quarta-feira, 22 de junho de 2011

Traição, um ato, dois sentimentos diferentes


                                             

  Quando pensei no que escreveria hoje, 22 de junho de 2011, quarta-feira, um dia que raiou trazendo final de Taça Libertadores da América, o time do Santos é o Brasil na decisão. Irá jogar contra o Penarol, relembrando a histórica final de 1962, decisão que naquela oportunidade, teve um final feliz para os brasileiros. Além do clima envolvendo importante partida, é necessário registrar, que se trata de uma quarta-feira, véspera de feriado de Corpus Christi.
            Então, meio envolvido com tudo isso, fiquei garimpando meu velho e mágico baú das minhas inquietações, e percebi que, hoje, faria diferente, perguntaria para algumas dos meus amigos e amigas, qual tema eles gostariam que eu postasse neste blog. De cara, Poliana e Andressa como um coro uníssono, soltaram no ar o tema “A Dor de uma traição” relutei de inicio e logo em seguida, questionei a Poliana a razão do tema, sim, pois pelo que sei da minha amiga, não constava em seu curriculum, dolorosa experiência.
            Ela é uma mulher alegre e com um ar de quem ainda não saiu da adolescência, tamanha sua meiguice e simpatia, não combinava nada com o ar de alguém que tivesse passado por tamanha desilusão. Andressa, um pouco mais experiente, também não trazia, nem se quer uma leve impressão de navalha em suas palavra e atitudes, logo ela, que esbanja suingue e muita malemolência da mulher baiana.
             Não, sem sombras de duvidas, não, não, não. Então porque escrever sobre traição? A resposta foi também quase tão uniforme, quanto à idéia do tema, queremos entender a razão de um mesmo ato, expressar dores diferentes no homem e na mulher? Bom, como se não bastasse, o tema ficou martelando, martelando, martelando, quando percebi, já estava envolvido e praticamente sendo o tema e o tema sendo eu, sendo assim, não poderia falar de tão embaraçoso tema, sem separar as partes mais importantes dele, o homem e a mulher.
              Quando um homem e uma mulher iniciam um relacionamento, fazem meio que inconscientemente, um pacto de instinto, um pacto de regras e condutas, que eles juram seguir por toda a vida, ou enquanto durar o amor. O homem traz consigo a carga da razão, a coisa dos passos pensados, o homem ama e pode amar loucamente uma mulher, ele pode se entregar, fazer desse amor a razão da sua vida, mas acontece que o homem é essencialmente carne, tesão, pele e, quase muito pouco paixão,
              Homens românticos existem aos montes, percebam apenas, que o que eu estou me referindo é que mesmo com toda gama de sentimentos, o homem consegue se desvencilhar da emoção e agir só com a razão, neste caso aqui, rebaixada a categoria de tesão. A mulher por sua vez, traz consigo a carga da emoção, a entrega desmedida, sem fronteiras, a parte elo e compromisso do relacionamento.     
              O homem nos leva quase ou em algumas vezes a acreditar que quem ama trai e quem trai também ama, em outras palavras, no amor há pele, mas na pele não há amor! O que isso parece querer dizer, é que, Uma pessoa pode amar outra, e sentir desejo (tesão) por outra que não seja a pessoa amada! Complicado entender e aceitar, mas é o que acontece no nosso dia a dia, quando falo que o homem é razão, falo nesse sentido, amar alguém e deitar-se com outro alguém, sem misturar sentimento de desejo.
             No caso da mulher, na maioria das vezes, isso é diferente, falo na maioria das vezes, porque existe mulher que age igual ou pior que homem! Mas voltando ao comportamento feminino, ela não consegue separar tesão de amor, para a mulher, o primeiro está intimamente ligado ao segundo, na ótica feminina, não é possível amar uma pessoa e sentir tesão por outra, sua própria essência emotiva lhe condena, daí, entendendo os dois mundos, percebemos porque uma traição dói de forma diferente para o homem e para a mulher.

             Quando o homem é traído, cai por terra todo um emaranhado de sentimentos orgulhosos, que envolve machismo, autoritarismo e sensação de perda de um jogo, sem falar no sentimento de diminuição que toma o homem. Lá no seu intimo, se um homem sabe que foi traído, o que lhe pesa mais é saber se os outros têm conhecimento, a sua imagem é a principal preocupação, não o ato em si, porque faz parte do dicionário masculino, jurar que está sempre preparado para infeliz acontecimento. O homem é capaz de aceitar a mulher de volta, se ele tiver a inútil certeza de que ninguém mais soube do ato infiel, e olha que isso não é difícil de acontecer!   

                 A mulher quando é traída, cai por terra um castelo de sonhos e promessas realizadas e firmadas logo no primeiro beijo, lembra do pacto instintivo? Quando a mulher é traída, o mundo perfeito se desfaz, a entrega desmedida, a moção incontrolável, tudo isso perde a cor, ou seja, o amor eterno e parceiro, se transforma em um sentimento desesperador de caminhar em vão!
                 Ela, por amar de forma incondicional, não aceita o perdão do ser amado e não o perdoa, porque o elo se quebrou e naquele momento, o que menos importa para a mulher, é se as pessoas, a rua, o bairro, a cidade, o pais, o mundo, o universo tomaram conhecimento de infeliz acontecimento. É mais complicado para a mulher esquecer uma traição, porque ela só contará com o tempo como principal conselheiro. O homem poderá ter como aliado, seu sentimento machista e egoísta herdado lá nos primórdios, e na verdade, o homem por colocar o orgulho ferido em primeiro lugar, tende a sair mais rapidamente da dor da traição.  
               No final de tudo, todos perdem, quem traiu, quem foi traído, quem chorou, quem sorrio, precisamos fazer do momento presente com a pessoa amada, sempre um momento eterno, valorizar enquanto juntos estivermos e respeitar, nós, homens e mulheres precisamos abrir  o coração e deixar a verdade reinar, talvez assim, sejamos mais felizes!


3 comentários:

Anônimo disse...

André, assunto complicado e complexo.
A infidelidade transforma os sentimentos em angústia e infelicidade, na maioria dos casos. O cérebro do homem é visual, o que faz com que o desejo seja acionado várias vezes ao dia..rsrs A mulher sai à caça, geralmente qdo não esta satisfeita com o que está com ela (eu acho!)..rs
Enfim, não é pq estamos predispostos a trair que não temos a opção de escolher viver uma relação monogâmica feliz. Tudo depende do nosso controle. Traição não é inevitável.
André, já diz o ditado: " Não importa onde vc faz o seu apetite crescer, desde que vá jantar em casa." Entendeu?!? rs
Comparando ao que vc disse no último parágrafo, são momentos instantâneos que podem ser aproveitadas ou perdidas de acordo com a nossa atitude, reação.. precisamos aproveitar oportunidades que a vida oferece.
Beeeijo*
Rita de Cássia

Unknown disse...

Rita,
tolo daquele que quer voar sem se importar com o sentimento alheio, o homem, realmente é muito mais propricio a traição, a mulher é a emoção da história, porem muitas perdoam, por tamanho amor que sente!
Abraços,
André

Anônimo disse...

Eu sou a emoção em pessoa..E se amo, perdoo!
Beijo*
Rita