segunda-feira, 1 de julho de 2013

Ninguém entenderá na verdade o que sente o meu coração.

Na foto: leitora, Andréa Vasconcellos.


         Asas para voar, fruta doce e virgem, amor das coisas boas que a vida tem. Ninguém entenderá o que sente o meu coração. A folha que precisa cair para anunciar o outono, o rei sem trono, a parábola que a flecha faz sem saber a razão de ser. Ninguém entenderá na verdade o que sente o meu coração.
        Um olhar perdido no horizonte, um transpassar dos montes, uma ferida que finge cicatrizar. Um vitral sem brilho, um tocador que perdeu o estribilho, a bailarina solitária no meio do salão. Ninguém entenderá na verdade o que sente o meu coração.

       

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