quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Essa mulher na foto, sou eu.

Na foto: Cristiana Trindade.

                                               

   Essa mulher na foto, sou eu. E quer saber? Olhe o que você perdeu. Eu  aprendi a voar, estou diferente daquela menina sem graça que você vivia a zoar. Essa mulher na foto, sou eu. Eu cresci e não acredito mais em monstros e príncipes encantados, estou diferente daquela menina carente que dava o mundo para estar sempre ao seu lado. Estou diferente e aprendi a enxugar as minha próprias lágrimas, diferente daquela menina que inundava o travesseiro quando você não aparecia.
 Essa mulher na foto, sou eu. E quer saber? Cresci e já sei o que quero do espelho, diferente daquela menina que você, carinhosamente chamava  de "meu patinho feio". Eu cresci e sei como ninguém a linha que separa vulgaridade de sensualidade, diferente daquela menina que para você notar, vivia mentindo e querendo aparentar já ter a maior idade.
Essa mulher na foto, sou eu. E quer saber? Cresci e já não dou a vida por um beijo, diferente daquela menina que você acostumou a desejar os seus desejos. Eu cresci e Estou diferente, hoje entendo bem a as armadilhas do amor. Diferente daquela menina que por tanto lhe querer, tatuou no peito a palavra, dor. Essa mulher na foto, sou eu. Hoje eu estou linda e vivendo bem. E quer saber? Olhe o que você perdeu! 

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A sua luz fará a diferença! (Para Mariah, filha recém nascida da leitora, Adriana Valéria).

Na foto: Mariah, filha da leitora, Adriana Valéria.

                    

         Bem vinda ao mundo, Mariah! As flores no seu jardim serão coloridas e, todos os dias serão dias de festa em sua vida. Porque você é bem vinda, Mariah! As  suas noites de sonos serão embaladas por lindas melodias e ao nascer de cada dia, o sol lhe dará um lindo sorriso iluminado de bom dia. Bem vinda ao mundo, Mariah! Seus passos serão guiados por tudo que é belo nesse universo. Por isso, Mariah, eu confesso! Estava ansiosa para lhe ver chegar. 
        Bem vinda ao mundo, Mariah! A sua luz fará a diferença, resgatará antigos amores e crenças. A sua luz transformará todos a sua volta. Por isso, Mariah! Meu coração abriu as portas e lhe convida a entrar! O seu olhar Mariah, fará a compaixão e a tolerância estarem sempre presente nas nossas vidas. Por isso, Mariah! Agradeço a Deus por essa linda benção na minha vida que já é você. Agora eu tenho mais uma linda razão para viver. Bem vinda ao mundo, Mariah! 

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

À margem esquerda do meu peito.



Na foto: leitora, Cris Galvão.
                                                                     

     Agora eu tenho que esquecer, eu tenho que repousar as palavras em algum leito do meu “não aconteceu nada”. Preciso ser indiferente as minhas lembranças, preciso povoar o meu peito com o vazio chamado, lhe esquecer. De agora em diante, eu preciso sobreviver. Necessito me recuperar dessa tempestade que foi lhe amar, necessito atravessar esse mar.
    Agora eu tenho que esquecer, eu tenho que tatuar no meu futuro a missão do recomeço. Preciso pôr na balança o que realmente foi culpa minha e, qual é a parte que me cabe no latifúndio que foi a nossa separação. Necessito rever as minhas atitudes e calcular a latitude da minha decisão.
        Agora eu tenho que esquecer, tenho que sentar à margem esquerda do meu peito e compreender como ficou o meu coração depois de você.   

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Fiquei sem chão. (para a leitora Rosângela Miranda)

Na foto: Rosângela Miranda.

                               

  Fiquei  sem chão, fiquei sem ter onde me apoiar e a vida parecia partir para outro lugar. Fiquei sem chão, um emaranhado de contrários que insiste em caminhar ao meu lado. Eu não acho o chão, e meus passos, todos em vão, não me fazem sair do lugar. Eu perdi pessoas que eu amo,mas vou amá-las por toda a eternidade. A vida abriu uma fresta em minha existência que o tempo jamais fechará.
 Eu joguei e perdi, eu acreditei e não vi. E vi o chão negar meus passos e se abrir. Eu fiz do meu silêncio o meu cartão e  a solidão virou visita constante no meu olhar. Hoje, ainda choro o rasgo deixado pelas recentes perdas. Ainda recolho os cacos de um ser que eu nunca fui, ainda recolho os entulhos deste ser em eterna reconstrução, que um poema tempos atrás descreveu.
       Fiquei sem chão, passei por tudo isso: perdas de pessoas amadas, planos frustrados e amores não amados e que não me amaram também. Fiquei sem chão, mas uma voz aqui dentro me disse: agora sem chão, você não pode caminhar, mas tai uma grande oportunidade de você aprender a voar.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

A onda agora é não ter onda.

Na foto: leitor, Ricardo Picanço.



   A onda agora é não ter onda. Sei lá, deixar bater na mente essa onda de não ter onda. Agora é mochila nas costas, horizonte nas retinas e viajar. Vou por ai,  rumo ao não sei aonde ou onde? Vou consumir sola de tênis e conversar com o asfalto. A parada agora é não ter parada. Sei lá, deixar parar na mente essa parada de não ter parada. Vou visitar estrelas e dar um tempo no vale dos meus pensamentos.
 Eu me programei para não programar nada. Agora dia é madrugada e madrugada será dia no meu caminhar. Na minha mochila apenas o necessário: livre arbítrio, minha verdade e uma imensa vontade de voar. Vou por ai, vou entender o meu viver, vou fotografar novo amanhecer e conversar com a natureza. A onda agora é não ter onda. Sei lá, deixar para voltar quando essa onda de não ter onda, passar.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O amor nos trouxe até aqui.


Na foto: casal de amigos, Naiana e Daniel Mendes, Toronto Island, Canadá.
                                        

 O amor nos trouxe até aqui, de mãos dadas, cumplicidade no olhar, fidelidade na ausência. O amor nos trouxe até aqui. Não somos perfeitos, mas temos no peito um sentimento que busca a perfeição, guardamos no peito dois apaixonados corações. Corremos mundo, ouvimos histórias, presenciamos encontros e desencontros e, foi por isso, que o amor nos trouxe até aqui.
O amor nos trouxe até aqui. Nos amamos em cada sorriso, em cada gesto de existir, nos amamos até quando não nos conhecíamos, porque o amor, já havia nos trazido até aqui. Caminhamos por sobre as nuvens, cavalgamos em cavalos marinhos e fomos abençoados pelo luar. Tudo isso, porque o amor nos trouxe até aqui. Nos amamos quando faltou palavras e quando o discurso era um fonema surdo e mudo no silêncio. Não somos eterno, mas o nosso amor nos eternizará  enquanto ele durar.
          O amor nos trouxe até aqui, no som do sim, na linda promessa do matrimônio, na verdade de um beijo, no voo dos nossos pensamentos. Nos amamos na certeza de que reescreveríamos a nossa história, exatamente igual ao que ele  é e sempre será. Nos amamos nos filhos que virão, nos trilhos da estação ou na ausência do verão. Porque o amor nos trouxe até aqui. Nesse lugar chamado, eternidade! 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Eu vou ali! Naquele lugar chamado, Inspiração.

Na foto: Cantor Beto Dourah.  Foto:  Frederico Lins Brasiliense.

                     

 Eu vou ali! Naquele lugar chamado, Inspiração! Vou compor alguma outra canção de recomeço, vou rasgar meu nome e meu endereço, vou folhear noticias de coisas que não aconteceram. Eu vou ali! Vou compor uma balada sentimental, vou reciclar meu litoral e alinhar os eixos do meu ser. Eu vou pegar carona nas asas de algum beija-flor e para onde ele for eu vou. Lá, que eu não sei onde será, acho que vai ser o meu refugio.
 Eu vou ali! Ali, depois da divisa do meu ser, depois do meu deixar de viver, depois dessa pilha que eu estou passando. Vou compor alguma outra canção de recomeço, algo que me mostre pelo lado avesso de todo apreço que eu tinha por ela. Eu vou ali! Vou reencontrar o tempo antes dela existir, o tempo em que a vida fluía normalmente.
         Eu vou ali! Naquele lugar chamado, Inspiração.Vou compor alguma outra canção de ser feliz, vou compor uma canção que irá se chamar, Ali! Vou reinventar o meu sorriso. Vou compor alguma outra canção em que eu não rime espelho com olhos vermelhos. Porque essa rima já fez parte de outras canções. Eu vou ali! E quando eu voltar, minha nova canção dirá tudo o que sentirei vontade de viver e dizer. Por enquanto, eu vou ali.    

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Vocês não sabem, mas eu só sei que sou, assim. (Baseado em um bate papo com a leitora Valquíria Feitosa.)

Na foto: leitora, Valquíria Feitosa.

              

    Vocês não sabem o quanto o meu sorriso se esforça para afastar as nuvens de tristeza do céu do meu viver. Vocês não sabem, mas o meu coração guarda diamantes jamais imaginados. Eu tenho segredos e um novo amigo que vez em quando, eu o aconselho, segundo ele, com os meus conselhos calados. Vocês não sabem, mas eu vi muita coisa e muita coisa eu não entendi, mas precisei achar resposta para quase tudo, porque alguém na maioria das vezes, sempre precisava de mim. 
 Vocês não sabem, mas o meu riso se confunde com o meu pranto, logo eu que sou de Gêmeos e amo a cor laranja, preciso ter o sorriso branco e o tom da paz para apaziguar as tantas guerras intimas dos meus amigos e amigas. Vocês não sabem, mas muitas vezes precisei ser rio e correr para o mar, mar que acolhe todas as magoas e todas as esperanças. Vocês não sabem, mas ser mar, também requer saber sorrir, quando no fundo se tem vontade de chorar.
        Vocês não sabem, mas a indiferença me machuca por demais. Vocês não sabem, mas às vezes ou quase sempre guardo a tristeza só para mim, porque não acho justo dividir tristeza com ninguém. Na minha matemática, eu só divido ou multiplico, amor e alegria. Vocês não sabem, mas às vezes eu precisei de colo para chorar e desabafar e, sempre que isso aconteceu, eu preferi  cair no colo dos meus pensamentos.
       Vocês não sabem, mas um novo amigo me chamou de "Doce conselheira" eu que sempre tive como meu maior discurso, o meu abraço! Vocês não sabem, mas mesmo às vezes, chorando em silêncio, eu sou feliz por ser assim. Vocês não sabem, mas eu não sei se eu estou no amor ao meu próximo ou o amor ao meu próximo está em mim? Vocês não sabem, mas eu só sei que sou, assim.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Quero lhe dizer que voltei a usar esse lindo vestido vermelho.

Na foto: Leitora, Lays Medeiros.

                            

           Eu quero lhe dizer que a promessa de flor que eu sempre fui, hoje se tornou esse lindo buquê que você está vendo. Hoje eu quero lhe dizer que voltei a usar esse lindo vestido vermelho que você tanto criticou e que hoje, somente hoje, eu percebo que me caía e ainda me cai muito bem. Hoje eu quero lhe dizer que ainda curto Bob Marley  e converso com as estrelas. Hoje eu quero lhe dizer que o meu sorriso voltou a abrir portas.
          Hoje eu quero lhe dizer que ontem eu vibrei com a vitória do meu Flamengo e quase acordei a vizinhança toda. Você nunca foi fã da minha paixão pelo Mengão. Hoje eu quero lhe dizer que voltei a usar aquele vestido vermelho que você dizia não me cair bem. Voltei a usá-lo e nunca me senti tão mulher, geral na minha quadra parou para me ver passar. Hoje, só hoje eu quero lhe dizer que as canções de Bob me deixaram mais leve e tranquila.
         Hoje eu quero lhe dizer que decidi aceitar que não tenho papas na língua, mas sou feliz porque quem me conhece sabe que não mando recado. Hoje eu quero lhe dizer que continuo lutando boxe chinês, mas quero que você saiba, que ao contrário do você me dizia, eu estou mais feminina do que nunca, muito mais mulher, muito mais forte. Acho que você pode comprovar por essa foto.
          Hoje eu quero lhe dizer que meu coração está curado e que aquele medo de me entregar de novo, passou. Quero lhe dizer que é muito bom me senti novamente desejada e que não me julgam mais só porque eu adoro a madrugada. Hoje eu só quero lhe dizer que voltei a usar esse lindo vestido vermelho que você tanto criticou e que hoje, justo hoje, eu percebo o quanto ele me cai bem. Justo agora, neste momento que eu me preparo para sair e estou ouvindo uma linda canção de Bob. 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Como um trem desgovernado que saí dos trilhos.

Na foto: leitora, Lisia Meila.

                          

          Senhor, eu duvidei! Duvidei da tua promessa de um novo amanhã, duvidei da tua promessa de noites passageiras, duvidei das tuas palavras de dias melhores, duvidei da tua existência. Senhor, eu duvidei! Duvidei dessa história de amor eterno, duvidei dessa linha supostamente imaginária que divide céu e inferno, duvidei da tua existência!
           Senhor, eu duvidei! Duvidei do real sentido da fé, duvidei do real sentido da vida, duvidei da felicidade. Eu duvidei da força da oração, duvidei da comunhão, duvidei que a vida pudesse sorrir para mim, Senhor, eu duvidei da tua existência. Eu duvidei do casamento, duvidei do verdadeiro sentimento, duvidei do então: felizes para sempre.
          Senhor, eu duvidei! Duvidei do branco da paz, duvidei que existisse a paz, duvidei realmente, se quem cala consente. Senhor, eu duvidei da tua existência. Senhor, eu duvidei do sorriso amigo, duvidei das intenções do inimigo, duvidei da mão estendida para mim. Senhor, eu duvidei! Duvidei do leito do rio, duvidei nas noites de frio, duvidei da mão que acariciou o meu rosto.
         Senhor, eu duvidei! Das lágrimas que choraram comigo, duvidei do conforto do ombro amigo, duvidei da luz no fim do túnel. Senhor, eu duvidei! Duvidei e me senti como um trem desgovernado que saí dos trilhos, eu só não duvidei Senhor! Quando depois de duvidar da tua existência, senti o Senhor tocar o meu peito e ouvi tu me falares:”Eu, apesar do seu mar de dúvidas, nunca duvidei de você, minha filha” Nesse momento, o meu trem voltou aos trilhos e eu chorei.    

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Grão em grão.

Na foto: leitora, Solange Santos, Mata de São João/BA.

                                         

Aceite a essência do azeite
E nunca rejeite as propriedades do pão
Do solo que gera o trigo,
Grão em grão.
Da terra que doa seu ventre
Da semente que inicia a plantação
Aceite a essência do azeite
E nunca rejeite as propriedades do pão.
Da lida que lapida a vida
Do suor que rega o plantar
Aceite que tudo que se deseja
Plantando no solo desta vida,
Há de vingar.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Eu não sabia de você mar.

Na foto: leitora, Munik Faustino, CE.



Eu  não sabia da sua imensidão
Eu não sabia da amplidão
Eu não sabia do seu horizonte
Eu não sabia de você mar.

Eu não sabia do seu encanto
Eu não sabia do meu espanto
Eu não sabia da sua beleza
Eu não sabia de você mar.

Eu não sabia das suas lendas
Eu não sabia das suas crenças
Eu não sabia dos seus mistérios
Eu não sabia de você mar.

Eu não sabia das suas amantes
Eu não sabia dos seus viajantes
Eu não sabia das lágrimas no porto
Eu não sabia de você mar. 

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Um belo olhar pode dizer tudo.

Na foto: leitora, Luciana Souza.


       Um belo olhar pode dizer tudo, tudo que as palavras não conseguem transmitir. Um belo olhar pode dizer tudo, pode mostrar tudo, pode mostrar um mundo que ninguém saberia por qualquer outro meio reproduzir. Um belo olhar é a perfeita manifestação da obra de Deus. Um belo olhar é um presente de Deus.
        Um belo olhar pode dizer tudo, pode dizer que a tempestade vai passar, pode dizer que mesmo aqueles que querem partir, no fundo, no fundo desejam também, um dia voltar. Ah! Um belo olhar! Ele pode nos guia por dias complicados, guardar segredos jurados e sacramentados nos vãos entreabertos do nosso coração.
        Um belo olhar pode transformar tudo, pode adormecer a noite e amanhecer o dia, pode numa fração de segundos, nos devolver a alegria. Pode fazer com que o mundo pouse na palma da nossa mão, pode retirar do nosso peito qualquer tipo de aflição. Um belo olhar pode ser a origem de uma linda constelação. 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Ela chegou de mansinho.

Na foto: casal de leitores, Jalda Xavier e Ricardo Carrijo.



   Ela chegou de mansinho, com jeitinho de quem não sabe o quer. Chegou trazendo no seu lindo olhar, a porção mágica da mulher. Ela trouxe o verão na pele e nos seus braços, ela trouxe as noites boas de dormir agarradinho. Ela trouxe um colo quentinho. Ela chegou de mansinho, veio com um sorriso tímido de quem não conhecia nada da vida e, me deu uma razão para viver. 
    Ela chegou de mansinho, chegou dizendo versos passarinhos e, fez seu ninho, no meu coração. Ela me mostrou nas curvas do seu corpo, uma nova e linda geografia, uma nova paisagem que, eu, juro não sabia que era possível existir. Ela me ensinou a andar de mãos dadas e, me fez compreender que o mundo dá voltas.
          Ela chegou de mansinho, chegou trazendo a madrugada nos cabelos e me sorriu estrelas. Ela chegou de mansinho, não me cobrou nada, apenas disse que para chegar até aqui, ela viajou pela estrada da compreensão. Ele chegou de mansinho, chegou e com jeitinho, ganhou meu coração.           

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Meu coração ainda cultiva lindas flores.

Na foto: leitora, Van Oliveira.



 O meu amor coração é moderno, mas ele ainda cultiva lindas flores em vasos de liberdade, ainda conversa com a lua sobre suas intimidades e ainda se encanta com bilhetes escritos a mão. O meu coração é moderno, mas ele ainda acredita que um beijo apaixonado é o melhor meio de transporte para se alcançar a lua. Ele ainda acredita na espera na janela, ele ainda me faz sentir como uma linda rainha, quando ponho uma flor nos cabelos.
  O meu coração é moderno, mas ele ainda se emociona com filmes de finais felizes, ele ainda escreve cartas de amor e as envia pelo correio, ainda cola o ouvido num radinho de pilha. O meu coração ainda se encanta com o barulhinho dos pingos da chuva, correndo lá no quintal. Ele ainda fica com cara de bobo quando recebe uma caixinha de bombom.
      O meu coração é moderno, mas ele ainda coleciona pulseirinhas coloridas com o nome da pessoa amada. Ele ainda guarda dentro do antigo diário, papel de balinhas Ice Kiss, o meu coração ainda faz coleção de ursinhos de pelúcia. O meu coração é moderno, mas o amor que ele trás consigo, será sempre aquele amor, amor à moda antiga, ainda o melhor amor de se amar.        

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Você é o tudo que virá depois de mim.

Na foto: mamãe leitora, Andréa Vasconcellos e seu pequeno, André Gabriel.

                                             

            Você e seus irmãos são o tudo que virá depois de mim. Você será o mundo que eu sonhei e, dos seus futuros sonhos, o grande Rei. Você terá um mundo diferente do mundo que eu tive, você terá um mundo muito melhor! Você e seus irmãos são o tudo que virá depois de mim. Essa é a roda da vida, vida que girou e me fez e, até hoje me faz. Vida que girou mais uma vez e fez você e seus irmãos. Você terá um mundo de flores de verdade, pois as flores de plásticos ficarão para trás. Flores de verdade, nos emocionam mais.
          Você será o meu colo que virá depois, será a mão amiga que fará o caminho contrário para me acariciar. Eu terei um lugar de dia lindo, um lugar onde o sol viverá sorrindo, esse lugar que se chamará, "Seu sorriso". Você e seus irmãos são o tudo que virá depois de mim, assim como eu sou aquela que veio depois da minha mãe!
        Você e seus irmãos são o tudo que virá depois de mim. Você será a palavra amiga e o olhar de esperança para algumas noites incertas, você será a escolha certa que eu antes mesmo de nascer, escolhi! Você, que agora se apoia em mim, terá um mundo muito mais feliz para viver. Você e seus irmãos serão o verbo que perpetuará a nossa essência, serão e já são os maiores presentes que o meu bom Deus me deu.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Toda forma de fé é estrada para um mundo melhor.

Na foto: leitor, Manassés Gomes.

                                

Ainda espero, Senhor! Ainda espero os meus dias de sol. Ainda espero a luz no meu candeeiro, ainda espero a chama da minha vela voltar a se ascender, ainda espero sua misericórdia. Ainda espero, Senhor! O olhar do seu perdão e com ele, também espero aprender a perdoar. Ainda espero, Senhor! A fila andar e assim chegar a minha vez. Ainda espero, Senhor! Ainda espero um sinal de sua presença, ainda espero ver crescer dentro de mim, a certeza  que eu não caminho só.  
Ainda espero,Senhor! O Arroz com feijão, a carne e o leite. Ainda espero as propriedades do azeite e a dignidade do pão. Ainda espero um lar para chamar de meu e, vizinhos que sejam amigos de verdades. Ainda espero, Senhor! As crianças amigas conjugando o verbo saber e isso seja condição transitiva de criança para criança. Ainda espero ser menos amigo da sorte e mais companheiro do merecimento, ainda espero entender o dia do meu nascimento.
      Ainda espero, Senhor! As pessoas em uma só voz, ainda espero não ser julgado pelas minhas crenças e, que as pessoas entendam que toda forma de fé é estrada para um mundo melhor. Ainda espero que as pessoas entendam que toda forma de fé nos aproxima do Senhor! Eu ainda espero, Senhor! Eu ainda espero. 

domingo, 10 de fevereiro de 2013

O ser humano é personagem de si mesmo.

Na foto: leitora, Andréa Vasconcellos.

                                       

        O ser humano é personagem de si mesmo, é plural na sua singularidade. Ele é verdadeira mentira e mentirosa verdade. O Ser humano é parte integrante de sua própria paisagem. Ele é pluralidade de discurso. Hoje, máscara de sorriso e quando é preciso, ele é máscara que chora. Pode ser igual ou diferente do que ele é agora.
        O ser humano é personagem de si mesmo, ele possui um discurso para cada ambiente, possui um jeito de olhar e de sorrir para cada tipo de gente e ambiente. O ser humano é assim! São todos iguais quando querem ser diferentes. Cada dia que nasce é um ato, um capítulo, uma cena. Cada novo dia que amanhece, nele salta a eterna questão; quando chegará o meu fim?
         Ontem ele era romance, hoje é tragédia, amanhã quem sabe ele alcance a sua redenção. O ser humano e essência de pura encenação.     

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O nosso amor lapidou corações desacreditados.

Na foto: leitoras, Rayara Toledo e Enila Avlis.

                                 


            O nosso amor quebrou tabus, o nosso amor quebrou barreiras, ele quebrou a barra e pegou o sol com a mão. Nos levou a sério, nos levou para o hemisfério da dignidade, ele nos ensinou o verdadeiro sentido da palavra liberdade. Ele nos tornou mais forte e nos fez enxergar que, muitas vezes, a modernidade está apenas da porta da rua para fora. Às vezes, na tela de um televisor, às vezes, em um monitor de alguma pré-última geração. Mas a modernidade nunca estará em cem por cento dos corações da população.
  O nosso amor lapidou corações desacreditados, reavivou sonhos esquecidos e já descartados pela dura rotina da falta de amor ao próximo. O nosso amor não adotou o tom vermelho, nem tão pouco mendigou conselhos nas calçadas da lamentação. Ele nos fez fortes, nos fez voo livre:Sul e Norte. O nosso amor nos fez colori o mundo com a cor da igualdade para todos.
            O nosso amor nunca foi personagem de contos de fadas, mas sem sobre de dúvidas, ele é mágico aos nossos olhos e mágico a muitos olhos alheios, também! O nosso amor não tem freio, mas deu um freio na burra intolerância da sociedade. Ele nos aproximou de Deus e Deus Abençoou a nossa união. Ele nos disse: Filhas, amem muito, porque não importa a forma de amar, amor sempre fez e fará bem ao coração.  

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O meu mundo só é real se existir o amor. (Meu desabafo)



Na foto: Eu e minha nega Thesca Simões.
                             

       Eu sou a parte que esconde a minha essência natural, sou caricatura inacabada de um artista fora do normal. Arte abstrata abstraindo sonhos e desejos do saber, abstraindo milhas nessa ponte aérea do viver. Eu sou a parte de um todo que se não amar, se sente metade. Na verdade, o meu mundo só é real se existir o amor. E assim, sou um pouco de tudo que eu componho.   
        Eu sou a parte que diverge do senso comum, sou um qualquer que rasga o peito e costura novas possibilidades de viver. Sou ausência do medo e da vergonha de amar, eu quebro a cara e deixo o tempo cicatrizar as feridas que por ventura eu venha a ter. Mas viver sem amar, não é viver.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Não foi legal! (baseado no relato de uma leitora)

Na foto: leitora, Mariana Reis.

                                                   

   Não foi legal! Você me cobrou por eu não ter tomado nenhuma atitude para não deixar você partir. Mas como pedir para ficar, um coração que já não estava mais aqui? Você me culpou por todas as suas horas de incerteza, batizou-me como o retrato fiel da frieza e, apontou o seu dedo em riste como minha sentença final.
 Não foi legal! Você disseminou inverdades e poluiu os ares da cidade com cenas da minha, suposta indiferença. Distribuiu zum zum zum da nossa complicada separação, você publicou em imensos outdoors que eu não tinha coração. Você publicou na primeira pagina que a ingratidão se confundia com o meu reflexo no espelho. Você anunciou nas rádios de todo o universo que eu pichei seus olhos de vermelho.
         Não foi legal, jogar no ventilador que o meu silêncio sempre foi o meu melhor discurso e que no fundo, no fundo, eu nunca me preocupei com você! Não foi legal, mas você um dia irá aprender que seu grande erro foi achar que o mundo girava em torno de você. 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Aqui é o nosso espaço.(texto baseado numa postagem da leitora Lays Medeiros.)



Na foto: Thay Matos, Munik Feitosa,Lays  e Larissa Medeiros e Valquiria Fonseca.
                

       Aqui é o nosso espaço, aqui é o lugar de deitar em colo carinhoso, encostar a cabeça em ombro amigo. Aqui, bom, aqui é o lugar dos nossos desabafos, aqui é o nosso abrigo. Aqui é lugar das reflexões das duras horas, é aqui que expurgamos a nossa vã vontade de sumir, de ganhar o mundo, de ir embora, quando achamos que não vamos segurar a onda. Aqui é o lugar onde cada uma de nós se sente segura.
       Aqui dividimos nossos medos e receios, mas é aqui também, que nós multiplicamos nossos sonhos e nossa vontade de viver e vencer. É aqui que sempre encontramos a palavra certa para o que está errado na nossa cabeça. Aqui choramos amores fracassados, aqui lamentamos beijos ensaiados e não realizados, é aqui que nós pensamos até nos beijos não roubados.
      Aqui também é o lugar para falarmos dos amores bem sucedidos e bem resolvidos. Aqui é o melhor lugar para nós sermos nós mesmas, é o melhor lugar para falarmos daquela noite tão especial. Aqui é o lugar de dançarmos sem vergonha, é o lugar dos nossos porres politicamente corretos. Aqui é o lugar da amizade verdadeira.
      Aqui  descemos do salto, rodamos a baiana e voamos baixo. falamos sério, falamos besteira, falamos mal e bem, de todo mundo, de todos os homens machistas, falamos também, de ninguém. Apenas falamos, porque uma mulher sozinha já fala pelos cotovelos, imagine várias reunidas! Aqui é o lugar das nossas brincadeiras. Aqui é lugar das amizades sinceras.
    Aqui é o nosso espaço, o nosso refugio. Aqui é o lugar onde nos sentimos mais fortes, somos mais fortes. Aqui, carregamos o mundo nas costas e ainda desfilamos com graça. Aqui é o nosso lugar, lugar da nossa amizade verdadeira.                  

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

É melhor ser maré de março do que água parada.

Na foto: Leitora, Valquíria Fonseca. 


         É preciso levantar, é preciso encontrar forças e continuar a caminhada. Eu sei que a vida nesse momento lhe dá a sensação que ela está parada, estacionada, em algum lugar chamado, Eu Não Conseguirei. É preciso olhar para frente, pensar diferente do que você pensou até hoje. Eu sei que as pancadas têm sido seguras e implacáveis, mas sempre haverá  lugar para bondade quando não aceitamos o mal.
          É preciso vasculhar os vãos inconscientes do seu coração e achar uma razão para recomeçar. É preciso aceitar que cada pessoa é um tempo de acontecimento, cada pessoa faz o seu momento acontecer. Você vai querer? Quando vai querer? Eu sei que a vitória alheia no fundo, no fundo, aumenta o seu medo da derrota, no fundo, no fundo, aumento o seu medo de não conseguir. Apesar do medo, você vai escolher ficar ai?
         É preciso levantar, é preciso encontrar forças para a caminhada. É melhor ser maré de março do que água parada. 

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Está complicado, Senhor!

Na foto: leitor, Ed Cavallary.

    

          Está complicado, Senhor! Está complicada essa falta de chuva em minha plantação. E quando chove, é inundação! E, esse meu sorrir para não chorar? Se eu vivo a chorar por dentro para ninguém notar! Está complicado aceitar que tudo tem sua hora. E, mais complicado é aceitar que a minha hora é o que menos importa. Porque a hora que importa é a sua hora, Senhor. Então, o que fazer, se eu preciso que as coisas aconteçam agora? 
         Está complicado, Senhor! Aceitar que não tenho nada, justo nesse momento, em que todos me cobram que eu tenha que ter para dar! Senhor!  Eu tenho fé e não obtenho resultados? Apesar de saber que: Fé é a certeza nas coisas que não se vê. Senhor! Ultimamente, eu tenho vendido o meu almoço para garantir a janta das crianças! Então, Senhor, como jejuar em demonstração de fé, seu eu malmente tenho o que comer?
        Está complicado, Senhor! Vivo ajudando o próximo e quando preciso, não encontro uma mão estendida para me ajudar! Então, me diz Senhor, como continuar acreditando na caridade? Senhor, eu tento entender que dinheiro não é tudo. Então, Senhor, porque que para quase tudo, se precisa dele?
       Está complicado, Senhor! Tenho no peito um mar de perguntas e não obtenho uma gota de resposta. Tudo bem, Senhor! Peço que me entendas, esse texto é um desabafo e não um sinal de revolta!          

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Não tenho medo do espelho.

Na foto: Leitora aniversariante do dia, Palomas Veras.


Não tenho medo do espelho,
Apenas não o reconheço
Na verdade nunca o conheci
Acho que nunca o conhecerei.
Não tenho medo do espelho
Apenas não percebo sua alma
Na verdade nunca a percebi
Acho que nunca a perceberei.
Não tenho medo do espelho
Apenas não aceito suas verdades
Na verdade não quero aceitar
Acho que nunca aceitarei.
Não tenho medo do espelho
Apenas não gosto de encará-lo
Na verdade nunca o encarei
Porque o espelho sou eu. 

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Eu já não pertenço a nenhum lugar.

Na foto: nova leitora, Carla Priscila.


  Meus sapatos descalços de mim, minha jaqueta preferida que cansou de ser meu jeans, meu óculos escuro que se recusa a ver o sol. Minha rua que se mudou para outro bairro, minhas flores que passaram a primavera longe do meu jarro, minha casa não habita mais em mim. Meu mundo está de ponta a cabeça. Onde é que eu fui parar?
 Minha estrada que não quer mais viajar, meu carro que não quer mais me levar para nenhum lugar, meu nome que ninguém quer mais chamar. Onde é que eu fui parar? Meu cigarro deixou o vicio de mim, a solidão me deixou sozinha, até o silêncio não conversa mais comigo. Onde é que eu fui parar?
Meus passos renunciaram o meu caminhar, o salgado e o doce ficaram indiferentes ao meu paladar, a minha bicicleta virou as costas para o meu pedalar. Onde  é que eu fui parar? Meu abraço não reconhece os meus braços, meus joelhos disseram não para o meu levantar, o espelho não reconhece a minha imagem. Eu já não pertenço a nenhum lugar, onde é que eu fui parar?       

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Eu estou triste, os cientistas se apossaram da lua.

Na foto: amiga e leitora, Stéphane Garcia.



   Eu estou triste, os cientistas se apossaram da lua. Ela já não pertence mais a minha rua. Ela já não pertence mais aos loucos e pirados, a lua já não pertence mais aos boêmios inveterados. Ela já não pertence mais ao meu bairro. Já não pertence mais aos casais de namorados, a lua já não guia mais o viajante solitário.
     Ela já não pertence mais a minha rua. Já não visita mais as janelas das moças apaixonadas, ela já não pertence mais às madrugadas, a lua já não se refresca mais na pequena poça d”água no chão. Eu estou triste, os cientistas se apossaram da lua. Ela já não pertence mais ao ciclo das marés, ela já não pertence aos lobisomens, a lua, bom, ela já não cabe mais na palma da minha mão. A lua já não pertence mais nem a São Jorge e nem ao Dragão. 
           Ela já não pertence mais aos poetas. Ela já não ilumina o velho mar, já não pertence mais aos compositores, ela já não pertence mais as nossas retinas. Eu estou triste, a lua agora brilha infeliz e solitariamente dentro de um tubo de ensaio de algum renomado laboratório.