Na foto: leitora e colaboradora, Mariana Fonte. |
A minha onda é ser uma figura sempre na
minha, uma figura discreta e sem muitos alardes. Sei que sou motivo de festa
para poucas retinas, mas o brilho do meu olhar jamais o anonimato irá apagar.
Talvez, nem todo vestido me caia bem, mas já ouvi de um antigo bem, que eu sou
como aquela nota perfeita que cai bem em qualquer canção.
A minha onda é ser uma figura sempre na
minha, uma figura que conhece os limites entre a fronteira do sensual e o
vulgar, da paixão e do amar, sou uma figura que conhece a diferença entre amor
e sexo. Talvez, talvez eu seja apenas uma figura que simplesmente saiba
conversar com o mar. O mar é sempre um bom conselheiro.
A
minha onda é ser uma figura sempre na minha, uma figura irreverentemente tímida
e timidamente irreverente. A dualidade é uma onda que habita meu ser de maneira
latente. Sei dos conselhos do espelho e da tal busca pelo corpo perfeito, mas
um dia, um dia o mar me falou que eu representava a perfeita simetria: corpo,
alma e coração. E naquele fim de tarde, naquele dia, enquanto o mar, aquelas
belas palavras me dizia, eu chorava de emoção.
André Mantena
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