domingo, 23 de outubro de 2011

Meu pranto virou mar

Meu amigo Edson
                                      
                                                    

                Quando choveu poesia em nosso quarto, quando bateu saudade no retrato, meu pranto virou mar. Quando choveu bagagem na despedida, quando bateu reação arrependida, meu pranto virou mar. Virou um liquidificador de idéias parabólicas condensando nossa eternidade, nessa imensidão de nada, eu busco realidade. Quero deitar com a noite e lhe encontrar, pois o meu pranto virou mar.    



                                                                 Os passos


               Ouço passos cantando, uma linda melodia, talvez não seja uma canção, talvez pensamentos chorando. Continuo ouvindo, a linda e melancólica marcha destes tristes passos na calçada. Talvez lágrimas de uma palavra. Há milhares de passos nas calçadas do pensamento, passo ligeiro e vou além, passo na vida, vida de quem?
               Talvez os passos não passem de passado, talvez não passem ao teu lado, talvez não passem por ninguém.      

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