terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Antes do nascer

                                                        
             Antes do nascer, um universo de intenções conversa com o ser. Possibilidades concretas de escolhas futuras, um elo firmado, um plano traçado, dentro das quatro linhas do infinito. É possível já traçarmos o nosso destino, antes mesmo de nascimento? Um plano concreto e invisível, rascunha o possível dos nossos passos terrestres. Antes, firmamento, depois, acontecimento.
             Antes do nascer, uma linha reta direcionada para o sucesso. Fracassar diante dos próprios passos? Decisões mal tomadas. O livre arbítrio pede passagem! Uma cascata de coincidências anunciadas implicitamente em vistosos outdoors do nosso subconsciente. Harmonia, alegria, vida. Antes do nascer, um universo de intenções conversa com ser. E com o aval do pai maior, o invisível da forma ao novo ser.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Rei de reino algum



Meu Ser, só
Ser só um, talvez
Rei, de reino algum
Ser só, ser, apenas um.
Meu eu, ateu
Ausência, de Deus
Meu eu, a duvidar
Meu negar, meu altar.
Meu ser, apenas só
Um rei de reino algum
Ausência de acreditar
Em frente ao espelho, meu altar.
Meu ser, só
Ser só um, talvez
Rei de reino algum
Presença de Deus a se aproximar.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Chuva de prédios (In Memoriam às vítimas do desastre no centro do Rio)


Quanto entulho! Eu não entendo,
Compreendo muito menos
Sonhos despencando lá de cima
Vida, feito chuva de acoite.
De repente, o amanhã não passará de ontem
Um mar de poeira ganha o céu do meu pavor
Feito pingo de chuva, vidas caindo
Sonho concreto que desabou.
Quanto entulho! Eu não compreendo,
Chuva de prédios, Centro do Rio de janeiro,
O Rio de Janeiro, no mês de janeiro,
É um Rio de desespero.    

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Manifesto de uma Apaixonada!(Para minha cunhada Jô)

Minha cunhada Jô
        
         Feliz Aniversário! Cunhada! Este texto é a sua Alma!

     Eu acredito no amor! Acredito nas suas frases batidas, frases reprimidas e muito banalizadas! Eu acredito no amor! Acredito naquele friozinho que nasce na nossa barriga, quando a gente encontra a pessoa amada! Ah! A gente fica abobalhada! Eu acredito no amor!
    E por acreditar nele, eu passei a ouvir Sertanejo, adoro frases de pára-choque de caminhão!  Cenas de novela, então! Ah! Eu acredito no amor! Acredito naquela espera na janela e, na dor de cotovelo que não pára de doer! Amor é assim, dor até para não parar de doer!
    Eu acredito no amor! Acredito na desfaçatez de ligar para a pessoa amada e perguntar: Você ligou para mim? Só para ouvir a doce melodia da voz dela! Eu acredito no amor! Acredito nos torpedos com frases sem sentido, frases que nos ajudam a ter a pessoa amada um pouquinho mais perto do nosso coração.
    Eu acredito no amor! Acredito nas confidências que nós fazemos para nossas melhores amigas! Acredito no nosso choro depois das brigas!Eu acredito no amor! Acredito que a vida com amor é mais colorida, a vida é mais vida! Eu acredito em fotografias com motivos apaixonados, a fotografia eterniza o ser apaixonado!
   Eu acredito no amor! Acredito na musica, acredito na lua, acredito na rua que ele mora, eu queria morar lá, agora! Na rua dos meus sonhos! Eu acredito no amor! Acreditar é necessário para o meu viver, eu acredito na vida mais feliz quando se tem amor!
   Eu acredito no amor! Acredito para viver! Eu acredito no amor! E assim eu quero morrer! Acreditando no amor!  

Véu de noiva


Véu de noiva,
Lua nova lá no céu,
Papel picado aos bocados,
Um ser apaixonado, sabor de mel.
Leve, a neve cai branquinha,
Manhazinha do dia que vem,
Traz o sonho
Da noite de certo alguém.
Véu de noiva,
Amor na rede
Cores na parede
Porque o amor vai chegar.
Desses dias de alegria
Em que o olhar chega cedo
Revelam-se os segredos
De amor, para amar.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Esquecido Skate que sou (In Memoriam)

                                            
         
                                                 
            Eu não queria estar neste evento, na verdade, eu nunca pensei que viveria o suficiente para ver esse dia chegar.  Eu preferia continuar largado, no canto do nosso velho quarto, ou até mesmo esquecido no corredor que dar acesso a garagem. Bobagem essa minha! Eu tinha sim que estar aqui. Todos os amigos verdadeiros estão. Está presente a bola de basquete que ele dizia que viajaria com ele para os EUA, o Playstation 3 que apesar de novo no pedaço, se tornou um amigo fiel. E lá do outro lado do salão, em prantos, está à amiga de muitas aventuras e loucuras, a Mountain Bike. Cortou-me o coração vê-la chorar daquele jeito.
           Sentado ao meu lado esquerdo e, não menos arrasado, está o boêmio violão Giannini, pelo menos, as farras com ele eram regradas a refrigerantes. Eu, não conseguia parar de me perguntar: por que o destino aprontou essa com a gente? Mal havia me questionado a razão de tão trágico acontecimento, outra figura entra no salão, inconformada. Era o nosso amigo computador Dual Core turbinado, ultima geração. Esse sim, era a imagem da desolação. Aproximei-me e tentei confortá-lo, mas a dor em nossos corações era maior que tudo naquele momento. Velar nosso garoto? Era demais para todos nós!
          Nosso garoto cresceu antes da hora, bateu asas e foi embora, um vôo sem volta. Até hoje ficamos aguardando o abrir daquela porta, na ilusão de que ele possa voltar. Ele aprendeu a falar inglês, seu vocabulário era extenso: Birinight, Red Label, Red Bull, Johnnie Walker e outras tantas palavras que significavam apenas uma coisa: Viagem! Eu, seu velho amigo Skate, parceiro de tantas viagens, viagens feitas com o pé no chão. Hoje me pergunto, foi tudo em vão?
        Nosso garoto cresceu antes da hora! Não se contentava mais com carrinhos de controles remotos, o lance agora era ter o seu próprio carrão. Em uma alegre triste noite de sábado, ele tomou todas, pegou todas e acelerou para o infinito. Naquela madruga, um grito cortou os céus de vários corações! Nunca mais nosso garoto brincou conosco. Esquecido Skate que sou. Vivo a recordar o alegre sorriso que tinha aquele rosto.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Triste quarto vazio de uma adolescente (In Memoriam)

                                                 
          Eu sou um quarto aconchegante, aqui eu tenho uma cama confortável, uma mesinha de computador, um guarda-roupa e uma pequenina estante. Eu sou um quarto aconchegante. Tenho uma televisão, sou pintado de rosa com motivos femininos, sou um universo feminino. O universo de minha menina. É verdade, ultimamente tenho sentido um aperto no meu bobo coração. Minha menina quase não dormia mais aqui.
          A pequena televisão agora vive desligada, calada, quase não fala mais comigo. Até o diário das meninas super poderosa, anda esquecido, lá no canto de alguma gaveta da pequenina estante. A minha menina mudou o seu jeito, trazia no peito uma vontade de ser mulher. Quando ela nos dava o ar da sua graça, acho que era para fazer pirraça, ela só falava com o seu inseparável amigo computador. E sabe o que é o pior? Até ele notou!
        Ela vivia irritada, exalava fumaça, um aroma que às vezes lembrava doce canela, outras vezes, um perigoso aroma de hortelã! E eu, quarto inquieto, esperava ela chegar, lá pelas seis horas da manhã. Ela tatuou o corpo, aprendeu a pintar o rosto, diminuiu o tamanho das roupas. E fez do cigarro seu maior confidente, ela ainda colocou piercing no nariz, no umbigo e no dente. Eu fui aconselhá-la a tirá-los, ela se irritou comigo.
       As festinhas ganharam o perigoso apelido de Balada. Antes, o pai dela era quem a levava nas festinhas. Hoje, ela vai de carona com a galerinha. Cadê a minha menininha? Ela trocou o “Tudo bem?” por um tal “Tá de boa?” ela se transformou em outra pessoa! Eu sou agora, um quarto esquecido, dias desses amigos, eu acordei com uma horrorosa sensação, minha menina, ainda não havia chegado não. Na verdade, ela nunca mais voltou!  Hoje, eu sou um triste quarto dando esse relato
      Minha menina varou a madrugada a procura de uma Balada e nunca mais voltou. Ela perdeu o caminhou de casa, perdeu a vida numa curva de estrada e, para o seu quarto de adolescente, ela nunca mais voltou.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Etâ saudade arretada!

                                                                                
           Oxe! Num é que bateu uma saudade arretada de minha cidade Salvador? Meu rei! A porrada foi segura, criaturas! Tô aqui muído de aperreação. Ah! Vocês não sabem como é barra ficar sem a Barra, só de me lembrar do Farol, eu peço arrego! Ah! Vocês não sabem como meu coração está neste momento! Eu me lembro, lá no Campo Grande, atrás do trio do Chiclete com Banana, aquela musica bacana que dizia assim:
         “Por enganar o meu desejo/ eu deixei de te amar/ você é tudo o que vejo/ o que pego/ o que sinto/ e me faz sonhar...) quando essa canção tocava a Bahia em peso parava para amar. Acho que deve ser o verão! essa época me deixa assim, meio nostálgico, meio de banzo! Fico aqui, remoendo caminhadas pela velha orla marítima da minha cidade. Em pensamentos, eu corro todas as tardes nas areias da praia do bairro da Boca do Rio. Eu sinto arrepio bom, só de lembrar!
          Etâ saudade arretada! É demais meu rei! Eu sei, sou muito nostálgico! Eu, até sai da Bahia, mais a Bahia nunca saiu de mim! Estou escrevendo agora e sentindo os cheiros de acarajé e abará fazerem o maior carnaval no tabuleiro das minhas recordações.  Agora mesmo, meu coração mais se parece com a percussão da Timbalada orquestrada por Carlinhos Brown, meu peito virou o Candeal. Isso é saudade meu rei!
       Eu estou aqui me recordando do meu primário na escola Georgina Ramos e do meu primeiro e segundo grau, no Colégio Pedro Calmon! Amigos! Como era bom! Etâ saudade danada! Saudade da rapaziada do Prédio São Lucas, da Rua doze, do Caxundé, do Jardim de Alah, da Pituba, do Imbuí, Marback. De todos os lugares onde eu deixei amigos. Etâ saudade danada! Saudade que eu não tenho intenção nenhuma que deixe o meu peito!
                 
                                      

De repente, Luto (In Memoriam ao pai da nossa amiga Andressa Cristina)

ANDRESSA CRISTINA
                               
         A vida interrompida de forma impensante, instante de reflexão. Não entendo por que o apego precisou ir embora? Agora, viverei a carregar essa doce amarga lembrança. Queria mesmo era voltar a ser criança e nos braços do meu paizinho me aninhar. Essa coisa de pessoas partindo, ganhando o céu. Será que esse e o grande papel, que a vida vive a representar? Tenho tanto guardado no meu peito, que eu tenho medo de sufoca.
         De repente, o elo rompido definitivamente, se engana quem acredita que essa dor um dia vai passar. O dia amanheceu cinza, meu peito está de Luto e minha alma vestiu-se de branco, na intenção de abraçar a paz. Queria agora era voltar a ser criança e nos braços do meu paizinho me aninhar.   

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Eu, homem garimpeiro do meu ser

                                              

                 Eu, homem garimpeiro do meu ser. Resgato lembranças de uma existência marcada por desencontros e atrasos com a minha razão. A emoção sempre se fez presente nos verdes campos das minhas tardes de domingo. Eu, homem garimpeiro do meu ser. Resgato momentos que até hoje estão parados na esquina da minha infância, época mágica e feliz de um homem que, lembro-me bem, recusava o garimpo dentro de mim.  
                 Eu, homem garimpeiro do meu ser. Resgato o primeiro beijo que até hoje estava esquecido, na imensidão de uma pequena gaveta, do verso de um poema de amor. Poema de minha autoria, poema que perpassa os dias.  Eu, homem garimpeiro do meu ser. Resgato canções que animaram as vias e avenidas do meu sorriso. Canções que transformaram em eternos, momentos que em algumas vezes, esquecê-los era preciso.
               Eu, homem garimpeiro do meu ser. Resgato sonhos e objetivos traçados na fina flor da minha idade. Sonhos que abrigavam um país dentro da minha profana cidade. Salvador era a minha cidade. Cidade, que até hoje não me deixa perder o contato com a realidade. Eu, homem garimpeiro do meu ser. Resgato a essência daquele ser que um dia eu fui. Ser que sonhava, amava e acreditava no novo dia. Eu, homem garimpeiro de meu ser. Resgato o principal motivo da minha existência, resgato o meu direito de ser feliz.      

domingo, 22 de janeiro de 2012

À margem do meu coração,

                      
Na palma da minha mão,
Um avião, um olhar,
À margem do meu coração,
Um pensar, um amar,
À beira do meu apego,
Um medo, um receio,
Sobre a flor dos meus arrependimentos,
Um pensamento, um calar,
Na palma da minha mão,
Um aeroporto, um sentido,
À margem do meu coração,
Um partir, um ficar.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Tempo para virar mar.

Meu amigo baiano, Edson Junior
                                           
Eu quero me dar um tempo agora,
Eu quero um tempo para chorar,
Quero apagar as velhas lembranças,
De ser quem eu sou.
Quero um momento agora só para mim,
Um momento para ficar assim, aqui,
Quero um momento agora,
Um momento para ser mar.
Mar que às vezes se transforma em chuva,
Chuva que molha o meu rosto,
Quando, ele, mar,
Também quer chorar.
Eu quero me dar um tempo,
Tempo, para peneirar meus pensamentos,
Pensamentos, hoje, misturados,
A poeira, lágrimas e vento, eu preciso desse tempo.
Eu quero e preciso me dar um tempo agora,
Tempo para chorar,
 Tempo para virar mar,
Tempo para chorar.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A filosofia, o Amor e a Matemática.

                                               
                                                                                  

             Ela sonhava com uma união feliz entre duas pessoas, planos para uma bela casa, um carro confortável e duas lindas crianças. Ele queria juntar os panos, alugar um quarto e sala, terminar as prestações do Uno Mille, duas portas, 1998 e estocar frauda descartável. Porque criança suja muito.  Ela sonhava com uma cerimônia à beira mar, lua-de-mel em Gramado e recepção para duzentos convidados. Ele queria casamento apenas no civil, numa data menos procurada no cartório, nada de convidados e um jantar  econômico no Giraffas.    
             Ela falava que o amor era algo sublime, mágico e que transcendia a essência humana. Ele dizia que o amor era coisa para poetas, escritores e musicas sertanejas do Zezé de Camargo e Luciano.  E como nas musicas dessa dupla, havia muito e sofrimento da alma humana. Ela falava que o universo conspirou para que ela e ele se encontrassem, segundo ela, já havia sido escrito pelo Plano astral. Ele dizia que o encontro dos dois aconteceu porque ele precisou ir à lotérica urgentemente, pois a energia de seu barraco tinha acabado de ser cortada.
           Ela falava que viver era uma necessidade, uma arte, uma dádiva de um ser supremo, concedida ao ser humano. Ele dizia que viver era um jogo em que se joga para vencer, mas se perde sempre. Ela falava que a noite era para os apaixonados, ele dizia que a noite foi feita para dormir. Ela falava que suas crianças precisavam consumir livros e conhecer as riquezas do mundo acadêmico. Ele dizia que suas crias precisavam ter um curso técnico pra encarar a dureza deste mundo desigual.
         Ele se encheu daquilo que outrora batizara de Filosofia barata e pediu que ela não o amolasse. Ela arrumou suas coisas, pegou seus filhos e partiu, deixando ali, a certeza que casara com um pedaço de carvão e que por mais que ela se esforçasse, jamais o transformaria em um lindo diamante.          

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Que dor é essa chamada saudade?

                                                               
                                                           Revistas folheadas pelo retrovisor do arrependimento,  Lenços esquecidos nas entrelinhas das coisas não ditas,
                              Vida! Que dor é essa chamada saudade?
                                                       Uma lareira acesa à espera de um apego,
                                                            Tenho medo de seguir por esse caminho.
                                                             Vida! Por que doe tanto ficar sozinha?
                                                                                   Minha lente embaçada por lembranças de uma                   poesia não declamada,
Não me deixa enxergar a luz no fim dessa estrada.                                                                            
Vida! Saudade é assim mesmo?                                                                                           
É essa dor danada?                                                      
Pelo retrovisor, meu futuro se afasta dos meus planos,                                                                           
Leigo engano,                                                                                 
Pensar que eu poderia esquecer!                                                                                                                                     
Vida!
Que dor é essa que não pára de doer?                               

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Resposta ao Relato de minha amiga P da vida

                                                                      

          Amigo, ela falava pelos cotovelos, só se importava com o espelho, ela não me amava! Ela nunca estava aberta ao diálogo, nossas crises eram resolvidas a base de tempo! Nossas DRs eram um amontoado de palavras mudas! Ela nunca me escutava! Eu apenas falava! Amigo, ela me criticava por gostar de jogar bola, ela jogou minha camisa do Vasco fora! Ela escondia o aparelho da Sky em dia de jogo. Aquilo me dava nojo! 
          Ela tinha ciúmes dos meus amigos, nunca me deu abrigo quando eu precisei! E olha que eu reconheço que por vezes, eu vacilei! Amigo, ontem, eu li neste blog que ela agora está na pista para negócio! Eu juro que não me importo, mas é que ela fez parecer que a culpa foi toda minha! Eu queria um cineminha, ela preferia o teatro. Eu queria o sofá da sala, ela sempre a mesma coisa, a chatice do entediado quarto.
         Amigo, ela me criticava por gostar de Aviões do Forró, vivia me ameaçando que eu terminaria realmente na casa das “primas! Eu só adiantei o clima! Eu sou assim mesmo, eu sou assim mesmo! Ela só ligava para suas melissinhas da moda e, me criticava por gostar da minha velha Kenner, cansada de guerra! Agora, ela diz que está na pista para negócio? Amigo, quem ela pensou que era para rackear meu Orkut? Ela roubou a senha do meu Facebook! E vivia cutucando minhas amigas! Ela só queria briga!
       Talvez, eu tenha pisado feio na bola, mas ela também jogou fora, muitos momentos especiais! Ela agora diz que está na pista para negócio? Amigo, pois publique ai no seu blog, as palavras desse cara, que está aqui, muito revoltado! Só não deixe as pessoas perceberem, que eu poderia estar melhor, se eu não fosse, por ela, tão apaixonado!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Relato de uma amiga P da vida

Minha amiga


           “Baiano, estou na pista para negócio! A partir de agora, eu quero varar as madrugadas, vou rejeita água parada. Eu quero partir o mundo em duas bandas! Baiano, eu agora estou na pista para negócio! Nada dessa onda de papo cabeça. Eu quero mais é que os intelectuais me esqueçam. Miséria muita aqui é pouca! Baiano, eu agora estou na pista para negócio! Não quero saber de sócio, quero autonomia no meu futuro.
              Baiano, meu amor pisou na bola, nem se despediu e foi embora. Ele ainda falou o que não deveria! É por isso, meu caro amigo baiano, que a partir de agora, eu estou na pista para negócio! Vou pegar e não me apegar! Coitado de quem se apaixonar! Vai comer dobrado! Vai penar um bocado! Vai perder o rumo! A partir de agora: eu beijo e sumo, beijo e sumo!
             Eu estou na pista para negócio! Vou dirigir na contramão, nem respeitar sinalização, a minha regra, é não ter regra! Ai baiano, o bicho com certeza pega! Eu irei do Chique ao Brega e não estarei nem ai para a moda! Eu vou pegar um bronze e arrasar na marquinha de biquíni! Eu vou corta os cabelos, vou valorizar o espelho, eu vou fazer academia. Só vai ser alegria. Eu agora estou na pista para negócio! E não levo mais desaforo para casa! Comigo agora é na porrada!     
          Eu estou na pista para negócio! Coração endurecido e ouvido prevenido. Eu agora estou na pista para negócio! Cabelos ao vento, um só pensamento, não sofro mais por ninguém! Eu estou na pista para negócio! Vinho, Birinight, Keep Cooler, Caipirinha, cerveja gelada, redondinha. Vou beber as noites e ver o sol raiar. Literalmente, estarei na pista para dançar!
          Amigo baiano, eu agora estou na pista para negócio! Sem essa de bater ponto ou crachá na portaria! Eu quero é consumir a luz do dia, admirar as tardes à beira do Lago Paranoá.  Eu agora estou na pista para negócio! Amigo, se você puder não me julgue, por favor! É que eu estou na pista para negócio, mas no fundo lhe confesso: eu ainda espero encontrar um grande amor.”  

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Toda pessoa possui uma porção maliciosa?

                                
             Domingo pela manhã, participei de bate papo interessante com duas amigas de trabalho. O papo meio que rolava ao estilo “fala que eu te explico!” Não havia um assunto especifico, mas sim, vários assuntos intrigantes. Porém, uma declaração me chamou a atenção e após muito tempo de recolhimento, meu Velho baú de minhas inquietações deu o ar da sua graça. Ele reapareceu justamente porque ouviu uma das minhas amigas declarar: Toda pessoa possui uma porção maliciosa! Toda pessoa tem um pequeno fascínio por alguém que possui um lado meio cafajeste, meio devassa!
           Iniciei um longo debate com meu velho baú e começamos a questionar e a refletir sobre referida declaração. Algumas vezes eu ouvi de um amigo ou amiga a impactante frase: Se eu fosse Sacana, aprontasse todas, talvez ele (a) me desse valor! A minha amiga do bate papo, só me fez refletir. Seria essa afirmação, a constatação de uma difícil verdade? Será que nós temos a sutil tendência a sermos atraído pelo perigo?
          Sim, porque é de senso quase comum entre as mulheres, que homens com ar de cafajeste e safado, lá no fundo, provocam certo encanto nos corações femininos.  E olha que isso não é só fraqueza feminina não. Nós, homens, fadados a sermos fortes e racionais, caímos por terra, quando a mulher foge aos padrões convencionais (Casa, comida e roupa lavada). No fundo, toda pessoa procura amor e segurança, mas se esses dois elementos vierem apimentados com uma boa dose de fantasia não convencional, a relação esquenta, fazendo com que Desejo e Paixão cresçam fortes em terreno fértil do convívio diário.
        Homens fortes viram meninos diante de uma mulher misteriosa e nada certinha. Mulheres vividas perdem o rumo diante de homens com a tão desejada pegada e aquele estilo Don Juan. Acho que por tudo isso, a minha amiga tem razão quando ela diz que “toda pessoa possui uma porção maliciosa!” Só preciso fazer uma correção: Toda pessoa tem um pouco de atração pela porção maliciosa!
        No jogo da sedução, o que chega primeiro não é o amor, mas sim: o encanto, o fascínio, o desejo, a atração! Esses elementos, normalmente são assessorados pelo proibido, mesmo que nenhuma das duas partes deva nada a ninguém, a sensação de ilicitude e mistério reina no primeiro contato. Reina uma sensação que só deseja fugir da mesmice do nosso dia-a-dia. Eu após refletir e questionar muito: concordo um pouco com a minha amiga! E você, concorda?   

domingo, 15 de janeiro de 2012

Eu nasci praia nua.

Andressa Cristina
                         Feliz Aniversário! De todos os seus Amigos!
                                  
               Eu nasci praia nua, meus primeiros passos, alcançaram a lua. Assim, cresci criança feliz. Sonhado sob as sobras dos coqueiros, amando amores de fevereiro. Sorrindo, sorrisos de mar. Eu, pés descalços sobre a areia da praia, corri mundo em pensamento. Várias vezes peguei carona no vento e abriguei o pôr-do-sol na palma da minha mão. Eu nasci praia nua, meu pensamento decorava as ruas da minha linda Alcobaça.
           Eu nasci praia nua, pele morena, cor do mundo, mundo regido pelo verão. Eu nasci verão. Eu nasci praia nua, chuva em finzinho de tarde, Por vezes quando o sangue me arde, me transformo em tempestade. Trago comigo o balanço das ondas na minha cintura, ando como toda menina baiana deve andar, lembrando o mar. Eu nasci com jeito de mar.
          Eu nasci praia nua, sorriso estampado no rosto, garota correndo feliz. Eu nasci feliz. Eu nasci com a força das massas: a massa profana no carnaval, a massa nativa do litoral, a massa religiosa na procissão. Eu nasci religião. Eu nasci fé! Fé na igreja e no terreiro, paciente espera pelo mês de fevereiro. Eu nasci fé com coração guerreiro. Eu nasci praia nua, olhar decidido, peito às vezes dividido, eu nasci sentimento. Nasci imitando vento, intempestiva desde o meu nascimento.
        Eu nasci paria nua, repleta de sonhos e objetivos. Eu nasci verão, hoje, sol e chuva se misturam impulsionando o meu coração.
          

Sorriso ao Telefone



Ele sorriu ao telefone,
E a imagem do seu sorriso,
Iluminou aquela tarde.
Ele sorriu ao telefone,
E a imagem do seu sorriso,
Fez eu me sentir a mulher
Mais interessante do universo.
Ele sorriu ao telefone,
E a imagem do seu sorriso
Despertou em mim
Vontade de viver.
Ele sorriu ao telefone,
E a imagem do seu sorriso
Fez surgir à lembrança do seu jeito tímido
De se dar sem perceber.
Ele sorriu ao telefone,
E a imagem do seu sorriso,
Apagou os dias cinzas
No meu coração.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Meu olhar errante

                                

Cravo impensante meu olhar errante,
Nas costas do meu destino,
Um vago fascínio de minhas retinas enganadas,
Assim eu vejo a minha humanidade desordenada.   

Nos livros, o mundo visto nas entrelinhas,
Desdenha das minhas retinas desenganadas,
Um capítulo, uma estrada, meu olhar errante,
Já não enxergo mais nada.

E nas costas do meu destino,
Nem sinal do fascínio do meu olhar,
E a partir de agora, o que será?
Nos meus livros, nada pude registrar.

Admiro impensante,
O meu enquadrado olhar na estante,
Antes, lapidado diamante,
Agora, triste olhar errante.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Aquele sorriso que derrubava minhas defesas

Minha nega Thesca
                                             
             Coisa dispersa é essa vontade de ter você hoje. Algo raro nesses últimos dias, minha alegria, me enviou um torpedo dizendo estar com medo, dessas velhas recordações. Coisa dispersa é essa saudade de você hoje.  Que estranho, após tamanho espaço de tempo, este sentimento reaparecer? Deve ser coisa à toa, na boa, vou ficar aqui no meu cantinho e tentar esquecer.
             Aquele sorriso que derrubava minhas defesas, aquele olhar que bagunçava a minha certeza. Ah!  Jeito desprotegido que meu amor possui! É melhor nem lembrar! Quer saber? Já fui. Mas ir para onde? Se é aqui dentro do meu peito que ele se esconde! Coisa dispersa é esse apego do meu apego por você hoje. Não é só a minha alegria que tem medo dessas velhas recordações.
           Coisa dispersa é esse querer de fogueira por você hoje. Algo raro nessas últimas noites, meu desejo, revelou-me ter perdido o medo, de estar novamente naqueles braços. Coisa dispersa é esse embaraço de sentimento por você hoje. Algo claro e tão a flor da pele, que eu peço a Deus que o revele aos quatro cantos do mundo. Coisa certa é essa vontade de você hoje. Algo bobamente camuflado nesses últimos dias.      

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Eu amo por não ter certeza de nada.



Eu amo.
Ser humano à beira do caos,
Vasos repletos de ausência de flor,
Eu amo o que se chama amor!
Eu amo.
Calendário riscado sem data especial,
Espelho abstrato, meu algo banal,
Quintal de frases concretas,
Eu amo amar de maneira incerta.
Eu amo.
A voz rouca da saudade,
Amo a procura louca por toda a cidade,
Agente precisa amar,
Amo o amor que enlouquece agente.
Eu amo.
A tempestade que é o Esperar,
Amo o furacão que é se desesperar,
Amo a imposição do amanhã.
Amo o pecado gostoso,
Adoro a proibida maçã.
Amo as loucuras da paixão,
Eu amo por não ter certeza de nada.