eles. Homens e mulheres, todos eles, acabavam sempre se envolvendo com um alguém, que era sempre lembrado nos momentos de alegria e tristeza.
            Caindo assim por terra, esse papo, de se envolver sem se envolver! “Coração é terra que ninguém conhece” não sei quem falou isso, mas acredito piamente!  Ditar regras de descompromisso, premeditar a base sentimental de uma relação, é furada, bola nas costa! Basta uma janela aberta, e o sereno da paixão, entra, e faz morada no seu quarto!
            E você, que lê essas linhas neste momento, também acha que é possível, se envolver, sem se envolver?

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Meu coração

                                                                  

                 Hoje acordei com uma saudade andando pelos quatro cantos do meu coração, não sei ao certo, saudade de quê? Fiquei vasculhando os labirintos dos meus sonhos e não encontrei razão para referido sentimento, neste momento, percebi que o baú das minhas inquietações  estava sendo revirado e lá, de algum vão perdido nele, percebi que meu coração batia descompassado e que as inquietações povoavam minha cabeça.
                Fitei meu olhar na direção de lugar algum e ouvir meu coração falar “Escreva sobre mim, escreva sobre o que representamos um para o outro!”Dessa vez, confesso que esse tema me causou certa apreensão. Como posso escrever sobre meu coração? Como posso expressar algo sobre ele que vem dele? Como posso falar sobre ele sem me expor?  Sem expor minhas fraquezas, meus receios, anseios e até desejos mais contidos lá no fundo de minha alma?
                Mesmo assim, as palavras começaram a fluir e eu fui entendendo o meu coração. O meu coração é o meu melhor amigo, foi, é, e será sempre aquele que esteve comigo sempre nas horas em que eu mais precisei, ele esteve comigo, quando eu conheci pela primeira vez, a dor da perda de um ente querido. Eu era bem novinho, acredito ter na época, oito para nove anos de idade, quando perdi meu avô materno , o velho Matias, como todos o conheciam.
             A imagem daquele homem, de pele clarinha, de olhos azuis, chapéu de vaqueiro, andar calmo, fala mansa, dera lugar a um corpo pálido e enrijecido, cercados por muitos que o amavam, numa pequena capela da antiga cidadezinha chamada Amado Bahia, interior da Bahia. Naquela noite, parecia que eu iria morrer junto com ele, mas você coração, se apossou da minha dor, só para eu não sofrer e durante muito tempo sofreu por mim, sem me cobrar nada.
             Até hoje, meus pais não sabem o quanto aquele acontecimento marcou minha vida. Você coração, esteve comigo quando eu dei minhas primeiras pedaladas sozinho, naquele dia, quanto mais eu pedalava, mais eu queria pedalar. Do meu peito explodia uma sensação que me transformava na criança mais livre do mundo, e novamente, você estava lá, desde as primeiras pedaladas, dizendo, vai, você vai conseguir! E eu consegui! . Lembro-me bem coração, daquela surpresa que você me fez, quando pela primeira vez, você me levou para ver o pôr-do-sol na praia de Itapuã.
           Vixe Maria coração, foi naquele dia que eu descobrir, que não havia nada mais lindo que o sol beijando o mar, foi uma alegria! Que sozinho, eu não agüentava não.
 Até nos dias em que nós estávamos brigados, dias, como o dia da minha vinda para Brasília, você resolveu fazer as pazes comigo, e não me deixou partir sozinho, naquela noite, 16 de junho de 1994, noite em que deixei para trás todos os meus sonhos de criança, meus planos de adolescentes, noite e que eu deixei para traz, pensava eu, minha vida.
           Naquela ocasião, você, mais uma vez, se apossou da minha dor e da minha vontade de pular pela janela, e sofreu dobrado, aquela dor de deixar a minha terra natal, lembro que escutei durante vinte e duas horas de viagem, você chorar baixinho, só para os outros passageiros não perceberem.  Você coração, deixou sua vida lá em Salvador só para me acompanhar.
            Preciso dizer que você é o melhor parceiro de farra que eu tive e tenho nesta vida, gostamos dos mesmos estilos musicais, somos fãs incondicionais de Carlinhos Brown, Chico César, Vander Lee e Jorge Vercilo. Nos  emocionamos com Vanessa da Matta, Bruna Caram, Marisa Montes, Adriana Calcanhoto, curtimos  o som de Ana Carolina, Daniela Mercury, tomamos todas ouvindo, Zeca Pagodinho, Art. Popular, Revelação e a minha  banda de pagode preferida, banda Raça Negra.
           Pulamos muito atrás da Timbalada, Olodum, Netinho e Ricardo Chaves, mas quando o Chiclete com Banana passava, ai a festa começava, lembra? Infelizmente eu lembro também, que até hoje, choramos a morte de Cássia Heller. Aprendemos até a gostar de forró! Vale tudo quando estamos na farra, não é coração?!  Mas eu não posso deixar de dizer, você já aprontou umas boas comigo.
        
            Sempre me deixou na mão, quando o assunto era amor, não é verdade? Sempre que eu disse, “hoje vamos sair e não vamos ficar só com uma, vamos pegar geral, você sempre dava um jeito para me apresentar alguma garota, e fazia tão bem o filme dela, que, era só rolar o primeiro beijo, e danou-se, tava lá eu apaixonado mais uma vez! E o pior, é que você morria de se divertir quando isso acontecia, depois, você sempre voltava se desculpando e jurando nunca mais aprontar pra cima de mim.
              Acontece, que era só rolar mais uma festa, um clima legal, e lá saia você jurando para todas as garotas, que eu era o cara para um sentimento eterno, que era um cara legal, que igual, não havia na face da terra. Certa vez, no feriado de semana santa, lá na ilha de Itaparica, na praia de Amoreira, saímos com alguns amigos para uma barraca de praia que rolava musica ao vivo, e você fez uma das suas campeãs comigo.
               Ofereceu uma musica para uma garota da turma, a musica foi “Cheia de Manias” da banda Raça Negra, naquele momento, eu não sabia onde enfiar minha cara, aquela foi forte” ele acertou em cheio, na musica, na tática, mas principalmente, na escolha da garota, ela se tornou um alguém por quem eu sempre carreguei um carinho e respeito muito grande.
               Você coração, aprontou muito comigo, deixando uma imensa dúvida na balança da minha consciência, teria sido você, mais amigo ou inimigo?  O fato é que você me deu um grande amor, que possua vez, me presenteou com duas lindas filhas, me deu também uma paixão que também se transformou em um grade amor chamado Brasília!
                Me deu poucos amigos homens, porém verdadeiros, me deu um milhão de amigas, um universo feminino que me ajuda a escrever todos os dias textos como esse, como esse que escrevo agora.   

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Traição, um ato, dois sentimentos diferentes


                                             

  Quando pensei no que escreveria hoje, 22 de junho de 2011, quarta-feira, um dia que raiou trazendo final de Taça Libertadores da América, o time do Santos é o Brasil na decisão. Irá jogar contra o Penarol, relembrando a histórica final de 1962, decisão que naquela oportunidade, teve um final feliz para os brasileiros. Além do clima envolvendo importante partida, é necessário registrar, que se trata de uma quarta-feira, véspera de feriado de Corpus Christi.
            Então, meio envolvido com tudo isso, fiquei garimpando meu velho e mágico baú das minhas inquietações, e percebi que, hoje, faria diferente, perguntaria para algumas dos meus amigos e amigas, qual tema eles gostariam que eu postasse neste blog. De cara, Poliana e Andressa como um coro uníssono, soltaram no ar o tema “A Dor de uma traição” relutei de inicio e logo em seguida, questionei a Poliana a razão do tema, sim, pois pelo que sei da minha amiga, não constava em seu curriculum, dolorosa experiência.
            Ela é uma mulher alegre e com um ar de quem ainda não saiu da adolescência, tamanha sua meiguice e simpatia, não combinava nada com o ar de alguém que tivesse passado por tamanha desilusão. Andressa, um pouco mais experiente, também não trazia, nem se quer uma leve impressão de navalha em suas palavra e atitudes, logo ela, que esbanja suingue e muita malemolência da mulher baiana.
             Não, sem sombras de duvidas, não, não, não. Então porque escrever sobre traição? A resposta foi também quase tão uniforme, quanto à idéia do tema, queremos entender a razão de um mesmo ato, expressar dores diferentes no homem e na mulher? Bom, como se não bastasse, o tema ficou martelando, martelando, martelando, quando percebi, já estava envolvido e praticamente sendo o tema e o tema sendo eu, sendo assim, não poderia falar de tão embaraçoso tema, sem separar as partes mais importantes dele, o homem e a mulher.
              Quando um homem e uma mulher iniciam um relacionamento, fazem meio que inconscientemente, um pacto de instinto, um pacto de regras e condutas, que eles juram seguir por toda a vida, ou enquanto durar o amor. O homem traz consigo a carga da razão, a coisa dos passos pensados, o homem ama e pode amar loucamente uma mulher, ele pode se entregar, fazer desse amor a razão da sua vida, mas acontece que o homem é essencialmente carne, tesão, pele e, quase muito pouco paixão,
              Homens românticos existem aos montes, percebam apenas, que o que eu estou me referindo é que mesmo com toda gama de sentimentos, o homem consegue se desvencilhar da emoção e agir só com a razão, neste caso aqui, rebaixada a categoria de tesão. A mulher por sua vez, traz consigo a carga da emoção, a entrega desmedida, sem fronteiras, a parte elo e compromisso do relacionamento.     
              O homem nos leva quase ou em algumas vezes a acreditar que quem ama trai e quem trai também ama, em outras palavras, no amor há pele, mas na pele não há amor! O que isso parece querer dizer, é que, Uma pessoa pode amar outra, e sentir desejo (tesão) por outra que não seja a pessoa amada! Complicado entender e aceitar, mas é o que acontece no nosso dia a dia, quando falo que o homem é razão, falo nesse sentido, amar alguém e deitar-se com outro alguém, sem misturar sentimento de desejo.
             No caso da mulher, na maioria das vezes, isso é diferente, falo na maioria das vezes, porque existe mulher que age igual ou pior que homem! Mas voltando ao comportamento feminino, ela não consegue separar tesão de amor, para a mulher, o primeiro está intimamente ligado ao segundo, na ótica feminina, não é possível amar uma pessoa e sentir tesão por outra, sua própria essência emotiva lhe condena, daí, entendendo os dois mundos, percebemos porque uma traição dói de forma diferente para o homem e para a mulher.

             Quando o homem é traído, cai por terra todo um emaranhado de sentimentos orgulhosos, que envolve machismo, autoritarismo e sensação de perda de um jogo, sem falar no sentimento de diminuição que toma o homem. Lá no seu intimo, se um homem sabe que foi traído, o que lhe pesa mais é saber se os outros têm conhecimento, a sua imagem é a principal preocupação, não o ato em si, porque faz parte do dicionário masculino, jurar que está sempre preparado para infeliz acontecimento. O homem é capaz de aceitar a mulher de volta, se ele tiver a inútil certeza de que ninguém mais soube do ato infiel, e olha que isso não é difícil de acontecer!   

                 A mulher quando é traída, cai por terra um castelo de sonhos e promessas realizadas e firmadas logo no primeiro beijo, lembra do pacto instintivo? Quando a mulher é traída, o mundo perfeito se desfaz, a entrega desmedida, a moção incontrolável, tudo isso perde a cor, ou seja, o amor eterno e parceiro, se transforma em um sentimento desesperador de caminhar em vão!
                 Ela, por amar de forma incondicional, não aceita o perdão do ser amado e não o perdoa, porque o elo se quebrou e naquele momento, o que menos importa para a mulher, é se as pessoas, a rua, o bairro, a cidade, o pais, o mundo, o universo tomaram conhecimento de infeliz acontecimento. É mais complicado para a mulher esquecer uma traição, porque ela só contará com o tempo como principal conselheiro. O homem poderá ter como aliado, seu sentimento machista e egoísta herdado lá nos primórdios, e na verdade, o homem por colocar o orgulho ferido em primeiro lugar, tende a sair mais rapidamente da dor da traição.  
               No final de tudo, todos perdem, quem traiu, quem foi traído, quem chorou, quem sorrio, precisamos fazer do momento presente com a pessoa amada, sempre um momento eterno, valorizar enquanto juntos estivermos e respeitar, nós, homens e mulheres precisamos abrir  o coração e deixar a verdade reinar, talvez assim, sejamos mais felizes!


terça-feira, 21 de junho de 2011

Naquela época

          Hoje, na hora do lanche, conversando com duas amigas de empresa, Patrícia e Maria Enide, rolou um assunto muito interessante e achei por bem dividi-lo com vocês que acompanham o meu blog. No primeiro momento, conversávamos eu e Patrícia, uma carioca que possui um coração de ouro, moça temente a Deus, muito inteligente e carinhosa com todos no seu dia a dia, amante da boa musica e das belas praias do Rio de Janeiro. Eu comentava sobre o assunto que deu origem ao meu texto anterior, postado no meu blog.
          Falávamos da musica “Oceano” de Djavan que havia sido citada no referido texto, e de como essa canção era linda e tocava fundo qualquer pessoa, de qualquer idade, de qualquer lugar e de qualquer tribo. Foi nesse clima meio Oceânico que Maria Enide chegou e sentou-se conosco e passou a fazer parte da conversa, mas a Maria nos levantou uma questão interessante.
          Cá estou eu novamente, garimpando meu velho baú das minhas inquietações e pensando na questão levantada por Maria: “Você lembra como era a maneira que um rapaz chegava para conquistar uma moça antigamente nas festas?” Bom, eu não sou tão da antiga assim, tenho trinta e sete anos, porem fiquei surpreso porque já me peguei em algumas ocasiões, pensando neste assunto.  
          A conversa ganhou um ar nostálgico, apesar da pouca idade da nossa amiga Patrícia, ela também acompanhou o tema com certa autoridade, que cheguei a pensar em contemporaneidade ocultada. Enide, no auge dos seus 40 anos divagava sobre as canções, que segundo ela, eram mais bonitas, mais bem feitas e até mesmo, mais bem cantadas. Patrícia relatava cenas e títulos de novelas que alem de trazerem boas lembranças, aumentavam minhas desconfianças quanto à verdadeira idade da minha amiga carioca de 20 anos.
          De tanto ouvir atento a tudo que as meninas comentavam, resolvi aderir ao coro nostálgico e quando dei por mim, falava das festas que aconteciam no fim dos anos 80 até meados dos anos 90. Naquela época, havia toda uma atmosfera mágica antecedendo referidos eventos. Não que hoje, em pleno ano de 2011, não exista também essa atmosfera antecedendo uma festa, um show, o problema está na evolução das coisas, das musicas, das festas, da atmosfera que envolve os dias de hoje.   
           Pequenas mudanças fizeram grandes revoluções, antigamente o LP, hoje o CD, que já perdeu lugar para o DVD que por sua vez já faz bico e morre de inveja do novato Blue-Ray. Isso, sem falar do videocassete, que se perdeu em algum lugar dessa citada jornada evolutiva.  
          No que se refere às aproximações românticas daquela época, com certeza, existia uma diferença muito grande, antigamente as festas eram freqüentadas por “Djavan e sua Flor de Lis”, Caetano Veloso que não parava de cantar “linda mais que de mais” Lulu Santos que jurava ser “O último Romântico” Paula Toller, que afirmava para alguém que “Depois de você/os outros são os outros e só.
            Herbert Vianna e a Paralamas do Sucesso anunciavam que viriam tocar na Capital e lá fora, dentro de um fusquinha todo rebaixado, Cazuza esbravejava Exagerado, jogado aos pés de alguém. Até a turma do estrangeiro vinha curti as nossas festas, e olha que era uma turma da pesada! Freddie Mercury declamando “Love of my life” para todo o mundo ouvir, U2 liderado por Bono Vox fazia a moçada se apaixonar com “With or Without you” enquanto Michael Jackson ensinava todo mundo a dançar ao som de “thriller”.
              Com uma trilha sonora dessas, todos os casais se curtiam, ou queriam se curtir, se não estavam, ficavam apaixonados e se já estavam, ficavam ainda mais. Naquelas festas o ponto alto da noite era quando rolava a tão esperada seqüência de musica lenta, (era assim que as musicas românticas eram chamadas) ao tocar da primeira canção lenta, o salão escurecia e era povoado por casais que se perdiam no labirinto de olhares carentes e por vezes cheios de malicias.
               Porem naquela época, até a musica que uma pessoa escolhia, fazia parte do jogo de sedução, tanto do rapaz, quanto da garota, ele acreditando escolher o melhor momento, e a musica inesquecível para marcar a noite e quem sabe a até vida dela, enquanto isso, ela, já havia feito a sua escolha e decidia entrar no jogo, só para acariciar o ego do aspirante a Don Juan.
Preciso registrar aqui, que não é o homem que escolhe a mulher, quando um homem ganha uma mulher, na verdade, ela já havia feito a escolha há muito tempo, a mulher não é conquistada, ela se deixa conquistar, mas isso é assunto para outro texto!
           O fato é que mulher agia como mulher e homem como homem, o que na verdade acontece ate hoje, por parte dos homens.  O que de mais grave aconteceu foi a mudança do ponto de vista feminino e evolução das musicas, a liberdade de expressão ganhou contornos pornográficos, chagando ao cúmulo de igualdade entre os sexos, ser confundida com vulgaridade entre os sexos.
           Nas baladas da atualidade, as aproximações acontecem com muito mais freqüência do que antigamente, o problema é que não se pode permiti o desmantelo da imagem feminina, a degradação da essência feminina, a mulher não pode ser comparada a um animal que vive eternamente no cio, as canções perderam em qualidade, viraram poderosa ferramenta desconstruindo o que a própria mulher levou mais de um século para conquistar, o respeito e a igualdade dos seus direitos.
            Não sou, e nem quero ser visto como um alguém que parou no passado, porém eu só quero poder freqüentar uma boa festa, onde cada um saiba o seu espaço e seus limites, uma festa onde toque tudo, funk, rock, forró, axé, MPB, tudo, tudo, tudo. Quero uma festa onde haja aproximações românticas, mas acima de tudo, quero uma festa regrada a dignidade e a musica boa, gente de todas as tribos, diversão sadia e segura, gente sendo gente, esse papo de cachorra não pega bem nem para as cadelas!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Me diz como esquecer um grande amor

                                               


   Amigos e amigas, novamente garimpando meu velho baú de pensamentos, fui arrebatado por uma das minhas fieis inquietações. Lá bem no fundo dele, meu velho baú de pensamentos, encontrei uma pergunta que gritava, “Me diz como esquecer um grande amor?” comecei a questionar-me se de fato era possível esquecer um grande amor? Como esquecer tamanho sentimento?
         Como esquecer algo que nos fez os seres mais felizes da face da terra? Como esquecer aquilo que durante muito tempo foi o nascer, o crescer e provavelmente seria o morrer de muitos de nós? Lembro-me que durante meus trinta e sete anos de vida, vivi e tomei conhecimento de muitas histórias de amor e assim começo a responder referida pergunta.                  
     
   Para se esquecer um grande amor é necessário não se lembrar da importância dada aquele encontro à beira mar num domingo à tarde do último dia de verão, encontro esse, que nasce com a espera de um telefonema e ao tocar do telefone, caiu por terra qualquer tentativa de existência do “Não” quando se escutou a doce melodia da voz da pessoa amada.
      Para esquecer um grande amor, é necessário não se lembrar da emoção sentida com aquela canção que marcou o seu primeiro beijo, e transformou aquela noite de inverno no minuto mais acolhedor de toda a sua existência, é necessário não lembrar que foi aquela canção que conduziu cada palavra que ele quis dizer naquela noite, naquela hora, naquela dança, naquele momento.
         Momento esse, em que ele, mesmo sem pedir permissão para o autor, tomou posse da letra e fez para você a mais original e linda declaração de amor utilizando-se do refrão que dizia “Vem me fazer feliz porque eu te amo/ você deságua em mim e eu oceano/ e esqueço que amar é quase uma dor...” (Djavan: Oceano)
         Para esquecer um grande amor, é necessário não se lembrar dos tantos sorrisos jogados ao vento sem motivo algum, se lembrar que ficava horas admirando a pessoa amada, no futebol, na praia, no meio de outros amigos ou simplesmente quando seu olhar meio que sem jeito encontrava o olhar dele e naquele momento surgia uma conversa cheia de estrelas e intenções subentendidas.
        Percebo que só após você esquecer tudo isso, talvez seja possível esquecer um grande amor, mas percebo também que esquecer tudo isso, é deixar de existir, é caminhar sozinha e vazia, tornar-se uma pessoa triste, amarga. Se o grande amor não se eternizou no relacionamento, paciência, a vida tem dessas coisas, mas acredite, ele se eternizou na memória, no pensamento e nunca deixará de existir no baú dos melhores momentos de sua vida. Por isso eu mudo a pergunta, “Me diz por que esquecer um grande amor?”

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sorriso aparente

       Hoje, 17 de junho de 2011, garimpando meus pensamentos e olhando ao meu redor no meu ambiente de trabalho, deparei-me com algumas questões que mesmo lá no fundo do vasto pequeno baú das minhas inquietações, fizeram-se notar e resolvi escutá-las e refletir sobre o que elas tinham a me perguntar. Conversamos sobre muitas coisas, dinheiro, amor, sexo, infância, saudade e de repente, uma questão atingiu diretamente minha tranqüilidade, ouvir a seguinte pergunta: Você sabe o que cada um esconde por traz de um sorriso aparente?
       Nesta hora, vi que tudo ao meu redor parou, a moça que limpava o chão parou de limpar, uma velha conhecida que descia a escada sempre cantarolando parou de descer e cantarolar, um amigo de profissão que atendia alguém ao telefone parou de atender, a dona que servia o cafezinho parou de servir, até certa conhecida de todos que só anda esbanjando charme parou de esbanjar, era como se todos eles tivessem escutado a pergunta e passaram a me olhar, mas só a pergunta não parou de perguntar!
      Você sabe o que cada um esconde por traz de um sorriso aparente? No primeiro momento fiquei sem saber o que responder e logo em seguida, lembrei-me de outra conversa que tive com uma amiga que passa por um momento complicado no seu local de trabalho, uma empresa de pacotes de viagem. Essa amiga queixava-me de que estava sendo perseguida, dizia-me que ganhou uma promoção porque vendia muitos pacotes todos os meses e isso chamou a atenção do seu gerente.
       Após ser promovida a supervisora de vendas, começou a escutar piadas e brincadeiras de mau gosto de certo grupo daquela referida empresa, em determinada ocasião, ela flagrou duas funcionarias comentando maldosamente que ela só havia sido promovida por causa do seu belo par de coxas e dos seus lindos olhos verdes, diziam também que ela dava em cima do gerente da empresa o tempo todo e só assim foi que ela conseguiu ser promovida. Lembrando desta conversa comecei a perceber que a pergunta sobre o que cada um esconde por traz de um sorriso aparente?
      Tinha tudo haver com essa minha conversa com referida amiga.
As pessoas são julgadas não pelos seus atributos intelectuais, culturais e experiência de vida.
Tal amiga de fato é muito linda, comunicativa e muito sorridente, sempre pronta para ajudar o próximo sem esperar nada em troca, mas as pessoas não querem saber disso, no atual momento em que vivemos, não pega bem, fazer o bem, falar bem do próximo, é mais fácil ser do grupo dos que vivem desculpando seus insucessos com o sucesso dos outros.
       Ninguém sabe o que cada um traz consigo, ninguém sabe o que cada um confessa ao seu travesseiro na hora de dormir, isso me fez lembrar um trecho de uma musica da Sandra de Sá lá dos anos 80 ou 90 não sei ao certo, que dizia “Quem te viver não ver a sua historia, quem é você eu sei...” essa canção já há muito tempo atrás respondia a tão inquietante pergunta. Ninguém sabe o que o outro traz consigo como carga de vida, se perdeu um amor, se nunca amou e por isso se tornou uma pessoa seca e solitária.
      Ninguém sabe qual drama familiar a pessoa passou ou estar passando e mesmo assim tem forças para ser um irmão que a vida deu de presente para outro alguém. Ninguém sabe o que a pessoa gostaria de ser mais por desencontro do destino, hoje é algo totalmente diferente do que sonhou e mesmo assim faz com afinco que chega a ser o melhor na tarefa que a vida lhe reservou, ninguém, ninguém, ninguém sabe o quanto este sorriso aparente chorou para chegar até aqui e sorrir.
       O ser humano precisa querer conhecer o outro a fundo, precisa despir-se de todo e qualquer preconceito, rancor ou frustração, precisa entender que o seu próximo é um filho de Deus e como tal, merece todo respeito e ser feliz. Uma mulher bonita não pode ser comparada a um pedaço de carne exposto num balcão de açougue, o homem não pode agir como agiam os homens nos primórdios da humanidade, movido a sexo e violência.
       Olhar o próximo como um ser que traz consigo, dores, anseios, expectativas, sonhos e traumas, com certeza nos fará olhar para dentro de nós mesmo, e ai, a convivência diária será bem melhor, e a pergunta inquietante será apenas mais uma pergunta como outra qualquer, de fácil resposta e de esclarecimento mútuo. É preciso entender que o que o outro esconde por traz de um sorriso aparente, é algo que se saberá tranquilamente porque existirá o amor sincero e o respeito nas relações humanas.                              

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Fiel inimigo




     Escrevi há algum tempo atrás sobre o silencio, e como ele se inseria nos relacionamentos e transformava-se em fator preponderante da rotina de um casal, na realidade, o que eu quis dizer e agora reforço é que ele, o silencio, na verdade é o Fiel inimigo de todos os casais, Quando acontece uma briga, um desentendimento muito forte, ou até mesmo um daqueles contratempos costumeiros, não é o que se diz um para o outro, o que verdadeiramente machuca.
       A palavra não dita, mas pensada com veracidade, com toda força do seu intimo desejo, aquela frase formulada nas entrelinhas da nossa insatisfação, que por um segundo de tolerância não foi lançada e materializada no mundo real, mas fincou raiz nos vastos campos do nosso coração. Essas sim, faladas na imensidão da voz muda, essas causam estragos irreversíveis, elas ficam recolhidas em algum lugar do nosso orgulho e silenciosamente, vão tecendo uma teia de distância e insatisfação que com o tempo cobre toda possibilidade de perdão.  
      O silencio está presente também na vontade de expressar o seu amor pelo ser amado, mas que por algum orgulho bobo, nos podamos e não demonstramos, ele está presente no olhar perdido para o horizonte num belo fim de tarde, ou numa simples praça cercada pelo sereno da noite e povoada por dois estudantes de cursinho, encantados com a bela lua.  O não dizer “eu te amo”, o não deixar cair uma lágrima em homenagem ao mágico fim de tarde, ou até mesmo o não dizer “Jamais esquecerei esta noite nesta praça”.
       Todas essas ausências são povoadas pelo silencio, nosso Fiel inimigo, o silencio se torna o terceiro integrante de uma relação “a dois” na maioria das vezes, nocivo e decisivo para o fracasso ou o sucesso de uma relação.  É preciso dizer Eu te amo, é preciso expressar tudo que se sente, não se pode perder nenhuma chance de ser feliz ou de colocar em pratos limpos tudo aquilo que está nos incomodando.
      O silencio subentendido é necessário, o silencio ocultado não, o primeiro é necessário porque para um bom entendedor, subentender o silencio é frase completa de olhar, o segundo é vasto espaço no falar.   Por isso não se esqueçam o silencio é um Fiel inimigo.  

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Pequim Aí de Mim

Minhas lagrimas banharam o Saara
Minhas mãos abraçaram o Himalaia
Pequim pequei ao estar aqui diante de mim.
Meu côncavo convexo aí de mim.

Tenho frio em noite quente
Tanta gente e a solidão
Não me deixa, não me deixa,
Sou uma gueixa, mas faço queixas.

Meu querer, mito ou Egito?
Onde fico, pirâmide, Sudão?
Estão todos surdos, só os curdos não.
E o meu querer, solidão.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Sentado Naquela Esquina

Sentado naquela esquina
Vi meus amigos partirem
Vi meus amigos chegarem
Vi o sentido da vida
Da vida que não me observava

Sentado naquela esquina
Presenciava o conflito das emoções
Nos palcos vidas de cada rosto,
Na vida palco dos corações

Sentado naquela esquina
Observava minha tia,
Com o seu olhar distante
Entendia que na mente,
Os anos eram instantes

Sentado naquela esquina
O vento passava,
E sussurrava em meu ouvido
Dê tempo ao tempo,
Pra chegar seu tempo, meu amigo.

Sentando naquela esquina
Conheci minha amada
Vi o sentido da vida
Da vida que me observava.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Sou Torcedor Brasileiro

           

Espero algo acontecer, algo mágico, inesperado, algo que eu espero acontecer, Meu nome é “Torcedor Brasileiro” Sou baiano, candango, goiano, mineiro, sou paulista, carioca, alagoano, sulista, sou “Torcedor Brasileiro”.
 Sou de origem nobre, sou rei, sou plebeu, sou pobre, sou aquele que tem muito, sou aquele que muito pouco tem, sou indígena, africano, luso- brasileiro, sou do mundo também,
Sou Torcedor brasileiro e espero algo acontecer, eu espero algo acontecer, algo que nos remeta aos céus, algo, que torne mágicas nossas noites de quarta-feira.
Algo que me faça reunir minha turma de amigos, espero algo que transforme nossas tardes de domingo.  Algo que me fortaleça na segunda feira, e como bom brasileiro, alivie o fardo pesado da doce labuta diária. Eu espero o meu time jogar! Meu nome é Torcedor Brasileiro, eu sou Flamengo, Botafogo, sou Bahia, Sou Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Cruzeiro, meu nome é Torcedor Brasileiro.
 Eu sou Fluminense, sou Vasco, Grêmio, Internacional, Sou Atlético Mineiro,
Sou Santos, Coritiba, Avaí, Ceará o ano inteiro, sou Torcedor Brasileiro.
 Espero Algo acontecer, espero À hora do meu time jogar e é nessa hora que, eu, Torcedor Brasileiro, órfão de Romário e Ronaldo,  órfão dos dribles de Denílson, da paixão clássica de Bebeto, dos gols de falta de Zico, Junior, Marcelinho Carioca e Neto, espero algo acontecer. Espero que neste campeonato Brasileiro, meu Santo Pelé possa olhar cá pra baixo e nos abençoar com mais um ano maravilhoso de futebol, que essa nova geração de aspirantes a craques e gênios do futebol (Neymar, Lucas, Ganso) possa fazer Algo acontecer.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Os Trilhos


Existe um lugar no meu coração,
Algo assim feito vilarejo
Com calçadas de azulejos
E passos pelo chão.

Existe um lugar no meu coração,
Algo assim feito povoado,
Com inverno enfeitando telhados
E trilhos levados pela estação.

Um lugar onde um dia um alguém esperou,
Por um outro alguém que não chegou,
Porque os trilhos cansados da estação,
Só levam, não trazem ninguém.

Existe um lugar no meu coração,
Algo assim feito interior,
Com casas vazias de alegria
E um trem a recusar estação.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Ali

Ali,
Carros passam, pessoas passam,
O dia passa, a noite passa,
Tudo é movimento, pensamento, sentimento,
Horizonte, montes, caminhos a caminhar.
Ali,
Nada de magoa, nada de traumas,
Anágua ou vestido de chita,
Crianças, crenças e criações,
Brincadeiras naturais.
Ali,
Diante das minhas retinas,
Diante da minha vida,
Ali.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Esquecida opção

Calar,
Certas vezes é sabedoria,
Melodia muda da razão,
Muitas vezes,
Opção.

Sou silêncio, sou barulho,
Entulho de um ser em construção,
Fui revolta, porta fechada a razão,
Serei rabisco de um perdão.

A chuva, o chumbo, a chave,
Abriram as portas da razão
E recolheram os entulhos
De minha construção.

Falar,
Certas vezes é sabedoria,
Melodia composta pela emoção
Muitas vezes,
Esquecida opção.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Óbvio


Insônia de mãe,
É filho na madrugada,
Agonia de tempestade,
É água parada

E o vazio?
Nada, nada, nada!

Respeito de pescador
É maré de março
A vida do lavrador
É lida no braço.

E o vazio?
Nada, nada, nada!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O outro no espelho

O outro no espelho
Apontou o dedo enriste,
Ascendeu o estopim da crise
Jogou lenha na fogueira.

O outro no espelho,
Chutou o pau da barraca,
Acordou com a macaca
Não está para brincadeiras.

O outro no espelho,
Está cansado de esperar,
Cansado de não poder falar,
Cansado de ser passado para trás.

O outro no espelho,
Não quer ficar roendo osso,
Quer tirar a corda do pescoço,
Não quer mais derrota no espelho.

O outro no espelho.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Pescador de solidão

Alma tatuada de porto
Mágico pescador de solidão
Preso ao fundo do oceano
Pelas ancoras do passado

Maré de março
Jangada no mar
Barco a vela
A velar solidão

Rede vazia, leme esquecido
Bússola indecisa
Barco a deriva

Alma tatuada de porto
Porto tatuado de despedidas
Idas e vindas
Pescador de solidão

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O Ser Humano é uma Cidade

O ser humano é uma cidade
Com suas placas de néon,
Com esquinas e vielas
Com sua superpopulação.

O ser humano é uma cidade
Com idas e vindas,
Alegrias e tristezas
Com sua superpopulação.

O ser humano é uma cidade
Com problemas de infra-estruturas
Repleta de justiça e injustiças
Com sua superpopulação.