Na foto: leitora, irmã amiga, Lin Araujo. |
Eu
sou feita dos lugares que visitei e das histórias que contaram e que eu contei.
Feita das casas com telhados de vidro e de espera na janela, também sou lua
amarela. Sou estrada de chão, rodovia cheia de curvas sinuosas, às vezes, sou
perigosa.
Sou jornada para lugar nenhum. Sou lembrança do céu visto de algum esquecido quintal, sou de muitos carnavais, quase fui vaso raro e jamais povoado por nenhuma flor. Eu sou feita de aviões: pousos e decolagens. Sou canteiro de uma obra que nunca se acaba, arranha-céu que surgiu no meio do nada, sede querendo um copo d’água. Sou herança de vestido de debutante, amor platônico enquadrado na estante, brilho de um diamante. Sou feita de renda e do mais puro linho, sou resultado do corte perfeito e do traço bem acabado. Sou da perfeição do vestir, o despir desejado.
Sou jornada para lugar nenhum. Sou lembrança do céu visto de algum esquecido quintal, sou de muitos carnavais, quase fui vaso raro e jamais povoado por nenhuma flor. Eu sou feita de aviões: pousos e decolagens. Sou canteiro de uma obra que nunca se acaba, arranha-céu que surgiu no meio do nada, sede querendo um copo d’água. Sou herança de vestido de debutante, amor platônico enquadrado na estante, brilho de um diamante. Sou feita de renda e do mais puro linho, sou resultado do corte perfeito e do traço bem acabado. Sou da perfeição do vestir, o despir desejado.
Sou
feita dos lugares que viajei e dos sonhos que sonhei, sou frágil quando a força
me permite e forte quando a fragilidade exige.
Sou o ventre do mundo, sou mulher.
Nenhum comentário:
Postar um comentário