terça-feira, 9 de agosto de 2011

Essa forma de amar dói mais?

              Hoje, terça-feira, 09 de agosto de 2011, ouvi algo de um amigo que chamou muito a minha atenção.  Meu amigo e eu conversávamos sobre varias coisas, até entrarmos no campo sentimental, ele questionando-me sobre como era a vida de casado, se eu tinha me arrependido de estar a tanto tempo com uma única pessoa? Perguntou-me também, como era a sensação de ter a certeza de que se tem sempre alguém lhe esperando?
             Debaixo daquela chuva de interrogações, lancei também a minha pergunta, o silêncio foi total durante uns dois minutos aproximadamente! Minha pergunta foi rápida e certeira: “E você também tem alguém na cabeça vinte e quatro horas por dia?” Meu amigo ficou olhando o horizonte por frações de eternidades e com muito custo me respondeu: “Tenho alguém sim, mas gosto em silêncio!” a resposta se misturou ao sereno das 06h23min da manhã e seguiu sozinha virando as escuras esquinas do SCS.
             Não quis ir adiante com as perguntas, mas meu velho baú das minhas inquietações não me deixou trabalhar sossegado, solicitei sugestões de temas para o texto de hoje, porém a resposta dada pelo meu amigo, não saia da minha cabeça. Por que gostar em silêncio? Sempre falei e escrevi sobre o amor, mas o amor que eu sempre falei, é um amor festeiro, sofrido, louco, contido, mas sempre amor para os quatro cantos do mundo saber que ele existe.
            Dessa vez, o amor que se apresenta, é um amor silencioso, abafado, quais as razões que levam uma pessoa a amar em silencio? Conheço pessoas que por finalizarem um relacionamento, mas ainda continuam gostando, realmente se calam e tentam aniquilar o sentimento, mas ele não nasceu mudo! Tornou-se mudo! Agora, iniciar um sentimento na imensidão do silêncio, isso é diferente! Meu amigo, pelo jeito, gosta para ele, vive esse sentimento só para ele. Essa forma de amar dói mais?
            Nos meus tempos de garoto lá em Salvador, havia um amigo que gostava de uma garota da nossa turma, mas ele nunca se declarou para ela. Pagou caro pelo silencio, por várias vezes, ele a viu ficar com outros garotos e ele para não ficar só, também ficava com outras garotas, mesmo gostando dela. Esse gostar durou no mínimo, uns cinco anos, todos esses anos regados a muita lágrima e arrependimento! Recentemente, presenciei histórias que chegaram ao fim, mas uma das partes continua amando, em silêncio, mas amando.  
           As lágrimas também regam nossos dias, mas o sentimento silencioso vagueia por algum peito apaixonado.  Muitas razões existem para que se viva um sentimento em silêncio: a impossibilidade do relacionamento; a não correspondência do sentimento; uma magoa deixada pela separação ou o simples calar de um peito por achar que jamais terra chance com o ser amado!  Você que acompanha essas linhas agora, já amou em silêncio?       

5 comentários:

Anônimo disse...

Às vezes amar em silencio é bom para si próprio, um momento só seu, reservado que não precisa ninguém saber, talvez por um simples medo de rejeição, você aceita esse silêncio e viver com um amor platônico.

Unknown disse...

Leandro,
Precisamos entender o cenário e sabermos a hora de revelar o nosso amor, o silêncio é companheiro e inimigo, nos alivia e nos tormenta!
precisamos achar o equilibrio!
Abraços,
André

Anônimo disse...

André,
Diz o ditado: "O sol, que as vezes se esconde por detrás das nuvens, não passa nunca."
Acredito que, devemos buscar a nossa felicidade, não devemos ter medo do "não", não podemos nos privar da felicidade..Vivencie este amor, persista!
Meu deus, amar em silêncio é cruel e doloroso!
No meu caso, como não tenho oportunidade, preciso mais sentir do que por em prática, por isso, estou amando em silêncio!!
Beeijo,
RIta de Cássia

Unknown disse...

Rita,
Há uma canção do Lulu Santos que diz: "Eu te amo calado/como quem ouve uma sinfonia.... Isso é a representação perfeita do grito do amor que você sente !
Abraços,
André

Anônimo disse...

André,
Vc tem razão!
E já dizia a Janis Joplin: "Choro gritando porque o homem que amo.. não gosta de mim!"
Beijo,
Rita de Cássia