quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Eu caminho por lugares que jamais caminhei.

                            
             Eu caminho por lugares que jamais caminhei, minha mente traça todos os trajetos desse meu caminhar. Sinto-me só, ando só, meu ser é só. É como se os dias fossem recheados de planos de vôos que eu nunca alçarei, meu destino é viver só, eu sei. Eu não conheço aquele no espelho, já não me reconheço no espelho. O espelho não já não me diz nada! Eu sonho com vidas que eu jamais vivi. Vidas onde eu fui feliz, amores?! Eu tive! Mas apenas um eu reconheci, amor solidão, amor que não sai de mim.
              Eu caminho por lugares que certamente eu nunca os conhecerei, lugares que gritam dentro de mim. Eu não sei da razão, não sei de emoção, só há duvida no meu coração. Qual direção tomar? Qual caminho caminhar? Enquanto isso, eu vou caminhando, sem caminhar, sem sair do lugar. Um dia admiro o pôr-do-sol, outro dia estou apaixonado pelo luar, rara e constante indecisão de amar!
              Eu caminho por lugares versados por poesia e música, não escuto nada, não percebo nada. A poesia abstrata se faz refém da minha indecisão, a música inata se diz desiludida com a minha emoção, enquanto isso, eu aqui, só, com a minha solidão. Eu caminho por lugares esquecidos dentro de mim. Caminho pelos meus doze anos de idade, idade onde eu fui feliz! Caminho pela minha adolescência, fase mágica de um ser que sempre eu quis. Esse ser sou eu, que agora procura ser feliz!
              Eu caminho por lugares que jamais caminhei, lugares de luz e paz, lugares que eu não conhecerei jamais!

Nenhum comentário: