quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Tenho comigo que vale a pena amar.

Na foto: leitora, Elen Nunes.


          Tenho comigo que vale a pena amar, mesmo sem ser amada. Acho que vale a pena ser um ser que por outro é amado.  Amo 3x4, amo emoldurado retrato na estante ou na parede. Eu amo porque amo e tenho comigo que vale a pena amar. Amo até se muito espero, amo mesmo se me desespero com esse zum zum zum frenético dessa incerteza  de saber se a pessoa vem ou não vem. Amo de coração disparado e adoro os meus sentidos aguçados quando estou com a pessoa amada. Eu amo amar esse querer.
         Tenho comigo que vale a pena amar, mesmo sem saber se vai dar certo, mesmo sem saber se irei preencher esse deserto que é o meu coração quando sem o amor. Eu amo mesmo sabendo que o amor não é puro, mesmo que eu não consiga derrubar o muro que me separa da pessoa amada. Amo e acho que vale a pena amar mesmo que o amor esteja fora de moda, mesmo que as canções românticas já não falem mais de amor. Mesmo que os filmes românticos não tenham mais um: E FORAM FELIZES PARA SEMPRE. Eu amo amar esse querer.  

        Tenho comigo que vale a pena amar, mesmo sem saber se jamais serei convidada para jantar, mesmo que a pessoa amada jamais me tire para dançar, mesmo que a nossa canção nunca mais volte a tocar. Amo mesmo que os casais já não andem mais de mãos dadas, mesmo que o "Eu te amo" tenha sido banido do nosso cotidiano. Tenho comigo que vale a pena amar, mesmo que eu deixe de acreditar em tudo que eu falei até agora.  

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