segunda-feira, 9 de maio de 2011

Balé das almas

Dentro da Janela, dia vazio.
Perto da aquarela, frio.
Formas abstratas a vagar
Lindo balé das almas.

A luz opaca na calçada,
As recordações, a insistência no presente,
O luto duvidoso do futuro,
Triste balé das almas.

Uma via derradeira,
Duas vias na prateleira,
Um retrato como relato,
Inacreditável balé das almas.

Beijos imitando vôos de foguetes,
Segredos desvendados nos bilhetes,
Um dia irei lhe encontrar
No belo balé das almas.

2 comentários:

Lilia Tavares disse...

Nossa este é meio macabro né. Parece o relato de uma alma perdida depois da morte. Foi isso o que quiz passar?

Unknown disse...

Lilia,
O poema fala da saudade, da saudade neste e em outro plano!