terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Eu ganhei da vida o direito de ser feliz.

Na foto: leitora, Glênia Silva. 


          Eu tenho alguns buquês de paisagens em minhas retinas, coleciono um tantinho assim de léguas no meu pensamento, conheço o vento de três décadas e ainda cultivo no meu corpo e sorriso, a flor da idade. Colecionei milhas de passos que nunca passaram de passageiros, acredito que minha riqueza não está em um punhado de dinheiro, mas sim, na vida que a vida ofereceu para mim. 

         Escutei muitas palavras de oceano, mas jamais me enganei e não me engano, com conversas de marinheiro. Trago comigo um colar feito de olhares e tatuei na memória os lugares que a vida me permitiu conhecer. Eu ganhei da vida o dom de melhorar com o tempo, de entender a linguagem do vento e de conversar com o mar. Eu ganhei da vida o direito de ser feliz.                   

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Que venha um ano novo, de novo e com tudo novo.

Na foto: amiga e leitora, Camilla Karla.



              Que venha um ano novo, de novo e com tudo novo. Com novos velhos sorrisos, novos e velhos sonhos, novas e antigas amizades. Que venha um ano novo de verdade. Que ele venha repleto de boas novas, de renovações, de novas velhas emoções, de novos caminhos e novas portas e janelas abertas. Que ele venha repleto de novas velhas sensações.

             Que venha um ano novo, de novo e com tudo novo. Com novos e ainda não alcançados projetos, com novas velhas afirmações, de novas e velhas realizações. Que ele venha arrebatando multidões. Que venha um ano novo, de novo e com tudo novo. Que ele venha com a eterna proteção do nosso bom Deus.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Dezembro e o mês da purificação da alma.

Na foto: amiga e leitora, Alessandra Freitas.


        Deixo desse jeito, coisa rara de se viver é essa paz que só o mês de dezembro traz. Deixo desse jeito, pensamento praticando o desapego e aceitando tudo o que a vida tem colocado em meu caminho. Na minha previsão do tempo, agora  é tempo do tempo não ceder tempo para as coisas vãs. É hora do agora ser de paz e alegria, dezembro, dezembro é o mês de dizer adeus para a tristeza e para as agonias do ser. Dezembro e o mês da purificação da alma.


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Eu acho pouco e ainda mando um beijo.

Na foto: amiga e leitora, Fabíola Senna.



              Eu faço pouco dessa gente que vive querendo muito e tudo. Acho triste quem não aceita a felicidade e vive fazendo tempestade em copo d’água. Eu faço pouco e ainda mando um beijo, para essa gente que não entende que viver não é se preparar para ter uma boa morte. Acho graça dessa gente mal humorada e que não sabe o que a vida tem de melhor. Eu acho pouco e ainda mando um beijo, para essa gente que desiste de lutar.

              Eu acho pouco e ainda mando um beijo, um beijo de desdém, um beijo de não estou nem aí. Eu vivo intensamente minha vida e acredito sempre que o melhor momento é o agora, entendo minhas limitações, mas não as cultivo nas entrelinhas do meu querer vencer. Eu acho pouco de quem acha que viver é pouco, acho pouco dessa gente que não entende que a vida é apenas uma, mas com milhões de possibilidades. Depende apenas de cada um.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Amor tem que ser de amar para se viver.

Na foto: casal de amigos e leitores: Anne e Éder.


             Acho que amor tem que ser de amar sem sofrer, amor de não morrer, amor tem que ser de amar para se viver. Tem que ter estrelas no céu da boca, tem que bater aquela vontade louca de beijar e ser beijado. Amor tem que causar um não respirar momentâneo, precisa ser gostoso e do tamanho do desejo que o ser humano tem de viver.

             Acho que amor tem que ser de amar sem sofrer, tem que ser de não dizer adeus, sem essa de: isso é meu, isso é seu. Amor tem que ser de roupa quase nenhuma, tem de despir o pudor da população de dois. Acho que amor tem que ser de amar sem sofrer, amor de não morrer, amor tem que ser de amar para se viver. 

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Sou nota diferente nessa sinfonia de iguais.





Na foto: leitora e colaboradora, Verinha Macedo.


                Eu rasgo o senso comum e em algumas luas, duvidei e duvido do bom senso. Sou nota diferente nessa sinfonia de iguais. Sou maçã e aceito uma pitada de pecado, sou humanamente imperfeita e confesso-me fascinada com a possibilidade do pecado morar ao meu lado. Sou nota diferente nessa sinfonia de iguais.
                 Eu não estou aberta a fechar acordos improdutivos, tampouco coleciono promessas feitas ao pé do ouvido, eu tenho pressa e o que me interessa é sempre o presente. No meu relógio, a hora é sempre o agora, não sou do tipo que perde tempo a esperar embarcação à beira do caís.
             Eu já provei o sal do sal da lágrima e o doce do doce que o sorriso tem. E Sem compreender, eu compreendi o amor, porque para compreendê-lo, é necessário o contrário acontecer. Tenho amigos pouco convencionais e não por acaso, são os meus mais dos mais. Não tenho trupe e minha trupe está inserida em todas as outras, a minha trupe é universal.
            Eu nasci para rasgar o senso comum e em algumas luas, duvidar do bom senso. Personifico o que penso e acho massa quem passa a vida não deixando o tempo passar. Eu nasci para rasgar as convenções e dissipar os fantasmas e os dragões que vierem visitar meu espelho. Já pintei o meu cabelo e pintei o sete para viver a vida a mais de mil. Eu nasci para rasgar o senso comum e às vezes, duvidar do bom senso. Sou o que penso e por isso, vivo feliz. 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Eu não nasci nesta cidade, mas ela nasceu dentro de mim!

Foto By Keila Beatriz.



            Eu não nasci nesta cidade, mas ela nasceu dentro de mim! Nasceu com um sorriso largo e ruas fartas de espaços. Ela nasceu com suas superquadras e sopas de letrinhas, ela nasceu com essa gente letrada pela labuta diária. Nasceu com a pluralidade de sonhos e ideais, com a fusão dos sotaques e costumes dos quatro cantos do país, nasceu com uma Catedral que humanizou a minha fé.
            Eu não nasci nesta cidade, mas ela nasceu dentro de mim! Nasceu com traços futurísticos e um olhar de enxergar distante. Nasceu do suor de um povo que não nasceu aqui, nasceu de um povo que a fez nascer para ser feliz. Ela nasceu com um lago que ameniza a natureza seca do Cerrado, nasceu com um pôr-do-sol de fazer esquecer as mazelas do mundo, nasceu com um luar de dar inveja a qualquer luar do Sertão.
        Eu não nasci nesta cidade, mas ela nasceu dentro de mim! Nasceu com uma juventude que se perguntava: Que país é esse? Nasceu com as férias de verão de Eduardo e Mônica, com as histórias sobre a “Veraneio Vascaína” e das festas da Plebe, considerada Rude, pelas autoridades. Ela nasceu com o Rock de uma geração que tinha muito sobre o que falar.

      Eu não nasci nesta cidade, mas ela nasceu dentro de mim! Nasceu da certeza que eu tive logo que desembarquei aqui, a certeza que daquele dia em diante, aqui em Brasília, eu seria muito feliz. 

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O meu amor é lindo assim.

 
Na foto: casal de leitores, Janayna e Maxwell.


           Um lugar bom, um cantinho para servir de ninho, um aconchego com dúzias de chamego. O meu amor é lindo assim. Um andar descalço, um caminhar despretensioso, um passear no vale da tranquilidade. O meu amor é lindo assim. Água que sacia a sede, cochilo gostoso de tirar na rede, um punhado de cafuné no colo do luar. O meu amor é lindo assim.

          Uma canção que toca a alma, um olhar que transmite calma, um sorriso doce de tudo bem. O meu amor é lindo assim. 

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Saudade em meu peito é mar.

Na foto: leitora e amiga, Thaísa Sousa.


            A vida agora é saudade, via de mão única para o amanhã. A vida agora é saudade, via de lembranças de tudo aquilo que nossas retinas contemplaram.Vasto campo das coisas que não voltam mais. Agora a vida é saudade, tatuagem de um infinito que cada ser carrega no seu peito. Agora é marca, cicatriz de algo que não conseguiu seguir viagem.

               A vida agora é saudade, via de rostos, sorrisos e experiências de um tempo que o tempo esqueceu de esquecer. Agora é o olhar perdido no firmamento, é tentar dar tempo ao tempo, é mastigar estrelas de certo poema que um dia meu amigo irmão baiano escreveu. Agora é aprender a conviver com esse oceano que deságua em meu peito. Agora a vida é saudade, raridade de dias de não lembrar, agora saudade em meu peito é mar.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Boa Sorte.

Na foto: leitora, Keila Beatriz.


            A vida concederá Boa Sorte a todos que nunca desistirem de suas caminhadas, a todos que mesmo levando topada, acreditarem que a jornada será vencedora. A vida concederá Boa Sorte a todos que respeitarem os ponteiros do tempo, concederá Boa Sorte a todos que entenderem que o relógio do tempo precisa ficar pendurado nas paredes da paciência.
         A vida concederá Boa Sorte a todos que compreenderem que o importante na vida, é viver para amar e não morrer de paixão. Concederá Boa Sorte a todos que seguirem a risca o lema: ame e seja feliz. A vida concederá Boa Sorte a todos que amam os seus trabalhos e não apenas necessitam deles. Ela concederá Boa Sorte a todos que souberem perdoar e pedir perdão.

           A vida concederá Boa Sorte a todos que entenderem que a fé é o combustível para as grandes realizações na vida do ser humano, ela  concederá Boa Sorte a todos que acreditarem que o Bom Deus é a grande bússola a nos guiar.  

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Fiz valer o meu acreditar!

Na foto: leitora e colaboradora, Mônica Rêgo.



             Do que eu sou, das coisas que eu quero, dos sonhos que eu sonhei. Fiz valer o meu acreditar! Dos dias em que a incerteza tentou reinar, das noites em que o sono quis não chegar, do medo do não amanhecer. Fiz valer o meu acreditar! Dos meus anseios, das minhas indecisões, dos meus fantasmas quase invencíveis. Fiz valer o meu acreditar!
            Do tudo que quase se fez nada, do caminhar que se mostrava avesso à estrada, dos obstáculos que se apresentaram intransponíveis. Fiz valer o meu acreditar! Do frio que cortava a pele, da fome que me enfraquecia, da solidão vestida de companheira. Fiz valer o meu acreditar! Das portas que por vezes se fecharam, dos “nãos” que muitos me falaram, da voz no ouvido me aconselhando a desistir. Fiz valer o meu acreditar!

          Fiz valer a fé que eu trago no meu peito, fiz valer a certeza que o meu dia chegaria, fiz valer a minha fé na vitória! Fiz valer no destino que o meu bom Deus reservou para mim, fiz valer o direito que Ele me reservou para ser feliz.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Um desenho de pintar que se chama amor


Na foto: desenho feito pela leitora, Rayara Toledo.


          Um desenho de pintar, um ou dois traços, um esboço do rosto que se parecia ser o amor. O papel no papel de céu expandia- se na forma e contra forma do paraíso que nascia daqueles amorosos traços de um solitário lápis. Daquele continente branco em paz, jamais havia surgido tão linda expressão de mimo e tranquilidade, verdade lapidada e forjada no tom cinza e não triste de um lápis.
                 Na folha de papel, traços espontâneos correm os quatro cantos daquele pequeno imenso universo, ali, nada de tendência, cubista, barroca, surrealista. Ali, apenas um traço romântico de um pensamento que se personifica no correr apaixonado de um lápis. 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

A Fé está reescrevendo o meu viver.

Na foto: Eu, André Mantena.


                           A Fé está me reinventado, a Fé está transpassando a fronteira da minha incredulidade e se mostrando verdade. Através de palavras ditas em silêncio, nos momentos de necessária solidão, ela tem operado milagres em meu coração. A Fé está rescrevendo o livro dos meus dias, se fez presente no pôr-do-sol de cada fim de tarde que os meus olhos contemplaram. A Fé me fez compreender que olhar para o céu, também é oração. Que olhar para o céu, também é falar com Deus.

                            A Fé está me reinventado, ela me fez entender que a solidão e o desespero são vizinhos das atitudes loucas. A Fé está reerguendo o templo que um dia existiu em mim, está reerguendo as paredes do meu caráter. Ela me fez ter paciência e a acertar o meu relógio pelo relógio de Deus. A Fé está me ensinando a confiar meus sonhos, desejos, medos e receios nas mãos do meu bom pai. A Fé está reescrevendo o meu viver.  

sábado, 20 de setembro de 2014

Ficar assim é estar feliz.

Na foto: leitora, Cicilia Amaral.



            Frases e pensamentos voam pelas nuvens. Frases livres, pensamentos leves, nave de neve que não morre ao acariciar vulcão. Leve Sensação a despertar sorriso largo, nada a preocupar meu coração. Nada de pressa para o futuro, nada de arrependimento pelo passado, apenas ao meu lado, o presente a me presentear, com pensamentos de não se preocupar.

           Frases e pensamentos ecoam pelas veredas do ser feliz. Frases que não querem dizer nada, mas significam tudo, pensamentos que conversam com o mundo, mesmo sendo mudos. Leve sensação que me faz avião nesse castelo de pensar, mundo que cabe não palma da minha mão e faz minha alma se alegrar. Ficar assim é estar feliz neste pensar do meu existir. 

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Eu tenho dois amigos mais que imaginários.

Na foto: amiga e leitora, Cicilia Amaral.


    Eu tenho dois amigos imaginários que contam o conto do meu conto de fadas, um conto onde todos os personagens são felizes. Eles contam o conto da minha vida, o conto do meu mágico dia a dia, o conto da minha doce odisseia. Meus dois amigos cantam lindas cantigas de roda e de ninar, declamam divertidos e apaixonantes versos, eles me ensinaram a dançar valsa sob a luz do luar. Eu tenho dois amigos imaginários que tornaram a minha vida encantada.
   Eu tenho dois amigos imaginários que me deram de presente um diário de sol e me ensinaram a escrever com a luz do meu sorriso. Escrever nesse diário; tornou as minhas dores menos doidas. Eles me ajudaram a entender minhas lágrimas e a viajar para lindos lugares. Eles me falaram que o olhar é a maior janela aberta para o mundo.
      Eu tenho dois amigos imaginários que permitiram que eu, por vezes, tropeçasse, pois foi após alguns tropeços, que eu percebi que precisava estar mais próxima de Deus. Esses dois amigos, também me fizeram entender que minhas muitas vitórias só confirmaram os planos que Ele tinha para mim. Os meus amigos imaginários eram a mão de Deus no meu existir. 

     Eu tenho dois amigos imaginários que me fizeram valorizar ainda mais o amor e a amizade sincera, me fizeram admirar as flores na primavera e até a chuva no verão. Eles me fizeram perceber que era necessário eu ter um tempo para estar comigo mesma, que era importante visitar a vila dos meus pensamentos. Eu tenho dois amigos mais que imaginários, amigos que contam o conto da minha vida. Tenho dois amigos que o meu bom Deus carinhosamente os batizou com os nomes de “Esperança e Fé”.

sábado, 16 de agosto de 2014

Fruto de mim mesma.


Na foto: leitora e colaboradora, Glênia Silva.


           Sou espelho de mim mesma, reflexo das experiências que eu vivi, sou objetivo traçado e por vezes, deixado de lado. Sou compromisso há tempos, agendado. Eu sou reflexo de mim mesma, sou asfalto consumido ao longo das minhas viagens, noites de insônia e madrugada enluarada.
           Sou reflexo de mim mesma, nota de uma canção lindamente cantada, momento silencioso que acompanha a caminhada, dia de sol, mar de sorriso. Sou fato verdadeiro e versões desencontradas, histórias que nossos avós não contavam, sou mágica infância e adolescência jamais esquecida, sou vida que foi na íntegra, vivida.
            Sou reflexo de mim mesma, sou o morrer de amor e o viver apaixonada, o ontem que olhava para o hoje, o hoje que anseia pelo amanhã, sou o resultado inusitado do pecado da maçã. Sou fruto e flor dos pensamentos e sonhos que eu penso que eu sonhei e sonho para mim.         

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Tempo para cultivar a minha fé

Na foto: amiga e leitora, Nathy Gomes.


           Ajoelhei Senhor! Ajoelhei porque percebi que me faltava tempo para ajoelhar, eu ajoelhei porque percebi que, assim como tantos, já não estava tendo tempo para o Senhor! Assim como tantos, eu só estava tendo tempo para cobrar mais tempo para as minhas tarefas diárias. Já não tinha mais nem tempo para escrever uma palavra inteira, a vida está tão corrida que eu cheguei a desejar que as monossílabas tivessem apenas uma única letra; a coisa estava preta!
         Ajoelhei Senhor! Ajoelhei porque, assim como tantos, já não tinha tempo nem para mastigar a minha comida, a vida estava a mil por hora! Ajoelhei porque me peguei dividindo a oração do Pai nosso, com os cálculos incertos da fatura do cartão de crédito do mês seguinte. Até o sinal da cruz eu fazia pela metade. Assim como a de tantos, a minha fé também estava sendo consumida pelos afazeres diários.

        Ajoelhei Senhor! Ajoelhei porque percebi que eu encontrava tempo para responder os meus e-mails, dar uns telefonemas sem importância, navegar na internet, ver os meus programas preferidos, trabalhar, rever amigos e tempo até para reclamar da falta de tempo. Assim como tantos, eu encontrava tempo para tudo, só não estava encontrando tempo para cultivar a minha fé e agradecer ao Senhor pelas coisas que, até aqui, tu tens  me concedido.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Mergulhei de corpo e alma.


Na foto: leitora, Keila Beatriz.


        Mergulhei de corpo e alma nesse “Rio de esquecer traumas”, mergulhei e vislumbrei novas possibilidades para o meu renovado ser. Nadei até a nascente do desapego e deixei para trás antigos medos, que me impediam de levantar e recomeçar. Águas claras de um rio seguro, natureza perfeita, a reconstruir o meu ser.
        Mergulhei de corpo e alma nesse “Rio dos dias que virão”, correnteza de água quase parada, a movimentar minha fé. Sublime cenário, divina sensação de liberdade, eu posso voar nesse céu de águas límpidas. Corpo e alma em comunhão com o universo, espontâneo processo que este rio faz em mim.

      Mergulhei de corpo e alma nesse “Rio de minha paz interior”, fortaleci laços e abri os braços para receber as coisas que esse rio vida tem para me oferecer. Dias de paz, tardes de sol, brisa acariciando rosto e o oposto de tudo isso, lá, bem distante de mim. Mergulhei nesse “Rio de esquecer traumas” e redescobri o quanto é maravilhoso viver. 

terça-feira, 5 de agosto de 2014

A vida será o seu próximo ventre.

Na foto: leitora, Jéssica Rarine e sua pequena, Alice.


          Minha pequena, a vida lhe fará feliz, lhe fará parte dela, ela fará bela a sua caminhada. Com necessários espinhos e apaixonantes flores em sua jornada. A vida lhe proporcionará realizar sonhos e lhe fará alcançar as nuvens e as estrelas, sem que seja preciso tirar os pés do chão. Ela fará com que seus dias não sejam em vão.
         Minha pequena, a vida lhe apresentará outros anjos e lhe dará asas para voar e ajudar o seu próximo, porque o bom Deus estará sempre próximo de você. Ela lhe mostrar a força que um sorriso tem  e o bem que faz um abraço sincero, será sua amiga e lhe ensinará a ser amigo também. Fará você entender que quem tem amizade verdadeira, nunca andará só.
      Minha pequena, a vida será o seu próximo ventre, mas lhe ensinará também, que o meu colo e o meu amor, na permissão do meu bom Deus, serão sempre o seu maior refúgio.  

sábado, 2 de agosto de 2014

Espero que a vida siga simplesmente numa boa.

Na foto: leitora, Daniela Ramalho.



    Espero que todo sorriso seja sempre bem vindo e aceito por todo vão de boa intenção, que todo amor saiba amar e seja amado, que todo aperto de mão entenda e compreenda a dimensão do seu existir. Que toda tristeza aprenda a ser feliz. Espero que todo olhar encontre outro olhar e juntos contemplem o horizonte. Que a vida siga simplesmente numa boa.
   Espero que o até breve jamais se transforme em um adeus, que toda promessa não seja válvula de escape de quem a prometeu, que toda ida tenha volta e que haja sempre uma porta aberta para nos acender a esperança. Espero que cada ser cumpra a sua jornada, que a esperança e a fé guiem toda e qualquer caminhada, que toda oração alcance o céu. Que a vida siga simplesmente numa boa.
       Espero que toda doença tenha cura, que cada lar seja sinônimo de prosperidade e fartura, que o trigo se transforme em pão, que o diamante lembre-se sempre que um dia foi carvão. Espero que o mar seja eternamente generoso com os pescadores, que as artes exaltem sempre a beleza das flores. Que a vida siga simplesmente numa boa.
      Espero que o sexo seja feito por e com amor e que jamais sirva como moeda de troca, que a paixão nunca leve ninguém ao desespero e que o travesseiro continue sendo silencioso conselheiro. Espero que todo maluco beleza tenha consciência do seu papel no mundo, que a paz sempre se estabeleça e que o bom Deus guie nossos passos. Espero que a vida siga simplesmente numa boa.


quinta-feira, 17 de abril de 2014

Tenha fé.

Na foto: leitora, Juliana Castro.


        Seja reto e persistente, seja gente que segue em frente. Tenha força e busque força na ausência dela, abra a janela e deixe o novo dia entrar. Deixe a verdade fluir e afastar daqui qualquer possibilidade de mentira, mira e acerta na intenção de fazer o bem. Tenha fé, busque fé, reinvente sua fé e caminhe acreditando naquilo que não se pode ver. Seja amigo e forneça abrigo ao perdão, não endureça com os nãos que a vida lhe disser e mantenha acesa a luz do sim no seu olhar.
     Não cultive solidão, mas entenda que estar sozinha não é a mesma coisa de se sentir só. Fale sempre que ama, mantenha acesa a chama do amor, acredite no futuro, respeite o presente, olhe o retrovisor e entenda que de vez em vez o passado precisará estar ao seu lado. Caminhe o caminho e cultive bons pensamentos, deixe os olhos da alma abertos para entender os sinais que o bom Deus lhe conceder.              

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Direito de ser ou não ser o que eu quiser.

Na foto: leitora, Morena Lima dos Anjos.


         Sou mulher de cama, mesa e banho, sou do tamanho ideal daquilo que a sociedade considera ser a esposa perfeita. Sou mulher que ao seu lado se deita e faz você sonhar sem pegar no sono. Sou amiga, namorada, companheira, sou mulher que preenche bem a ausência de uma lingerie e que faz você sorrir sem pudor. Sou mulher de carinho, paixão e amor, mas que também tem direito a carinhos sinceros e a um amor fiel, direito ao fel e ao mel. Direito de conhecer os dois lados da moeda vida.

         Não abro mão do meu direito de ser sujeito ativo e passivo do meu viver, não abro mão do importante direito de ser ou não ser o que eu quiser. 

terça-feira, 15 de abril de 2014

Na permissão de ser mulher.

Na foto: leitora e aniversariante do dia: Mônica Rêgo.


      Na razão guiada e lapidada na emoção, nas tantas histórias de grandes vencedoras, no porto seguro do sexto sentido feminino, eu nasci mulher. Do sentimento nunca esquecido das grandes visionárias, na mão e contramão do eterno ato de decidir, eu nasci mulher. Na palma apaziguadora da esperança, na eterna alma de criança, na linha tênue do deixar se permitir, eu nasci mulher.

      Na razão guia e lapidada na emoção, na permissão de ser filha, esposa e mãe, na ausência da vergonha de poder chorar, eu nasci mulher. Na graça do meu bom Deus, no caminho para caminhar que o destino me deu, na permissão do plano espiritual, ainda bem, que eu nasci mulher.  

sábado, 5 de abril de 2014

Apenas pelas roupas que eu uso.

Foto by Luis Augusto: leitora, Patricia Raupp.



          Não é um decote que reflete a minha essência, tampouco o tamanho de um vestido define a minha personalidade, um short curto não estabelece regras de acesso a minha intimidade. Uma calça jeans colada apenas pode mostrar que eu estou em forma, mas jamais ela mostrará o quanto eu sangrei para chegar até aqui. O meu caráter não pode e não deve ser medido apenas pelas roupas que eu uso.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Linda odisseia que é ser mãe.

Na foto: Flavinho e sua mamãe, a leitora Aline Barros.


               Antes da forma concreta, a escolha certa, o desejo de ser parte do meu ser, antes de ser, ele já fazia parte do meu viver. Um amor incondicional que outrora o plano astral já havia idealizado. Um amor que se firmou no romper de um cordão umbilical. Plano já traçado para preencher as lacunas deixadas pela saudade que ainda estaria por vir, símbolo de paz preestabelecido para apaziguar as guerras do meu interior. Antes de mim, já havia a intenção do amor.

             Antes do conceber, a maternidade já pedia passagem e a verdade é que mesmo eu não sabendo, no fundo, eu já sabia. No ato do parto, partiu para sempre a minha solidão. No ato do parto, parti para a linda odisseia que é ser mãe.      

sexta-feira, 21 de março de 2014

Um coração especial.

Na foto: Mariah, filha da leitora Adriana Valéria.


         Hoje é um dia especial para todos. Hoje, é um dia especial para todos que carregam no peito um coração especial. Hoje é um dia de incluir do lado de fora da condição humana: as tristezas, as mazelas, o preconceito, a pena e a descrença na vida. Porque hoje, hoje é um dia especial! Para todos que são especiais, para todos que amam incondicionalmente, para todos que se enxergam na imagem alheia.

         Hoje é um dia especial para todos. Hoje, hoje é o meu e o seu dia! Dia da unicidade dos sentimentos, dia de lapidarmos nossos pensamentos e pensarmos numa só vertente! Hoje é o dia do mundo novo, dia de agradecer ao bom Deus pelos dias especiais desses anjos que nos tornaram especiais.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Amanhã se eu não mais estiver aqui.

Na foto: leitora, Solange Gomes, Mata de São João/BA.
Amanhã se eu não mais estiver aqui:
Vivi da vida a vida que eu quis viver,
O salgado do sal e o doce do doce,
Eu pude conhecer.
Amanhã seu eu não mais estiver aqui:
Vivi da vida a vida que eu sonhei,
A primavera em pleno buquê de flores,
O verão nas tardes do astro rei.
Amanhã se eu não mais estiver aqui:
Vivi da vida a vida que eu quis viver,
Vi o barro levar e o asfalto trazer,
Vi o dia se deitar e a noite amanhecer.
Amanhã se eu não mais estiver aqui:
Vivi da vida a vida que eu sonhei realidade,
Vi cidade se refugiar em pequenos vilarejos,
Vi meu pequeno vilarejo resistir à ação do tempo
E não se tornar inquieta cidade. 
Então, se amanhã eu não mais estiver aqui:
Vivi da vida a plenitude do amor e da felicidade
Que eu sempre sonhei para mim.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Felicidade para mim, nunca será, ela já é!

Na foto: leitora, Luciane Gomes.


                Felicidade não tem que ser na medida certa, ela tem que correr o caminho que a seta do destino indicar. Felicidade já é! Alguns contratempos, meia dúzias de pés de vento, mas segurei a onda e cheguei até aqui. Minha caminhada não foi lá, tão amena e tampouco pequena, andei léguas e vi de tudo um pouco, mas sempre cultivei a flor do sorriso no meu rosto. Felicidade para mim, nunca será, ela já é!
                A vida até já me deu uns amontoados de motivos para que eu caminhasse para trás, mas comigo, jamais, comigo? Já é! Percebi que remar contra a maré era burrice, mas também era tolice ficar na areia da praia esperando a onda passar ou o mar se acalmar. Sendo assim, resolvi me jogar! Show de bola! Driblei as adversidades e com confiança e verdade fui vencendo as pedras e as dificuldades que eu encontrei no caminho. Felicidade para mim, nunca será, ela já é!

              A vida também me presenteou com um companheiro domo de um enorme coração que tornou possível o meu sonho de amar, ter filhos e construir uma família. Ao lado dele, o jogo da vida tornou-se muito mais fácil de se jogar! Ele, louco flamenguista e eu tricolor saudosista. E assim lá em casa, quase todo noite é um Fla-Flu na pista. Vi um punhado de primaveras, invernos e verões, vivi muita coisa, passei por muita coisa, mas nunca deixei de cultivar a flor do sorriso. Porque felicidade para mim, nunca será! Ela sempre foi e já é!         

segunda-feira, 10 de março de 2014

Qual é a cor da sua alma?

Na foto: leitor, Edson Machado.


            Qual é a cor da sua pele? Qual é a cor da sua verdade? Qual é a cor do seu gesto de bondade para com o seu próximo? Qual é a cor da sua alma? Qual é a cor da alegria? Qual é a cor do gol que deu o título ao seu time de coração? Qual é a cor do milésimo gol do Pelé ou dos dribles de Garrincha? Qual é a cor dos feitos de Ayrton Senna ou das defesas de Taffarel? Qual é a cor do orgulho brasileiro? Qual é a cor da sua alma?
           Qual é a cor da poesia de Caymmi? Das metáforas de Djavan, Gil e Caetano? Dos versos de Cora Coralina, das Obras de Irmã Dulce e de Betinho? Qual é a cor das obras de Machado de Assis? Qual é a cor do orgulho brasileiro? Qual é a cor da sua alma? Qual é a cor do nordeste e dos seus “cabras da peste”? Qual é a cor do Sudeste e do seu progresso? Qual é a cor do Brasil? Qual é a cor da sua alma?
           Qual é a cor do beijo? Qual é a cor do desejo de ajudar o próximo? Qual é a cor da necessidade? Qual é a cor da cidade em que você vive? Qual é a cor da sua alma?  Qual é a cor da guerra? Qual é a cor da paz? Qual é a cor de um espasmo? Qual é a cor do orgasmo entre duas pessoas que se amam? Qual é a cor da sua alma? Qual é a cor do sim? Qual é a cor do não? Qual é a cor do chão que você pisa? Qual é a cor da camisa de uma nação unida por um só ideal? Qual é a cor da sua alma?

         Qual é a cor da violência? Qual é a cor da bala perdida que encontra um inocente? Qual é a cor de um soco no branco? Qual é a cor de um chute no negro? Qual é a cor do sangue vermelho que Jesus derramou por nós na cruz? Qual é a cor da sua alma? Qual é a cor das canções que você mais gosta? Qual é cor do compositor que as compôs? Qual é a cor do amor? Qual é a cor da sua consciência? Qual é a cor da sua alma? Qual é a cor da morte? Qual é a cor da vida? Qual é a cor do trauma causado pelo preconceito racial? Qual é a cor da palavra igual? Qual é a cor da palavra irmão? Qual é a cor da sua alma? Se você for capaz de responder a uma única pergunta, me responda mais essa: Qual é a cor de Deus? 

sábado, 8 de março de 2014

Parabéns para você, mulher!

Na foto: algumas leitoras representando o público feminino.


        Parabéns para você, mulher! Parabéns para você que inspirou tantas canções e poesias, mulher que ilumina o dia com sua beleza e simplicidade. Parabéns para você que sabe a diferença entre amor e paixão, mas que sabe usar os dois sentimentos para alegrar a vida de um homem. Parabéns para você, mulher! Que nos ensinou que chorar não é vergonha e alivia a alma, parabéns para você que nos ameniza os traumas.
      Parabéns para você, mulher! Que nos faz perder o juízo e ao mesmo tempo nos faz lembrar que precisamos ser homens de bem! Parabéns para você, mulher! Que conhece nosso ponto franco, mas também sabe fazer do homem o ser mais fortes do universo. Parabéns para você, mulher! Que é mãe zelosa, mas que não perdeu a essência de menina, que sabe nos colocar no colo e explicar as coisas do mundo.
      Parabéns para você, mulher! Que conhece a conflitante fronteira entre a sensualidade e a vulgaridade, você que conhece o seu corpo e que nos deixa loucos com as armadilhas que ele tem. Parabéns para você! Que serviu de pilar para as grandes decisões da História, você que com o seu jeito doce fez os grandes homens tomarem decisões que mudaram o mundo.

     Parabéns para você, mulher! Que tornou a nossa existência mais feliz, você que tornou o nosso caminhar muito mais prazeroso. Parabéns para você! Que com suas curvas nos apresentou os céus e o gosto do mel, você que estabeleceu o equilíbrio das forças na natureza. Parabéns para você, mulher! Que merece respeito e amor todos os dias, porque o que seria da nossa vida sem você? Da nossa vida o que seria...?           

quarta-feira, 5 de março de 2014

A vida é uma eterna balança de nem sempre dois pesos duas medidas.

Na foto: leitora, Ana Paula Fernandes Spalding. 



          O amo e o ódio são sentimentos antagônicos, mas jamais inimigos, é na existência de um que entendemos as razões de existir do outro. A luz é companheira da escuridão, o sim é contrariamente harmônico ao não e os dois mantêm o equilíbrio do coração. A paixão não é adversária da razão, mas precisam caminhar em lados opostos. A vida é cheia de dualidade, é repleta de contrapontos, o caminho da partida não é o mesmo caminho da chegada, mas os passos que hoje partem para longe são os mesmos passos que amanhã retornarão. A vida é uma eterna balança de nem sempre dois pesos duas medidas.   

domingo, 2 de março de 2014

Eu sou feito do meu lugar (em homenagem ao meu pai Carlos Simões, aniversariante do dia)

Na foto: leitor e aniversariante do dia, Carlos Simões.

       Eu sou feito do meu lugar, sou feito da minha cidadezinha que nunca aderiu a modismos ou modernidade vã, eu sou feito da história da maçã.  Sou feito também das ruas,becos, ladeiras e vielas da histórica Salvador que me acolheu e também me amou como m filho legitimo. Sou feito dos paralelepípedos que nunca se vestiram de asfalto, mas sempre olharam para o alto e alcançavam as nuvens. Sou feito das manhãs de domingos, das histórias contadas pelo velho Neném e das cantigas solfejadas pela Dona Dudu. Sou feito da fé herdada dos meus anteriores.
          Eu sou feito das historias de vida do meu Velho Diamante e da estimada estação de trem,
Feito da minha cidadezinha lá na Bahia, cidadezinha que nunca esqueceu os seus, sou feito da primeira professora e da primeira tabuada aprendida e logo decorada. Das histórias ouvidas nos rádios e raros jornais que de vez em vez nos visitavam. Feito das experiências vividas no ginásio e dos meus sonhos de ganhar o mundo, mas nunca perder a minha cidadezinha querida. Feito das histórias que hoje eu escrevo.

        Eu sou feito do meu lugar, sou feito dos entes que já se foram e dos amigos de infância, feito dos irmãos que o sangue me deu e os que a vida providencialmente colocou na minha jornada. Sou feito do meu lugar e feito daqueles que continuarão a minha história, sou feito das noites acolhedoras da minha pacata, Mata de São João. Sou feito de onde eu nasci, Mata de São João. Feito do que eu vivi, Salvador e Brasília, sou feito do meu lugar, desse sentimento de cidadezinha que nunca aderiu a modismo ou modernidade vã.    

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Verdade pouca para mim, sempre foi mentira.

Na foto: leitora, Andréa Vasconcellos.


       Não sou tão intima das palavras polidas e nem dos discursos politicamente corretos, meu vocabulário não é lá assim tão vasto e meu dicionário é um livro eternamente entreaberto.  Eu tenho vendavais que vezes em sempre saem da minha boca, verdade pouca para mim, sempre foi mentira. Não decoro frases, pois minhas frases são sempre livres para voar.
          Eu nunca passeei pela avenida do ficou por dizer, tampouco decoro jargões batidos da TV, eu digo o que eu tenho para dizer. Tenho dificuldades em deixar as coisas subtendidas, acho que a vida não precisa de mensagens subliminares. A palavra calada é travesseiro que só reverbera em nossos próprios pensamentos, palavra falada é mais que verbo, é personificação de sentimentos. 

         Eu sei que o pensamento é o filtro da indiscrição e que palavra lançada jamais deixa de cumprir seu itinerário. Uma vírgula mal colocada provoca uma guerra e destrói um mundo, acho que já participei de algumas várias guerras mundiais. Aceitei não vestir o manto da política da "boa vizinhança" e sofri muito por andar à margem das idéias subtendidas, mas ao meu lado, pessoas que me amam, me dizem que por eu ser assim, elas podem confiar em mim.              

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A fé que me move.

Na foto: leitor, Ugo Cesar Loroza, 


          A fé que me move e que me faz caminhar, é simplesmente, fé! Que não enxerga a cor da pele do meu próximo, tampouco suas opções e que entende as mazelas e valoriza as qualidades alheias. A fé que me move, fez de mim, um ser humano mais prudente e visionário, me fez enxergar as coisas que só se pode enxergar com os olhos da alma. Fé que caleja minhas mãos, gasta algumas solas de sapatos, mas que me faz sempre olhar para o alto.
     A fé que me move, é simples e me guia despido de templos, rituais, dogmas e preceitos. Fez com que eu entendesse que eu sou o meu próprio templo! Fez com que eu compreendesse o papel do abismo diante das retinas humanas e a necessidade pontual do medo em algumas ocasiões. A fé que me move me fez falar a língua do vento, das flores e das folhas, me fez compreender que para alcançar os céus é preciso apenas de pés descalços tocando o chão.

           A fé que me move, é a mesma fé que me ampara na descida e me dará confiança na hora da subida, fez de mim, uma pessoa mais humana e menos rancorosa. Ela fez com que eu não esquecesse que essa minha existência é uma dentre outras que eu tive e ainda terei para poder me tornar um ser melhor e em harmonia com o plano espiritual. 

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Meu coração borboleta.(para a leitora aniversariante do dia, Rayara Toledo)

Desenho feito pela leitora e aniversariante, Rayara Toledo.

  
       Nasci flor de no quintal do mundo, vasto sentimento de voar que mal cabe na palma da minha mão. Tenho necessidade de flor e acho necessário sentir tão bela necessidade. Verdade? Meu coração borboleta que mal cabe na palma da minha mão, pequeno ser sonhador de infinito querer bem a um certo alguém.

        Nasci flor no quintal do mundo, lindo ato de nascer e de se perceber flor. Acho que meu coração borboleta que mal cabe na palma da alma da minha mão, escolheu destino de flor para poder ser feliz.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Pelo meu time de coração, eu sou Nação! (sou torcedor brasileiro)

Na foto, leitores e torcedores brasileiros!


  Sou torcedor brasileiro, pelo meu time de coração, eu sou Nação! Sou alma, corpo e coração, eu sou Nação! O meu time é paulista, carioca, baiano, capixaba, nortista, praiano, sulista, mineiro. O meu time é brasileiro! Por ele eu morro de amores, mas não mato por paixão, por ele, eu sou apenas emoção. Violência, não! Pelo meu time de coração, eu sou Nação!
  Eu sou torcedor brasileiro! O meu papel é de jogar junto com o meu time, fazer aquela festa na arquibancada. Esse papo de invadir CT, intimidar jogador, fazer ameaças ou me confrontar com membro de torcida adversária, não está com nada! Por amor ao meu time, eu não topo essa parada! Eu sou torcedor das tardes de domingo no Pacaembu, no Mineirão, Morumbi, no Olímpico, no gigante da Beira Rio, sou torcedor da Fonte Nova, da Vila Belmiro, da Ilha do Retiro, do Mané Garrincha, do eterno Maracanã. Eu sou torcedor brasileiro! Do ontem, do hoje e do amanhã.
         Pelo meu time de coração, eu sou Nação! Sou torcedor da seleção canarinho, do país da copa de 2014, do país do futebol, sou torcedor da paz.  Eu faço parte do mosaico que emociona na arquibancada, sou torcedor que pega carona nas asas da emoção, eu sou Nação. Torcer é algo sagrado, inato do povo brasileiro, algo que move quase duzentos milhões de corações.
        Não vamos deixar que a violência e o medo ganhem esse jogo, vamos virar esse jogo!  Vamos sair da defesa, mudar a tática, mas não partiremos para o ataque. A nossa estratégia será unirmos nossos corações em uma só voz, em um só ideal; a vitoria contra a violência! Respeitemos nossos ídolos, respeitemos os nossos times e suas glórias! Respeitemos o legado deixado por Pelé, Zico, Júnior, Roberto Dinamite, Rivelino, Sócrates, Casagrande, Romário, e Ronaldo.
       Sejamos torcedores, sejamos mais família, sejamos a trilha de um filme de final feliz, sejamos torcedores dos nossos times, sejamos Nação.           

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O silêncio é grito no universo da inconsciência surda.

Na foto: leitora, Daiana Nascimento.


  O silêncio é um todo fragmentado, é pensamento não falado, apenas pensamentado. O ato de silenciar é mais do que moinho de sentimentos, é mais que pensamento, silenciar é ponderar o imponderável. Ele pode ser fantasma ou o seu melhor conselheiro, inimigo ou travesseiro, ele pode ser o seu mais implacável juiz.
  Nem sempre quem cala consente ou mostras-se indiferente, silenciar pode ser também não aceitar o aceitável, evitar o inevitável. O silêncio é grito no universo da inconsciência surda. Ele não é sinal de fraqueza ou falta de argumento, às vezes, silenciar é discernimento. Quem silencia avalia de um lugar chamado cautela, não se debruça na janela da incompreensão.      

           O silenciar não é se omitir e nem permitir que os outros passem por cima de você. Silenciar é entender que em certas horas a palavra calada é o discurso mais eficiente contra aqueles que só enxergam o espelho.  Silêncio, ato solitário de introspectivo itinerário, grito mudo no universo absurdo das palavras impensadas. Silenciar é calcular caminho e garimpar pensamentos, é conversar mesmo estando sozinho, é entender seus sentimentos.        

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

A vida corre lá fora.

Na foto: Gabriel, filho da leitora, Andréa Vasconcellos.


             A vida corre lá fora: brinca, se reinventa, sorri e também chora. E ela continua correndo lá fora. As pessoas caminhando na calçada, cada uma com sua fé: fé crescente, fé já estabelecida, fé inabalada. Acho que a fé é o que conduz esses passos na calçada. Eu, nessa minha ótica de criança, percebo o quanto mágica essa vida pode ser.
             A vida corre lá fora e me ensina que eu, que nesse momento dou meus primeiros passos, posso correr, posso acelerar meus passos ou caminha lentamente. Ela me diz que eu posso, e certamente irei cair algumas vezes, mas ela sempre me fará seguir em frente.  A vida que corre lá fora me diz que eu nasci para ser feliz.
            A vida que eu admiro através dessa janela me diz que eu terei presença constante das pessoas que eu amo, mas que eu também conheceria a ausência porque se fará necessário, sentir e entender a saudade. A vida me disse que dias de sol e chuva virão, que tardes vazias e noites de verão. A vida que corre lá fora me disse que eu crescesse no meu tempo e que desejasse tudo e acreditasse em Deus com a força do meu coração.

          A vida que corre lá fora, não corre e nem me disse tudo isso, em vão.    

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Será que a cara coberta da desordem é a nova cara do Brasil?

Foto tirada da internet.


            A fé cega nos ideais atiçou a faca amolada da intolerância, a irracionalidade aproveitou a ocasião e nos corações insatisfeitos fez sua morada.  A inversão de valores, a paz armada até os dentes e um punhado de gente de bem perplexa em frente a TV. Um rasgo no tecido da democracia difere dos normais conceitos de reivindicação. Onde está a lógica de tudo isso, meu irmão?
           Uma parcela da população ganhou as ruas do país para tomar à força o que é seu por direito, leiga e redundante sensação de direito de um punhado de mascarados. Hoje, o povo já não pinta mais a cara, já não canta mais o hino nacional nas passeatas. Hoje, o povo esconde a cara e nega a sua identidade. Hoje, grande parte dos protestos está recheada de ausência de prudência e verdade. Os manifestantes já não mostram mais a cara. A cara do povo que conquistava tudo na diplomacia e na paz.
          A cara da vez nas manifestações está à mercê de um desenho falado, à margem da cara do povo que mostrava a cara. Agora, a cara que se mostra é a cara que enfrenta a policia, que enfrenta o Estado e que: a ferro e fogo, a dente por dente, a olho por olho transforma um momento de reivindicação em um campo de batalha que ceifa vidas de trabalhadores inocentes. Será que a cara coberta da desordem é a nova cara do Brasil?

         Agora, “é pau, é pedra, é rojão e descaminho! É um corpo caído, um corpo sozinho. É spray de pimenta, é bala de borracha, cassetete, é material que inflama, é coquetel molotov. É a paz na lama, é a lama, é a lama!" Temos o direito de protestar por melhores condições de vida, mas não temos o direito de mutilarmos famílias, de ceifarmos vidas e proliferar a insegurança e o caos por toda a sociedade.