quinta-feira, 14 de abril de 2011

Barulhinho do Café


Disfarça o pranto no canto da sala
E admirar as malas que estão partindo
Mesmo sentido a solidão hospedar-se
No antigo quarto que pertencia ao amor.

O sopro do ventilador,
A dobradiça na velha porta da cozinha,
O barulhinho do café aquecendo a xícara,
Sons que dão o tom de sua ausência.

Um bilhete insistindo em lhe chamar,
Uma visita inesperada pro jantar,
Recepcionadas por uma sala
Iluminada por seu sorriso na parede.

Sem você, quando nasce um novo dia,
Morre um pouco do meu novo ser,
Pois quando volto para casa toda noite,
Ainda sinto e ouço seu cheiro correndo
Na esquina para me receber.

Preciso acostumar-me com a idéia
De ter que esquecer os nossos costumes,
Eu preciso aprender a viver
Sem suas loucas cenas de ciúmes.

Nenhum comentário: