sábado, 5 de dezembro de 2015

O amor nasce sem gestação

Na foto: casal de leitores, Emanuelle Sales e Rodrigo Alves.


        O amor nasce sem gestação, sem intenção, sem frases feitas ou frases calculadas. O amor chega sem pedir licença, permissão, sem ingresso e sem pensar em regresso. O amor acontece sem a gente ter a certeza que ele aconteceu. O amor pode vir a cavalo, de carona em uma nuvem ou chuva. O amor pode vir no colo de um beijo.

       O amor pode ser fruto da amizade, pode ser do interior ou da cidade. Pode acontecer em qualquer esquina ou viela do nosso coração. O amor nasce diferente nos iguais e igual nos diferentes, o amor une todo tipo de gente. O amor nasce sem gestação, sem espera ou sem esperar. O amor apenas chega, de maneira tal que nem o próprio amor sebe ele mesmo explicar.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Agora eu sigo viagem

Na foto: leitora e colaboradora, Nathália Cristina.


Agora eu sigo viagem, agora eu parto e parto o meu coração. Agora o tempo é todo movimento em prol da reconstrução do meu coração. Agora eu parto e fico ao meu lado tentando compreender o quanto uma partida e um coração partido influenciarão o meu viver.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Através da oração

Na foto: leitor e colaborador, Cássio Pereira.




                 Amigo, hoje o meu coração quis escrever que a oração é o sublime canal de comunicação com nosso Cristo vivo. Em oração, nós nos despimos das nossas mazelas, dos nossos pecados, sentimos o perdão e o perdoar e nos vestimos das graças e misericórdia de Deus.  Através da oração, a paciência me contou que a pressa me distancia de Deus e me aproxima do desespero e das ideias loucas.
                 Amigo, hoje o meu coração quis escrever que através da oração eu entendi que o nosso olhar é livro que o Senhor sabe ler e que na oração, palavras se transformam em água que limpa o nosso interior e verbaliza o poder e a autoridade divina.
                  Amigo, hoje o meu coração quis escrever que se você estiver passando por um período turbulento ou estiver vivendo a melhor fase da sua vida. Então, joelho no chão e oração! Ore para agradecer, ore para repreender, ore quando estiver fraquejando. Porque amigo, com oração, mesmo quando o mar não estiver dando peixe, seu barco nunca voltará vazio.



André Mantena,

sábado, 28 de novembro de 2015

Eu tenho fé na vida que eu ainda não vivi (para a leitora, Solange Santos).

Na foto: leitora e amiga, Solange Santos.


            Eu tenho fé na vida, na vida que eu vivi e também na vida que eu ainda não vivi. Eu sou vida e a vida nunca me negou passagem, a vida sempre me fez viver e conhecer paisagens. Eu tenho fé na vida, na vida que se personificou na figura do meu Deus. Na figura do meu Deus vivo.
        Eu tenho fé na vida de sorrisos e de lágrimas que povoaram meu coração, tenho fé na mão que se estende em prol de outra mão. Eu tenho fé na vida que eu ainda não vivi, tenho fé na vida que me estendeu os braços quando eu nasci. Fé nos paralelepípedos e ferrovias da minha infância, eu tenho fé no horizonte que nunca deixou de namorar minhas retinas, fé nos meus inocentes sonhos de menina.
            Eu tenho fé na vida que eu vivi, tenho fé nos desígnios de Deus na minha vida, fé na estrada que está diante dos meus olhos agora. Eu tenho fé na vida, na vida que eu ainda não vivi e na vida de outrora.




André Mantena,

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Eu perdi o trem...

Na foto: leitor e colaborador, Higor Luan.


             Eu perdi o trem e não vi o sol se pôr, eu perdi o trem e não falei “eu te amo, amor”. Bem da verdade, acho que eu não amei por medo de me machucar. O fato é que eu perdi o trem e hoje estou aqui a ver navios. Eu perdi o trem e não dancei aquela dança, não cultivei a esperança dentro do meu peito, eu fiz muita coisa errada tentando fazer direito. O fato é que eu perdi muito tempo tentando ganhar tempo e acabei perdendo o trem.
             Eu perdi o trem e não vi o sol se pôr, eu perdi o trem e não fiz aquela tão sonhada viagem, perdi e dei passagem para a oportunidade passar por mim. A verdade é que fiquei traçando planos e metas e não vi que a seta da inércia só apontava para mim. Eu perdi o trem e não fui àquela festa, não usei a frase certa que aquele certo alguém tanto queria escutar. O fato é que eu perdi o trem chamado vida e hoje aguardo a minha hora chegar. Eu, aqui neste solitário terminal desta estação das coisas que eu não vivi.

           

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Eu tirei uma selfie...(texto baseado em Selfies reais)

Na foto: leitora e colaboradora, Nayara Vieira.


             Eu tirei uma selfie e atualizei o meu perfil, eu tirei uma selfie e todo mundo curtiu. Tirei uma selfie, mas ela não captou o que minha alma realmente refletia. Eu tirei uma selfie, mas ela não capitou a verdadeira essência daquele momento, ela não capitou a tristeza dos meus pensamentos. Para tirar essa selfie, eu precisei mascarar meu sorriso, calar a minha alma, pôr a melhor roupa e fazer cara de paisagem. Eu tirei uma selfie, mas ela não retratou a minha verdade.
            Eu tirei uma selfie e atualizei o meu perfil, eu tirei uma selfie e todo mundo curtiu. Tirei uma selfie, mas ela não captou o deserto que habitava o meu coração, ela não captou que naquele momento, eu tentava juntar os cacos após uma grade decepção. Eu tirei uma selfie e pintei de feliz aquela pessoa na fotografia, eu tirei uma selfie com um sorriso alegre, mas sem alegria.
            Eu tirei uma selfie e atualizei o meu perfil, eu tirei uma selfie e todo mundo curtiu. Tirei uma selfie, como qualquer selfie de qualquer outra pessoa. Uma selfie que retratou o lugar, as coisas à minha volta, a minha roupa nova, o meu novo celular, a viagem para aquele sonhado lugar. Eu tirei uma selfie, como qualquer selfie que qualquer outra pessoa também de si mesma tirou. Eu tirei uma selfie que retratava tudo, menos o meu verdadeiro interior.


sábado, 7 de novembro de 2015

A onda e mar de Mariana. (para a minha conselheira, Mariana)

Na foto: leitora e colaboradora, Mariana Fonte.



           A minha onda é ser uma figura sempre na minha, uma figura discreta e sem muitos alardes. Sei que sou motivo de festa para poucas retinas, mas o brilho do meu olhar jamais o anonimato irá apagar. Talvez, nem todo vestido me caia bem, mas já ouvi de um antigo bem, que eu sou como aquela nota perfeita que cai bem em qualquer canção.
          A minha onda é ser uma figura sempre na minha, uma figura que conhece os limites entre a fronteira do sensual e o vulgar, da paixão e do amar, sou uma figura que conhece a diferença entre amor e sexo. Talvez, talvez eu seja apenas uma figura que simplesmente saiba conversar com o mar. O mar é sempre um bom conselheiro.
         A minha onda é ser uma figura sempre na minha, uma figura irreverentemente tímida e timidamente irreverente. A dualidade é uma onda que habita meu ser de maneira latente. Sei dos conselhos do espelho e da tal busca pelo corpo perfeito, mas um dia, um dia o mar me falou que eu representava a perfeita simetria: corpo, alma e coração. E naquele fim de tarde, naquele dia, enquanto o mar, aquelas belas palavras me dizia, eu chorava de emoção.


André Mantena

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

A bela e o dragão.

Na foto: casal de leitores, Ana Paula  Spalding e Luis Augusto.



              Ela é diferente e possui uma beleza que destoa do senso comum, já ele é paz para a guerra santa dos olhares de alguns. Ela é a bela e ele carrega a fama de ser impiedosa fera. Ela sedutoramente percorre as retinas de algumas imaginações, já ele faz e refaz um mosaico de inquietantes sensações! Uma existência baseada na outra, uma dualidade que permeia a existência de dois seres.
              A bela tem seus momentos de fera e a fera por vezes, se transforma em anjo só para ganhar um tantinho de colo da bela. Ela possui personalidade forte e decidida, já ele, bem, ele na figura de fera, repousa sua fúria nas curvas da bela. Ela desperta o fogo das paixões, ele abranda o fogo do seu desejo nos caracóis dos cabelos dela. Ela, menina moça mulher. Ele, dragão destemido, prisioneiro na prisão sem grades dos encantos da bela.


quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Eu sou pescador de fé

Na foto: leitor e colaborador, Ugo Loroza.



               Eu sou pescador de fé, sou pescador das coisas que não se pode ver a olho nu. Pescador de boas novas! Eu sou pescador de dias melhores, das noites estreladas e das madrugadas enluaradas. Eu, eu sou pescador da fé em Deus. Sou pescador que navegou mar revolto e enfrentou tormenta, mas jamais deixou de admirar a beleza e tamanha imensidão que o velho mar possui.
              Eu sou pescador de fé, sou pescador do perdão e do perdoar, do amor e do amar, sou pescador do cair e sempre levantar. Pescador do gesto de estender as mãos para ajudar o próximo e do repartir o pão de cada dia. Eu sou pescador da palavra de Deus. Pescador de valorizar o peixe e o trigo, o sal e a terra. Eu sou pescador de fé para prevenir ou apaziguar toda e qualquer possibilidade de guerra. Sou pescador dos desígnios do meu bom Deus.



André Mantena,

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

O tempo é o nosso melhor conselheiro.

Na foto: leitora e colaboradora, Liliane Fernandes.


             Com o passar do tempo aprendemos que o tempo é um ótimo conselheiro, com ele aprendemos a conversar e a entender o que a voz divina, sabiamente nos diz. Aprendemos a recolhe os excessos e a moderar, o tempo nos ensina a ponderar. Ele nos ensina a aprender e a viver harmonicamente com a presença da morte. Nos ensina que vitória e sucesso são estradas que, não necessariamente precisam passar pelo vilarejo chamado Sorte.
         Com o passar do tempo aprendemos que o tempo é um ótimo conselheiro, com ele aprendemos a ouvir o que a voz divina, carinhosamente nos diz. Aprendemos que o tempo pode ser amigo para unir dois corações ou implacável para separar paixões. Ele nos faz esquecer um alguém ou aumentar a saudade que aperta o nosso no peito. O tempo é um a onda que vai e vem.

       Com o passar do tempo aprendemos que o tempo é um ótimo conselheiro, com ele aprendemos a ouvir o que a voz divina, sabiamente nos diz. Aprendemos que muitas vezes ele é o melhor remédio para as dores de amor e um ótimo cicatrizante para as feridas da alma. O tempo é um milagroso colírio para combater as cegueiras quase irreversíveis da paixão. Nos ensina que em algumas situações, o silêncio é o nosso maior discurso. O tempo é o inicio, meio e fim de todo e qualquer percurso.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Ele é o meu amor de amar.

Na foto: casal de leitores, Renata Bernardes e Rodrigo Ribeiro.


        Ele é o meu amor para amar. Ele é o meu alguém para chamar de meu bem, ele é o amor que me faz bem. É o amor diferente, amor de repente, amor de primeira viagem, amor transparente, amor que não tem segredos e tampouco tem medo, medo de se entregar. Ele é o meu amor para amar. Amor que fala besteiras, que aceita e faz brincadeiras, brincadeiras de amar. Ele é o meu amor que não faz promessas e que não teme pressa, pressa de sair de perto de mim.

         Ele é o meu amor para amar. Amor inocente, amor que me faz recomeçar a cada momento que eu o encontro, amor que supera a rotina, amor que encanta a menina do meu olhar. Ele é o meu amor doce feito doce de se lambuzar, amor gostoso de amar. Ele é o meu amor que entende as minhas falhas e que suporta a navalha do tempo, amor que perpassa o tempo, ele é o meu amor, amor de para sempre amar. 

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A mulher é decididamente indecisa.

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               Mulher é um ser divino e maravilhoso, porém complicado de se entender! A mulher é decididamente indecisa, vive constantemente na linha tênue do “isso ou aquilo”. A mulher está sempre entre um belo salto alto ou uma linda sandalinha rasteira, entre um scarpin preto ou uma gladiadora, um tênis casual ou sapatilha. Mulher está sempre entre o continente e a ilha.
               Mulher está sempre preocupada com o espelho e é ansiosa por natureza, revela seus traumas e fantasmas quando o assunto beleza vem à mesa. Ela está sempre entre o engordar ou o emagrecer, entre spinning ou correr, entre malhação ou natação, dançar ou caminhar. Mulher está sempre entre o comer ou não comer.
         Mulher é um ser divino e maravilhoso, porém complicado de se entender! A mulher é simplesmente complicada, é Tpmmente delicada. Ama o sexo, mas não acha que o sexo seja tudo no amor. Ela está sempre entre deixa o cabelo crescer ou cortá-lo, deixá-lo natural ou alisá-lo, entre o loiro ou o castanho, entre qual cor e qual tamanho. A mulher é um ser decididamente indeciso, ela, naturalmente, ao ler esse texto estará entre concordar ou não concordar com o que eu escrevi. Essa será a grande questão!


André Luiz Simões,

sábado, 17 de outubro de 2015

Eu que nunca acreditei no “De repente”.

Na foto: casal de leitores, Grazielle Santos e Antonio Júnior.



          De repente, passei a sentir um frio na barriga, minhas frases se tornaram confusas, minhas ideias amontoadas, mas curiosamente, o meu papo se tornou um papo reto. De repente, passei a sentir uma angustiante falta de assunto, uma falta de ar, uma falta de noção. Mas eu não sei explicar o que é isso! Ultimamente me pego com um sorriso bobo no rosto, andando de um jeito desengonçado, com o coração descompassado e os pensamentos nas nuvens. Mas eu não sei explicar o que é isso!
          De repente, passei a usar só o meu melhor perfume, só as minhas melhores roupas e passei a achar algumas canções sertanejas, extremamente perfeitas. Eu tenho viajado nos livros que eu leio e até chorei assistindo alguns filmes de comédia romântica. Logo eu?  Que sempre compartilhei a ideia de que homem não deve chorar! De repente, percebi que isso tudo passou a acontecer depois que eu a vi pela primeira vez, depois que eu caminhei de mãos dadas com ela pelo shopping, depois que eu a beijei pela primeira vez, depois que eu a vi usando aquelas orelhinhas da Minnie .
           De repente, de repente eu percebi que não sabia e não saberia mesmo explicar tudo isso ou aquilo que estava acontecendo comigo. Logo eu, cara sempre brincalhão, cantor de uma banda de Rock and  Roll. Logo eu, eu que nunca acreditei no “De repente” de repente, entendia que aquilo que eu chamava de “Isso”, era e se chamava Amor.


André Mantena,

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

O olhar é livro.

Na foto: leitora e colaboradora, Rayana Santos.


        O olhar é livro, é capsula protetora, é joia reveladora da alma do ser. O olhar é mar revolto, é rio de água parada, ele pode dizer tudo e não dizer nada do que a alma quer dizer. O olhar é abismo, estrada incerta e porta entreaberta, é via de mão dupla da essência do ser. O olhar é confissão, é sim e não, é um querer sendo talvez e um talvez sendo não.
        O olhar é livro com vários parágrafos e capítulos, mas sem um ponto final. É baú de grandes segredos, é a janela do medo, é acerto e engano, o olhar é o manual de instruções do ser humano. O olhar é labirinto e vilarejo, é sedução e desejo, o olhar é a porta de entrada para o amor.



André Mantena, 

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Um mergulho em mim mesma.

Na foto: leitora e colaboradora, Kallyanny Brasil.


   Para mim, o ato de pensar é um mergulho em mim mesma, é um mergulho nesse silencioso oceano em que eu me transformei. Para mim, o ato de pensar é um mergulho na essência do meu ser. Nele, eu entendo as ilhas não habitadas que formavam e formam o arquipélago do meu querer. O ato de pensar é um mergulho nas águas que banharam meus dias tristes e abençoaram meus sorrisos, águas que por vezes, eu contemplei caírem do céu e se transformarem em mar.
        Para mim, o ato de pensar é um mergulho nas águas límpidas das minhas origens, nas águas claras da minha doce adolescência. O ato de pensar é um ouvir gostoso das noites claras da minha linda Tuntum no Maranhão, é um olhar para trás e entender o meu futuro, é um ato de jamais esquecer os fatos e acontecimentos que moldaram este meu coração. Para mim, o ato de pensar é um exercício de lapidação do meu ser, é um ato de comunhão com o meu bom Deus, é um refletir na vida que ele generosamente me concedeu.



André Mantena

sábado, 10 de outubro de 2015

Oração a um Cupido

Na foto: leitora e colaboradora, Dja Moraes.


                   Amigo Cupido, eu quero um homem sério, mas que saiba me fazer dar muitas gargalhadas e me fale maliciosas besteiras ao pé do meu ouvido. Eu quero um homem íntegro e correto, mas que vez em vez, me faça sair dos trilhos e descer na estação chamada sedução, um homem que saiba me fazer voar sem tirar os pés do chão. Um homem que goste de dançar e saiba me escutar e que faça meu coração descompassar com palavras deliciosamente impublicáveis.
                   Eu quero um homem sério, um homem que abra a porta do carro para eu entrar, mas que saiba a hora de fechar a porta do quarto para desbravar o meu corpo. Amigo Cupido, eu quero um homem louco na arte de amar e de me fazer perder o juízo. Cupido! É de um homem assim que eu espero e preciso.


André Mantena,

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Senhor! Aceite este meu silêncio.

Na foto: leitor e colaborador, Luis Augusto.


        Senhor! Aceite este meu silêncio, porque eu não sei orar, porque eu não consegui  encontrar as palavras certas para lhe falar. Aceite estes meus pensamentos, um tanto desordenados, é verdade, mas eles são o retrato dos meus sentimentos e ansiedades. Senhor! Aceite este meu silêncio, porque talvez esse não seja mesmo momento de falar, talvez esse seja o momento de silenciar.
        Senhor! Aceite este meu silêncio, porque ele é a minha forma abstrata de lhe pedir socorro, de lhe pedir auxilio, de lhe pedir perdão.  Senhor!  Aceite porque ele é a minha oração mais sincera, ele é a minha forma mais honesta que eu encontrei para lhe dizer que eu não tenho sido sincero comigo mesmo.  Aceite este meu silêncio, porque ele é a minha oração, ele é a minha maneira de lhe pedir perdão pelos meus erros e pelos erros de todos os meus irmãos, vossos filhos.     


segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Eu sou um cara sozinho (resposta ao texto anterior)

Na foto: leitor e colaborador, Luis Augusto.


       Eu Sou um cara sozinho, um cara de caminhar sozinho, um cara de caminhos a caminhar. Sou um cara sozinho, um cara daqui, um cara dali, um cara de nenhum lugar. Eu sou um cara sozinho, um cara de poucas palavras e de muitos pensamentos, um cara que cultiva sentimentos em um esquecido vão de minha solidão. Eu sou um cara sozinho, um cara que entende os espinhos e a força áspera do não.
      Eu sou um cara sozinho, um cara à margem da palavra carinho e avesso a multidão. Eu sou um cara sozinho, um cara de caminhar sozinho, um cara de caminhos a caminhar. Não pertenço ao presente, não serei do futuro e por perder um grande amor, eu, para o passado não posso mais voltar.


André Mantena

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Mas agora, agora...(texto baseado em uma história real)

Na foto: leitora e amiga, Cicilia Amaral.

  
         Eu já tive medo da chuva e dos relâmpagos que ecoam lá fora, mas agora, agora você está aqui comigo. Eu já tive medo da imensidão do mar e de navegar, mas agora, agora você está aqui comigo. Eu já tive medo de falar em público, de dançar em público, de andar sozinha em meio à multidão. Mas agora, agora você está aqui comigo.
          Eu não sabia da beleza do pôr-do-sol e nem da magia do nascer de cada manhã, eu acreditava que o pecado residia na maçã. Mas agora, agora você está aqui comigo. Eu não conversava com as estrelas e não admirava a lua, mas agora, agora você está aqui comigo. Eu não cantava nenhuma canção e não entendia o que me dizia o meu coração, mas agora, agora você está aqui comigo.

       Eu aprendi a respeitar o tempo e a ouvir meus pensamentos, eu aprendi a olhar para mim. Eu conheci as minhas fraquezas e pontos fortes. Agora, agora eu já sei distinguir acaso de sorte, aprendi a distinguir o querer viver do medo da morte. Eu aprendi a entender quem eu sou. Mas agora, agora eu descobri que não há dor maior no mundo que a dor da saudade, porque agora, agora você não está mais aqui comigo.

sábado, 26 de setembro de 2015

Eu e você, nós dois e a eternidade. (para um casal se casa hoje.)

Na foto: casal de amigos leitores: Sérgio Roberto e Isabela Carneiro.

    O nosso Deus quis e quer assim: eu e você, nós dois e a eternidade. Nosso romance se tornou amor, se tornou verdade. Verdade dita e escrita em nosso sorriso, em nossa maneira de olhar um para o outro.O nosso Deus quis e quer assim: nós dois, debaixo de chuva ou colhendo flores, em noites de alegria e sossego de amores. Ele quer assim: nós dois, juntos somos mais fortes, enfrentaremos nossos fantasmas e dissiparemos nossos medos. Medos de solidão.
              O nosso Deus quis e quer assim: nós dois, amor adolescente que não aconteceu de repente, aconteceu quando tinha que acontecer, porque tinha que acontecer. Eu e você, assim estávamos definidos antes do nosso nascer. O nosso Deus quis e quer assim: eu e você, nossa união, no pulsar do tempo enfrentaremos todos os contratempos que se apresentarem ao longo do nosso caminho. Eu e você, somos um só, jamais um de nós sozinho.
                 O nosso Deus quis e quer assim: hoje, a nossa consagração, hoje, a nossa união, o nosso sim para a vida inteira, o nosso sim para a felicidade.  O nosso Deus quis e quer assim: hoje, eu e você, nós dois e a eternidade.


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

E o povo?

Adicionar legenda



                          Um caos silenciosamente arquitetado, administrativamente implantado, um momento que custará um longo período de escassez para a população. Uma avalanche de más noticias, uma enxurrada de desconfiança, é o momento do caos em HD. Agora é a hora de o povo se unir para evitar que o governo parcele o salário dos trabalhadores. Desce a qualidade dos serviços essenciais e sobe o preço da cesta básica. Basicamente, até o básico virou luxo. Um caos politicamente instalado.
                            Um caos organizado, politicamente pensado, um momento matematicamente calculado. E o povo? Bom, o povo vai sendo tangido feito gado. A palavra, a música, a roupa, a celebridade do momento, atende pelo nome de “CRISE”. Um caos milimetricamente pensado, paulatinamente instalado nos vãos dos nossos “tô nem ai”. 
                           Um caos organizado, sistematicamente arquitetado, implantado enquanto o povo admirava as novas arenas multiuso, enquanto o povo cantava “estou indo embora”, enquanto o povo discutia se era correto ou incorreto o beijo gay na televisão. Um caos silenciosamente instalado enquanto o povo contava cinquenta tons de cinza. Um caos assustadoramente devorador, um caos que atende pelo nome de “CRISE”.

                    Uma crise que devora o país e traz a incerteza no futuro. E o povo? Bom, o povo está preocupado com o G4 do campeonato brasileiro, está preocupado quando vai rolar o próximo festival de samba, o próximo Villa Mix ou está agora em frente à TV curtindo o Rock In Rio.        

sábado, 19 de setembro de 2015

Só se for assim.

Na foto: leitora e colaboradora, Nathalia Cristina.

 Só se for assim,
só se me aceitar do meu jeito
porque você não tem o direito
de querer me mudar
só se for assim,
então não fale da minha roupa
e nem das minhas tatuagens
sua boca falou bobagens
que não deveria falar
só se for assim
sem controlar meus passos
sem vigiar o que eu faço
quando eu estiver em outro lugar
só se for assim
não me cobre eternidade
e não ponha a culpa na saudade
só pra roubar  o tempo
que eu dedico a mim
só se for assim
sem reclamar das minhas bermudas
ou dos decotes das minhas blusas,
nada de me dizer o que devo ou não devo usar
então, só se for assim
só se for agora,
você quis mandar em mim,
tchau, tchau, cai fora .


                                                       André Mantena

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Já que o amor é tudo.

Na foto: casal de leitores: Rodrigo Alves e Emanuelle Sales.
 
Aceitamos amor por amor,
Aceitamos paixão por paixão
Só não aceitamos sentir dor
E magoar nosso coração.
Nosso trato é amar e nada mais
Já que o amor é tudo
Já que amar é ser capaz
De superar e perdoar absurdos
Aceitamos amar por amar
Aceitamos paixão por paixão
Mas foi preciso aceitar
O que queria o nosso coração
Somos mais quando somos só um
Quando amamos e nada mais
Na contra partida do senso comum
Já que amar faz tudo ser capaz.





André Mantena

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Eu nunca esperei da vida apenas esperando

Na foto: leitora e colaboradora, Solange Santos.

        Eu nunca esperei da vida apenas esperando. Eu semeio meu futuro, cultivo os frutos do meu presente e contemplo as flores do meu passado. Eu nunca esperei da vida apenas esperando. Eu tive filhos e sou filha e nessa trilha maternal acumulei milhas e milhas de amor. Eu nunca esperei da vida apenas esperando. Eu compreendi a riqueza do solo e a humildade da chuva, compreendi porque os rios sempre correm para abraçar o mar.
          Eu nunca esperei da vida apenas esperando. Eu aprendi a ler na tábua da sabedoria dos mais experientes e comecei a escrever minhas primeiras letras nas entrelinhas dos cadernos dos conselhos que o tempo generosamente me deu. Eu nunca esperei da vida apenas esperando. Eu corri enquanto o tempo caminhava e hoje eu caminho a passos calmos, enquanto o tempo corre.

         Eu nunca esperei da vida apenas esperando. Eu amei e fui amada, perdoei e fui perdoada e descobrir que a maior riqueza desta vida é poder olhar para trás sem retrovisor, sem arrependimentos, sem pular nenhuma etapa do que vivi. Eu nunca esperei da vida apenas esperando. Hoje, bom, hoje eu contemplo o horizonte e agradeço ao meu bom Deus pela vida que ele me deu, porque eu nunca esperei da vida apenas esperando.    

sábado, 12 de setembro de 2015

Rimas livres da minha vida

Na foto: Leitora e colaboradora, Nathalia Cristina.



Sinto-me livre,
feito versos livres,
feito rima que sonoriza
o branco paz da folha de papel.
Sinto-me livre,
feito nuvem lá do céu,
feito mar e o horizonte,
feito as cores que dão vida ao arco-íris,
feito palavra cantada
que ganha vida ao ser rimada.
Sinto-me livre,
feito poesia de coisa boa,
feito pés descalços,
feito olhar filmando o firmamento,
feito fim de tarde, assim à toa.
Sinto-me livre,
feito areia branca
da praia dos meus sorrisos,
feito corpo dourado de sol,
feito a vida que encontra rima

nas coisas que eu vivo. 

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Esse poema já nasceu canção

Na foto: amigo e redator do blog, Antônio Junior.


Esse poema já nasceu canção,
Nasceu de um livro de paginas amarelas
Da lembrança da sedução
Do piercing no umbigo dela

Esse poema já nasceu canção,
Nasceu de um bilhete de despedida
Da lembrança do toque das suas mãos
Das frases que marcaram a minha vida.

Esse poema já nasceu canção
Nasceu dos acordes tristes da guitarra
Da lembrança do olhar de solidão
De saber que é barra segurar essa barra.


Esse poema já nasceu canção
Nasceu já sabendo que terminaria,
Sem rimas para o refrão
Sem notas para a sua melodia.

                                                                                         Autor:  André Mantena, 

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Meu futuro sempre foi o hoje

Na foto: leitora e colaboradora, Glênia Silva. 


            Em minha vida, eu sempre procurei compreender a incompreensão que por muitas vezes, fora destilada ao meu ser mulher. Procurei compreender, mas nunca me dei por convencida e vencida. E como diz certo texto do meu amigo, André Mantena: “nunca perdi a fé na minha fé em ser mulher”.  Eu somente dancei conforme a minha musica e nunca aceitei que ditassem o ritmo do meu ritmo. Eu jamais me permiti ser escrava do senso comum, jamais me permiti ser mais uma entre as milhares de uma, dessa guiada multidão.
         Eu sempre procurei não acreditar no sempre, porque como diziam os versos de uma linda e saudosa canção: “o pra sempre, sempre acaba”. Meu futuro sempre foi o hoje, porém sempre entendi que o hoje, também, “sempre acaba”. Então, vivo assim: passo depois de passo, sem pensar no futuro, sem olhar para o passado. Aprendi a me calar quando minha alma falava e sempre falei quando minha alma feminina era ameaçada.

       Em minha vida, eu procurei não levantar bandeira alguma, mas jamais me permitir ficar alheia ao mundo a minha volta. Cresci por mérito próprio, porém cresci muito mais, quando entendi que minha grande culpa foi culpar os outros pelos meus insucessos. Em minha vida, eu sempre procurei não me perder nas veredas efêmeras da ilusão, sempre procurei ter a alma em Deus e os meus pés no chão. 

André Mantena.

domingo, 30 de agosto de 2015

Pai, eu quero me sentir seu filho

Na foto: leitor e amigo, Ugo Loroza e sua caçulinha, Valentina.


                Pai, eu quero me sentir seu filho, quero poder voltar aos trilhos e saber em qual estação esse trem chamado vida vai parar. Pai, eu quero me sentir seu filho, quero enxergar o brilho de cada nova manhã, quero sentir o abraço do sol em cada novo amanhecer. Pai, eu quero me sentir seu filho, quero olhar para frente feito criança que se encanta com as coisas simples da vida. 

              Pai, eu quero me sentir seu filho, para que eu possa ser um pai melhor para as minhas filhas. Pai, eu quero sentir o seu perdão e me sentindo perdoado, eu espero aprender a perdoar. Espero aprender a esperar, o seu tempo de Pai. Pai, eu quero me sentir seu filho, quero dar testemunho e falar das boas novas, quero dar glórias e louvores a ti, Senhor. Pai, eu quero me sentir seu filho. Quero voltar aos trilhos e refazer a direção e dar um novo destino ao trem da minha vida.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Da vida eu levo só o que me fez sorrir. (Relato de uma amiga; Nayara Vieira)

Na foto: leitora e amiga, Nayara Vieira.
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          Da vida eu levo só o que me fez sorrir, levo apenas a fé que eu tenho em Deus. E vivendo assim, eu sou feliz! Vivendo assim, eu compreendi os acontecimentos tristes que me fizeram chorar, compreendi os tantos nãos que por várias vezes tentaram em vão me fazer recuar. Eu compreendi vivendo assim. Eu compreendi as lagrimas e os dias nublados que visitaram as minhas retinas, compreendi os contratempos que o acaso colocou em cada esquina que eu passei. E por ter fé em Deus, eu me livrei.
       Da vida eu levo só o que me fez sorrir. Levo apenas aquele domingo no parque naquela tarde da minha eterna infância, aquela tarde mágica que nunca anoiteceu dentro de mim. E vivendo assim, eu compreendi o real sentido de amar o próximo e a respeitar o meu semelhante. Compreendi que se faz necessário valorizar o carvão, antes de se admirar o diamante.

     Da vida eu levo só o que me fez sorrir. Levo a alegria da primeira palavra escrita e da primeira frase construída. Levo a mágica emoção de conhecer o mundo através da literatura. Levo os momentos em família e o abraço sincero dos amigos. Da vida eu levo só o que me fez sorrir, levo no peito a certeza de que foi a minha fé em Deus que me trouxe até aqui. 

sábado, 15 de agosto de 2015

Mulher não tem que provar nada.

Na foto: leitoras do blog.


           Muito se diz por aí que mulher tem que ser magra, loira, alta, negra, gostosa, pequena, morena. Mulher tem que ser isso, aquilo, mulher, mulher, mulher, tem, tem, tem. Mulher tem que... P...N... Mulher não precisa ser e nem provar nada! Mulher precisa apenas ser feminina, apenas ser mulher.
            Eu conheço mulheres inocentes e indecisas, mulheres fortes e decididas, mulheres que não bebem nada e mulheres que tomam todas e ainda tomam decisões importantes na vida. Eu conheço mulheres que causam inveja a lindas flores e voam mais que aviões. Eu conheço mulheres apaixonantes e apaixonadas, mulheres que são verdadeiros Tsunamis, mulheres habilidosíssimas na arte de serem atrapalhadas. Mulheres não precisam provar nada! Porque mulher precisa apenas ser feminina, precisa apenas ser mulher.
         Eu conheço mulheres que são verdadeiros best sellers, mulheres que se reinventam a cada novo capitulo. Mulheres que nos predem nos seus prefácios e nos deixam apaixonados pelas suas sinopses. Eu conheço mulheres que não se apegam a nada, mas que muitos homens dariam o mundo para tê-las em seus braços, eu conheço mulheres que mesmo descendo do salto, rodando a baiana ou armando o maior barraco, nunca saíram dos trilhos da boa conduta, da moral e dos bons costumes. Eu conheço mulheres nunca saíram descabeladas depois de um bom bafafá e nunca perderam a pose.

          Eu conheço mulheres que gostam de homens, mas amam ou são apaixonadas por outras mulheres. Conheço mulheres que estão em paz com o espelho e aceitam o que ele diz. Eu conheço mulheres que sabem distinguir sexo de amor e amor de amizade, mulheres que uniram sexo, amor e amizade e se tornaram muito mais felizes de verdade. Eu realmente acredito que a mulher não precisa provar nada! Porque mulher precisa apenas ser feminina, precisa apenas ser mulher e sempre respeitada por nós homens.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Ela não quis saber de estrelas.

Na foto: amigo e leitor, Edson Coutinho Junior.


          Ela não quis saber de estrelas, não abraçou a minha ideia de abraçar um lance sem fim, ela não quis saber de mim. Ela bebia a madrugada com pequenas pedras de gelo e muita indiferença, ela era indiferente até para a própria indiferença. Ela não curtiu a canção que eu compus para ela, porque em suas veias corria o rock progressivo da ingratidão.
          Ela viajava ao som do Raimundos, se sentia livre ouvindo o reggae do Natiruts e ficava horas em silêncio ouvindo o som da Legião. Ela era amiga do asfalto e se confundia com a própria solidão. Ela cheira a vapor e a gasolina, era a menina que sabia ser mulher e a mulher que esqueceu que um dia foi menina.
         Ela era assim, preenchia bem os decotes e a minha imaginação, eu sonhava com o dia em que eu me perderia dentro dos jeans que ela usava. Eu pedia a Deus para que ela fosse a minha perdição. Mas ela, ela não quis saber de estrelas e nem de mim. Ela curtia Janis Joplin e Amy Winehouse e achava que um dia morreria de overdose, enquanto eu morria de amores todos os dias por causa dela.

        Eu a amava e a admirava por ela ser o que eu não era, mas ela, bom, ela detestava filme com final feliz. Por isso, ela nunca quis saber das estrelas e nunca quis se apegar a mim. 

domingo, 9 de agosto de 2015

Ele me disse sem me dizer. (Feliz dia dos pais)

Na foto: meu pai e leitor, Carlos Simões.


Ele me disse que havia um outro mundo
fora desse mundo,
ele me disse que existiram e existem outros seres e personagens reais,
Fora dessa nossa realidade.
Ele me disse que havia uma forma abstrata
de falar de coisas concretas,
ele me disse que os versos e as estrofes
me possibilitariam voar,
ele me disse que ter fé em Deus
me daria asas para realizar esses voos. 
Ele me disse tudo isso sem palavras,
mas as palavras dele ecoam e povoam
o meu ser todos os dias desse minha existência.
Ele me disse sem me dizer,
mas eu consegui compreender. 

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Receita para um bolo chamado viver

Na foto: leitora e amiga, Mariana Fonte.



           Não tenha medo de tirar os pés do chão, tire os pés do chão e alcance as nuvens, permita-se sonhar. Só aceite a verdade nua e crua, duvide do talvez, mas vez em quando, dê ao talvez um pouquinho de credibilidade. Porém rejeite a mentira mesmo que servida no prato da verdade.
         Não tenha medo de amar, aceite o amor, mas entenda que o amor é um sentimento para não se entender. Entenda também que a magia do morrer de amor, é justamente não morrer. Vez em vez, se permita uma auto avaliação, mas não seja um juiz tão severo nos seus julgamentos, liberte o pensamento e pense que às vezes, é extremamente necessário não pensar em nada.  
        Ande sempre na linha, mas cuidado com o trem do arrependimento. Faça tudo quase sempre dentro da lei, porque às vezes, você deve se permitir infringi-la: matando a saudade, roubando um longo beijo, saciando os seus desejos, prometendo a lua e o sol para a pessoa amada; às vezes, é certo se sentir errado(a).
      Viva a sua fé, ore em silêncio ou fale com Deus em voz alta, sempre tenha um momento para Deus.  Conheça o seu corpo, entenda-o, cultive-o e o aceite do jeito que ele é, mas se você quiser, promova a mudança que achar necessária. Ame a si mesmo, antes de amar o seu próximo.

     Tome sorvete, sorria sem motivos, embale-se na rede, dance desmesuradamente, assobie a sua canção favorita. Viaje no final de semana, aproveite o feriado, converse com a madrugada e contemple o amanhecer, porque isso é viver. Essa é a minha receita para se fazer um delicioso bolo chamado viver. 

sábado, 1 de agosto de 2015

A odisseia do tempo a se eternizar

Na foto: leitora, Cicilia Amaral.


   Em cada rua que passei, tantinho de segredo eu deixei.
            Cada calçada que eu sentei,
      Acho que ali, também chorei, chorei.
            Em cada lugar que eu conheci:
              morri, vivi e nasci.
       Deixei saudades e trouxe no peito
a vontade de um dia retornar.
Cada telhado que abrigou meus pensamentos,
 deixou comigo também seus
 “contos pra ninguém jamais contados”.
 Eu aprendi debaixo daqueles telhados!
    Em cada janela, espera.
 A cada abrir de porta, uma volta,
um alguém que nunca voltou
 E nunca voltará.
 A cada caminhar do calendário,

 A odisseia do tempo a se eternizar. 

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Um Deus igual para os desiguais.

Foto by leitora Thaísa Sousa.



        Um Deus igual para os desiguais, um Deus que faz caminhar para frente, um Deus que acredita em nós, mesmo se nós não acreditarmos nele. Um Deus igual para os desiguais, um Deus que ensina a pescar, mas que também dá o peixe. Porque Deus é um pai tão misericordioso que entende que nem todos os seus filhos conseguem pescar.

        Um Deus igual para os desiguais, mesmo nas “supostas” divergências de crenças, um Deus que não faz questão de lembrar, que por vezes, ele é esquecido pela maioria dos seus filhos. Um Deus que perdoa, até aqueles que nunca conjugaram o verbo perdoar. Um Deus que caminhou por caminhos de pedras e espinhos, para que hoje fosse possível a humanidade voar.    

sábado, 18 de julho de 2015

Na foto: leitora e amiga, Rayara Toledo.



Uma ideia colorida na cabeça.

      Eu tenho uma ideia colorida na cabeça é um buquê de possibilidades em minhas mãos, tenho uma ideia colorida de que a vida nada mais é do que o reflexo no espelho. Eu tenho uma ideia de colorir o mundo e o bom senso, colorir os corações da massa que olha tudo por cima do ombro. Tenho uma ideia de colorir e aquebrantar a mão que apedreja a diversidade de opiniões.
      Eu tenho uma ideia colorida na cabeça e dúzias de sonhos de ser feliz, tenho o futuro como bússola e senhor do meu bem que se quis. Tenho uma ideia de colorir os refrões das canções que falam de amor, colorir e dissipar a magoa guardada nas esquecidas, mas cultivadas gavetas da solidão. Eu tenho uma ideia de colorir descolorindo o som do não.

      Eu tenho uma ideia colorida na cabeça e um horizonte de esperança em meu coração. Tenho uma ideia de colorir a alma humana, fazer com que as religiões se respeitem e se aceitem mutuamente. Tenho uma ideia de colorir toda e qualquer forma de amar, afinal de contas, um beijo roubado causa muito menos estrago que um dedo em riste. Eu tenho uma ideia colorida na cabeça e um Deus que me ensinou e ensina a amar o próximo como a mim mesmo.