sábado, 7 de novembro de 2015

A onda e mar de Mariana. (para a minha conselheira, Mariana)

Na foto: leitora e colaboradora, Mariana Fonte.



           A minha onda é ser uma figura sempre na minha, uma figura discreta e sem muitos alardes. Sei que sou motivo de festa para poucas retinas, mas o brilho do meu olhar jamais o anonimato irá apagar. Talvez, nem todo vestido me caia bem, mas já ouvi de um antigo bem, que eu sou como aquela nota perfeita que cai bem em qualquer canção.
          A minha onda é ser uma figura sempre na minha, uma figura que conhece os limites entre a fronteira do sensual e o vulgar, da paixão e do amar, sou uma figura que conhece a diferença entre amor e sexo. Talvez, talvez eu seja apenas uma figura que simplesmente saiba conversar com o mar. O mar é sempre um bom conselheiro.
         A minha onda é ser uma figura sempre na minha, uma figura irreverentemente tímida e timidamente irreverente. A dualidade é uma onda que habita meu ser de maneira latente. Sei dos conselhos do espelho e da tal busca pelo corpo perfeito, mas um dia, um dia o mar me falou que eu representava a perfeita simetria: corpo, alma e coração. E naquele fim de tarde, naquele dia, enquanto o mar, aquelas belas palavras me dizia, eu chorava de emoção.


André Mantena

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