sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Às vezes. (aninhada em meus próprios braços)

Na foto: leitora, Helaine Ferreira.


    Às vezes, eu preciso ficar assim, aninhada em meus próprios braços, refugiada no meu próprio colo, abrigada em mim mesma. Às vezes, nada me entende, nem meu travesseiro, meu diário, minhas canções preferidas, nem o espelho. Às vezes, nem os meus olhos vermelhos! Nesses momentos, a única saída e entrar nos vãos do meu eu e ficar assim, calada, sem dizer nada, apenas acolhida por mim.
   Às vezes, eu preciso gritar em silêncio para que o universo possa me ouvir, às vezes, eu preciso ficar assim! Eu dou folga para o sorriso, mas não me ausento da alegria, às vezes, eu  apago o brilho do meu olhar, mas não deixo de enxergar o horizonte. Às vezes, eu peço ao meu pensamento para em nada pensar. Ás vezes, eu preciso somente,assim ficar. Sendo assim, apenas, uma roupa leve, um cantinho breve, um momento singularmente meu.

      Às vezes, eu preciso ficar assim, aninhada em meus próprios braços, refugiada no meu próprio colo, abrigada em mim mesma. Às vezes, eu faço isso, esqueço os elogios e tapinhas nas costas e ponho os meus pés no chão. Às vezes, eu sempre bato um bom papo com o meu coração. E sempre depois desses momentos de encontro comigo mesma, ressurjo cada vez mais mulher e mais forte. Mulher que paulatinamente o tempo vai transformando.  

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Na ilusão menina de ser mulher.

Na foto: leitora aniversariante do dia, Poliana Moreira.

  Na ilusão menina de ser mulher, eu  aprendi a pintar o rosto e tenho que me policiar para não pintar o sete. O meu tempo passou, passa e está passando,  ele passa doce e lentamente me transformando no ser que hoje eu sou.
   Na ilusão menina de ser mulher, eu pintei o rosto, não resisti e pintei o sete e pintei um mundo colorido para os meus dias. O meu tempo passou, eu mudei o cabelo, mudei o figurino, mudei a silhueta, mas o meu sorriso permaneceu vivo. 
   Na ilusão menina de ser mulher, eu pintei o rosto, pintei o sete e aprendi a viver. 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

O ser humano se renova sempre.

Na foto: leitora, Glênia Silva.


  O ser humano se renova sempre, a cada novo dia, após uma tristeza ou alegria, o ser humano ser renova, todo, todo santo dia. Se renova após uma grande decepção, se renova após tocar o fim do poço, ele se renova em cada rosto que cruza a sua jornada. O ser humano se renova após cada conquista, cada vitória, cada glória alcançada. O ser humano se renova até sentado na calçada.
   O ser humano se renova a cada nova amizade,  se renova no fortalecimento das antigas amizades, no fortalecimento da lealdade que o sentimento amigo traz consigo. O ser humano se renova a cada nascer de um novo dia e a cada cair da noite. Ele se renova nas juras de amor eterno, se renova até nas lágrimas das grandes decepções amorosas, o ser humano sempre se renova.
  O ser humano se renova após contemplar o pôr do sol, se renova em contato com a natureza, ele sempre se renova após uma boa conversa com o mar. O ser humano se renova a todo momento, a cada novo pensamento, o tempo todo. Ele se renova diante do espelho, contemplando o seu próprio olhar, seu próprio sorriso. Ele se renova sempre que é preciso, inconscientemente!

           Agora, você já não é mais a mesma pessoa, esse texto, renovou o autor e renovará você também!   

domingo, 24 de novembro de 2013

Já não mais.

Na foto: leitora aniversariante do dia, Sandriani Dias.

Já não mais, um não sorrir,
já não mais, um querer desistir,
já não mais, um olhar de partir,
já não mais, já não mais!
Já não mais,
o tropeçar,
o negar,
o medo de seguir!
Já não mais,
o silêncio,
o pensamento indeciso,
a falta de abrigo!
Já não mais,
o medo do espelho,
as lágrimas no travesseiro,
as noites sem dormir!
Já não mais,
a falta de autoestima,
a ausência de rima,
do meu orgulho de ser mulher.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Daqui deste lugar denominado de esperança.

Na foto:leitora e irmã, Lin Araújo.


        Daqui, deste lugar denominado de esperança: eu vivo a esperar! Vivo a contemplar as coisas que ainda não são e que eu acredito que estarão. Daqui, eu contemplo o templo único de cada coração, contemplo o olhar de acreditar de cada ser humano: Do ser humano que ora nas procissões; do ser humano que toda noite confessa ao seu travesseiro, sonhos e desejos; do ser humano nas igrejas, sinagogas, calçadas e esquinas do vento.
         Daqui, eu contemplo a força do ato de esperar e espero que aqueles que esperam,  alcancem os seus objetivos, realizem seus sonhos, alcancem o sentido concreto do significado do termo esperança. Vivo a contemplar a pureza das crianças, que sem perceber, passam a maior parte das suas vidas a esperar, a carregar consigo a força da esperança. Vivo a contemplar a fé, lapidada pelo tempo e pela humildade do ser humano em esperar a sua vez chegar.

        Fé que a maioria dos cidadãos carrega no seu peito e no seu ato de levantar para encarar um novo dia. Daqui, deste lugar denominado de esperança: eu vivo a esperar! Vivo a contemplar as coisas que ainda não são e que eu acredito que um dia, estarão.   

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Água que renova a minha vontade de viver. (Minha alma está em paz)

Na foto: leitora, Mai Lisboa.


    Minha alma está em paz, maresia repleta de coisa boa, espírito renovado, mente em perfeita harmonia com a natureza e com o plano astral. Alma ciente e consciente do seu voo, da sua missão e de até onde ela pode chegar. Alma repleta de sonhos possíveis, sonhos reais, sonhos escolhidos, quando ela ainda estava no plano espiritual.
  Minha alma está em paz, limpa, clara, transparente. Feito essa água natural que abraça o meu corpo. Alma que esqueceu as tristezas, os traumas e as intempéries dessa minha jornada. A minha alma está em paz, pensamento voltado para o bem, em perfeita harmonia com as coisas que não são vistas a olhos nus. Alma voando em paz, desejando alegria, desejando este dia para coisa alguma fazer, apenas ficar assim, assim em paz.
      A minha alma está em paz, está descalça e em total contato com o centro do universo, ela está abraçada por essa água que renova a minha vontade de viver. Alma que pertence a dois mundos: o mundo das coisas palpáveis e o mundo das coisas vistas, apenas pelos olhos da alma.  A minha alma está em festa, está feliz. Ela se reflete na linda relação que eu tenho com o espelho e também se reflete nas minhas ações e condutas.

      A minha alma está em paz e em paz também está a alma do autor que escreveu esse lindo texto.       

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Pela natureza de ser mulher.(perfeito quebra-cabeça)

Na foto: leitora, Keila Beatriz.


       Estou vestida de natureza e despida de coisas breves! Estou leve, linda, livre e solta! Estou acolhida pela natureza, pela natureza de ser mulher! Estou vestida de literatura, sou inspiração para o criador e perfeita criatura, sou um perfeito quebra-cabeça que não é preciso nem juntar as peças para saber a linda paisagem que eu irei formar.
       Estou vestida de natureza e despida dos pudores alheios, pois a minha liberdade não tem freios, ela passeia pelas nuvens de pés nos chão. Eu sou folha e flor, sou paixão e amor, sou livre perante esse maravilhoso sol. Eu sou cachoeira e rio, sou céu e ninho, para cansado passarinho se aninhar.

      Estou despida dessa Selva de pedras e vestida de obra de arte! E como um mágico quebra-cabeça vou parte a parte deixando transparecer a beleza feminina. E por ser mágico esse quebra-cabeça da natureza, o menos importante é saber onde ele começa ou onde ele termina. Estou vestida de natureza e despida de coisas breves! Estou leve, linda, livre e solta, estou em perfeita harmonia comigo mesma.  

domingo, 17 de novembro de 2013

Ele foi por ali. (para Raimundo Marcelo, In Memoriam)

Na foto: leitor e eterno amigo, Raimundo Marcelo.
    Ele foi por ali, foi resolver alguns contratempos e levará um tempo para retornar. Ele foi conversar com o vento e realizar um balanço do seu tempo aqui na terra, foi reinventar a sua trajetória, foi contabilizar suas glórias e se curvar perante os seus erros e compreender que ainda haverá,aqui, ou em outro plano, nova oportunidade para reescrever sua história.

    Ele foi por ali, foi planejar seu novo trajeto e foi ciente e certo que cumpriu sua jornada neste plano. Ele foi por ali, foi em paz porque viveu ao lado daqueles que ele amava e o amavam.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Hoje é o dia em que o amor dirá sim.

Na foto: leitora e amiga, Janayna Oliveira.


      Em nome do amor, quero  mais amor para amar. Quero dizer sim, quero asas ou ser prédio para alcançar os céus. Em nome do amor, hoje é o dia do sim. Dia da vontade do meu Deus, por isso,  quero mais coração e mais dias para amar. Quero noites para sonhar, quero mais vida  para viver.

      Em nome do amor, quero mais coração para amar. Quero paz na terra e o inicio de uma nova era, quero flores ou frases, quero minha história em um livro e ser livre, quero mais amor para amar.
     Em nome do amor, hoje é o dia do meu sim, dia da vontade do meu Deus. Dia de buquê, dia de realizar o sonho do amor, dia em que dois se tornarão um. Hoje é o dia em que o amor dirá sim para nós dois. Dia da vontade do meu Deus.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Sublime dualidade.

Na foto: leitora, Glênia Silva.


É casa de mim, é barraco caído,
é teto que abriga abrigo,
é um cantinho do meu coração.
 É vou e não vou, é fico e ficar,
é parto e partida,
 é ir sem chegar lá.  
É vulto e visgo, é algoz e amigo,
é o bem e o mal, é o doce e o sal,
sublime dualidade habitando o meu ser. 

sábado, 9 de novembro de 2013

Sou turistas do meu próprio ser.

Na foto: leitora, Núbia Souza.

    Sou turistas do meu próprio ser, sou olhar de novidade para essa imensa cidade que eu sou. Sou visitante apaixonada por esse surpreendente tour que eu mesma escolhi ser. Tenho vielas perigosas e esquinas charmosas, tenho curvas e calçadas que valem a pena caminhar.   Sou selva de pedra repleta de janelas entreabertas, sou ponto de partida seguro para quem busca recomeço. Por ser assim, escolhi ser turista do meu próprio ser.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Estou vestida da madrugada.

Na foto: leitora, Glânia Silva.


        Sou feita da noite, das lendas e histórias escritas pelas madrugadas. Sou altas horas e hora incerta para chegar. Estou vestida da noite e acompanhada pelas luzes da cidade, verdade é o itinerário do meu romântico coração. Meus momentos são longos, como longo é esse meu vestido feito com as histórias da noite. Esse vestido reflete o desejo do meu ser.
      Sou feita da noite, mas conheço o sol e sou íntima dos seus segredos, o bronze da minha pele demonstra referida relação. Sou canção cantada ao pé do ouvido, sou livro que ganhou vida após ser lido, sou noite alta antes do dia nascer. Estou vestida da noite, um longo vestido que cabe na palma da minha mão. Nada há de contradição, quando da vida se sabe o que quer.

    Sou feita da noite, das lendas e lindas histórias de amor vividas por casais nas altas madrugadas. Sou lenda e linda, sou noite longa. Como esse vestido que eu estou vestindo agora.  

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Acho que viver é isso! (Olhar de criança).

Na foto: Gabriel, filho da leitora, Andréa Vasconcellos.


           Acho que viver é isso: dias com gosto de biscoito recheado e um potinho de carinho regado a doces gotas de me querem bem! Acho que viver é isso: vento descendo escorrega, minha consciência que eu ainda nem sei que tenho tecendo dias de uma infância feliz! Acho que viver é assim! Às  vezes choro para fazer um dengo para minha mamãe, às vezes finjo-me dodói para ganhar colo e atenção. Acho que viver tem sabor de doce algodão.
              Acho que viver é isso: pés descalços, tardes de pique esconde e nosso sorriso correndo corredor. É cheiro de terra molhada, alegria de casa lotada de primos e primas, lotada de gente que torceu pelo meu nascimento. Viver é acontecimentos! Acho que é a certeza na ordem natural das coisas: nascer, engatinhar, caminhar e ganhar mundo! É desejar profundo um mundo de faz de conta que acontece: acho que vi isso em algum filme!

            Acho que viver é isso: é olhar de criança, é o cultivar da esperança, é acreditar que a vida é um eterno playground onde todo mundo pode brincar!