sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Esse texto não tem pretensão de acontecer.


Na foto: amigo e leitor, Denis Tiago. 


             Esse texto não tem pretensão de acontecer, não tem nenhuma intenção de refazer conceitos, preceitos ou coisas do tipo. Ele nem pediu para ser escrito, tão pouco lido, ele apenas quis vir. Esse texto não quer apontar para a intolerância racial, social ou contra a opressão, não! Não! Não! Ele nem pediu para ser escrito.
             Esse texto não tem a mínima intenção de falar da nossa falta de carinho, falar dos tantos que andam sozinhos por ai, sem um olhar amigo, sem um abraço carinhoso. Ele nem tem a mínima pretensão de falar que o amor parece estar perdendo a vez. Ele não tem a pretensão de lhe conscientizar que o ato de perdoar o próximo e, estar de bem com o travesseiro, é a manifestação mais sublime e próxima daquilo que chamamos de paz. Esse texto não tem a pretensão de nos lembrar o quanto é lindo o sorriso de uma criança. Ele nem pediu para ser escrito.
           Esse texto não tem a pretensão de falar do quanto esquecido está o nosso lindo pôr-do-sol, ele não tem a mínima intenção de falar do quase esquecido andar de mãos dadas pelo fim de tarde. Ele nem queria falar de amizades desfeitas por brigas bobas e banais, brigas que não apagaram as coisas boas que nunca ficaram para trás.
          Esse texto não tem a pretensão de lembrar a você o seu primeiro beijo, não tem a pretensão de lembrar que coisa gostosa foi a primeira vez do amor. Ele não tinha a pretensão de falar de nada, mas esse texto, assim mesmo, falou. 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Porque eu te amo.



Na foto: amiga e leitora, Lanny Ribeiro.
                      


Vem cá! Pega a minha mão,
Vamos deixar as horas com ciúmes da gente.
Vem! Cola aqui comigo,
Deixe-me fazer do meu umbigo
O centro do seu universo,
Vem, eu lhe peço!
 Vamos tomar umas e outras,
 Vem, me beija na boca,
 Faz do meu olhar o seu oceano,
 Vem, porque eu te amo.   

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Céus de algum apego meu.

Na foto: amigo e leitor, Matheus Rios.

                                          

Levitei por sobre os céus de algum apego meu e contemplei a beleza do nascer de lindos raios de sol. Lá, de algum ponto que cativava minha retina, você cumpria sua doce sina de viver para me apaixonar. 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Um sorriso largo emoldura minha face. (a pedidos de Thaísa para sua querida mãe, Márcia Sousa.)

Na foto: leitora e aniversariante, Márcia Sousa. 



          Há um colorido diferente no meu olhar, há um sentimento de renovação dando-me boas vindas! Hoje, simbolicamente é o meu nascimento, está surgindo dentro de mim, um novo ser, uma nova mulher, uma nova eterna essência de viver. Simbolicamente, um novo ser que reciclou o meu apego, apaziguou meus conflitos internos e, está convidando-me para voar!
           Hoje, bons ventos sopram e acariciam o meu rosto, um sorriso largo emoldura minha face. O que eu chorei ficou para trás, mas não tenho a mínima vontade de esquecer o rio que eu ajudei a nascer com minhas lágrimas! Porém ficará todo o choro que eu chorei, guardado em alguma pequena imensa caixinha de minhas aprendizagens.
          Hoje, simbolicamente é o meu “novo” nascimento, meu momento, meu seguir adiante. Hoje, quero celebrar a vida, que de vida em vida me ensina que o bom da vida é vivê-la intensamente: alegrias e tristezas, mazelas e nobreza. Hoje, simbolicamente é o meu nascimento e eu agradeço a Deus por mais esse momento.      

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Que elas nunca precisem mendigar um punhado de amor!

Na foto: minhas filhas, Naná e Mel Simões.



                  Senhor! Que minhas crianças chorem, mas que não se tornem intimas do gosto da lágrima. Senhor! Que elas nunca precisem implorar, que elas nunca precisem mendigar um punhado de amor! Senhor! Que minhas crianças não durmam sem um beijo meu nem da mãe delas, que elas não apanhem do frio na hora de dormir. Senhor! Que minhas crianças não mastiguem apenas com o olhar o pão nosso de cada manhã. Que elas sejam conhecedoras do gosto do leite, do pão e do sabor da maçã. 
                 Senhor! Que minhas crianças não sejam castigadas por algum ato de irresponsabilidade de alguma alma desgovernada. Que elas saibam que o nascimento delas foi um dos momentos mais felizes da minha vida. Senhor! Que por muitos e muitos anos elas possam distribuir sorrisos pelos corredores da nossa casa. Que elas aprendam e entendam a importância do lar. Senhor! Que minhas crianças respeitem o seu próximo, sem olhar cor e condição social. 
                Senhor! Que minhas crianças, antes de descobrir os grandes feitos da humanidade, saibam que tais feitos só foram possíveis graças ao seu amor e a sua misericórdia. Senhor! Que minhas crianças sonhem e vejam no mundo a possibilidade de realizar seus sonhos, mas que tenham os pés no chão quando os realizarem. Senhor! Que minhas crianças ganhem mundo e vivam a sua vida, mas que elas saibam senhor. Que eu sempre estarei aqui se elas precisarem de uma nova chance para uma nova partida.      

domingo, 26 de agosto de 2012

Amei assim.


                                                     


Na foto: leitores, Éder e Annie Costa
Quando falando, silêncio eu fiquei
Quando sorrindo eu chorei
Quando partindo eu cheguei
Eu amei!
Quando recusando eu aceitei
Quando errando eu acertei
Quando fechando os olhos eu lhe avistei
Amei!
Quando noite eu amanheci
Quando cansaço eu rejuvenesci
Quando insegurança eu protegi
Amei assim!
Quando morrendo eu nasci
Quando sofrendo eu lhe conheci
Quando negação eu lhe disse sim
Hoje esse amor, eterno em mim. 

sábado, 25 de agosto de 2012

Vamos pôr o mundo de ponta cabeça.

Na foto: leitora e amiga, Rayana Santos, Ilha do Murano, Veneza, Itália.



          Então está combinado: vamos pôr o mundo de ponta cabeça, vamos consumir a noite antes que a noite amanheça. Vamos jogar estrelas no céu da boca do mundo, vamos mergulhar bem fundo nesse imenso e inocente desejo de amar. Vamos escandalizar a consciência dos caretas, vamos jogar areia no ventilador da invejosa rotina, vamos explodir adrenalina. Vamos! Vamos!
           Então está combinado: vamos fazer barulho na sacada do silêncio, vamos rabiscar diferenças nos muros do senso comum. Vamos viajar para a lua, vamos despir a mentira e deixá-la nua e crua!  Vamos deixar de porre o bom senso, e vamos anestesiar a pressa. Vamos dar uma injeção de ânimo na calma, vamos olhar o nosso próximo com os olhos da alma. Vamos! Vamos!
          Então está combinado: vamos nos achar perdidos em algum cantinho da indecência. Vamos deixar a inocência sentir o gosto proibido do pecado bom! Vamos aproveitar a maravilha que é o viver. Vamos! Vamos!     

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Pode até ser que maioria das mulheres não me leve a sério.

Na foto: amiga e leitora, Thay Matos. 



                    Pode até ser que eu tenha o nariz arrebitado, pode até ser que eu ande como se todos os meus dias fossem feriados, pode até ser! Pode até ser que eu ande mesmo sorrindo à toa! E eu acho mesmo que a vida está sim, muito boa.  Eu estou mesmo sorrindo para as paredes! Pode até ser que eu me ache a boazuda! Afinal de contas, boazinha, fica prá mocinha chorona da novela das oito!  Confesso! Não tenho paciência para chorar o tempo todo e ser feliz apenas no final! Para mim, final começa no inicio de tudo.
                   Não tenho vergonha de falar que adoro causar com um bom vestido justo, uma bermuda colada ou uma blusa decotada! Claro! Admito que adoro fazer das calçadas de onde eu moro, minha passarela particular. Afinal de contas, fala sério! Este modelito que eu uso agora, só afirma que eu estou de bem com o meu corpo. E para falar a verdade, adoro deixar os olhares alheios, loucos, quando saio por ai, como quem não quer nada.
             Adoro olhar para frente, ver gente! Gente alegre, gente de bem com a vida!  Pode até ser que a minha turma de amigas seja fora dos padrões normais. Tudo bem! Amizade verdadeira hoje em dia não é normal mesmo! Gosto sim, de cabelo ao vento, corpo sarado, um ar de mistério por debaixo dos óculos! Gosto de viajar no espelho, faço cara e bocas, invento algumas com os meus cabelos! Eu estou mesmo sorrindo à toa.
                Pode até ser que a maioria das mulheres não me leve a sério, mas é melhor não ser levada a serio pelas mulheres do que não ser levada para uma grande noitada com um moreno lindo.  Pode até ser que me julguem banal demais, mas a vida é imprecisa demais para eu viver me lamentando por causa de julgamentos de falsos inocentes.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Essa iluminada força interior que nos guia.

Na foto: leitora, Márcia Sousa.

                                               

               Ela conheceu o segredo das estrelas, ela conversou com um sábio de palavras silenciosas, pegou um trem e viajou pelas linhas da palma das próprias mãos. Ela viu a folha cair e voltar para suas origens, ela também viu o outono sendo anunciado através daquela mesma folha. Ela conheceu a paz e aprendeu que às vezes é preciso lutar para acabar com a guerra. Ela descobriu que o acerto também, às vezes erra.
               Ela consultou os astros e viu o seu futuro chegar depois dela. Ela sentou-se à mesa e jantou na companhia da face oculta do seu coração e, antes que servissem a sobremesa, ela enxergou uma luz de esperança brilhando lá no fundo de um desconhecido vão do seu coração. Ela conheceu o segredo das estrelas.
              Ela reeditou a sinopse dos dias mais felizes da sua vida. Ela percebeu que a solidão não era sua amiga e decidiu não mais lhe fazer confissões. Ele conversou com a perda e aprendeu que perder, também é ganhar. Ela se encontrou com a paciência e aprendeu que às vezes precisamos nos apressar. Por que nem sempre os últimos serão os primeiros e, que nem sempre, quem espera sempre alcança.
             Ela entendeu, ela compreendeu, ela, essa iluminada força interior que nos guia ao caminho da vitória. Ela, essa linda moça chamada, Vitória.          

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Deixo você pintar o sete.

Na foto: Sophye e Davi, filhos da leitora, Aline Gomes.

                                                       

          Deixo você livre, deixo você assim, sem amarras, deixo você sentir saudades de mim! Deixo você colecionar aventuras, deixo você pintar as unhas de neon! Deixo você pintar o sete. Deixo você imitar o amanhã e conhecer primeiro, o depois! Se você gostar? Depois, ah! Depois. Deixo você sem telefonemas ao cair da noite ou na alta madrugada, deixo você respirar estrelas!
        Deixo você livre, deixo seu coração a vontade para bater descompassado por alguma novidade que possa lhe aparecer. Livre! Eu deixo você. Deixo você sem aliança ou anel de compromisso. Deixo você livre como quem deixa uma canção que tanto adora. Assim como a canção, você pode morar ou passear nas nuvens e de quando em quando pode vir me encantar.
       Deixo você livre, assim algo feito passarinho que se conquista a confiança. Deixo você dançar até a lua se deitar, deixo você colher sorrisos por ai.  Deixo você livre, porque o amor é livre! Deixo você seguir adiante, porque confiança é jóia rara, é diamante! Deixo você livre! Porque se for amor o que você por mim sente. Nada, nem ninguém, nem nenhuma aventura poderá ser mais forte do que esse elo que une a gente.   

terça-feira, 21 de agosto de 2012

A hora é agora!

Na foto: pequenos leitores, Karen e Pedro.

                                                             

           A hora é agora! De você dizer que ama. De você dizer que a chama da vida nunca se apagou no seu peito. A hora é agora! De você dizer que não fez por mal, de você dizer que foi especial tudo que a vida lhe deu: as coisas boas e as ruins. A hora é agora! De você dizer que o tempo soube curar as feridas que a estrada lhe causou.
           A hora é agora! De você dizer que perdoa. De você dizer que, na boa, já perdeu muito tempo com coisa que não vale a pena. A hora é agora! De você dizer que esqueceu intrigas, que você esqueceu as brigas, que agora é um novo tempo. A hora é agora! De você dizer que quer reconstruir seu mundo, que você quer se empenhar a fundo para um novo amanhã. A hora é agora! De você olhar para frente, de você acreditar que será diferente a nova oportunidade que Deus está lhe oferecendo.  

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Sei que é difícil caminhar e não chegar a lugar algum.

Na foto: Pedro, filho dos leitores, Kelen e Marcelo Meireles.



           Sei que é difícil caminhar e não chegar a lugar algum, sei que é difícil projetar um amanhã que não sabemos se virá. Sei que é difícil aceitar que a estrada chamada, vida, um dia terá fim. Sei que o ser humano Nasceu com a certeza da morte. Idas e vindas são parte integrantes deste álbum chamado, Trajetória Humana. Mas é preciso lembrar que: A noite caí, mas ela não chega a tocar o chão
          Sei que é difícil caminhar e não chagar a lugar algum, sei que é difícil aceitar que o agora poderá não se tornar o tão esperado “depois”. Sei que é difícil aceitar que uma semente por alguma razão, jamais brotará e de sua origem, não vingará uma linda flor. Mas é preciso lembrar que: A noite caí, mas ela não chega a tocar o chão.
         Sei que é difícil caminhar e não chegar a lugar algum, sei que é difícil cultivar a essência do amor próprio se ao mesmo tempo, o dia-a-dia nos apresenta tantos outros motivos que nos induzem a acreditar que, não valemos nada só porque não possuímos nenhum bem material significante. Mas é preciso lembrar que: A noite caí, mas ela nunca chegou a tocar o chão. Somos como a noite, podemos até cair, mas jamais tocaremos e nem permaneceremos no chão.

domingo, 19 de agosto de 2012

Não sei por que, mais acho que é bom você saber!

Na foto: minha nega Thesca Smões.
                                      

           É bom você saber: que eu já nem me lembro mais de você, nem me lembro mais o quanto você ficava e acho que ainda deve ficar linda com aquela blusa que maliciosamente insinuava seus ombros. Sim! Seus ombros, até nisso você sabia ser, única e sensual.  É bom você saber! É bom você saber: que eu já nem me lembro mais de você, nem me lembro mais o quanto você causava e acho que ainda causa uma tremenda confusão no trânsito, quando você colocava aquela bermuda Jeans que acredito eu, foi feita sob medida para você. É bom você saber!
           É bom você saber: que eu já nem me lembro mais de você, nem me lembro mais o quanto você paralisava e acho que ainda paralisa os olhares alheios, quando você despretensiosamente pretensiosa, passava a mão no cabelo e o jogava para o lado. Era o gesto inocente mais malicioso que a sedução poderia ter. É bom você saber! É bom você saber: que eu já nem me lembro mais de você, nem me lembro o quanto eu viajava e sem querer, ainda viajo, para outras de dimensões quando olhava o seu olhar. O seu olhar tinha e acho que ainda tenha o infinito do mar.
         É bom você saber: que eu já nem me lembro de você, nem me lembro o quanto eu fui feliz quando estava ao seu lado. É bom você saber: que depois que eu pisei na bola. Eu deixei de tudo, só não deixei de amar você! Não sei por que, mais acho que é bom você saber!    

sábado, 18 de agosto de 2012

Com uma dúzia de sorte.(A pedidos de Leandro de Araújo para Nathália Cristina)


Na foto: leitora, Nathália Cristina.



Ela me presenteou com uma dúzia de sorte,
 Ela me olhou nos olhos e disse:
 Vai porque contigo ninguém pode!
 Ela preparou meu horizonte,
Ela me tornou mais forte.
 Ela me ensinou a caminhar
 Por essa selva de pedra
Ela me fez entender
Que era possível realizar
Meus sonhos e planos
Ele me olho nos olhos e disse:
Vai!  Porque eu credito em você!
Vai!  Porque eu te amo!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A vida, meus amigos! “É a vida é bonita e é bonita...”

Na foto: pequena leitora, Maria Luiza.




                  É normal, quem sai na chuva está sujeito a se molhar! Fique grilado, não! A vida abraça seus filhos, mas vez em quando precisa dar umas palmadas para que eles aprendam a viver. Faz assim, pare de remar contra a maré, sabe como é! O ser humano tem direito de errar, mas não tem o direito de transformar o verbo errar em filosofia de vida.
                 Na boa, crise todo mundo passa, o seu problema não é maior do que o meu, porém não é menos importante. Para se fazer uma eternidade é preciso nascer o instante. É verdade que Chorar alivia a alma, mas lágrimas não farão você levantar e caminhar. Faz assim, não adianta bancar o arquiteto e viver traçando e elaborando projetos que nunca passarão de uma linda planta arquitetônica. Melhor é ser pedreiro analfabeto e construir o seu próprio castelo.
                Eu entendo, às vezes temos a sensação que a vida é injusta: uns morrendo de rir, enquanto outros morrem de fome; uns morrendo de prazer, enquanto outros morrem de medo; uns morrendo de saudade, enquanto outros morrem de vontade. Mas a vida não é justa ou injusta! O peso do martelo que bate a nossa sentença é fruto dos nossos próprios atos. A vida, meus amigos! Como dizia um grande compositor: “É a vida é bonita e é bonita.” (Gonzaguinha)
              Somos frutos do que plantamos, cultivamos e até do que falamos. Por isso, oremos e vigiemos o tempo todo.  

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Ontem falaram de nós dois.

Na foto: cunhada e leitora, Dja Moraes.



                Ontem falaram de nós dois: Falaram de como era lindo ver a gente andar de mãos dadas pelas veredas da alegria. Falaram de como era lindo ver a gente colorir as calçadas do nosso bairro, com nossos olhares recém enamorados. Ontem falaram de nós dois: Falaram de como era apaixonante aquele nosso costume de ver o dia nascer lá na beira do caís. Falaram de como as pessoas sentiam uma paz, ao nos ver deitados na grama do parque, a desenhar as nuvens.
                Ontem falaram de nós dois: falaram de como a gente deixava a rua inteira com inveja das nossas festas particulares. Falaram de como era bonito ver a gente caminhar contra o vento, naquelas tardes de verão. Ontem falaram de nós dois: Falaram dos nossos passeios de bicicleta à beira do lago. Falaram de como a gente parecia ter sido feito um para o outro.
               Ontem falaram de nós dois: E todos ficaram muito tristes porque, hoje, já não somos mais nós dois. 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Você poderá voar!

Na foto: amigo de adolescência e leitor, Jota Santos. 

   

         Se seu coração for puro, se você sair de cima do muro, se você abandonar a indecisão: você poderá voar! Se você decidir ir além, se você não tiver medo do amanhã, se você acreditar que o pecado não está na maçã: você poderá voar! Se você antes de perdoar o seu próximo, perdoar a si mesmo, se você esquecer o medo, se você dissipar os receios do seu coração: você poderá voar!
          Se você sorrir para a vida, se você deixar que o tempo cure a ferida que a muito lhe incomoda, se você varrer a magoa do seu coração; você poderá voar! Se você reparar os enganos, se você firmar novos planos e traçá-los com a mais pura convicção que tudo dará certo; você poderá voar! Se você reformar os vãos do seu coração, se você entender a força que tem um sim, se você aceitar que nasceu para ser feliz: você poderá voar!   

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Diante desse velho amigo chamado, mar!

Na foto: amiga e leitora, Bianca Póvoa.

                                     

        Aqui, eu encontro a paz, aqui, diante desse velho amigo chamado, mar! Quantas lágrimas ele recebeu sem me questionar nada. Quantos olhares em silêncio, ele abraçou sem me questionar nada! Mar, amigo, mar! Só aqui, diante de você é que eu consigo me percebe!  Quantas conversas sem trocarmos uma só palavra nós já tivemos! Quantos conselhos, amigo mar! Quantas histórias nós já nos confidenciamos! Só aqui, diante de você é que eu percebo e sinto a paz.
          Quantas canções de verão eu já escutei você cantar, quantas histórias de pescador que partiu para nunca mais voltar! Quantas histórias de felizes amantes você me confidenciou! Mar, amigo mar! Sempre generoso comigo. Muitas vezes me presenteou com um lindo pôr-do-sol. Já me levou para além do horizonte, pintou no céu um luar que mais se parecia um diamante. Já me carregou no colo e acalmou o meu pranto.
         Aqui, velho amigo! Eu encontrei a paz eu fui capaz de achar meu próprio caminho. Mar! Que conhece meu coração mais do que eu, foi aqui, diante de você, que eu descobri quem eu sou.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Eu conheci o fundo do poço.



Na foto: Junior Brazuca.


         Eu conheci o fundo do poço, durante muito tempo eu caminhei com a corda no pescoço. Eu esqueci o gosto da carne e me tornei amigo do sabor do osso. Eu senti minha alma sangrar, eu morri de sede em frente ao mar. Meu tato se tornou intimo do espinho e meu olhar se tornou indiferente diante da beleza da rosa. Eu conheci o fundo do poço.  
        Eu andei dando sopa para o azar e metendo a colher em panela que não me dizia respeito. Eu traí meu braço direito e o esquerdo me acusou de ter renegado a minha própria sorte. Eu brinquei de roleta russa com a morte, Eu joguei pedra no telhado alheio e esqueci que o meu era de vidro. Eu conheci o fundo do poço.
        Eu recebi o frio maior que o cobertor que eu possuía, eu vi as trevas em plena luz do dia, eu ajoelhei, lambi o chão, mas a luz do meu lampião divino nunca se apagou! Eu levantei, não esqueci que chorei, mas recebi das mãos divinas a oportunidade de me redimir de todos os meus erros. E assim, eu vi se desesperar o próprio desespero, porque quem tem Deus como escudo e pai, pode até cair, mas jamais deixará de levantar e seguir adiante.  

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Queria correr seu mundo.

Na foto: casal de leitores, Rejane Rodrigues e Rodrigo Alves.

   

  Queria ser um ultraleve e poder voar pelo céu da sua boca, queria ser um astronauta e vasculhar o infinito espaço da sua intimidade, queria ser sua inocência e sua maldade. Quero você. Queria correr sem freios pela contramão do seu olhar de despedida e lhe provar que a vida a dois é muito melhor e mais divertida! Queria ser o seu farol.
  Queria ser o ato falho que lhe trai quando você afirma que não pensa mais em mim. Queria ser o que você quiser de mim. Queria ser a sua canção preferida, queria ser a sua sede de vida, queria ser a razão do dilatar de suas pupilas! Queria ser o seu desejo mais proibido, queria ser o vestido que conhece as curvas do seu corpo, eu queria estar nas suas boas e más intenções.
 Queria correr seu mundo, queria correr perigo, queria ser o seu eterno abrigo, queria ser eu, em você.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Perdi tanto tempo vendo o tempo passar.

Na foto: amigo e leitor, Manassés Gomes. 



                  Nessa vida eu reconheço que falei demais e andei dando bom dia a cavalo, também perdi muito tempo admirando a grama do quintal do vizinho e deixei o meu quintal perder a vida. Perdi tanto tempo vendo o tempo passar, que o próprio tempo resolveu dar um tempo de mim e nunca mais voltou. Vivia pondo defeito no carro novo do meu vizinho e não me dava conta que eu pegava todo dia um ônibus lotado.
                 Reclamava da chuva que não dava trégua e esquecia que tinha um teto para me proteger. Não tinha coragem de dar um prego para melhorar de vida que o pouco que eu recebia, reclamava que eu não o merecia. Vivia falando que um dia ganharia sozinho na mega Sena, mas sempre tive dó de gastar cinqüenta centavos para jogar. Eu queria ir para o céu, mas tinha e tenho medo de morrer.
                Eu reclamo que meu melhor amigo nunca mais me visitou, mas o endereço dele eu já nem me lembro mais. Eu, isso, eu aquilo, eu não, eu talvez. O maior engano que eu cometi foi achar que ocupando-me da vida alheia, conseguiria enganar a mim mesmo.    

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Só para que o universo pudesse entender.

Na foto: amiga e leitora, Fernanda Pereira.

                                


           Eu contei as horas, eu contei os dias, eu contei história pra ver o tempo passar. Eu me propus, eu me expus, eu me projetei para o lado de lá. Eu rabisquei o dia que ainda nem chegou, eu insisti em olhar mais além, eu lapidei idéias para falar para ninguém. Eu tatuei o futuro no meu presente, eu fiz a tristeza ficar contente, eu quebrei tabus e iniciei uma nova ordem no meu quintal.
          Eu passei bocados, eu cortei dobrados, eu sangrei na alma prá falar o que eu sentia. Eu compus canções com apenas uma nota, eu deixei sonetos registrados em velhas portas que não dão para lugar algum, eu me fiz um ser comum para que o mundo pudesse me ouvir. Eu enfrentei tempestade em um copo d’água, eu domei e dissipei furacões com uma só palavra, eu me vesti da noite para garimpar estrelas.
         Eu me reinventei nesse meu processo de aprendizagem, eu me transformei em lindas paisagens, eu quebrei a barra e peguei o sol com a mão. Eu aprendi a língua dos anjos, eu me ajoelhei aos pés de um arcanjo, só para que o universo pudesse entender quantas loucuras uma mulher pode cometer por uma verdadeira paixão.   

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Quantas coisas eu fiz com o meu amar.

Na foto: Eu e minha nega, Thesca.



            Eu coleciono desenho em nuvens, eu tenho uma caixinha com uma porção deles. Eu já viajei até a lua no rastro de um lindo sorriso e comprovei que ela era feita de queijo. Eu calcei um pé de vento e fiz com que ele me levasse para o alto mar. Quantas coisas eu fiz com o meu amar.
          Eu conversei com a solidão e ela me confessou que se sentia sozinha. Eu mudei as cores do arco- íris e convenci o fim de tarde a não deixar o sol se pôr, eu levei o Rio de Janeiro em fevereiro para conhecer a minha linda Salvador. Eu mudei esquinas de lugares, eu esqueci o verbo esquecer e lembrei que jamais poderia esquecer o verbo lembrar. Quantas coisas eu fiz com o meu amar.
           Eu cultivo um lindo jardim com os vários sorrisos carinhosos que ela me deu. Eu construir uma cidade com as juras de eternidade e de dias felizes, eu ladrilhei as ruas com a lembrança do abraço dela. Eu construí casas sem porta e janelas, só para a felicidade entrar. Quantas coisas eu fiz com o meu amar.      

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A minha fé não precisa provar nada para ninguém.

Na foto: amigo e leitor, Ugo César Loroza, em Salvador, BA.



            A minha fé não precisa provar nada para ninguém. Mesmo quando dou um passo para frente e tenho a sensação de caminhar dez para trás. Mesmo quando navego em direção ao Porto e me distancio mais e mais do caís. Mesmo quando grito para os quatro cantos do mundo e ninguém escuta a minha voz. Mesmo quando tento apressar o passo e, ele se torna cada vez menos veloz. Mesmo quando olho para frente e não avisto o horizonte. Mesmo quando preciso atravessar para o outro lado e não existe ponte. Mesmo quando tudo isso acontece, ela se faz presente.
          A minha fé não precisa provar nada para ninguém.  Mesmo quando sinto fome e me falta o pão de cada dia. Mesmo quando recebo um “não” que ceifa a minha alegria. Mesmo quando se apresentam dois caminhos a minha frente e eu não sei para onde ir. Mesmo quando me falta o ombro amigo, mesmo quando me sinto sem abrigo, mesmo quando me sinto desamparado. Mesmo quando tudo isso acontece, ela se faz presente.
         Mesmo quando uma lágrima cai, mesmo quando a esperança se vai, até mesmo quando sentei à beira do caminho e me senti perdido. Mesmo quando tudo isso acontece e tenho a sensação de que o fim chegou, é que minha fé se faz presente, me faz levantar e eu consigo perceber a presença de Deus! E sendo assim, recomeço a caminhar porque a minha fé nunca me deixou fraquejar.   

sábado, 4 de agosto de 2012

Vamos para o lado de lá

Na foto: amiga e leitora, Cássia Torres em João Pessoa, PB.



        Vamos para o lado de lá, vamos arrumar as malas, vamos nos despedir de quem somos, vamos apagar as luzes desse nosso coração. Vamos fazer uma revolução, vamos tomar um porre de pingo de chuva e dar um tempo das taças desse doce e inebriante vinho feitos das nossas lágrimas. Vamos para o lado de lá.
       Vamos para o lado de lá, vamos ver a noite e o dia conceberem o amanhã, vamos deitar no divã das coisas novas e, vamos confessar o que nem as paredes nós tivemos coragem de confessar. Vamos para o lado de lá. Vamos pegar carona nas asas de um beija-flor, quem sabe encontremos alguma flor querendo se apaixonar.
       Vamos angariar fundos para antigos perdões, vamos abraçar os próximos verões no litoral de algum lindo sorriso. Vamos para o lado de lá, vamos rever a nossa juventude transviada, vamos deixar a nossa emoção emocionada, vamos sonhar o sonho que aquele nosso grande inicio sonhou. Vamos para o lado de lá, vamos passar uma borracha em tudo àquilo que nos machucou, vamos dar uma chance para o nosso amor.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Eu estou presente nas estrofes das canções que eu adoro.

Na foto: amiga e leitora, Mariana Reis.




               Eu estou presente nas estrofes das canções que eu adoro. Eu me faço consciente nos parágrafos e capítulos dos livros que eu li. Eu sou assim. Sou amante de um bom papo, um barzinho e um violão. Sou reflexo das minhas escolhas, sou um liquidificador de idéias parabólicas, minhas idéias versam pelos promissores campos da modernidade.
             Eu estou no olhar de Zélia Duncan, na novidade de Maria Gadú, estou na liberdade de Vanessa da Mata, mas nunca perdi a doçura da Bruna Caram. Como disse anteriormente: Eu estou presente nas estrofes das canções que eu adoro. Amar sempre fora um verbo intransigente para o meu coração, mas já fui feliz conjugando esse verbo.
            Eu estou presente nas alegrias dos meus amigos e na lua cheia que vaga pela madrugada. Sou como o meu amigo, baiano, André Mantena: Odeio água parada. Meu negocio é movimento, sentimento. A vida é muito curta! Ela não será! Já é! Ela não já é! Já foi! O que passou, passou, ficou para depois!     

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Eles querem fantasiar o novo dia.

Na foto: amiga e leitora, Fabíola Senna.

                                    

          Pensamentos desbravando essa imensa selva de pedra, um festejar frenético por entre as quadras de algum sincero desejo do meu ser. Canteiros ninando intenções de um lindo amanhecer. Enquanto isso, jardineiros dormem sonhando com a beleza da futura flor. Meus passos, num compasso de novidades eternas, anseiam alcançar o agora que ainda não chegou.
          Anjos de porcelana e bailarinas de cristal cogitam a possibilidade de uma festa a fantasia. Eles querem fantasiar o novo dia. Outdoors imitando vaga-lumes indicam que a vida pode melhorar. Lá no céu uma linda lua nos apresenta anônimos errantes que em pensamentos conseguem abraçá-la. Sonhar, sempre foi e sempre será um bem precioso dos seres que dormem.
        A rua borda uma nova rotina para os seus filhos moradores. E como toda boa mãe, ela espera o melhor para os seus filhos. Nesse momento, os mesmos pensamentos que desbravavam essa imensa selva de pedra, retornam para a segurança dos seus lares, depois de seus olhares terem conquistado o mundo. Esperançosos Pensamentos de olhares profundos.               

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Não quero usar a mesma Melissinha que a minha amiga usa.


                 
Na foto: A filha que a vida me deu, Poliana Moreira.


       Não quero andar por ai cuspindo programações enlatadas de TV. Não quero ver o que todo mundo ver. Quero algo inédito para as minhas retinas. Não quero usar a mesma melissinha que a minha amiga usa, não quero usar a mesma blusa que ela comprou naquela grande loja de gente de nariz empinado. Não quero o meu nariz empinado.
         Não quero andar por ai, rodeada de colegas e amiga da solidão, quero amizades de coração, quero amigas que me entendam no simples gesto de olhar. Não quero tatuar na minha nuca o símbolo do infinito. Na verdade, ele é até bonito, mas deixo o infinito no meu desejo de viver. Não quero andar por ai mastigando batidos jargões de algum personagem do momento. Quero expressar meus próprios pensamentos, quero mostrar que tenho idéias que me levarão para algum lugar.
       Não quero andar por ai inventando amores perfeitos, quero amores reais, daqueles que doem, mas também incendeiam o peito, quero amor que me faça mulher de verdade. Não quero andar por ai mentindo para os espelhos, quero andar guiada pelos meus próprios conselhos, quero poder me encarar e saber quem eu sou.