terça-feira, 6 de agosto de 2013

O tempo, o vinho e a minha alma.

Na foto: nova leitora, Andrea Varjão.


         Eu tenho entendido o espelho, tenho compreendido o tempo e o tempo da minha alma. Acompanhei atentamente a odisseia da minha essência feminina e me descobri alquimista de mim mesma. Mudei a minha vida e despi o espelho antes de me despir. Eu aceitei a nova mulher que a vida me transformou.
      Vi o tempo visitar ruas, calçadas e jardins da minha alma, deixei que ele entendesse os porquês do meu coração. Eu busquei inspiração na relação do vinho com o tempo e fiz do meu pensamento bússola norteadora desse meu novo caminhar. Aceitei os conselhos que espelho me deu e abri os braços para a felicidade entrar.
         Aprendi que a alma do tempo faz divisa com o tempo da minha alma. E nessa linha não tênue, o tempo dissipa as mágoas, compreende as feridas e apaga as cicatrizes adquiridas no nosso caminhar. Aceitei o belo e doce oficio de ser mulher e finalmente compreendi que aquilo que a vida ofertou ao vinho durante o transpassar dos anos, agora ela também está a me ofertar.   

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