segunda-feira, 10 de junho de 2013

Eu ainda estou de pé.

Na foto: leitor, Ugo Cesar Loroza.


   Senhor! As coisas estão difíceis! A caminhada está complicada e nos meus ombros parece que está o peso do mundo. Estou no Vale do desanimo profundo. Senhor! Meus dias são longos e sem perspectiva! E quando a noite cai, cai por sobre mim, todas as frustrações dos meus sonhos não realizados. Senhor! Carrego um fardo por demais pesado!
 Senhor! Até o amor está se distanciando do meu peito, de um jeito tão ingrato: cuspindo no próprio prato! Estou acompanhado pela ausência de carinhos e me sentir sozinho se tornou um bom lugar para me refugiar. Senhor! O dinheiro não cria raiz em minhas mãos, mas a semente das minhas dívidas encontra terra fértil para próspera plantação. Na minha horta é só desilusão!

        Senhor! Hoje eu percebi que só estou de pé porque a minha fé ainda me faz caminhar! Só estou de pé porque alguns poucos anjos ainda tentam me alegrar. Senhor! Eu ainda estou de pé porque aqui dentro de mim, algo insiste em me dizer que minha hora vai chegar!    

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