quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Não quero usar a mesma Melissinha que a minha amiga usa.


                 
Na foto: A filha que a vida me deu, Poliana Moreira.


       Não quero andar por ai cuspindo programações enlatadas de TV. Não quero ver o que todo mundo ver. Quero algo inédito para as minhas retinas. Não quero usar a mesma melissinha que a minha amiga usa, não quero usar a mesma blusa que ela comprou naquela grande loja de gente de nariz empinado. Não quero o meu nariz empinado.
         Não quero andar por ai, rodeada de colegas e amiga da solidão, quero amizades de coração, quero amigas que me entendam no simples gesto de olhar. Não quero tatuar na minha nuca o símbolo do infinito. Na verdade, ele é até bonito, mas deixo o infinito no meu desejo de viver. Não quero andar por ai mastigando batidos jargões de algum personagem do momento. Quero expressar meus próprios pensamentos, quero mostrar que tenho idéias que me levarão para algum lugar.
       Não quero andar por ai inventando amores perfeitos, quero amores reais, daqueles que doem, mas também incendeiam o peito, quero amor que me faça mulher de verdade. Não quero andar por ai mentindo para os espelhos, quero andar guiada pelos meus próprios conselhos, quero poder me encarar e saber quem eu sou.

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