quarta-feira, 17 de julho de 2013

Amor tem que ser desmesurado.

Na foto: leitora, Glênia Silva, foto by Thiago Lustosa.


         Amor tem que ser livre, leve e louco. Amor tem que achar pouco o tempo que dura uma eternidade para se amar, amor tem que ser mar. Tem que ser cabelo desarrumado, pupila dilatada e respiração ofegante, tem que ser bilhete malicioso e retrato na estante. Amor tem que ser desmesurado. Precisa de dias ensolarados e de noites com chuva, precisa de lixo e de luxo. Não exige nada, se contenta com pouco e nos oferece tudo.
        Amor tem que correr na veia, na via de mão dupla e repousar no véu, precisa ter gosto de fama, cama e mel. Tem que ser amigo da sorte e entender o acaso, nascer de encontros, está sujeito a desencontros e não pode temer os contrários. Amor não precisa de itinerário. Amor precisa ser de verdade e conhecer a mentira, precisa ter milhões de amigos, um punhado de inimigos. Amor precisa ser família.

       Amor tem que ser livre, leve e louco. Precisa ter pegada, ser morada e sutil. Às vezes precisa ser lento e parar o tempo quando o momento for sublime. Às vezes precisa correr quando o lance for encontrar o objeto amado. Ele precisa encher a cama, a mesa e os olhos, amor precisa de felicidade. Ele precisa ser a própria felicidade e tornar a vida de quem ama muito mais feliz.           

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