Foto tirada da internet. |
A
fé cega nos ideais atiçou a faca amolada da intolerância, a irracionalidade
aproveitou a ocasião e nos corações insatisfeitos fez sua morada. A inversão de valores, a paz armada até os
dentes e um punhado de gente de bem perplexa em frente a TV. Um rasgo no tecido
da democracia difere dos normais conceitos de reivindicação. Onde está a lógica
de tudo isso, meu irmão?
Uma parcela da população ganhou as ruas do país para tomar à força o que
é seu por direito, leiga e redundante sensação de direito de um punhado de
mascarados. Hoje, o povo já não pinta mais a cara, já não canta mais o hino
nacional nas passeatas. Hoje, o povo esconde a cara e nega a sua identidade. Hoje,
grande parte dos protestos está recheada de ausência de prudência e verdade. Os
manifestantes já não mostram mais a cara. A cara do povo que conquistava tudo
na diplomacia e na paz.
A
cara da vez nas manifestações está à mercê de um desenho falado, à margem da
cara do povo que mostrava a cara. Agora, a cara que se mostra é a cara que
enfrenta a policia, que enfrenta o Estado e que: a ferro e fogo, a dente por
dente, a olho por olho transforma um momento de reivindicação em um campo de
batalha que ceifa vidas de trabalhadores inocentes. Será que a cara coberta da
desordem é a nova cara do Brasil?
Agora, “é pau, é pedra, é rojão e descaminho! É um corpo caído, um corpo
sozinho. É spray de pimenta, é bala de borracha, cassetete, é material que
inflama, é coquetel molotov. É a paz na lama, é a lama, é a lama!" Temos o
direito de protestar por melhores condições de vida, mas não temos o direito de
mutilarmos famílias, de ceifarmos vidas e proliferar a insegurança e o caos por
toda a sociedade.
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