Píer do Minas Brasília Tênis Clube 11/02/2012 (Foto by André Mantena) |
Eu queria atracar meu coração em algum porto que me fizesse feliz. Algum porto que me desse segurança. Cansado de navegar por mares revolto, finjo-me de Porto para o meu próprio eu. Ateu de coisa alheia eu procuro na areia, pegadas para me acompanhar. E volto a navegar! Não conheço Píer ou Farol amistoso, trago no rosto, receita de solidão. Gaivotas ensaiaram um vôo amigo para acompanhar a minha embarcação. Durou pouco tempo, novamente, solidão.
Eu, barco à deriva, conheço bem a brisa que sempre me leva para o mar. Falo a língua dos ventos, mas não compreendo o meu coração. Do mundo, naveguei todos os oceanos, mas o meu leigo engano foi nunca navegar o meu coração. Hoje, barco solitário em Píer esquecido. Atracado ao seu próprio destino de jamais ter vivido uma verdadeira paixão.
2 comentários:
André, todos precisamos de um porto para atracar, mas o mar do amor é agitado e as vezes o balanço da maré nos distânciam desse porto, entretanto, a verdade dessa maré nos faz navegar para este, onde poderemos ficar do lado quem irá trazer a calmaria, assim como nessa bela tarde de chuva a margem deste pier....De verdade o mar da vida é cheio de marés altas, ou, baixas mais de fato, quantas veses nos lançamos nessa maré em busca deste porto?????
Bom texto negão, como sempre...
Renato,
Terum porto seguro é algo singular nessa vida!
Abraços,
André
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