quinta-feira, 14 de junho de 2012

Conselhos?


Na foto: leitora, Elisangela Lima.

                                                                 

                   Conselhos? Nós sempre temos um punhado deles, somos uma via interminável de explicações vãs. Quando o assunto é teorizar as emoções alheias, derramamos caminhões e caminhões de areias com nossa “suposta” experiência de vida. Nada além de filosofia reflexiva de nossas próprias dores.
                  Conselhos? Nós sempre temos um punhado deles, somos um mosaico de frases feitas e forjadas nas caldeiras das nossas alegrias e decepções. Aprendi desde cedo que o meu melhor conselheiro sempre foi o silêncio. Um bom conselheiro é na maioria das vezes, um ótimo ouvinte! A palavra calada causa barulho nos corredores do nosso pensar. Certas vezes, o significado de um capítulo inteiro está na simples colocação do pingo na letra “I”.
                 Conselhos? Nós sempre temos um punhado deles, somos um supermercado repleto de prateleiras carregadas de ideologia. Quando o assunto é definir o que é melhor ou pior para o outro, somos o ícone da racionalidade. Conselhos? Nós sempre temos um punhado deles, mas sempre que tentamos usá-los em beneficio próprio, eles sempre acabam escorregando por entre os dedos da nossa mão. 

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