quinta-feira, 18 de abril de 2013

Quando o celular tocou.

Na foto: leitora, Fabíola Senna.


Quando o celular tocou,
Um oceano de porquês começou
A desaguar sobre aquele momento.
Quando o celular tocou,
A face oculta de tudo aquilo
Que eu rejeitava se revelou para mim.
Quando o celular tocou:
Ai de mim, ai de mim, ai de mim.
Aquela fresta aberta
Na janela muda do silêncio
Poderia não ter um final feliz.
Naquele momento,
Um chamado que chamava por mim.
Quando o celular tocou, a sua ausência,
Minha companheira nessas últimas semanas,
Ensaiou arrumar as malas e partir.
Quando o celular tocou,
Um impulso involuntário de coisa boa
Fez-se presente no leito da minha espera
Quando eu atendi.

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