domingo, 21 de abril de 2013

Nunca mais, nunca mais...

Na foto: leitor, Marcelo Soares Braga.



Abri o portão e fechei minha alma
A calma me disse adeus e eu
Nunca mais, nunca mais...
Tive paz
Ali no altar do mar
A paz disse-me: vou lá
E a caneta no papel
Nunca, mais, nunca mais...
No chão do não da solidão
Um louco gritou no piso liso
Do nada que restou no corredor
do vão que guardava a minha dor.
E no caminho ponte que me transportava
Nada das coisas do meu bem
E não tem remédio que cure essa
Ausência de paz.
E no piso liso do vão da minha solidão
Abri o portão e fechei minha alma
E nunca mais, nunca mais...
Tive paz.                  

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