quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O meu conto de fadas encantado.

Na foto: leitora, Adellana Alves.


  Eu sou personagem de mim mesma. Nada de príncipes encantados ou caminhos ladrilhados, nada de fruta proibida e sofrer na vida para no final; um final feliz. Eu, não! Eu não sou assim! Nada de esperar que uma abóbora vire uma encantada carruagem ou que sete quase "meigas" criaturas surjam na paisagem e me ajudem a “retomar” o meu castelo encantado. Eu, não! Isso é papo furado!
    Eu sou personagem de mim mesma. Nada de sair por ai beijando sapo ou dando amasso em príncipes de meia tigela, tampouco jogando minhas tranças pela janela. Eu, não! Isso é balela! Não posso me iludir e achar que o espelho está com a razão e que ser bela apenas me basta. Não posso me enganar com essa ideia de que a natureza tem inveja de mim. Eu, Não! Eu não posso ser assim!

      Eu sou personagem de mim mesma. Quero morde a maçã envenenada e curti altas baladas com o lobo mau, quero descer do salto do meu sapatinho de cristal e rodar a baiana quando for preciso. Nada de amores prometidos e arranjados, quero alguém de verdade do meu lado, amor para amar. Quero vida real para viver, quero eu mesma escrever e contar: O meu conto de fadas encantado.   

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Mariana quase mar.

Na foto: leitora, Mariana Reis.


    Eu sou feita de mar, sou quase mar. Sou Mariana! Eu sou inconstância e surpreendente, onda mansa e que ao mesmo tempo pode lhe levar para lá, bem para o fundo do mar. Eu sou quase mar. Possuo histórias jamais contadas e outras muitas reveladas pelo brilho do meu olhar, eu sou quase mar. Já fui rota de fuga e paz nos desalentos, sou sopro que acelera o vento.
   Eu sou feita de mar, sou quase mar. Sou Mariana! Sou conselheira e também peço conselhos, sou o conversar intenso e, quando não se tem nada para falar, apenas admirar! Sou quase mar. Sou o silêncio que diz tudo, sou o tudo que se entende no ato de silenciar, eu sou Mariana quase mar. Sou inquieta como maré de março, mas posso ser calma e aconchegante feito abraço gostoso desses do tipo querer bem.  

  Eu sou feita de mar, sou quase mar. Sou Mariana! Apaixonada e apaixonante, bússola e perdição para os amantes e navegantes. Sou amor à primeira vista e paixão mal resolvida, sou beijo beijado em um dia de domingo, sou tarde bronzeada pelo sol da manhã. Eu sou paciente e divã, sou Mariana quase mar.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Nesse palco Arena chamado viver.

Foto by Guilherme Timóteo. Leitora, Daniela Ramalho.  Mané Garrincha


Nas tantas histórias de superação, nas tantas lágrimas de vitórias e derrotas por mim registradas, eu me refiz mais humana e mais forte. A vida pode até ser uma partida de futebol ou outro esporte de alta competitividade, pode até não sorrir o tempo todo para todo mundo, mas para todo mundo ela sorrir, pelo menos uma vez na existência de cada ser. Perder ou vencer, não sei ao certo se essas são as duas únicas possibilidades dessa nossa efêmera existência, mas precisamos continuar competindo e registrando essa linda odisseia chamada viver.

Nas tantas reportagens, nas tantas viagens que fiz, sem nem mesmo sair do lugar, eu entendi: viver é jogar o jogo do "alcançar objetivos". Nas tantas reportagens que eu fiz, nas tantas histórias de glórias e derrotas que eu presenciei, eu me refiz mais humana e mais forte. Nessa arena de possibilidades, meu coração torce para que no jogo jogado da vida, não haja um perdedor. E que perder ou vencer não sejam as duas únicas possibilidades desse palco Arena chamado viver. 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Eu agora ando meio que sem destino (para o meu amigo, Miro Del Vila que perdeu uma pessoa).

Na foto: leitor, Edson Machado.


        Eu agora ando meio que sem destino, ando e nem me dou conta de que estou andando. Hoje aqui, amanhã ali e assim são os meus dias depois da sua partida. Eu me afastei de mim e me deixei levar por qualquer coisa que sei lá... Está difícil de aceitar! Quando me acho percebo que estou perdido em passos que nunca passarão do passado, nunca passarão para o futuro.

    Eu agora ando inteiramente menos que a metade de mim, já que você era a parte melhor que havia no meu existir. Eu lhe disse tantas coisas e ainda ficou um milhão por dizer, hoje coleciono dias apenas para trocá-los por uma chance de lhe encontrar. Evito qualquer recomeço que me afaste do começo dos meus dias com você. Hoje, estou de relações cortadas com a vida, já não visto mais a camisa do “eu acredito no amanhã” agora nem o tempo me serve mais como divã.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Alquimista das coisas que eu quero para mim.

Foto by Erica Bohmer: leitora, Anne Caldas.


  Sou cálculo impensado e inexato das coisas que eu deixei de lado. Retrato falado da imagem muda no espelho, reflexo dos conselhos que eu recebi. Sou fruto do caminho e das caminhadas que eu caminhei, sou prova viva das coisas que eu provei. Sou acaso e contratempo, sou o tempo dado ao tempo na imagem dos meus cabelos longos.
  Sou contradição e condição impar de contemplar a vida, nasci liberdade e embalada pela verdade, talvez não tenha sido assim, tão compreendida. Coisas da vida! Alquimista das coisas que eu queria e quero para mim, decidi ser flor e povoar meu próprio jardim. Por entre olhares eu caminhei e guerreei para alcançar a paz que eu tanto procurei. 
       Sou palavra solta pelo céu da boca, sou louca de enlouquecer a loucura, mas posso ser doçura para contrabalancear a instabilidade. Sou o tempo renovado na imagem dos meus cabelos longos, sou mulher que decidiu ser dona do seu nariz.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Um dia para ser você.

Na foto: leitora, Glênia Silva.


  Um dia para ser melhor, um dia para ser você, um dia para se viver. Um dia para gargalhar e não ter vergonha de sorrir, não ter vergonha de deixar o riso se espalhar por ai. Um dia para deixar a vaidade do lado de lá. Do lado, do lado, do lado algum. Um dia para ser você! Um dia para se desligar de tudo aquilo que lhe deixa ligada na rotina. Um dia para presentear as suas retinas com novidades.
     Um dia para ser melhor, esquecer o espelho e essa coisa do corpo perfeito, um dia para se amar do jeito que você é. Um dia para deixar os cabelos ao vento, deixar a maquiagem na vontade de tocar o seu rosto, deixar que o gosto de ser você mesma preencha o seu paladar. Um dia para colorir o dia com a sua vontade de viver, um dia para ser você!

       Um dia para pés descalços e banho de sol, de cachoeira ou piscina, um dia para voltar a ser aquela menina que se divertia com os seus amigos imaginários. Dia para se eternizar no calendário, um dia para ser feliz. Dia para roupas leves ou roupa quase alguma, dia para deixar o corpo falar. Dia para bronzear o corpo e renovar a alma, dia de calma no seu caminhar. Hoje é um dia para ser melhor, um dia para se viver, um dia para ser você!  

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O ser humano precisa ser equilíbrio.

Na foto: leitora, Mai Lisboa.


  O ser humano precisa buscar equilíbrio, precisa ser equilíbrio, precisa entender e conhecer a sua própria fronteira. Precisa entender o que diz o vento e saber que o pensamento é elo entre o real e o abstrato. Precisa estar em harmonia com sigo mesmo, precisa distinguir e unir o antes, o agora e o depois. Mas precisa entender que é incerto esperar pelo depois. Precisa entender que ele é capaz de tocar o céu.
    O ser humano precisa voltar ao seu nascimento e contemplar o momento da sua chegada, precisa perceber que no ato do parto ele havia partido e estava chegando de uma espiritual jornada. Precisa saber que a vida por si só, não possui sentido e que ele é bússola de si mesmo. O ser humano precisa entender que entre o nascimento e a morte há uma jornada construída conscientemente por ele mesmo.   

           O ser humano precisa entender que seguir com os pés no chão, nem sempre é “caminhada” e, que perder também é vitória. Que o amor verdadeiro também omite e mente. Amor também precisa evoluir. Mas mesmo assim, nunca deixará de ser amor. O ser humano precisa entender que ele e o mundo são um só. Precisa aceitar que se o mundo adoece, ele também adoece. O ser humano precisa buscar equilíbrio, precisa ser equilíbrio, precisa estar conectado com Deus. 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

O espelho me diz que aquela menina...

Na foto: leitora, Patricia Raupp.


      O espelho me diz que aquela menina que se dividia entre atitudes tímidas e descoladas e que possuía um olhar de consumir mundo e mastigar estrelas, ela ainda está aqui. Ele me diz que o corre-corre cotidiano ficou muito mais veloz, mas que aquele andar calmo e que já lapidava um futuro corpo de mulher, ele ainda está aqui.
    O espelho me diz que aquela menina que inventava sua própria moda e desconstruía a uniformidade com seus festivais de caras e bocas e que, se esquecia do mundo quando dançava, ela ainda está aqui. Disse-me também que aquela menina que tantas vezes se aconselhou com a lua e chorou no colo das suas canções preferidas, ela ainda está aqui.  

           O espelho me diz que aquela menina que o tempo desenhava e que se tornaria uma linda mulher, ela já está aqui. Está com mesmo sorriso de menina, está com os mesmos sonhos, ela ainda acredita no amor e na sua perfeita imperfeição. Ela está aqui e acredita na força do coração. Ela está aqui e ainda carrega aquele olhar de mastigar estrelas e agora está com suas curvas definidas e abençoadas por Deus. Aquela menina está aqui, aquela menina, sou eu.   

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Amor que fez a minha alma clarear

Na foto: casal de leitores, Talison Ferreira e Juliana Rodrigues.


     Eu só sei, que é assim: amor maior que a minha forma de amar, maior que tudo que há em mim, maior que o próprio coração que há em mim. Eu só sei, que é assim: amor que nunca foi relatado em nenhum romance medieval, em nenhuma canção de carnaval, em nenhum soneto de fidelidade. 
      Eu só sei, que é assim: amor que fez a minha alma clarear e fez o meu coração aprender a perdoar, amor que fez a minha ansiedade aprender a esperar!  Amor que fez os braços da pessoa amada se tornarem o meu refugio e porto seguro, amor que fez minha indecisão sair de cima do muro e a minha vida ganhar sentido!

    Eu só sei, que é assim: amor que fez minhas palavras se tornarem mais brandas, fez meu refletir se tornar Senhor do meu agir, amor que trouxe a prudência para minha vida! Fez a minha paciência se tornar menos inquieta, amor que apaziguou a guerra entre a minha autoestima e o espelho. Acho que eu não merecia um amor assim: Amor maior que o meu próprio existir!

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Rede da paz que o Senhor havia me prometido.

Na foto: leitor e primo, Luis Augusto.

          Senhor! Agora eu descanso em ti, descanso em tuas promessas e no livre sentimento de ser feliz.  Agora, eu descanso em ti todas as minhas preocupações e possíveis inquietações que essa minha temente alma por ventura, ainda possua! Agora, Senhor! Eu me permito apenas admirar meus pensamentos brincando nos vastos campos das promessas e realizações que tu, Senhor pusestes nos meus dias.
        Senhor! Agora, da varanda dos dias que eu sonhei para mim, a vida segue assim: calma e feliz. Agora, deitado e acolhido pela rede da paz que o Senhor havia me prometido, eu contemplo o final de tarde e entendo que nada nessa vida tem fim quando se tem fé. Diante deste quintal florido percebo o quanto o meu caminho tem sido abençoado e protegido pela tua misericórdia. Daqui, eu vejo a vida de um lugar muito feliz!
         Senhor! A vida me conduziu para terras distantes e deixou na estante, um quadro produzindo a presença daqueles que também carregam o meu sangue! Senhor! Viajar foi preciso! Mesmo assim, eu fui, sou e continuarei feliz, porque essa é a vida que tu semeaste para mim.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Distante do lugar de minha essência

Na foto: leitora, Heleny Campoy.


 Distantes, são os lugares que habitam a minha saudade, Via Láctea, hemisférios, constelações das coisas que um dia fizeram parte do meu cotidiano. Um constante recordar das dúzias de passos passados em direção ao futuro presente. Gente que me fez gente, de repente, hoje, apenas imagens no ontem das minhas recordações. Futuro já ficou para trás, no já citado lugar das coisas que não voltam mais.
   Daqui, museus de aguardar boas novas, um procurar por qualquer sinal que me remeta aos dias que não voltam mais. Diante de minhas saudosas retinas um mosaico de fotografias que se insinuam por entre as vielas do passado e do presente. Um mosaico de lugares e gente que me fizeram gente.

                  Distante do lugar de minha essência, longe do meu iniciar, longe do lugar do meu lugar. Um oceano dos dias que virão. Doce recordação do berço do meu viver.  

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Acho muito chato essa gente chata e ingrata.

Na foto: leitora, Verinha Macedo.


      Vivo a mil por hora, vivo à margem do politicamente correto e na contra mão do bom senso. Sou da opinião de que ter opinião formada sobre tudo é não ter opinião de nada. Valorizo o pensamento e eternizo apenas os bons momentos, acho que viver é muito mais do que apenas aprender com as tristezas e derrotas.
          Não sou de pedir licença quando o assunto é entrar de cara na felicidade. Sou minha própria festa e não deixou fresta para arrependimentos e magoas vãs. Vivo a mil por hora e na via contrária da hipocrisia humana, vivo na linha tênue desse nosso efêmero viver. Sou fantasma dos fantasmas que um dia me perseguiram, sou doce presença no quintal dos que se intitularam meus inimigos.

       Vivo a mil por hora, fora da órbita rotineira da inveja alheia. Acho muito chato essa gente chata e ingrata. Só aceito críticas se elas estiverem despidas de preconceitos, venero a sinceridade, mesmo que, às vezes, a sinceridade doa! No fundo, no fundo, eu sou apenas uma pessoa buscando ser feliz! 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Eu, Ano Novo de mim!

Na foto: nova leitora, Daiana Nascimento.


      Voos maiores, sonhos possíveis, objetivos alcançáveis, agora eu sou: Eu, ano novo de mim. Reavaliar as lágrimas e os tantos tombos que eu tombei. Reavaliar os caminhos que eu me propus a caminhar e não caminhei. Chegar à conclusão por qual razão eu não prossegui e me tornar agora: Eu, Ano Novo de mim! 
      Reencontrar antigas gargalhadas e entender a simples e complicada fórmula para ser feliz. Soltar pensamentos ao vento e reviver cada momento em que eu me fiz vencedora e venci, porque agora eu me tornarei: Eu, Ano Novo de mim!     Voltarei aos dias nublados e visitarei os finais de semanas e feriados de tudo aquilo que eu vivi, porque agora eu me tornarei: Eu, ano novo de mim! 

        Serei diferente, caminharei para frente, olharei para o futuro trabalhando o meu agora. Aceitarei possíveis pedras no meu caminho, mas não deixarei de caminhar e acreditar que pedras serão necessárias nessa minha nova jornada. Eu serei mais atitude e menos discurso, serei mais realista e dona de mim. Em 2014 eu serei assim: Eu, Ano Novo de mim!