quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Só para que o universo pudesse entender.

Na foto: amiga e leitora, Fernanda Pereira.

                                


           Eu contei as horas, eu contei os dias, eu contei história pra ver o tempo passar. Eu me propus, eu me expus, eu me projetei para o lado de lá. Eu rabisquei o dia que ainda nem chegou, eu insisti em olhar mais além, eu lapidei idéias para falar para ninguém. Eu tatuei o futuro no meu presente, eu fiz a tristeza ficar contente, eu quebrei tabus e iniciei uma nova ordem no meu quintal.
          Eu passei bocados, eu cortei dobrados, eu sangrei na alma prá falar o que eu sentia. Eu compus canções com apenas uma nota, eu deixei sonetos registrados em velhas portas que não dão para lugar algum, eu me fiz um ser comum para que o mundo pudesse me ouvir. Eu enfrentei tempestade em um copo d’água, eu domei e dissipei furacões com uma só palavra, eu me vesti da noite para garimpar estrelas.
         Eu me reinventei nesse meu processo de aprendizagem, eu me transformei em lindas paisagens, eu quebrei a barra e peguei o sol com a mão. Eu aprendi a língua dos anjos, eu me ajoelhei aos pés de um arcanjo, só para que o universo pudesse entender quantas loucuras uma mulher pode cometer por uma verdadeira paixão.   

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