terça-feira, 16 de abril de 2013

O único amor que eu amei.


                                       
Na foto: leitora, Emanuelle Sales.

    O único amor que eu amei, amei nas possibilidades e impossibilidades da sua plenitude. Amei no sonho de adolescente, amei na carência de um carente, amei na certeza de que eu não tinha certeza de nada.     O único amor que eu amei, amei nos vilarejos e povoados de alguma terra distante. Amei sorriso mambembe e errante.
    O único amor que eu amei, amei na incerteza de que na vida, só se ama uma vez. Mesmo assim, amei! Amei nos redemoinhos das suas inseguranças, amei pura e docemente feito uma criança. Amei nos contratempos que o tempo delegou ao acaso, amei feito flores no vaso e choro no bairro. Amei nessa lavoura de sentimentos bons de sentir, amei na falta de informação de que amar eternamente, também teria um fim.
     O único amor que eu amei, amei na rotina anunciada das coisas boas da não repetição, amei nos devaneios e intempéries de um romântico coração. O único amor que eu amei, amei sem saber se era para sempre, amei mesmo sabendo que depois de amar como eu amei, eu não seria mais a mesma. 

Um comentário:

Anônimo disse...

Linda manu e lindo poema adoreii!!!