quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O silêncio é grito no universo da inconsciência surda.

Na foto: leitora, Daiana Nascimento.


  O silêncio é um todo fragmentado, é pensamento não falado, apenas pensamentado. O ato de silenciar é mais do que moinho de sentimentos, é mais que pensamento, silenciar é ponderar o imponderável. Ele pode ser fantasma ou o seu melhor conselheiro, inimigo ou travesseiro, ele pode ser o seu mais implacável juiz.
  Nem sempre quem cala consente ou mostras-se indiferente, silenciar pode ser também não aceitar o aceitável, evitar o inevitável. O silêncio é grito no universo da inconsciência surda. Ele não é sinal de fraqueza ou falta de argumento, às vezes, silenciar é discernimento. Quem silencia avalia de um lugar chamado cautela, não se debruça na janela da incompreensão.      

           O silenciar não é se omitir e nem permitir que os outros passem por cima de você. Silenciar é entender que em certas horas a palavra calada é o discurso mais eficiente contra aqueles que só enxergam o espelho.  Silêncio, ato solitário de introspectivo itinerário, grito mudo no universo absurdo das palavras impensadas. Silenciar é calcular caminho e garimpar pensamentos, é conversar mesmo estando sozinho, é entender seus sentimentos.        

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