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Um caos
silenciosamente arquitetado, administrativamente implantado, um momento que
custará um longo período de escassez para a população. Uma avalanche de más
noticias, uma enxurrada de desconfiança, é o momento do caos em HD. Agora é a
hora de o povo se unir para evitar que o governo parcele o salário dos
trabalhadores. Desce a qualidade dos serviços essenciais e sobe o preço da
cesta básica. Basicamente, até o básico virou luxo. Um caos politicamente
instalado.
Um caos organizado,
politicamente pensado, um momento matematicamente calculado. E o povo? Bom, o
povo vai sendo tangido feito gado. A palavra, a música, a roupa, a celebridade
do momento, atende pelo nome de “CRISE”. Um caos milimetricamente pensado,
paulatinamente instalado nos vãos dos nossos “tô nem ai”.
Um caos organizado,
sistematicamente arquitetado, implantado enquanto o povo admirava as novas
arenas multiuso, enquanto o povo cantava “estou indo embora”, enquanto o povo
discutia se era correto ou incorreto o beijo gay na televisão. Um caos
silenciosamente instalado enquanto o povo contava cinquenta tons de cinza. Um
caos assustadoramente devorador, um caos que atende pelo nome de “CRISE”.
Uma crise que devora o país e traz a incerteza
no futuro. E o povo? Bom, o povo está preocupado com o G4 do campeonato
brasileiro, está preocupado quando vai rolar o próximo festival de samba, o
próximo Villa Mix ou está agora em frente à TV curtindo o Rock In Rio.
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