Na foto: leitora, Cicilia Amaral. |
Em cada
rua que passei, tantinho de segredo eu deixei.
Cada calçada que eu sentei,
Acho
que ali, também chorei, chorei.
Em cada lugar que eu conheci:
morri, vivi e nasci.
Deixei
saudades e trouxe no peito
a vontade de um dia retornar.
Cada telhado que abrigou meus pensamentos,
deixou
comigo também seus
“contos pra
ninguém jamais contados”.
Eu aprendi
debaixo daqueles telhados!
Em cada
janela, espera.
A cada abrir
de porta, uma volta,
um alguém que nunca voltou
E nunca
voltará.
A cada
caminhar do calendário,
A odisseia
do tempo a se eternizar.
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