terça-feira, 5 de abril de 2011

Eu, as Coisas e o Tempo

Eu, as Coisas e o Tempo

E me vejo aqui assim,
Juntando os cacos das minhas lembranças,
Planos perdidos pelos vão do tempo,
Sonhos encurralados nas vielas do impossível.

E me vejo aqui assim,
Em um porto acenando para o passado,
Recordando tardes em jornais de fantasia,
Eu, as coisas e o tempo.

Percebo que tudo mudou,
Que amores outrora eternos,
Deram lugar a fotografias esquecidas
Na imensa solidão de pequenas gavetas.

E me vejo aqui assim,
Abraçado ao museu do arrependimento,
Lembrando a fiel roda de amigos,
Que impulsionada pelo moinho do destino,
Girou cada um para direções contrarias.

E me vejo aqui assim,
Perdido na doce fragrância da dúvida,
De como teria sido se nunca tivesse existido
Eu, as coisas e o tempo?

4 comentários:

junior disse...

Andrezão....adorei..olha! te peço autorização para lançar no FACE BOOK,OK!
Isso aí..não pare....forte abraço..

Junior Brazuca.

Unknown disse...

Edson,
Esteja a vontade meu velho amigo!
um forte abraço, vc sabe que essa poesia (Eu, As Coisas e o tempo) tem muito da nossa época ai em Salvador.

Unknown disse...

André..que palavras profundas, acho que foi escrito para mim!! rs
Chorei...estou tentando por mais um dia...eu vou conseguir!!!
Obrigada por dividir seus momentos com os amigos.
Beijo*

Unknown disse...

Rita,
o tempo tem dupla função no universo, ele é amigo fiel e ao mesmo tempo, nosso maior inimigo, porém contuará sendo Rei de todas as tristezas e alegrias. Ele cura e abre feridas, ele nos faz esqecer e lembrar, amar e odiar, por isso asolução amiga é:

Dê tempo ao tempo pra chegar seu tempo!