quinta-feira, 11 de abril de 2013

Trago no olhar toda a minha bagagem.


                         
Na foto: leitor e cantor, Lino Mourais.

       Sigo em frente e acredito no pulsar das coisas que eu quero para mim. Andando a passos curtos, concluir longas jornadas. Sonhei em ser população quando um alguém me beijou, mas resultei solidão, no ventilar do apego que meu peito sonhou. Conheci ruas tecidas por grandes promessas de fidelidade, contemplei paisagens que me fizeram recordar do ser que eu um dia serei.  A vida me ensinou a caminhar os passos que eu caminhei.
       Tive fome e passei frio, no inverno povoei o vazio, no verão sonhei sozinho. Porém sigo em frente, sigo acreditando no pulsar das coisas que eu quero para mim. Contabilizei alguns bancos de praça e de graça fui ninado pelo luar. Não amontoei efêmeros sorrisos e abracei o que eu precisei para não pensar em deixar de existir.
       Trago no olhar toda a minha bagagem, o que eu vi e vivenciei formaram o que eu carrego na mochila. Caminhei em busca de um amanhã que eu insisto em não deixar acontecer. O maior medo do ser humano é o medo que ele tem de viver. Sonhei em ser população quando um alguém me beijou, mas resultei neste ser errante, que o apego não se apegou.

Um comentário:

LINO MOURAIS disse...

Talento, o mundo precisava conhecer teus textos, maravilhosos sempre! Abração, sou teu fã.