quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Verdade pouca para mim, sempre foi mentira.

Na foto: leitora, Andréa Vasconcellos.


       Não sou tão intima das palavras polidas e nem dos discursos politicamente corretos, meu vocabulário não é lá assim tão vasto e meu dicionário é um livro eternamente entreaberto.  Eu tenho vendavais que vezes em sempre saem da minha boca, verdade pouca para mim, sempre foi mentira. Não decoro frases, pois minhas frases são sempre livres para voar.
          Eu nunca passeei pela avenida do ficou por dizer, tampouco decoro jargões batidos da TV, eu digo o que eu tenho para dizer. Tenho dificuldades em deixar as coisas subtendidas, acho que a vida não precisa de mensagens subliminares. A palavra calada é travesseiro que só reverbera em nossos próprios pensamentos, palavra falada é mais que verbo, é personificação de sentimentos. 

         Eu sei que o pensamento é o filtro da indiscrição e que palavra lançada jamais deixa de cumprir seu itinerário. Uma vírgula mal colocada provoca uma guerra e destrói um mundo, acho que já participei de algumas várias guerras mundiais. Aceitei não vestir o manto da política da "boa vizinhança" e sofri muito por andar à margem das idéias subtendidas, mas ao meu lado, pessoas que me amam, me dizem que por eu ser assim, elas podem confiar em mim.              

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