sábado, 31 de agosto de 2013

Um bom conselho salva uma vida. (para minha filha, Naná Simões)

Na foto: Eu e minha filha, Naná Simões.


          Um bom conselho salva uma vida, muda o inicio, o meio e o fim de uma história, um bom conselho muda completamente uma trajetória. Palavras concebidas na amplidão do elo divino, conselho é a manifestação do acaso no destino. Há quem diga por ai, que:" se conselho fosse bom, não se dava, se vendia!" Pobre ideologia de algum ser desconfiado e solitário. Conselhos mudam o nosso itinerário. 
          Um bom conselho forjado na segurança de um ombro amigo constrói castelo, modifica e edifica abrigos. Conselhos são jóias raras, são tão importantes que até são dados para os porcos,  mas fazer o quê, se até os porcos também merecem pérolas!???

          Um bom conselho nos ensina a lidar com o espelho e pode ajudar  um triste coração a reencontrar a felicidade. Conselhos são mapas, são bússolas, são faróis  e são mãos estendidas. Um bom conselho quando bem entendido, se multiplica e se perpetuada por toda uma vida.    

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Eu vilarejo de mim.

Na foto: leitora, Keila Beatriz.


             Meu coração está em paz, está tranqüilo, ele está nos rabiscos que o vento faz quando brinca de ventar. Meu coração está em paz, aberto, cabelo solto, sorriso esculpido no rosto e respirando liberdade.  Ele está em paz, está nas varandas e nos quintais de tudo que há de bom, está no céu da boca da vontade de viver. Meu coração está em paz, ele está na folha e no fruto de tudo que cresce regado pelo amor, está no aroma, no tato e no sabor da fruta colhida no pé.

            Meu coração está em paz, ele está na origem da força do amanhã, do amanhã que chega trazendo paz. Está no caminho de pedra que me leva até a cachoeira, no rio que sonha em ser mar, mar de brincadeiras. Meu coração está em paz, está na comida cozida no fogão a lenha, está na água doce e pura que mata a sede das criaturas de bem. Meu coração está em paz, está em tudo que vejo, está dentro de mim, ele está em paz e me fez: Eu, vilarejo de mim.     

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Nós dois mudamos. (para quem não dá a mínima para o que o outro pensa).

Na foto: leitora, Andressa Cristina.


        Nós dois mudamos e essa mudança não fazia parte dos nossos planos, nos perdemos em meio aos enganos que nós fingíamos não nos enganar. Perdemos muito tempo contabilizando momentos silenciosos que o som das nossas conversas se transformou em quadros empoeirados e esquecidos nas estantes dos nossos primeiros dias. Aceitamos pacificamente esse breu que cresceu entre nós.
          Nós dois mudamos e essa mudança girou cada um para direção contrária, nos preocupamos apenas em não nos preocuparmos um com o outro, que o esboço da distância foi ganhando forma e separando nosso apego. Nós dois deixamos de ter medo de não mais dividirmos sonhos e segredos de uma vida a dois. E, por orgulho, transformamos nossa cama em um oceano que separou dois continentes.    

          Nós dois mudamos e essa mudança não estava presente no altar dos nossos planos, nos perdemos, nos tantos: Eu não dou a mínima para o que você pensa! E por não pensar, hoje estamos separados e,...Ainda um pensando no outro.  

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Ela aprendeu no caminhar de sua vivência.

Na foto: leitora aniversariante do dia, Marcia Sousa.


                           Um batom com um tom especial, um vestido pontual, cabelos na medida certa de se admirar. Um olhar de alçar vôo, um sorriso de promessas e a noite promete ser especial. Pousada na pista de um lindo salto alto, a lua desceu até a janela do seu quarto para admirá-la. Ela, na magia de suas algumas lindas primaveras, mostra que o tempo é um perfeito aliado para quem sabe deixar o tempo acontecer.
                     Apesar de algumas lindas primaveras, seu corpo demonstra que ainda habita marcantemente em suas curvas aquela bela garota que sonhava em encontrar um grande amor e para sempre ser feliz. Ela aprendeu no caminhar de sua vivência que a força do tempo remove do pensamento a tristeza do fim.
 Aprendeu a apaziguar e a guerrear com a mesma doçura e medida que se rega uma flor. Ela é mestra na guerra Santa do Amor.

         Apesar de ser mãe de outras primaveras e de um saudoso verão, ainda trás consigo certa inocência no coração. Ela harmoniza tempo e beleza e deixa a natureza fazer o papel de mediadora dos seus conflitos de mulher. Sabe ser quando se precisa ser e sabe fazer quando o momento não quer acontecer. Um batom especial, um vestido pontual, cabelos na medida certa de se admirar, ela sabe ser intima do tempo e não sentir o tempo passar.     

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Eu já sabia que amaria você até debaixo d'água,( Homenagem ao casal Roosewelt Feitosa e Raquel Silva)

Na foto: casal de leitores, Roosewelt Feitosa e Raquel Silva.



     Eu já sabia que amaria você em todos os meus quase eternos dias da minha vida, já sabia que lhe daria a minha vida, eu já sabia que você seria a minha vida! Eu já sabia que amar você seria o meu combustível para viver e esse amor seria a razão da minha emoção e da minha falta de razão também! Sempre soube que antes de você eu não sabia o que era amor!
      Eu já sabia que seria você o meu sentido e minha direção, que seria você a minha vontade de voltar para casa, a minha paz anunciada, eu já sabia que seria assim de tirar o fôlego, de suar as mãos e do clássico friozinho na barriga, sabia que depois de você a vida seria muito mais linda! Sabia que cada dia ao seu lado seria um lindo dia de feriado nacional, dia de sorvete de chocolate, andar pela areia da praia e noite de luau.
           Eu já sabia que amaria você até debaixo d'água, ou em outra vida, sabia que amar você seria a minha doce jornada! Sabia até que você seria a minha eterna namorada e assim nos conquistaríamos todo novo dia como se fosse a primeira vez. Eu já sabia que era você que giraria o meu mundo no sentido contrário, contrário a tudo que não fosse bom! Sabia que o universo já havia traçado nosso encontro, eu já sabia que o meu verdadeiro amor seria você!    

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Senhor! Eu espero boas novas!

Na foto: leitora, Mônica Rêgo.


              Senhor! Eu espero boas novas! Mesmo que os dias se apresentem vestidos de um tom cinza, mesmo que a noite insista em não me fazer dormir, mesmo que a vida pareça não querer viver. Eu espero boas novas! Mesmo que soprem rumores de guerra, mesmo que a terra pare de girar, mesmo que o mundo me diga não. Eu espero boas novas!
                 Senhor! Eu espero boas novas! Mesmo que o medo e a incerteza caminhem lado a lado comigo, mesmo que eu fraqueje diante do perigo, mesmo que meus joelhos toquem o chão. Ainda sim, eu espero boas novas! Mesmo que me falte o pão, mesmo que meus esforços sejam em vão, mesmo que o contrário se apresente muito maior do que realmente ele seja. Mesmo assim, eu ainda espero boas novas!

               Senhor! Eu espero boas novas! Mesmo que os teus desígnios apontem para outra direção, mesmo que eu navegue por um oceano de preocupações, mesmo que a realidade não seja aquilo que eu sonhei. Mesmo assim, eu espero boas novas! Senhor! Mesmo que a vida me faça chorar por alguma forçosa despedida, mesmo que o mar me negue a sua confortante brisa, mesmo que eu precise seguir com algumas perdas. Senhor! Mesmo assim, Por causa da minha fé em ti, eu sempre esperarei boas novas. 

sábado, 24 de agosto de 2013

Foi obra divina e escrita no livro de nossas vidas. Para minha eterna amiga, Paula Santos.

Na foto: leitora e eterna amiga, Paula Santos.

Foi obra divina essa conspiração do universo
Nossa amizade já tinha endereço certo
Antes mesmo de sermos amigos.
Ouça o que eu lhe digo!
A vida já havia sentenciado
O pôr do sol já havia concordado
A natureza se preparou para ver
A verdadeira amizade na sua razão de ser.
Foi obra divina essa conspiração do universo
Essa amizade que nasceu entre nós
Viria e veio para preencher o deserto
Que habitava meu coração.
Nossas conversas, controvérsias e pormenores
Nos tornaram seres melhores e abertos a verdade
Eu já sabia antes mesmo do meu nascer
Que a palavra amizade se personificaria na minha vida
Através de você
Foi obra divina e escrita no livro de nossas vidas
Eu seria seu amigo e você seria minha amiga
Compromisso que o plano espiritual
Firmou para essas e outras vidas!  

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Espalho meu sorriso pelos vitrais das retinas alheias.

Na foto: leitora, Glênia Silva.

              Espalho meu sorriso pelos vitrais das retinas alheias, espalho frases que incendeiam a mesmice dessa gente que se veste do politicamente correto.  Não tenho medo de pedra que venha a cair por sobre o meu teto, meu coração nunca teve a pretensão de ser o mais correto, mas não vou me sentenciar por causa de erros ou pecados banais.
               Por sempre me arriscar em busca dos meus sonhos, hoje vivo uma realidade sonhada! Não conquistei tudo que sonhei, mas continuo pé a pé, vez a vez e vou sendo feliz até aqui com o que eu conquistei. Acredito no amor e sei que todo mundo amará pelo menos duas vezes na vida. Sim, duas vezes! Amor é bom demais para se amar apenas uma única vez.
                Aprendi a falar besteiras e a ouvir coisas sem sentido também, é preciso gastar o tempo dando boas gargalhadas! Tenho pena dessa gente que acha que falar um pouco de besteira, não pega bem nessa nossa sociedade erroneamente intelectualizada. Sou de vasculhar estrelas e de decorar madrugadas, a liberdade é parte integrante do que hoje eu me tornei.  Mulher que acredita no amor e no espelho! Mulher que não conquistou tudo que sonhou, mas continua, passo a passo, vez a vez sendo feliz até aqui com o que conquistou.         

                  

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Caí das nuvens por achar que era a metade inteira do coração de alguém.

Na foto: leitora e amiga, Andréa Vasconcellos.


         Eu caí das nuvens e estou muito machucada, cai do alto de um conto de fadas que se chamava amor. Caí do alto da doce ilusão de achar que era importante na vida de outra pessoa. Eu caí das nuvens e estou sentada na calçada das minhas incertezas vendo a minha vida passar. Caí e não posso chorar porque preciso mostrar que sou forte, preciso provar que estou bem.
       Eu caí das nuvens por achar que era a metade inteira do coração de alguém, caí por achar que o pulsar dele pulsaria eternamente em harmonia coma a minha pulsação. Romântica ilusão. Eu caí das nuvens e acho que por ser romântica demais, acabarei caindo outras vezes mais. “Românticos são poucos/ São loucos e Desvairados/Que querem ser o outro/Que pensam que o outro é o paraíso.” Assim dizem os versos de uma canção do Vander Lee, acho que ele a fez para mim.

       Eu caí das nuvens e feri a minha ilusão de que nós dois seriamos um ser só. Caí e descobri que cada ser é um ser só, cada um é parte inteira de si mesmo. Eu caí das nuvens e não posso chorar porque lágrimas não dão IBOPE nesse cotidiano em que todos esperam que você seja um ser bem resolvido no campo da paixão e do amor. Quem sofreu ou sofre por amor, precisa disfarçar que não sente dor. E por ironia do destino, não existe no mundo dor mais doida que a dor de amor.    

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Joga em mim tudo que há de bom.

Na foto: leitora e amiga, Van Oliveira.


Joga em mim tudo que há de bom
Faça valer a promessa de ser feliz
Joga aqui o que há de melhor
Joga em mim, o seu amor. 
Faça das astronaves borboletas
Espalhe setas e indique a direção
Diga coisas de ninar no meu ouvido
Faça do seu colo meu abrigo, deixa amar.
Joga seu doce lá em casa
Que já me apreço pra chegar
Leve aquele cheiro de você
Que o meu querer que viajar.
Joga em mim, o que há de bom
No tom do tom da sua pele
Veste algo que ao se despir revele
A razão do meu tanto amar.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Triste itinerário da pacífica evolução humana.

Foto: By leitora, Lilia Amorim.


  A paz está sozinha, nas ruas, dentro das casas, nas coberturas dos mais altos prédios, dentro das cabeças dos muitos projetos dos seres humanos. A paz está sozinha, muda, voz vencida e censurada, voz calada. Vivemos com um discurso de paz a flor da pele, mas a principal ferramenta que utilizamos para alcançá-la é a violência. Então, qual é a paz que queremos conquistar? Queremos realmente a paz?
 A paz está sozinha, nas calçadas, nas salas de aulas, nos leitos dos hospitais e nos verdes parques das cidades. As passeatas e os protestos estão cheios de gente com a cara pintada, pintada com a cor da ira, a cor da intolerância, seja ela qual for, a cor da intolerância é forte cor. É prejuízo a terceiros, primeiros, segundos e ao erário, triste itinerário da evolução pacífica humana. A cor branca agora representa a ausência, ausência de humanidade, ausência de amor e de respeito ao próximo, ausência de amor à vida.
       A paz está sozinha, nas bancas de revistas, nas redes sociais, nos canais de TV. A paz perdeu a razão de ser. Filhos matando pais, paciente agredindo médico e o sistema de saúde matando os dois. É aluno espancando professor porque a vida está chata demais e os Estádios de futebol agora viraram arenas de batalha; nome quase próprio e condizente com as novas e modernas Arenas padrão FIFA 2014. Lá, no entorno dessas novas Arenas, torcedores estão massacrando outros torcedores e se tornando campeões mundiais de espancamento. 

      Enquanto isso, a paz sozinha, sozinha. Acho que o nosso eterno maestro Tom Jobim já sabia de tudo isso quando escreveu proféticos versos: “É pau, é pedra/ é o fim do caminho/ É um resto de toco/ É um pouco sozinho... Pau, pedra, fim, caminho...”    

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Senhor ! Eu quero um coração novo!

Na foto: leitor, Ugo Cesar Loroza.


           Senhor! Eu quero um coração novo! Um coração que acredite que no final do arco-íris há um pote de ouro. Um coração que acredite que pode ser alguém na vida, um coração que ainda se recorde de como é bom andar descalço e sem camisa pela beira da praia, sem carregar nos ombros, o peso do final do mês. Senhor! Houve um tempo em que andar descalço e sem camisa, não ofendia a ninguém! Então, Senhor! Dai-me um coração novo!
         Senhor! Eu quero um coração novo! Um coração que sonhe que as amizades verdadeiras são para sempre e que os seus parentes viverão eternamente. Um coração que ainda acredite que o amor é o único e o principal combustível de uma relação a dois, um coração que acredite no: Juntos na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza e no foram felizes para sempre... Então, senhor! Dai-me um coração novo! 

            Senhor! Eu quero um coração novo! Um coração que acredite em heróis de carne e osso, um coração que ainda encontre inspiração no pôr do sol e no velho mar. Um coração que acredite que tudo na vida tem um porquê. Senhor! Eu quero um coração novo! Um coração que ainda tenha vontade de acordar todas as manhãs, um coração que já não esteja tão cansado de se perguntar: Quando será o dia da minha sorte? Então, Senhor! Dai-me um coração novo!       

domingo, 18 de agosto de 2013

Vale dos Porquês.

Na foto: a pequena, Mariah, filha da leitora, Adriana Valéria.

         O ser humano nasce repleto de sonhos, de expectativas e com um imenso vazio no lado esquerdo do peito. A esse vazio damos o nome de “Vale dos Porquês”. Nascer já é um grande sinal de interrogação e nessa caminhada sem percebermos nos tornamos dependentes e íntimos dos porquês. Essa dependência norteará e dará sentido ao nosso viver.  

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Não deixe o EU AMO VOCÊ morrer.

Na foto: Gabriel, filho da leitora Andréa Vasconcellos.


            Não deixe o EU AMO VOCÊ morrer, não deixe o EU AMO VOCÊ ficar "démodé", não deixe o AMOR acabar. Não deixe que a mais linda e pura expressão do amor se dissipe feito poeira ao vento, não deixe que o EU AMO VOCÊ não passe apenas de pensamento.  Não dizer EU AMO VOCÊ é não deixar que o amor se materialize, ganhe forma e promova milagres. Não dizer EU AMO VOCÊ é negar três vezes a sua relação com o amor.
         Não deixe o EU AMO VOCÊ morrer, não deixe que o amor fique mudo, não deixe que ele deixe de ser tudo, tudo na vida das pessoas e de um casal. Não dizer EU AMO VOCÊ é deixar que o amor perca força diante de todas as adversidades que assolam dos seres que se amam. Não dizer EU AMO VOCÊ é deixar que o amor deixe de ser verdade, deixe de ser base, deixe de ser raiz.
       Não deixe o EU AMO VOCÊ morrer, não deixe o EU AMO VOCÊ virar história que nossas avós contavam para a gente dormir, não deixe que o EU AMO VOCÊ passe apenas de passado. Não dizer EU AMO VOCÊ é não aceitar que a gentileza gera gentileza, que a beleza inspira a beleza e que a liberdade nos deixa com vontade de voar. Não dizer EU AMO VOCÊ é não vivenciar o verbo amar na sua mais direta transitividade. Por isso não deixe o EU AMO VOCÊ morrer. O Amor ganha vida quando demonstrado, provado e também falado!  

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Tenho comigo que vale a pena amar.

Na foto: leitora, Elen Nunes.


          Tenho comigo que vale a pena amar, mesmo sem ser amada. Acho que vale a pena ser um ser que por outro é amado.  Amo 3x4, amo emoldurado retrato na estante ou na parede. Eu amo porque amo e tenho comigo que vale a pena amar. Amo até se muito espero, amo mesmo se me desespero com esse zum zum zum frenético dessa incerteza  de saber se a pessoa vem ou não vem. Amo de coração disparado e adoro os meus sentidos aguçados quando estou com a pessoa amada. Eu amo amar esse querer.
         Tenho comigo que vale a pena amar, mesmo sem saber se vai dar certo, mesmo sem saber se irei preencher esse deserto que é o meu coração quando sem o amor. Eu amo mesmo sabendo que o amor não é puro, mesmo que eu não consiga derrubar o muro que me separa da pessoa amada. Amo e acho que vale a pena amar mesmo que o amor esteja fora de moda, mesmo que as canções românticas já não falem mais de amor. Mesmo que os filmes românticos não tenham mais um: E FORAM FELIZES PARA SEMPRE. Eu amo amar esse querer.  

        Tenho comigo que vale a pena amar, mesmo sem saber se jamais serei convidada para jantar, mesmo que a pessoa amada jamais me tire para dançar, mesmo que a nossa canção nunca mais volte a tocar. Amo mesmo que os casais já não andem mais de mãos dadas, mesmo que o "Eu te amo" tenha sido banido do nosso cotidiano. Tenho comigo que vale a pena amar, mesmo que eu deixe de acreditar em tudo que eu falei até agora.  

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Eles eram quase um lindo casal.

Foto: by leitora, Lilia Amorim.

      Eles eram quase um lindo casal e se conheciam e se reconheciam em vários refrões de algumas canções preferidas por eles. Era quase um casal que se entendia no olhar e apenas se olhando, eles tinham longas conversas! Era quase um casal que se completava nas suas carências e nas suas histórias de vida. “Eles eram uma idéia que existia na cabeça e “não” tinha a menor pretensão de acontecer”. Assim dizia a canção do Lulu Santos que eles tanto gostavam.  
           Eles eram quase um lindo casal e se escutavam no silêncio, sabiam caminhar pelos contratempos dos seus sentimentos e mandavam através do sussurro do vento, beijos de boa noite. Era quase um casal que se harmonizava na dança, de rostinho colado ou no xote rasgado de algumas canções de um celebre cantor nordestino. Era quase um casal como qualquer outro casal especial unido pelo destino.

      Eles eram quase um lindo casal e possuíam defeitos de convivência que os tornavam quase um casal sensacional. Era quase um casal desses que se encontram para viver uma vida inteira, era quase um casal desses de paixões e brincadeiras. Eles eram quase um lindo casal e aceitaram viver um para o outro sem a menor pretensão de acontecer.     

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Meu coração conhece pouco desse mosaico de sensações.

Na foto: leitora, Glênia Silva.


           Meu coração conhece pouco desse itinerário louco chamado ser humano. Meu coração, coitado, cometeu o inocente engano de achar que todas as pessoas marchavam em harmonia numa mesma direção. Ele conhece pouco do que está por trás de cada rosto que a vitrine do cotidiano nos apresenta. Ele acreditou na lealdade, mesmo quando o decepcionaram, meu coração é assíduo frequentador da ideia de que todo mundo merece uma segunda chance. Ele acredita em contos de fadas e nas histórias dos romances.
     Meu coração conhece pouco desse mosaico de sensações que é o coração alheio, mas ele acredita que a chama da esperança não pode nunca se apagar. Ele distribui sorrisos quando na verdade, o que ele mais precisa é cultivar suas lágrimas. Demonstra fortaleza quando no fundo, o que ele mais quer é um colo para desabafar.  

    Meu coração conhece pouco dos seus próprios labirintos, desconhece os vão e corredores onde se instalaram seus medos e receios. Ele desconhece as sinuosas curvas dos seus "não vou conseguir". Muitas vezes, meu coração tem medo de prosseguir. Meu coração conhece pouco dele mesmo, mas acredita piamente em um mundo melhor. Ele acredita em um mundo de pessoas decentes e corações transparentes, acredita em um ser humano, um dia melhor.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Nas tardes sem pôr do sol.

Na foto, nova leitora e eterna amiga, Polly Valéria.


            Nas tardes sem pôr do sol, você precisa de força para caminhar, precisa entender e saber aonde quer chegar. Nas tardes sem pôr do sol, você precisa entender qual é a sua missão e quais são os seus objetivos nessa caminhada. Precisa refletir sobre suas decisões tomadas e ações não realizadas, precisa refletir sobre alguns atalhos que você pegou e sobre alguns caminhos que enfrentou de maneira completa. Será que você caminhou em vão? 
          Nas tardes sem pôr do sol, você precisa achar a luz no final da linha do horizonte, precisa enfrentar os montes e transpassá-los se quiser realmente alcançar suas metas. Nas tardes sem pôr do sol, você precisa estar atenta aos artifícios do inimigo, faz-se necessário fortalecer a sua fé para que o mal não encontre abrigo no seu coração.
        Nas tardes sem pôr do sol, você precisa entender o antes do seu nascer, precisa compreender que escolheu fazer parte de um determinado circulo familiar e passar por tudo que você passou para chegar até aqui. Nas tardes sem pôr do sol, você precisa aceitar que cada um tem a sua jornada. Umas mais curtas outras mais alongadas, mas que todas são partes de um resgate que não se acaba sem que cada um tenha alcançado a sublimação do seu próprio carma espiritual.

      Nas tardes sem pôr do sol, é necessário aceitar que lágrimas e sorrisos mantêm o equilíbrio natural da evolução da alma.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Lá se vai a minha história. (em memória da mãe da leitora, Cristina Cavalcante)

Na foto: leitora, Cristina Cavalcante e sua mãe.
Nas estrada onde todos irão passar
Vão aberto aqui no meu peito
Feito coisa que não vai cicatrizar
Passos na estrada onde todos irão passar.
Na estrada onde todos irão passar
Lá se vai o meu colo,
Lá se vai a minha eterna eternidade,
Ficará aqui uma imensa saudade.
Na estrada onde todos irão passar
Lá se vai a minha história,
O meu ontem de hoje,
Lá vai o meu eterno amanhã.
Na estrada onde todos irão passar
A minha mãe segue a passos serenos.
Aqui, fica um imenso coração pequeno
Buscando achar força para se levantar.
Lá, longe vai, minha mãezinha
Aqui, cumpriu sua jornada
Agora, segue pela estrada
Onde todos irão passar.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Sou passageira dessa nave chamada vida.

Na foto de Raphael Herzog Milagres:  nova leitora, Keila Beatriz.


  Sou passageira dessa nave chamada vida e só viajo na janela aproveitando a vista. Eu vivo nas asas de uma canção que eu tanto amo. Não reclamo de nada, apenas peço que quando chegar a minha hora, eu tenha vivido e realizado alguns punhados de sonhos e planos. Amo as coisas simples e sempre que possível me aninho no colo da natureza.
      Sou especialista em caminhar nas nuvens e garimpar finais de tardes. Eu vivo de lua em lua, de sol em sol.
             Sou passageira dessa nave chamada vida e vivo a cultivar buquês de amizades. Pés descalços e cabelos soltos, a vida simples assim cabe na palma da minha mão. Não entendo quanto tempo tem o tempo de um segundo, pois nesta minha jornada todo espaço de tempo tem o tempo  de uma eternidade. Desse jeito eu sou feliz, desse jeito eu vivo a vida e a vida me oferece mais vida para eu viver. 

terça-feira, 6 de agosto de 2013

O tempo, o vinho e a minha alma.

Na foto: nova leitora, Andrea Varjão.


         Eu tenho entendido o espelho, tenho compreendido o tempo e o tempo da minha alma. Acompanhei atentamente a odisseia da minha essência feminina e me descobri alquimista de mim mesma. Mudei a minha vida e despi o espelho antes de me despir. Eu aceitei a nova mulher que a vida me transformou.
      Vi o tempo visitar ruas, calçadas e jardins da minha alma, deixei que ele entendesse os porquês do meu coração. Eu busquei inspiração na relação do vinho com o tempo e fiz do meu pensamento bússola norteadora desse meu novo caminhar. Aceitei os conselhos que espelho me deu e abri os braços para a felicidade entrar.
         Aprendi que a alma do tempo faz divisa com o tempo da minha alma. E nessa linha não tênue, o tempo dissipa as mágoas, compreende as feridas e apaga as cicatrizes adquiridas no nosso caminhar. Aceitei o belo e doce oficio de ser mulher e finalmente compreendi que aquilo que a vida ofertou ao vinho durante o transpassar dos anos, agora ela também está a me ofertar.   

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Viver é um exercício diário de ser feliz.

Na foto: leitora e amiga, Lays Medeiros.


            Durante o meu pensar, diante de mim, livre, a minha alma nua. Viver é canção que toca os vãos do meu coração. Asa delta em vôo solo, solo sentindo saudade de mim. Viver é nunca pensar no fim! Sou filha de um livro de histórias que ninguém jamais terminou de ler, sou nascida da sinopse menina nas mãos de Deus.  
             Durante o meu pensar, diante de mim, leve, a minha alma crua. Viver é deixar a ordem natural das coisas acontecer. É saber compreender os labirintos do seu coração, é entender que o não se faz necessário para que possamos entender os limites da condição humana. Sou rascunho e obra abstrata na concretização dos meus pensamentos, sou invento do meu próprio inventar.
           Durante o meu pensar, diante de mim, linda, a minha alma feminina. Viver é vilarejo de casas simples e quintais mágicos. É apostar na semente, é esperar o broto e amar o fruto. Sou feita de mar e das pequenas realizações da natureza. Viver é ter certeza que o tempo tudo leva, tudo cura, tudo é criador e criatura. Viver é um exercício diário de ser feliz.  


domingo, 4 de agosto de 2013

Visto do lugar de um ser feliz.

Na foto: leitor e amigo aniversariante do dia, Edson Junior.


Minha história, dúzias de passos que passarão
Nada de momentos interrompidos e capítulos vãos
Nada de amontoado de arrependimentos
Nada de espaço opaco no meu coração.
Minha história, vaso rabiscado por aroma de flor
Tardes de um espelho invertido
Visto do lugar de um ser feliz
Assim, rasguei o véu da indecisão
E decidi nada de espaço opaco no meu coração.
Minha história, passo depois de passo
Aço na vontade de vencer
E preencher o vazio que todo ser humano traz
No espaço opaco do seu coração. 

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Preserve sua história.

Na foto: leitora, Solange Santos.


       Preserve sua memória, seu passado, sua história. Preserve tudo que ajudou a construir você! Você é feita do encontro dos seus pais e das expectativas daqueles que jamais a conheceram, mas sabiam que você existiria um dia. Preserve a lembrança dos seus irmãos porque eles são parte de um todo que você sempre fará parte. Preserve a lembrança do sabor do bolo de fubá porque ela lhe ajudará nos momentos amargos da vida.
      Preserve a lembrança do inocente medo da chuva caindo por sobre o telhado, preserve os causos contados depois de cada refeição e a cantoria do velho violão.  Preserve a lembrança da reunião de família nos dias de domingo e do cochilo gostoso no colo de sua querida avó. Preserve a lembrança dos segredos e brincadeiras compartilhados com primos e primas, do correr no mato e da espera no asfalto por um parente que vai chegar.

        Preserve a lembrança do aroma de café aquecendo cada nova manhã de sua infância. Preserve a lembrança da velha estrada de ferro, dos desenhos de nuvens, do cheiro de terra molhada e das aventuras vividas no fundo do seu quintal. Preserve a lembrança da fruta madura e colhida no pé, dos dias de feira e dos banhos de rio. Preserve a lembrança dos conselhos do seu pai e os carinhos da sua mãe, preserve tudo que ajudou a construir esse ser feliz, apesar de tudo, que você se transformou.    

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Eu sou feita de aviões.

Na foto: leitora, irmã amiga, Lin Araujo.


      Eu sou feita dos lugares que visitei e das histórias que contaram e que eu contei. Feita das casas com telhados de vidro e de espera na janela, também sou lua amarela. Sou estrada de chão, rodovia cheia de curvas sinuosas, às vezes, sou perigosa.
        Sou jornada para lugar nenhum. Sou lembrança do céu visto de algum esquecido quintal, sou de muitos carnavais, quase fui vaso raro e jamais povoado por nenhuma flor. Eu sou feita de aviões: pousos e decolagens. Sou canteiro de uma obra que nunca se acaba, arranha-céu que surgiu no meio do nada, sede querendo um copo d’água. Sou herança de vestido de debutante, amor platônico enquadrado na estante, brilho de um diamante. Sou feita de renda e do mais puro linho, sou resultado do corte perfeito e do traço bem acabado. Sou da perfeição do vestir, o despir desejado.
        Sou feita dos lugares que viajei e dos sonhos que sonhei, sou frágil quando a força me permite e forte quando a fragilidade exige.  Sou o ventre do mundo, sou mulher.