Ter fé é ser íntima do meu bom Deus!

Na foto: Cunhada e colaboradora, Jô Moraes.

                 Ter fé é ser íntima do meu bom Deus! É ser parte e ao mesmo tempo ser o todo de tudo que há na terra. Ter fé me faz ser uma mulher feliz! Me faz perceber beleza nas mínimas coisas que se apresentam diante de minhas retinas, ter fé me faz cultivar a eterna menina que há dentro de mim.

               Ter fé me faz mais íntima do meu bom Deus! Tendo fé eu dissipo tempestades de calunias e suporto todo e qualquer vendaval de inverdades, tendo fé, eu abrando o meu coração e torno-me também íntima da verdade. Ter fé é entender que mesmo na fé também as lágrimas caem, é compreender que um caminho sem pedras e obstáculos, não necessariamente é um caminho seguro. Ter fé é nunca ficar em cima do muro.

         Ter fé me faz mais íntima do meu bom Deus! É entender que eu sou feita da terra, do céu e do mar. É entender que quando eu prejudicar um desses elementos, eu estarei prejudicando a mim mesma. Ter fé me faz enxergar o meu próximo, ser o meu próximo e assim, amá-lo como eu amo mim mesma.  Ter fé me faz mais íntima do meu Bom Deus.         

Receita de um baiano.

                                                           

Foto by Mariana Fonte Boa. Praia do Forte/BA.

              Caminhar, olhar o horizonte, pés em contato com a areia e entender que a alma vagueia quando se está em paz. Caminhar, despir-se de tudo e de todo pensamento negativo, caminhar e encontrar motivos para sorrir à toa. Contemplar o mar e amar o balé das ondas no perfeito vai e vem. Caminhar com os pés na areia branca da praia e sentir a brisa do mar acariciar seu rosto no lindo gesto de querer bem.

               Caminhar, olhar o céu e ler o alfabeto das nuvens, ouvir a melodia do vento e também dançar com o gingar dos coqueiros, como se todo os dias fossem dias de fevereiro. Deitar em uma rede e aceitar que devagar também é pressa e, segundo o que um certo amigo meu baiano me disse: “ tudo começa quando não se tem pressa para começar ”.     

Tenho fome de vida e sede de fé.

Foto By Mariana Fonte Boa. Igreja de São Francisco/Praia do Forte/BA.

            Tenho fome de vida e sede de fé, tenho necessidade de conversar com as estrelas e abraçar o sol da manhã. Tenho necessidade de andar a pé pela orla das minhas lembranças. Tenho fome de vida e sede de fé. Tenho em minhas mãos o universo e a única coisa que sempre pedi e peço, é um cantinho de paz na luz do meu Deus. Eu tenho uma caixinha de sonhos e planos para o amanhã, mas o meu amanhã sempre será o agora. Ah, então eu não me preocuparei com o amanhã, porque o amanhã ao meu bom Deus pertence. 

Só agora, no final das minhas contas.

Na foto: leitor e colaborador, Edson Coutinho.

         Agora, só no final das contas, eu percebi que a vida não é só viver para pagar contas. Só agora eu acordei para a vida, só agora entendi que viver não é só acordar para me preocupar apenas com o trabalho e tantos outros mi, mi, mis e blá, blá,blás desnecessários. Só agora entendi, que eu passei a vida me condenando por não ter roubado aquele beijo. Só agora eu me dei conta, que fui meu próprio juiz de um crime que eu adoraria ter cometido, mas por medo, não cometi.

          Agora, só no final dessa viagem, foi que eu percebi que a vida é uma viagem, mas a viagem da minha vida, eu, por causa de meras desculpas vãs, nunca a realizei. Só agora eu acordei. Só agora eu percebi que muito eu caminhei, mas em lugar algum eu cheguei, porque eu sempre caminhei os caminhos que eu nunca desejei caminhar.

       Agora, só no final das contas, eu entendi que o ser humano é perfeito porque ele é cheio de defeitos, só agora eu percebi, que perdi muito tempo sendo implacável e cobrando uma falsa perfeição do meu próximo. Só agora eu percebi, que passei meu tempo preocupado com os dias do meu calendário e os dias dos meus dias passaram sem eu nem perceber.  Agora, só agora, no final das minhas contas, eu me dei conta de que vivi a minha vida, sem realmente, viver.

De pai para filho

Na foto: pai e filho: Deijar Júnior e Vinícios.

       Esse mundo todo é seu, ele pertence a sua vontade de viver, pertencerá a maneira que você o enxergar. Esse mundo todo é seu, ele será seu inimigo e melhor amigo, lhe fornecerá caminhos e descaminhos, dependerá apenas de como você o enxergar. Meu filho! Esse mundo todo é seu, ele pertencerá a cada manhã de um novo dia, a cada repousar de uma linda noite. Ele estará sempre ali, a sua frente. Dependerá apenas de como você irá abraça-lo.

      Esse mundo todo é seu, porém você terá que entender o que ele lhe diz e lhe dirá, você terá que aprender a escuta-lo, porque o mundo fala com a gente, meu filho! Você precisará entender o sorriso do sol e o choro da chuva, precisará entender, que ás vezes, o sol sorrindo lhe fará chorar e que a chuva chorando lhe farar sorrir. Você precisará entender que o sorriso do sol e o choro da chuva permearam o seu existir.

     Mas esse mundo todo a sua frente é e sempre será seu, meu filho. Você precisará apenas respeitar os seus limites e os limites do mundo, precisará entender, que seguir em frente, nem sempre é adiantar o caminho e que tropeçar e cair, às vezes, lhe faz seguir mais forte e temente a Deus. Porque esse mundo a sua frente, meu filho, ele é e sempre será todo seu.

A minha oração é silenciosa

Foto by Luis Augusto Augusto.Na foto: leitora e colaboradora, Hendrica Lupato.

         A minha oração é silenciosa, a minha oração, por muitas vezes, foi sem palavras, foi apenas com o meu olhar. A minha oração, Senhor! É para agradecer tudo o que eu tenho e o que não tenho também! Porque, Senhor! Quando não tinha, eu aprendi que as coisas que eu tanto quis e queria, tinham nos desígnios do Senhor, o seu tempo certo para acontecerem. E quando passei a ter, eu aprendi a valorizar e entender que nada era meu, mas tudo era do Pai.

       A minha oração é silenciosa, a minha oração, por muitas vezes, foi sem palavras, foi apenas com o meu recolher, apenas assim, pés no chão e coração ao alto. A minha oração, Senhor! É para agradecer o meu acordar para o novo dia e a noite que se foi, é para agradecer a água e o pão, o sim e o não que me fortaleceram como sua filha e ser humano. É para agradecer por não ter realizado todos os meus sonhos e assim, continuar pisando no chão. 

Aquela esquina.

Foto: fonte da internet.

            Aquela esquina ainda habita o meu olhar, ainda habita cada vão das minhas retinas, ainda habita cada viela da minha percepção ótica. Aquela esquina que ainda habita o meu olhar, presenciou nosso primeiro encontro, nosso primeiro recíproco sorriso, nosso primeiro gesto de carinho. Aquela esquina que ainda habita minhas retinas. Aquela esquina, aquela esquina entendeu que naquele momento, o amor, à primeira vista, ali, naquela esquina, simplesmente, acontecia.