segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Na palma da minha mão

                                                          

                Na palma da minha mão, um globo terrestre! Um hemisfério sul, uma via láctea. Na palma da minha mão, muitos traumas, muitas almas buscando redenção. Um parto, um porto, um aborto abortado.  Na palma da minha Mão, um querer de fogueira, um conversar à beira da lareira. Uma vida passada a limpo. Na palma da minha mão, um renascer das cinzas, aço sofrendo ação do fogo, metal que perde a forma.
            Na palma da minha mão, uma rua deserta, uma porta entreaberta, uma espera na janela. Na palma da minha mão, uma noite lá fora, um nascer da aurora, um raiar do dia. Na palma da minha mão, um mar de interrogações, um mar de indecisões, um olhar no vazio. Na palma da minha mão, o destino de um alguém, que está sentido o mundo escorrer por entre os dedos. Na palma da minha mão, este alguém aqui. Cheio de medos e segredos.


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