Na foto: leitora e amiga, Thaísa Sousa. |
Naquele simples gesto de estender a mão e oferecer amizade, ela
ensinou-me: que no olhar em silêncio haverá sempre uma conversa sincera, mas
que nem sempre em uma conversa sincera as pessoas se perdoam de coração.
Ensinou-me que os dias morrem, mas são imortais. E que as noites são negros
cristais lapidados pelos sonhos dos mortais.
Naquele simples gesto de estender a mão e oferecer amizade, ela
ensinou-me: que seria ponte que me ajudaria a atravessar os dias difíceis e as
tardes nubladas, sem pôr-do-sol. Ensinou-me que o abraço não precisa de datas
especiais e que o beijo na testa é sinal de respeito e, o que falta a muitos
casais. Ela pôs por terra o mito do elo sanguíneo; pois o amor transcende
qualquer vogal e consoante, positivos e negativos de alguns tubos de ensaios
rotulados em prateleiras e estantes de qualquer laboratório desse plano
terrestre.
Naquele simples gesto de estender as mãos e me oferecer amizade, ela
ensinou-me: que não ter pressa também é lutar e correr atrás dos seus
objetivos. Ensinou-me que não são os ponteiros dos relógios e as datas nos
calendários que ditam e medem o quanto duas almas se conhecem e se amam.
Ensinou-me que quando o plano espiritual abençoa, uma verdadeira amizade
ultrapassa várias existências até se encontrarem definitivamente no vale da
eternidade.
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