Na foto: leitora, Daiana Nascimento. |
O silêncio
é um todo fragmentado, é pensamento não falado, apenas pensamentado. O ato de
silenciar é mais do que moinho de sentimentos, é mais que pensamento, silenciar
é ponderar o imponderável. Ele pode ser fantasma ou o seu melhor conselheiro,
inimigo ou travesseiro, ele pode ser o seu mais implacável juiz.
Nem sempre quem cala consente ou mostras-se indiferente, silenciar pode
ser também não aceitar o aceitável, evitar o inevitável. O silêncio é grito no
universo da inconsciência surda. Ele não é sinal de fraqueza ou falta de
argumento, às vezes, silenciar é discernimento. Quem silencia avalia de um
lugar chamado cautela, não se debruça na janela da incompreensão.
O
silenciar não é se omitir e nem permitir que os outros passem por cima de você.
Silenciar é entender que em certas horas a palavra calada é o discurso mais
eficiente contra aqueles que só enxergam o espelho. Silêncio, ato solitário de introspectivo
itinerário, grito mudo no universo absurdo das palavras impensadas. Silenciar é
calcular caminho e garimpar pensamentos, é conversar mesmo estando sozinho, é
entender seus sentimentos.
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